terça-feira, 31 de outubro de 2023

Saiba o que fazer se o seu namorado virtual pediu dinheiro e sumiu


Perfis falsos fazem as vítimas se apaixonarem, para cometer o crime de estelionato sentimental virtual. Golpe é aplicado por grupos internacionais. Saiba o que fazer se o seu namorado virtual pediu dinheiro e sumiu Vitoria Romero Coelho Quatro em cada dez mulheres já foram vítimas de golpes de romance online ou conhecem alguém que foi, aponta pesquisa obtida exclusivamente pelo g1 da organização “Era Golpe, Não Amor", uma parceria da empresa Hibou, da Associação Brasileira de EMDR e o Ministério Público de São Paulo. Um desses golpes é o "romance scammer" ou estelionato sentimental virtual. Nele, grupos de estelionatários estrangeiros se aproximam das vítimas pelas redes sociais, fazem com que se apaixonem e pedem dinheiro emprestado - o valor nunca é devolvido. Por ser um crime em escala internacional, é difícil para a vítima conseguir recuperar o dinheiro roubado, mas existem algumas dicas que podem auxiliar no processo. Veja a seguir. O que fazer se for vítima Para denunciar, é preciso: salvar as conversas, principalmente, aquelas em que há o pedido de dinheiro; guardar os comprovantes de pagamentos e dados bancários de quem recebeu; não apagar fotos que o bandido enviou; fazer um boletim de ocorrência relatando tudo o que aconteceu; contratar um advogado, para ter auxílio em cada etapa, uma vez que se trata de um crime mais complexo. 4 a cada 10 mulheres são vítimas; entenda por que isso ainda acontece O que diz a lei O estelionato é um crime tipificado no artigo 171 do Código Penal. É considerado estelionato sentimental quando o relacionamento é usado para extorquir dinheiro da vítima. O artigo diz ainda que: "A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a fraude é cometida com a utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo". Por ter um princípio semelhante, o "romance scammer" também pode ser enquadrado nesta lei. Mas, por envolver quadrilhas internacionais, fica mais complicado punir o acusado. Primeiramente, porque, muitas vezes, a vítima não sabe a identidade real da pessoa com quem tem conversado. Mas punir o crime somente como estelionato sentimental não é suficiente, afirma Glauce Lima, caçadora de golpistas e fundadora do Instituto GKScanOnline, de apoio a vítimas de crimes cibernéticos. Ela começou a procurar os bandidos online após uma amiga ser vítima do golpe em 2011. Em 1 ano, ela conseguiu remover 1.600 perfis falsos de rede social e em 2013 conseguiu prender o golpista que roubou sua amiga, em parceria com a polícia nigeriana, onde vivia o bandido. “Ele não é só estelionato, ele é uma formação de quadrilha. O dinheiro do "romance scammer", a gente tem prova que ele acaba sendo desviado para o tráfico internacional de drogas”, diz. Por isso, para ter alguma chance de encontrar os bandidos, é necessário que a Polícia Federal auxilie nos procedimentos e identifique em qual país está o bandido. Isso pode ser feito rastreando o IP, que é o número identificador do computador, ou ainda refazendo o caminho do dinheiro das vítimas até o grupo golpista. Quando a vítima é mulher, simular um relacionamento para obter vantagens financeiras também pode ser considerado uma violência doméstica financeira e, portanto, ser enquadrado na lei Maria da Penha, explica o promotor Thiago Pieronom do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDF). Caso o estelionatário possa ser identificado, a vítima pode receber indenização também por danos morais e materiais. SAIBA MAIS: Suicídio, venda secreta de terreno e empréstimo: o drama das vítimas do golpe do namoro virtual Vergonha de denunciar As vítimas do "romance scammer" têm dificuldades para denunciar. Primeiramente, elas sentem vergonha do que a família irá pensar. “O segundo obstáculo que a vítima enfrenta é que, muitas vezes, ela começou a mexer no patrimônio da família sem os outros saberem. Então, se ela for denunciar, vai ser exposta", conta Glauce. Foi o que aconteceu com Isabela*, que vendeu um terreno que havia recebido de herança da sua mãe para enviar para o golpista e nunca contou para o seu marido, por medo da reação dele. Além disso, há o julgamento da sociedade de que quem cai nesse golpe são pessoas “burras", causando mais vergonha, aponta Desiree Hamuche Montes, fundadora da iniciativa “Era Golpe, Não Amor". Como evitar ser vítima Nunca envie dinheiro para quem você não conhece pessoalmente e se certifique de que está falando com a pessoa que você pensa estar conversando; Consulte o CPF e caso apareça algum processo, tente entender do que se trata; Dê o máximo de informações erradas da sua vida, por exemplo, informe um salário baixo, não conte nada sobre a sua família; Evite adicionar quem você não conhece no Facebook; Se quiser enviar nudes, não faça fotos em que é possível te identificar, porque o bandido pode usar para chantagear; Não peça para que o golpista “prove que é a pessoa de verdade”. Ele irá arranjar uma forma de fazer isso, ainda que com deepfake, tecnologia que permite mostrar o rosto de uma pessoa em fotos ou vídeos alterados com ajuda de inteligência artificial (IA); Desconfie se você não pode apresentá-lo para amigos e familiares. Golpe do namoro virtual: entenda no vídeo o que é e por que as pessoas ainda caem Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem *Isabela é um nome fictício, para proteger a vítima. Veja mais dicas de tecnologia: Estupro virtual: abusadores usam fotos falsas para chantagear vítimas Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como denunciar  'Deepfake ao vivo': tecnologia que muda rosto e voz em videochamada já existe na vida real

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Novo golpe desvia Pix copia e cola em compras on-line pelo computador; veja como se proteger


Esquema instala vírus na máquina da vítima e, quando ela faz o pagamento de uma compra, o malware intercepta o código e faz alteração para que o dinheiro caia na conta do criminoso, explica uma empresa de cibersegurança. Jovem em frente a tela de computador Sofia Mayer/g1 Criminosos começaram a aplicar um novo golpe que rouba dinheiro de vítimas quando elas realizam compras on-line e optam pelo pagamento por Pix, na modalidade copia e cola (veja abaixo como se proteger). Segundo a empresa de cibersegurança Kaspersky, o esquema fraudulento só é bem-sucedido porque, antes, o golpista consegue instalar um vírus (malware) no computador ou notebook da pessoa. A técnica não é nova, mas é a primeira vez que acontece envolvendo o Pix. "O vírus é similar a um outro que atacava alterando código de barras de boletos bancários. Ele só não faz a ação errada para o usuário e conta com a distração", explica Lucas Lago, membro do Instituto Aaron Swartz de Ciberativismo. Veja como funciona o novo golpe: 🏴‍☠️ a infecção do vírus, chamado de GoPIX, acontece primeiro por anúncios maliciosos no Google, segundo a Kaspersky. Os criminosos compram espaço no buscador e usam termos com erros de ortografia para "WhatsApp Web" e até "Correios", e enganam a vítima; 💻 quando a pessoa clica nesse anúncio achando ser o real, o computador é infectado com o GoPIX. O vírus, então, passa a espionar a vítima e detecta quando ela realiza uma compra on-line e escolhe o pagamento por Pix copia e cola; 💵 ao chegar na tela de pagamento, "o cliente só precisa copiar um código e colá-lo no sistema Pix para que o pagamento seja realizado. O malware intercepta esse código, altera ele para que a chave Pix do criminoso seja inserida no lugar da chave da loja", explica a empresa. O g1 entrou em contato com o Google para comentar sobre os anúncios adulterados, mas não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem. M Saiba como se proteger A pedido do g1, o especialista Lucas Lago, membro do Instituto Aaron Swartz de Ciberativismo, compartilhou algumas dicas para a pessoa se proteger do golpe: 📱 a principal dica é não fazer Pix sem checar a pessoa que vai receber o dinheiro. "Os aplicativos vão indicar nome, conta e outras informações da pessoa que você está fazendo a transferência. É importante conferir isso sempre", diz Lago; 🔎 ele também orienta a verificar antes os links no Google e se o nome que aparece ali está correto; 🦠 use antivírus, no celular e no computador; 🖥 se algum Pix for desviado, você precisa fazer uma varredura no seu computador e celular. LEIA TAMBÉM: Segurança da informação tem salário de R$ 38 mil, mas não encontra profissionais Sem memória no celular? Veja dicas para não acumular mídias do WhatsApp Saiba como criar o seu personagem 'Disney Pixar', nova trend das redes sociais Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem Como transformar uma foto em arquivo de texto no Android e no iPhone Como transformar uma foto em arquivo de texto no Android e no iPhone

Facebook e Instagram lançaram serviço de assinatura paga sem anúncios na Europa


Atendendo as novas regulamentações da União Europeia, que se preocupa com uso de informações sem consentimento para publicidade, o novo modelo pago estará disponível em novembro de 2023. Instagram e facebook @dole777 via Unsplash As redes sociais Facebook e Instagram disponibilizarão, a partir de novembro de 2023, um sistema de assinatura paga para usuários na Europa. O anunciou foi feito nesta segunda-feira (30) pela Meta. Segundo a empresa, enquanto as assinaturas estiverem ativas, a informação destes usuários "não será utilizada para publicidade". O novo recurso atende as regulamentações da União Europeia (UE) (entenda mais abaixo). O plano estará disponível apenas para usuários dos países da UE, do Espaço Econômico Europeu (EEE), que inclui Noruega, Islândia e Liechtenstein. A Suíça também terá o novo recurso. A Meta disse que o custo da assinatura para usar as redes sem ver publicidades será de 9,99 euros mensais (R$ 53, na cotação atual) para o uso na web, e 12,99 euros (R$ 68), em celulares. Os serviços gratuitos continuaram operando normalmente com publicidade. Os motivos De acordo com a Meta, o lançamento desta proposta responde à necessidade de "cumprir uma regulamentação europeia em evolução". O modelo atual da Meta é personalizar a publicidade de acordo com informações coletadas dos usuários, mesmo sem seu consentimento. Este é um dos principais motivos de preocupação da UE. Neste novo cenário, o novo serviço é uma tentativa de atender aos pedidos da UE em relação à privacidade e ao tratamento de informação dos usuários. "A opção para que as pessoas comprem uma assinatura sem anúncios equilibra os requisitos dos reguladores europeus, ao passo que oferece aos usuários opções e permite à Meta continuar servindo a todas as pessoas na UE, no EEE e na Suíça", declarou a empresa. "A assinatura sem anúncios estará disponível para pessoas maiores de 18 anos, e continuamos explorando como fornecer aos adolescentes uma experiência publicitária útil e responsável", adicionou a empresa.

Suicídio, venda secreta de terreno e empréstimo: o drama das vítimas do golpe do namoro virtual


Golpe é conhecido como 'romance scammer' ou estelionato sentimental virtual. Perfis falsos fazem as vítimas se apaixonarem, para depois pedirem dinheiro. Além das perdas materiais, 14% das pessoas também entram em depressão. Golpe é conhecido como 'romance scammer' ou estelionato sentimental virtual Max Francioli Uma mãe solteira resolve entrar no Facebook, e logo recebe o convite de amizade de uma pessoa que não conhece pessoalmente. A relação se aprofunda, promessas de amor são feitas até que o suposto namorado pede dinheiro emprestado para conseguir enviar um presente de outro país, sumindo da rede social em seguida. Essa é a história de Maria*, mas também de milhares de pessoas que caem no golpe conhecido como "romance scammer" ou estelionato sentimental virtual. Nele, grupos de estelionatários fingem ser estrangeiros em altas posições, no caso mais comum, militares dos Estados Unidos. Após estabelecer o que seria um romance, o bandido começa a pedir dinheiro para as vítimas. Golpe afeta 4 em cada 10 mulheres; entenda por que isso ainda acontece Este crime foca em mulheres entre 40 e 70 anos, independentemente de classe social ou se é casada, explica Glauce Lima, caçadora de golpistas e fundadora do Instituto GKScanOnline, de apoio a vítimas de crimes cibernéticos. Ela começou a procurar os bandidos online após uma amiga ser vítima do golpe em 2011. Em 1 ano, ela conseguiu remover 1.600 perfis falsos de rede social e em 2013 conseguiu prender o golpista que roubou sua amiga, que vivia na Nigéria, junto da polícia local. O relacionamento acontece inteiramente pela internet e, atualmente, até videochamadas são feitas, usando o deepfake, tecnologia que permite mostrar o rosto de uma pessoa em fotos ou vídeos alterados com ajuda de inteligência artificial (IA). Além disso, há também um outro tipo de vítima: o dono real da foto usada por esses perfis, como o palestrante Kau Mascarenhas, que chega a receber mensagens nas suas redes o acusando de roubar dinheiro. Existem três fatores que podem fazer uma pessoa ser vítima deste golpe, segundo especialistas entrevistados: Paixão: deixa a pessoa em um estado similar ao hipnotismo; Distúrbio psicológico: a eretomania, uma das formas de delírio, faz com que a pessoa acredite que alguém com grande diferença social irá se apaixonar por ela, mas existirá alguma conspiração que o parceiro precisa ser salvo; Costume social: é considerado normal que a mulher entregue para o seu parceiro o controle de seu patrimônio. Conheça essas histórias a seguir. O presente que nunca chegou Para a produtora rural Maria, de 50 anos, tudo começou com uma simples solicitação de amizade no Facebook em 2016, ano em que também perdeu uma irmã e o pai. Não demorou muito para o primeiro “eu te amo” ser trocado, seguido do pedido de dinheiro, que veio cerca de um mês após o início das conversas. “Ele falava muita coisa bonita”, relata. “Fiquei desesperada e achei que era verdade. Porque a gente sem experiência de nada, a gente acredita, né”, diz. O golpe foi aplicado em seu jeito clássico: o namorado afirmava que era um militar dos Estados Unidos, que estava em uma guerra e que precisava de dinheiro. As fotos publicadas pelo golpista eram, na verdade, de Dragan Šutanovac, um político da Sérvia e ex-ministro da Defesa do país. Perfil falso usava foto de Dragan Šutanovac, um político da Sérvia. Reprodução Facebook “Sabe o que ele inventou? Que tinha uma tal de bagagem que eles mandam chegar primeiro [que o namorado], para a gente guardar a bagagem, mala de dinheiro, joias, documentos”, lembra. As joias seriam presentes para ela. Segundo o golpista, a bagagem teria ficado presa na alfândega, sendo necessário pagar uma taxa. Quando Maria explicou que não tinha aeroporto em sua cidade para ir buscar, ele passou o número de uma conta bancária e disse que uns amigos levariam a mala até ela. O valor exigido foi de R$ 12 mil. A produtora rural fez um empréstimo no banco ainda em 2016, que deve pagar até 2025. Uma semana depois de enviar o comprovante de pagamento, Maria foi bloqueada pelo namorado. A mala nunca chegou. Três meses depois, um perfil com a mesma foto, mas outro nome, voltou a mandar mensagem, solicitando mais dinheiro, mas ela afirma não ter enviado. Maria diz que, até hoje, perfis semelhantes mandam mensagens para ela e ainda fazem chantagem emocional. “Ele volta e pergunta para mim: ‘O que está acontecendo que você não responde para mim? Você não me ama mais?’”, narra. Golpista pede dinheiro para Maria dizendo que irá comprar passagem para encontrá-la Arquivo pessoal A produtora rural confessa que estava apaixonada, mas parte do sentimento, hoje, foi transferida para o dono real da foto e tem o sonho de um dia encontrá-lo. Isso acontece com as vítimas desse tipo de golpe, porque elas projetam um apego às imagens, em relação às conversas carinhosas que tiveram, como se, de alguma forma, o sentimento pudesse ser verdadeiro, explica Desiree Hamuche Montes fundadora da iniciativa de apoio a vítimas “Era Golpe, Não Amor". Desde que começou a ser abordada pelos bandidos, Maria não conseguiu se relacionar com outras pessoas. Ela foi diagnosticada com depressão e ansiedade e toma medicamento. Depressão profunda Assim como Maria, 17% das vítimas desistem dos sites de relacionamento e 12% desistem completamente de procurar alguém, aponta pesquisa obtida exclusivamente pelo g1 da organização “Era Golpe, Não Amor", uma hub sem fins lucrativos para suporte a mulheres vítimas de golpes financeiros em relacionamentos amorosos. A iniciativa é da agência de comunicação Fresh PR, com parceria da empresa Hibou, especializada em pesquisa e insights de mercado, da Associação Brasileira de EMDR (nome da terapia que usa uma estimulação dupla para ajudar os pacientes a processarem memórias difíceis) e Kickante, com apoio do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NAVV) do Ministério Público de São Paulo. Foram entrevistadas 2.036 mulheres de todo o país, considerando a divisão proporcional de raça, idade e classe social, por meio de formulários virtuais em março de 2023. O estudo apresenta 2,2% de margem de erro e 95% de intervalo de confiança. Além de perderem dinheiro e propriedades, 14% das vítimas de "romance scammer" entram em depressão, diz o estudo. Depois que a agricultora entendeu que tinha caído em um golpe, descobriu em março de 2022 que uma colega de sua cidade estava sendo vítima do mesmo perfil. Ela tentou alertar a amiga, que não acreditou. O bandido chegou a pedir para a amiga pagar dívidas de R$ 40 mil. Ela fez um empréstimo e enviou o valor. Quando o golpista também passou a ignorar, ela percebeu que era um golpe. “E aí essa menina ficou tão desesperada, já se afundou em depressão”. A vítima cometeu suicídio em julho de 2022. Apenas 12% das vítimas procuram ajuda psicológica após sofrer um golpe de relacionamento na internet, aponta a pesquisa. Golpe do namoro virtual: entenda no vídeo o que é e por que as pessoas ainda caem: Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem 'Não tem como suspeitar que é golpe' Isabela*, de 54 anos, é casada, mas foi vítima pelo mesmo grupo de bandidos há cerca de 4 anos e enfrenta depressão até hoje por causa do golpe. Eles também usavam fotos de Šutanovac. O falso militar se aproximou dela dizendo que estava arrecadando fundos para auxiliar militares americanos em guerra. Também tentou aplicar o golpe da mala, solicitando R$ 5 mil, que Isabela não tinha. Mesmo após ela negar, os bandidos não desistiram dela e a relação foi avançando até o bandido enviar fotos nuas e fazer chamadas de vídeo. Para Isabela, os vídeos pareciam reais e ela acredita que o homem da foto é o mesmo com quem conversava. Ele chegou a dizer que queria que ela largasse a família para ficarem juntos. Apesar de negar que iria fazer isso, Isabela chegou a vender um terreno que herdou da mãe. A propriedade era avaliada em R$ 50 mil, mas ela aceitou vender por R$ 20 mil por causa da pressa. Quando foi depositar o dinheiro na conta do bandido, seu gerente a impediu. Até hoje, seu marido não sabe que ela vendeu o terreno. "Olha, eu cheguei a me apaixonar por ele. [...] A gente é carente, uma fase difícil. E, de repente, aparece uma pessoa diferente, que você não tem como suspeitar que é isso, porque é uma pessoa que se veste bem, se arruma bem, fala bem. Ele me ligava em vídeo e mostrava a cara dele", explica. Leia também: Estupro virtual: abusadores usam fotos falsas para chantagear a vítima; entenda o crime 'Ele quis me aniquilar viva': saiba o que é pornografia de revanche e conheça histórias de vítimas Segunda vítima: dono da foto “Eu fiquei tão assustado com isso”, diz o palestrante e terapeuta Kau Mascarenhas. Ele descobriu que sua foto estava sendo usada em golpes como os sofridos por Isabela e Maria em agosto de 2020, quando uma vítima achou o seu perfil verdadeiro e o avisou. “Aquilo bagunçou a minha cabeça, eu nem sabia que aquilo existia”, conta. Perfil falso usa foto de Kau Mascarenhas para aplicar golpe do "romance scammer". Reprodução Mascarenhas tem um fator que ajuda muito os golpistas: por ser palestrante, existe muito material dele online, como fotos e vídeos. Assim, é possível fazer montagens para as vítimas acreditarem que estão falando com ele até por videochamada. Hoje, ele usa uma técnica para minimizar isso: escreve seu nome em letras pequenas no canto da foto. Quando as mulheres dão zoom, descobrem que o perfil com quem estão conversando é falso. Ele também evita publicar fotos de sua vida pessoal. “Até mesmo porque uma foto que é muito usada pelos bandidos é uma em que eu estou com a minha mãe”, diz. Os chamados scammers usam a foto para pedir dinheiro para tratar a suposta mãe doente. Kau Mascarenhas tem suas fotos usadas por bandidos no golpe de estelionato virtual. Arquivo pessoal Ele também decidiu fazer um boletim de ocorrência, para denunciar o uso indevido de sua imagem, mas foi informado na delegacia que havia pouco que poderia ser feito, por ser um crime de escala internacional. O terapeuta lida diariamente com mensagens de vítimas, que normalmente são estrangeiras: “Algumas não acreditavam que eu também era uma vítima, que eu tive as minhas fotos e vídeos roubados. Aí elas escreviam mensagens muito agressivas dizendo: 'Você é um perverso, você é um assassino, você é um bandido, como você pode fazer isso comigo e o dinheiro que eu te dei? Me devolva'”. Há também as vítimas, assim como Maria, que transferem o amor para o rosto dele. “Eu ficava conversando demais com as vítimas. Elas me escreviam, narravam as suas histórias tristes. Era muito difícil ignorar a dor dessas pessoas. Então, eu começava a responder aquelas mensagens”, diz Kau. “Mas elas estavam com a minha imagem associada ao romance que elas idealizaram, um romance com uma pessoa que não sou eu”, completa. Ele foi alertado pelos grupos de apoio de que isso, na verdade, prejudicava o processo de superação pelas vítimas e hoje apenas dá orientações sobre onde elas podem conseguir ajuda. Romance scammer Luisa Rivas / Arte g1 Golpe do namoro virtual: vítimas são iludidas e perdem dinheiro. g1 / arte *Os nomes Maria e Isabela são fictícios, para proteger as vítimas. Saiba também: Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como juntar provas, denunciar e pedir remoção Brasil tem ao menos 4 processos por dia por divulgação de imagens íntimas Saiba como se proteger de outros golpes: Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como denunciar  Estupro virtual: abusadores usam fotos falsas para chantagear vítimas 'Deepfake ao vivo': tecnologia que muda rosto e voz em videochamada já existe na vida real

domingo, 29 de outubro de 2023

Inteligência artificial: G7 vai criar código de conduta para empresas que desenvolvem a tecnologia, diz agência


Documento será apresentado na segunda-feira (30) e aponta preocupações para aumentar a privacidade e reduzir os riscos com segurança. Tela de computador Reprodução O G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, vai realizar na próxima segunda-feira (30) um acordo sobre o código de conduta para empresas que desenvolvem sistemas avançados de inteligência artificial. Formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá, o documento do G7 mostra que os governos buscam reduzir os riscos e o potencial uso indevido da tecnologia. Segundo a Reuters, no documento que será apresentado, o código de conduta voluntário vai estabelecer um marco na forma como os principais países governam a IA, em meio a preocupações com a privacidade e riscos de segurança. Para cientistas, as empresas então numa corrida tecnológica que nem seus criadores são mais capazes de controlar esse avanço. Uma das provas desse avanço com a IA é o ChatGPT. Você pergunta o que quiser para ele e, para responder, ele se alimenta de textos que estão publicados na internet. O curioso é que o sistema já se dá melhor em testes do que a maioria dos humanos e parece mesmo que você está falando com uma pessoa. Como, por exemplo, quando perguntam quais são os riscos que o robô impõe à sociedade. O ChatGPT aproximou a inteligência artificial do usuário comum. GETTY IMAGES Cúpula do G7 em Hiroshima Reunião GR Divulgação / G7 Em maio deste ano, os chefes de Estado dos países do G7 se reuniram na cidade Hiroshima, no Japão. O grupo tratou de assuntos como a mudança no clima, risco de faltar comida, transição energética, guerra e paz. O Brasil participou como convidado no encontro. Inteligência artificial: entenda por que cientistas estão preocupados com avanço rápido da tecnologia

Golpe de namoro virtual afeta 4 em cada 10 mulheres, diz pesquisa; entenda por que isso ainda acontece


Grupos de estelionatários estrangeiros se aproximam das vítimas pelas redes sociais, fazem com que elas se apaixonem e pedem dinheiro emprestado. Conheça golpe conhecido como 'romance scammer'. Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem A confiança em alguém que você nunca viu pessoalmente a ponto de emprestar dinheiro pode acontecer por diversos motivos, como carência, a paixão, pressão social para encontrar um parceiro e até mesmo distúrbios mentais. Para entender por que o golpe do namoro virtual continua acontecendo, mesmo depois de ser bastante divulgado, a reportagem do g1 conversou com psicólogo, promotor do Ministério Público Federal e instituições que prestam apoio às vítimas. O golpe é conhecido como “romance scammer” e se trata de quando grupos de estelionatários fingem ser estrangeiros em altas posições, no caso mais comum, militares dos Estados Unidos. Após estabelecer o que seria um romance, o bandido começa a pedir valores para as vítimas. O crime também é conhecido como estelionato sentimental virtual. No Brasil, 4 em cada 10 brasileiras dizem já ter sofrido algum golpe de namoro virtual ou conhecem alguém que foi vítima, aponta pesquisa obtida exclusivamente pelo g1 da organização “Era Golpe, Não Amor", uma parceria da empresa Hibou, especializada em pesquisa e insights de mercado, da Associação Brasileira de EMDR (nome da terapia que usa uma estimulação dupla para ajudar os pacientes a processarem memórias difíceis) e o Ministério Público de São Paulo. Foram entrevistadas 2.036 mulheres de todo o país, considerando a divisão proporcional de raça, idade e classe social, por meio de formulários virtuais em março de 2023. O estudo apresenta 2,2% de margem de erro e 95% de intervalo de confiança. Entenda a seguir essas motivações e como o "romance scammer" acontece: Paixão A paixão é um estado similar ao hipnotismo. Ela cria uma crença inabalável em relação à pessoa por quem se está apaixonado. O ato de dar dinheiro se manifesta como uma forma de demonstrar este amor, explica o professor Christian Dunker do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP USP). E esses golpistas possuem ainda técnicas para conseguirem ganhar a confiança das vítimas. “As vítimas que realmente se apaixonam são as que perderam alguém muito próximo ou estão com algum sofrimento”, explica Glauce Lima, caçadora de golpistas e fundadora do Instituto GKScanOnline, de apoio a vítimas de crimes cibernéticos. É o que aconteceu com a Maria*. O golpista entrou em contato com ela em 2016, quando o ela tinha acabado de perder uma irmã e o pai. Além disso, existem as pessoas com as chamadas “personalidades evitativas”, que têm o desejo de amar, mas que tem medo, seja de serem rejeitadas, de se exporem e até mesmo do encontro físico. Com a internet, essas pessoas encontraram o espaço ideal para achar um par, explica o professor. “Quando você está à distância, você pode suplementar os déficits de realidade com a sua fantasia de uma forma muito melhor”, afirma. Delírio Nem em todos os casos a paixão é a grande culpada. Dunker explica que existe um distúrbio psicológico chamado erotomania, que é uma das quatro formas clássicas de delírio. “O que caracteriza o delírio erotomaníaco é uma grande diferença social entre amante e amada. Em geral, são mulheres que experimentam o sentimento de que um homem muito importante está sendo alvo de algum tipo de impedimento, uma conspiração, uma situação em que ele precisa ser salvo ou socorrido”, diz. Essa pode ser uma das explicações para os casos como da aposentada que perdeu mais de R$ 200 mil ao transferir o dinheiro para um golpista que se passava pelo ator norte-americano Johnny Depp e do jogador de vôlei italiano Roberto Cazzaniga, que pensava ser namorado virtual da modelo brasileira Alessandra Ambrósio e acabou enviando € 700 mil aos estelionatários. Além disso, a vítima acredita em sinais que são mandados pela pessoa. No caso de o bandido ter usado a imagem de algum famoso que aparece na TV, por exemplo, o figurino de uma determinada cor pode significar uma mensagem de amor na cabeça da pessoa que tem o transtorno. Costume social Apesar de homens também serem alvos deste tipo de golpe, a maior parte das denúncias são de mulheres, explica o promotor Thiago Pieronom do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e que participou do levantamento do Núcleo de Gênero do MPDFT, que analisou 240 casos de estelionato sentimental registrados pela Delegacia de Atendimento à Mulher do estado desde 2018. Para ele, existe uma explicação social para isso. “A necessidade de estar em um relacionamento afetivo para se realizar na vida, essa exigência social é muito mais forte para mulheres do que para homens. Isso torna as mulheres mais vulneráveis a aceitar coisas que normalmente não parecem muito normais”, diz. O promotor alega que, dentro dessas relações de gêneros, existe uma indução de que o homem pode e deve tomar as decisões referentes ao patrimônio e à administração de dinheiro. “Então, quando a mulher entra nesse relacionamento afetivo, há uma pressão maior para que ela delegue essas decisões importantes para o homem e confie cegamente nele”, diz. Quem são as vítimas Segundo Glauce, hoje, os alvos dos bandidos são mulheres entre 40 e 70 anos. O perfil está mais diverso, abrange mulheres casadas, solteiras, divorciadas, que podem ter diploma universitário e com ou sem uma renda alta. Isso porque as de baixa renda ainda podem fazer empréstimos. Quando a mulher é casada, o bandido vê uma segunda oportunidade: pedir nudes para chantageá-la. A maioria das vítimas são brancas, aponta um levantamento do Núcleo de Gênero do MPDFT, que analisou 240 casos de estelionato sentimental registrados pela Delegacia de Atendimento à Mulher do estado desde 2018. Dentro desses casos, 5,5% dos relacionamentos aconteceram inteiramente pela internet. Mas as mulheres não são as únicas vítimas, os homens também caem, aponta a caçadora Glauce. Contudo, eles não fazem denúncias. “A grande maioria, além de ser casado, ele vai passar vergonha na cabeça dele. Então, ele não denuncia”, explica. Golpe do namoro virtual: vítimas são iludidas e perdem dinheiro. g1 / arte Leia também: Estupro virtual: abusadores usam fotos falsas para chantagear a vítima; entenda o crime 'Ele quis me aniquilar viva': saiba o que é pornografia de revanche e conheça histórias de vítimas Quem está por trás do golpe Quem aplica o golpe do "romance scammer" são quadrilhas especializadas. Inicialmente, elas eram formadas apenas por grupos nigerianos, mas, hoje, já existem brasileiros envolvidos, afirma Glauce. “Hoje selecionam pessoas brasileiras para fazer o golpe e as pessoas que abrem as contas recebem uma porcentagem pelo dinheiro que entra”, diz. Por isso, para prender os bandidos é preciso ajuda da Polícia Federal. O mais comum é o bandido alegar que tem um pacote preso no aeroporto, que precisa de uma grande quantia para ser liberado pela alfândega. O suposto pacote pode conter presentes, documentos ou joias, por exemplo. Mas ele nunca chegará para a vítima. Além disso, cerca de 29% das mulheres que sofrem esse tipo de golpe afirmam que o bandido pediu para que elas pagassem um boleto, aponta pesquisa da organização “Era Golpe, Não Amor". Há ainda outra questão: muitas vezes, os valores pedidos são pequenos. Apenas 14% das entrevistadas alegaram ter perdido mais de R$ 5 mil. "Porque eles sabem que nem todas as vítimas vão ter esse montante muito rápido para fornecer”, explica Desiree Hamuche Montes, fundadora da iniciativa “Era Golpe, Não Amor". Depois que o dinheiro é enviado, o bandido pode sumir ou continuar “namorando” a vítima, para receber mais dinheiro. Romance scammer Luisa Rivas / Arte g1 *Os nomes Maria e Isabela são fictícios, para proteger as vítimas. Saiba também: Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como juntar provas, denunciar e pedir remoção Brasil tem ao menos 4 processos por dia por divulgação de imagens íntimas Saiba como se proteger de outros golpes: Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como denunciar  Estupro virtual: abusadores usam fotos falsas para chantagear vítimas 'Deepfake ao vivo': tecnologia que muda rosto e voz em videochamada já existe na vida real

Goiana que teve perna amputada após câncer bomba na web compartilhando rotina: 'Mais que exemplo de superação'


Atualmente, mais de 30 mil pessoas acompanham Letícia Silvério. Em seus vídeos, ela dança, se diverte, viaja e mostra uma vida normal, inspirando quem a acompanha. Publicitária goiana Letícia Silvério, de 29 anos Reprodução/Redes Sociais Ser mais do que um “exemplo de superação”. É assim que a publicitária goiana Letícia Silvério, de 29 anos, que teve a perna amputada ainda na adolescência após um câncer no joelho, se enxerga e deseja que o mundo a veja também. Por acreditar nisso, ela tem produzido conteúdo na internet e compartilhado sua rotina de forma real. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Atualmente, mais de 30 mil pessoas acompanham Letícia e alguns vídeos chegam a quase 50 mil visualizações. Entre os conteúdos estão dicas para outras pessoas com deficiência, experiências em shows, muito humor e, mais recentemente, a sua relação com a maternidade, já que descobriu há poucos meses que vai ser mãe. Assista alguns dos vídeos da goiana abaixo. “Meu conteúdo é a minha realidade. Compartilho minha vida, seja os momentos bons ou não. Acredito que a internet precisa de pessoas transparentes. Mostro quando a prótese me machuca, por exemplo, mas busco mostrar coisas além da amputação. Gosto de mostrar para seguidores que eu sou uma pessoa normal, que usa prótese e faz de tudo um pouco”, explica Letícia. LEIA TAMBÉM: Inspirada na modelo Paola Antonini, jovem de Goiás que teve perna amputada após câncer faz ação para doar próteses Com mais de 100 cirurgias, empresário que teve o braço amputado após choque elétrico compartilha rotina Tatuadora que teve o braço amputado após lipoescultura diz que vida depois da amputação é um recomeço e quer ser exemplo de superação: ‘Renasci’ Goiana que teve perna amputada após câncer bomba na web compartilhando rotina Ao g1, a goiana contou que começou na internet em meados de 2012, quando não haviam muitos criadores com deficiência. Por isso, ela decidiu começar a produzir o conteúdo que ela procurava e não encontrava. Em seus vídeos, Letícia dança, se diverte, viaja e mostra uma vida normal, inspirando quem a acompanha. “O que eu acho mais especial é conseguir ser transparente, mostrar minha essência. Ir além do rótulo exemplo de superação”, afirma. A jovem já foi convidada para participar de três realities shows, sendo o último deles apresentado pela atriz Ingrid Guimarães, também goiana. Apesar dos bons números, diz que ainda não ganha dinheiro com a internet, mas também, não pretende parar de produzir. "Meu sonho era viver financeiramente de internet, levando informação para pessoas, mas sendo honesta nas publicidades. Não é impossível, mas é bem delicado o processo. Se você mente na internet, burla a realidade, as pessoas vão se sentir mal, achar que tem algum problema, quando na verdade todos nós temos”, afirma. Facilitar acesso a próteses Em 2019, Letícia contou ao g1 que comandava um projeto para doar próteses para quem precisa, em Goiânia. Ela arrecadava peças em desuso, como joelhos, pés, muletas e outros acessórios para serem repassadas para outras pessoas com deficiência, que não tinham condições de comprar. Letícia Silvério, de 29 anos, que teve a perna amputada ainda na adolescência após um câncer no joelho Reprodução/Redes Sociais Porém, segundo ela, o projeto não teve o resultado esperado, pois muitas pessoas a procuravam para vender acessórios ortopédicos e não doá-los. Com isso, ela acabou mudando o foco do projeto. “Como eu vi que, infelizmente, o projeto não teve êxito, busquei uma solução dentro da realidade. Pois mesmo sendo caro os produtos, atualmente existem meios para que essas pessoas tenham acesso”, explica. Atualmente, Letícia é influenciadora de uma clínica de reabilitação de pessoas amputadas ou com mobilidade reduzida. Com essa parceria, ela orienta o público sobre as possibilidades de compra de próteses, como rifas, financiamento e até programas de desconto. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. 📱 Participe da comunidade do g1 Goiás no WhatsApp e no Telegram. Letícia após cirurgia que retirou tumor do joelho, em Goiânia, Goiás Reprodução/TV Anhanguera VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Padre Patrick diz que humor aproxima pessoas e revela xavecos: 'Encontro uns fora da curva'


Religioso que atua no Pará alcançou seis milhões de seguidores no Instagram com respostas sinceronas em caixinhas de perguntas. Em Ribeirão Preto, SP, ele se apresentou para plateia lotada. Com bom humor, Padre Patrick fala sobre fé e religião na peça 'Fora da Caixinha' Foto: Diego Soares Nascido no interior do Espírito Santo, em Santo Antônio do Canaã, o padre Patrick se dedica ao sacerdócio há dez anos e ganhou destaque no país ao responder perguntas curiosas dos fiéis por meio de sua conta no Instagram. Das respostas divertidas e sinceronas demais para um padre, nasceu o show “Fora da Caixinha”, que o levou a um contato com o público diferente daquele que tem na igreja que administra em Parauapebas (PA). Hoje, o religioso afirma que até xaveco já recebeu. "A gente sempre encontra, né, aqueles que estão um pouco fora da curva ali. Que falam alguma coisa, uma cantada, a gente leva isso com naturalidade também assim", diz. E se diverte ao lembrar da repercussão de uma foto sem camisa postada nas redes sociais e compartilhadas por sites de celebridades. “Em minutos, tive 200 mil curtidas e o bispo me ligou. Se você procurar no Google imagens, só vai achar minhas fotos de batina bem lá embaixo”. 📲 NOTÍCIAS NO CELULAR: Siga o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Padre Patrick brinca com a turma do crossfit e das academias Padre Patrick esteve em Ribeirão Preto (SP) nesta semana para única apresentação no Theatro Pedro II. Por uma hora e meia falou a uma plateia lotada sobre episódios curiosos da vida dele e também fez reflexões. “Eu também falo umas palavras bonitas no espetáculo”, brinca. Do Pará para o Brasil A história dele com o humor começou durante o lockdown provocado pela pandemia de Covid. Com as igrejas fechadas, ele encontrou na internet um canal de diálogo com os fiéis da Paróquia São Sebastião em Paruapebas, onde celebra missas atualmente. “A gente começou a usar mais as redes sociais até como uma forma também de alcançar as pessoas que estavam em casa, dar a possibilidade de em um momento tão pesado, trazer um conteúdo leve, divertido”. Padre Patrick apresenta a peça 'Fora da Caixinha' no Theatro Pedro II Foto: Diego Soares Quando abriu as primeiras ‘caixinhas de perguntas’ no Instagram para conversar com os fiéis, o padre não imaginava que atingiria mais de seis milhões de pessoas no seu perfil. “Teve um momento assim que a construção foi bem acelerada. Logo quando saiu ali um pouco da bolha de Parauapebas, dos muros ali, começou a crescer muito rápido e isso até me assustou um pouco”. Entre as piadas, padre Patrick provoca a turma do crossfit, ensina maridos a orarem pelas sogras, manda a real sobre o casamento e brinca com a própria rotina de religioso. Com o sucesso repentino, o sacerdote teve dificuldade para compreender a importância do seu relacionamento com Deus e os fiéis. “Eu tinha um pouco de receio das pessoas me verem apenas como uma figura caricata assim, até eu entender que o humor é uma ferramenta para trazer pessoas”. Padre Patrick respondendo perguntas na caixinha aberta em sua conta no Instagram Reprodução Instagram E foi de maneira singular, com humor e leveza, que o padre ganhou espaço no país, ao contrário de outros famosos, como Fábio de Melo e Marcelo Rossi. “Quando a gente pensa em padres que têm uma repercussão maior no Brasil, geralmente estão associados a música, e eu não canto [nada]. A via que foi me levando, através da internet e do humor, fez com que eu ganhasse uma notoriedade no Brasil”. O teatro e as missas Mesmo viajando o Brasil para levar alegria ao público, padre Patrick nunca deixou os fiéis de Parauepebas, que foram seus primeiros fãs e seguidores no Instagram. “A obrigação primeira é a de padre, então no interior do estado do Pará, onde eu estou há dez anos, na Paróquia São Sebastião, lá vai ser sempre a minha prioridade e também o meu porto seguro, onde eu volto para recarregar as minhas forças”. Da paróquia São Sebastião, no Pará, o padre Patrick conquistou o público com humor e leveza Foto: Diego Soares A agenda do padre, desde a estreia da peça há um ano, se divide entre o teatro e as missas. Durante a semana, geralmente, o padre se apresenta, e aos finais de semana, retorna para sua paróquia no Pará. “O carinho que eu recebia no [universo] virtual, eu queria receber também de forma presencial, me encontrando com as pessoas. Eu acho que a vida são encontros e a gente passa pela vida das pessoas e deixa marcas”. Já faz parte da apresentação o padre tirar fotos e conversar com os fiéis em uma troca de experiências, vivências e gratidão. “Eu fico superemocionado com os relatos que eu escuto de pessoas que se recuperaram de algum problema psicológico vendo os meus vídeos, principalmente relacionados à leveza, e me agradecendo”. *Sob supervisão de Thaisa Figueiredo Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Smartwatch: g1 testa e compara relógios da Apple, Huawei e Samsung


Modelos lançados em 2023 contam com mais recursos para acompanhamento de saúde e exercícios. Veja o resultado da avaliação. Guia de Compras: teste de smartwatches Ighor Jesus/g1 Usar um smartwatch virou sinônimo de cuidar da saúde. ⌚️Os modelos mais novos realizam tarefas como eletrocardiograma, medem a pressão arterial e até mesmo ajudam caminhantes perdidos a se guiar de volta para o caminho certo em uma trilha. E, claro, também ajudam a ver mensagens do celular, e-mails e rodar alguns apps sem precisar tirar o smartphone do bolso. ✅ Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp O Guia de Compras testou três modelos lançados em 2023 dessa categoria: Apple Watch Ultra 2 Huawei Watch GT 4 Samsung Galaxy Watch 6 Os relógios inteligentes custavam entre R$ 1.400 e R$ 9.700 nas lojas da internet consultadas no final de outubro. O preço inicial é similar ao do teste de smartwatches realizado em 2022 com outros modelos/marcas. Os testes foram feitos com uso diário dos relógios, incluindo caminhadas, corridas e visitas à academia de ginástica. Vale notar que autoridades de Saúde e os próprios fabricantes alertam que os dados de monitoramento desses aparelhos não substituem acompanhamento médico. Veja abaixo como cada um deles se saiu e, ao final da reportagem, a conclusão. Apple Watch Ultra 2 O Apple Watch Ultra 2 é o smartwatch mais caro entre os modelos da avaliação, sendo vendido por R$ 9.700 nas lojas on-line pesquisadas em outubro. Só funciona conectado a um iPhone. É o único do teste a entrar na categoria dos relógios esportivos, com funções mais avançadas que não aparecem nos concorrentes, como GPS com localização mais precisa e poder ser usado como computador de mergulho. O relógio foi lançado junto com o Apple Watch 9 e o iPhone 15 (veja o teste) em setembro. Design e sistema O Watch Ultra 2 é o maior relógio da Apple, com uma caixa de 49 mm e um design mais quadrado, que foge do padrão de bordas arredondadas do resto da linha. O acabamento em titânio e a maior espessura deixam o Ultra 2 mais parrudo que os outros modelos da marca. O modelo só tem uma versão, com conectividade GPS e celular – dá para instalar uma linha de telefone no relógio para ele funcionar independentemente do iPhone. Também é um relógio com mais funções que os outros Apple Watch (veja os testes do Watch 7 e do Watch SE). Uma delas é a tela é mais brilhante para uso sob o sol. Mas, no escuro, ela tem um segredinho: acende em uma cor alaranjada, que não ilumina todo o ambiente. Esse é um detalhe simples, mas útil e que o diferencia dos demais smartwatches disponíveis. O corpo do relógio conta com dois alto-falantes para ajudar nas ligações e a falar com a assistente virtual Siri, um botão lateral com a coroa digital para acessar aplicativos e atalhos e o botão de ação, que não existe nos outros relógios da marca. Nada mais é do que um atalho para recursos, como começar uma caminhada ou corrida. Mas o curioso é que pressionar por mais tempo o botão de ação ou o lateral aciona uma sirene de emergência. A fabricante diz que ela emite um som de 86 decibéis – equivalente a um alarme de carro ou secador de cabelos – que pode ser ouvido a até 180 metros de distância. Após ativada, a sirene emite um som irritante e crescente, que vai ficando cada vez mais alto até ser desativado. O Ultra 2 roda o sistema operacional Watch OS 10.1, a versão mais recente. A maior novidade é a possibilidade de usar o controle por gestos sem precisar tocar na tela. Veja abaixo como funciona: Double tap no Apple Watch Serie 9. Recurso também funciona no Watch Ultra 2. Apple/Divulgação É um truque interessante: basta levantar o relógio e realizar o gesto de tocar o indicador e o polegar. Se estiver na tela principal, ele substitui a ação de arrastar a tela da parte inferior para cima e abre o painel de atalhos. A cada gesto, o sistema alterna entre os painéis – atividade, previsão do tempo, música, entre outros. Também é possível atender ligações e utilizar o recurso em alguns aplicativos, como pausar uma música ou adiar um alarme. Caso o app não seja compatível com o gesto, uma animação de mãozinha aparece no topo da tela. A função funciona também com o Watch série 9, de acordo com a Apple. Os concorrentes testados não oferecem recursos similares. Exercícios e saúde O Watch Ultra 2 é mais um exemplo da “motivação Apple” que faz com que o dono do relógio se mexa o dia todo. Isso é algo comum aos relógios da marca e um modo eficiente de fazer o usuário se movimentar. Todos os dados ficam concentrados nos app Saúde e Fitness do iPhone. A cada meta atingida em calorias, passos e horas em pé, o relógio mostra uma animação dando parabéns. Correu 5 quilômetros? Ganhou uma medalha. Apple Watch Ultra 2 após finalizar um exercício Henrique Martin/g1 Durante a realização de uma caminhada ou corrida, a Apple aprimorou algo simples: a pausa automática. Ao parar para atravessar a rua durante uma corrida o Watch Ultra 2 para a contagem do tempo e volta a funcionar ao detectar movimento. O app Bússola grava paradas de forma automática ao fazer uma rota. Esse ponto marca o último local com recepção de celular (útil para quem vai fazer uma trilha no mato, por exemplo) e também um ponto de emergência – caso os recursos de chamada de urgência sejam necessários. Para quem anda de bicicleta, o relógio da Apple agora permite sincronizar dados com acessórios compatíveis de outras marcas, como velocímetros com conectividade bluetooth. Na piscina ou no mar, o Watch Ultra 2 vai até 100 metros de profundidade – contra 50 m dos outros modelos da Apple. E tem um app de Profundidade, que ajuda em mergulhos, algo que os concorrentes avaliados também não fazem. O relógio conta ainda com certificação militar MIL-STD-810H, que ajuda na proteção da tela e corpo do dispositivo. Os recursos de saúde do Watch Ultra 2 ainda incluem monitoramento dos batimentos cardíacos e da oxigenação do sangue (quanto de oxigênio é transportado pelo sangue), capacidade de realizar eletrocardiogramas – algo que o Samsung Galaxy Watch 6 Classic também faz – e acompanhamento do sono. O monitoramento de sono segue completo – com avisos na hora de dormir e acordar. Bateria A bateria do Apple Watch Ultra 2 é a de maior duração entre aparelhos da marca já testados pelo Guia de Compras: 3 dias de uso – o Watch SE chegava a 1,5 dia de uso, precisando de recarga quase todas as noites. Mas ainda é uma marca bem menor que o Huawei Watch GT 4, que pode chegar a 10 dias sem necessidade de recarga. Huawei Watch GT4 O Huawei Watch GT 4 é um smartwatch que funciona muito bem para acompanhar exercícios, monitorar a saúde e receber notificações de mensagens que chegam ao celular. Mas é um produto que não tem muitos aplicativos integrados e recursos avançados encontrados nos concorrentes do teste, como eletrocardiograma ou medição de pressão arterial. É o único relógio da avaliação que funciona com celulares Android e iOS. O teste foi feito com o Huawei GT 4 com caixa de 46 mm. Essa versão custava R$ 1.400 nas lojas on-line consultadas em outubro – o relógio é o mais barato da lista. A fabricante também vende uma versão menor, com caixa de 41 mm, por R$ 1.300. Design e sistema O smartwatch da Huawei usa o sistema operacional próprio Harmony OS 4.0, que é mais limitado na oferta de apps. A tela redonda é de 1,43 polegada, com um visual que lembra um relógio de pulso convencional. Ao acionar o menu de aplicativos, surgem ícones arredondados e que remetem ao estilo do Apple Watch. O botão principal aciona o menu de apps, e um segundo botão ativa um atalho selecionado, como iniciar um exercício. Porém, diferente dos modelos da Apple e Samsung, o da Huawei não permite instalar apps de terceiros. Não dá para responder uma mensagem de WhatsApp, por exemplo, direto do relógio – apenas visualizar. A conectividade é apenas por bluetooth, sem opção de uso por Wi-Fi ou rede celular. O relógio permite utilizar o armazenamento interno de 4 GB para guardar músicas, transferidas da coleção pessoal do dono do smartphone em formato MP3 para o dispositivo. O recurso interno de controle de músicas funciona integrado com o aplicativo de streaming em uso no celular, permitindo avançar, pausar e adiantar faixas. O Watch GT 4 é o único que funciona com celulares Android e iOS. Alguns testes feitos com o relógio conectado a um iPhone 15 mostraram que o sistema não "conversa" por completo com o da Apple. As notificações de mensagens recebidas pelo aplicativo Mensagens da Apple (antigo iMessage) não aparecem no GT 4. WhatsApp, e-mails e Telegram, por outro lado, funcionam normalmente. Os dados de saúde sincronizam informações com o app Saúde, da Apple, mas não os dados de treinamento com o app Fitness – o que pode ser um pouco frustrante para acompanhar a atividade do dia. No Android, dá para sincronizar essas informações com o Google Fit, por exemplo. Exercícios e saúde O Huawei Watch GT 4 detecta exercícios de forma automática – basta sair andando ou correndo que ele inicia o processo ao perceber alguns minutos depois. O relógio permite acompanhar mais de 100 tipos de atividades físicas, incluindo remo, golfe, trilha ou esqui cross-country. O modelo conta com um recurso que já estava presente em outros modelos da marca (leia o teste com o Watch GT 2 Pro) para ser um "personal trainer" de pulso, com trajetos de corrida para quem nunca praticou o exercício. Outra similaridade com o Apple Watch Ultra 2 está nos incentivos de movimento, com um semicírculo na tela do relógio. O Watch GT 4 pode ser usado embaixo d’água, em até 50 metros de profundidade. O aplicativo Saúde, instalado no celular, mantém os registros dos exercícios com bastante detalhe. Ao final de uma corrida, por exemplo, ele mostra todo o trajeto em mapa, volta mais rápida, elevação e vai um pouco além dos concorrentes. O relógio também mostra efeitos de treinamento e informa se o desempenho melhorou em comparação à última atividade e até qual foi a intensidade do exercício no dia. E quanto tempo é preciso dar de pausa entre um treino e outro. Huawei Watch GT 4: resumo de exercício no pulso Henrique Martin/g1 Outro recurso interessante para monitoramento da saúde é o Stay Fit, que ajuda a monitorar o consumo de calorias durante o dia. Diz a Huawei que é para "orientar os usuários para os seus objetivos de peso através da promoção de um equilíbrio entre uma alimentação saudável e exercícios adequados". Na prática, o Stay Fit pediu para marcar as refeições em horários inusitados – como jantar às 17h. O Watch GT 4 também acompanha a qualidade do sono, mede a oxigenação do sangue, e acompanha batimentos cardíacos (sem eletrocardiograma, como nos concorrentes do teste). Mas consegue indicar possíveis arritmias do coração. Bateria Perto dos concorrentes do teste, a bateria do Huawei Watch GT 4 é gigante: chegou a quase 10 dias de uso, contra 2 ou 3 dos outros relógios. A fabricante promete até 14 dias de uso para o dispositivo. Samsung Galaxy Watch 6 Classic O Samsung Galaxy Watch6 Classic – como aconteceu com o Watch5 (veja o teste) – é a melhor opção de relógio inteligente para quem tem celular Android. Roda diversos aplicativos e oferece recursos que não estão presentes nos concorrentes. O Galaxy Watch6 Classic custava R$ 4.000 nas lojas da internet no final de outubro. A versão usada no teste foi a com tela de 47 mm e conectividade bluetooth. A Samsung vende esse mesmo relógio com uma coroa de 44 mm por R$ 3.000, e uma versão mais simples (Watch6) a partir de R$ 2.800. Design e sistema A tela de 1,5 polegada do Watch6 Classic conta com uma coroa giratória ao seu redor – esse é o principal diferencial em relação ao modelo Watch6. Essa peça serve para navegar pelo relógio e complementa o display sensível ao toque. Dois botões laterais também ajudam a comandar o smartwatch, que tem proteção contra água, podendo ser usado em até 50 metros de profundidade, de acordo com a Samsung. Assim como o Apple Watch Ultra 2, o Watch6 Classic conta com certificação militar MIL-STD-810H, que ajuda a proteger o dispositivo. O relógio roda o WearOS, desenvolvido pelo Google. O gerenciamento do dispositivo é feito pelo app Galaxy Wearable, que funciona apenas em celulares com sistema Android. Entre os apps pré-instalados no dispositivo estão as atividades físicas, notificações, medição de stress, batimentos cardíacos, eletrocardiograma, calendário. Mas é possível baixar novos apps – como Outlook, WhatsApp e Uber – direto da Google Play Store no relógio ou telefone. Exercícios e saúde O Galaxy Watch6 Classic permite acompanhar dezenas de exercícios e detecta automaticamente uma corrida ou caminhada. O círculo da Apple e o semicírculo da Huawei aqui são representados por um coração de atividades – que segue com as mesmas métricas (passos, tempo em pé, tempo em movimento). O app para celular é o Samsung Health, usado para sincronizar os dados de saúde. Mas as informações – por conta do WearOS – também aparecem no Google Fit, que reúne referências de outros dispositivos (como o Huawei Watch GT 4). O acompanhamento de saúde inclui sensores para medir batimentos cardíacos com eletrocardiograma e oxigenação do sangue. E dois recursos exclusivos da Samsung: composição corporal – porcentagem de gordura, massa muscular e água no corpo – e até mesmo pressão arterial. Com ajuda de um monitor de pressão convencional, é possível ajustar o Watch6 Classic para medir a pressão. Porém, é uma tarefa que precisa ser feita todo mês, para garantir a precisão dos resultados. Samsung Galaxy Watch6 Classic: medir a pressão arterial requer calibrar o aparelho todo mês Henrique Martin/g1 O Watch6 Classic ainda cria perfis de sono, com a intenção de ajudar o usuário enquanto dorme. E também diz quanto ele roncou durante a noite. Bateria A bateria do Samsung Galaxy Watch6 Classic segue parecida com a do Watch5, com três dias longe do carregador. É um resultado bom, similar ao do Apple Watch Ultra 2, mas ainda distante dos 10 dias do modelo da Huawei. Conclusão O MELHOR PARA CADA SISTEMA: O smartwatch funciona como um auxiliar do smartphone. Na dúvida, a escolha mais fácil é aquela indicada para o sistema operacional do celular. O Apple Watch Ultra 2 é o topo de linha da marca e um dos relógios mais avançados disponíveis nas lojas on-line. O preço pode assustar, mas uma alternativa a ele é o Apple Watch 9, que conta com o mesmo sistema operacional, processador e a maioria dos recursos. Só não tem a tela maior e mais brilhante, a sirene e a função de mergulho. Além disso, o Watch série 9 custa quase a metade do preço do Ultra 2: R$ 5.000, contra R$ 9.700 no modelo mais caro. Já o Huawei Watch GT 4 serve como um smartwatch melhor para monitoramento de saúde do que dispositivo multitarefa integrado ao celular, como seus concorrentes. Tem como grande ponto positivo o preço (R$ 1.400), mas melhor utilizar ligado a um telefone com sistema Android. E o Samsung Galaxy Watch6 Classic é a escolha para donos de aparelhos Android, sejam da marca ou não. Os relógios foram emprestados pelas fabricantes e serão devolvidos. Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.  Veja seleção de cupons de desconto válidos até 31/12/23: Initial plugin text Como escolher um smartwatch

Sem memória no celular? Veja dicas para não acumular mídias do WhatsApp


Aplicativo tem função que impede o download automático de fotos e vídeos que você recebe, além de permitir apagar arquivos de uma determinada conversa. Celular, aplicativo do WhatsApp Anton/Pexels Vídeos, fotos, GIFs, PDFs. Há uma variedade de mídias que enviamos e recebemos todos os dias no WhatsApp. E todo esse material pode ocupar um espaço significativo no armazenamento interno do seu celular. Em alguns casos, esses arquivos são baixados automaticamente no smartphone. Mas o aplicativo de mensagens permite desativar essa opção tanto no Android como no iPhone (iOS). Sendo assim, o usuário precisa baixar manualmente vídeos e fotos ao tocar neles, o que permite maior controle do espaço de armazenamento. Além disso, uma alternativa é excluir esse material recebido. Nesta reportagem, você irá saber: ❌ Como NÃO baixar mídias automaticamente 🗑️ Como APAGAR arquivos do WhatsApp ❌ Como NÃO baixar mídias automaticamente 🤖 No Android: Passo a passo para não baixar automaticamente arquivos no WhatsApp nos celulares Android Juan Silva, g1 🍎 iPhone (iOS): Passo a passo para não baixar automaticamente mídias no iOS Juan Silva, g1 🗑️ Como APAGAR arquivos pelo próprio WhatsApp 🤖 No Android: Passo a passo para apagar mídias direto do WhatsApp no Android Juan Silva, g1 🍎 iPhone (iOS): Passo a passo para apagar mídias direto do WhatsApp no iOS Juan Silva, g1 WhatsApp permite transformar áudio em texto; assista o vídeo abaixo e saiba como Como transformar uma foto em arquivo de texto no Android e no iPhone Live NPC? Conheça a nova onda do TikTok Entenda o que é live NPC, nova trend do TikTok

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Isis Valverde registra ocorrência após aparecer nua em montagens compartilhadas em redes sociais


A equipe da atriz percebeu que as imagens começaram a circular nesta quinta-feira (26). Em algumas delas, foram adulterados posts feitos pela atriz posando de biquini. Isis Valverde em foto que ela postou e, à direita, em montagem compartilhada Reprodução A atriz Isis Valverde informou que procurou a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática depois que fotos de suas redes sociais foram adulteradas para simular o vazamento de "nudes". A equipe da artista percebeu que as imagens começaram a circular nesta quinta-feira (26). Em algumas delas, foram adulterados posts feitos pela atriz posando de biquini. Com as imagens adulteradas, a atriz parece estar de top less ou nua. Atriz Isis Valverde em imagem postado no Instagram, à esquerda. Ao lado, uma das montagem compartilhadas Reprodução

Deputada do RJ diz que robô que faz desenhos ao estilo Pixar entregou imagem de mulher negra com arma na mão ao receber pedido de personagem em favela


Imagens criadas, gratuitamente, por uma inteligência artificial hospedada pela Microsoft, viraram trend nos últimos dias. Para criá-las, é preciso colocar uma descrição. “Não pode uma mulher negra, cria da favela, estar num espaço que não da violência?", questionou Renata. A deputada estadual Renata Souza (PSOL), do Rio de Janeiro, afirmou que, ao pedir para o "robô desenhista" criar um personagem de mulher negra na favela, ao estilo Pixar, obteve, como resultado, a imagem de uma pessoa segurando uma arma na mão. Deputada denuncia caso de racismo ao criar personagem estilo "Disney Pixar" Instagram/ Reprodução Na publicação, a deputada disse que a descrição feita para pedir a imagem, gerada via inteligência artificial, foi de “uma mulher negra, de cabelos afro, com roupas de estampa africana num cenário de favela”. “Não pode uma mulher negra, cria da favela, estar num espaço que não da violência? O que leva essa “desinteligência artificial” a associar o meu corpo, a minha identidade, com uma arma?”, lamentou Renata Souza. O g1 procurou a Microsoft, que hospeda o robô inteligente dentro do site bing.com/create, e aguarda posicionamento. Veja também: Como funcionam os robôs que criam imagens novas em segundos ChatGPT: como usar o robô no dia a dia ChatGPT: como usar o robô no dia a dia Entenda o que é live NPC, nova trend do TikTok Entenda o que é live NPC, nova trend do TikTok Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador ou por app Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador ou por app

SP em filme da 'Disney Pixar'? Paulistano usa nova trend das redes sociais e viraliza ao criar imagens de pontos turísticos


Ao todo, Leandro L., especialista da área de marketing e apaixonado pela cidade, publicou 10 imagens como se fossem posters de filmes da Disney. Elas são criadas gratuitamente por uma inteligência artificial da Microsoft. Pontos turísticos de São Paulo em estilo Disney Pixar Reprodução/Instagram Olharurb E se a cidade de São Paulo fosse tema de uma animação da Disney Pixar? Foi com essa pergunta que o paulistano Leandro L. viralizou na web ao usar a nova trend das redes sociais para transformar famosos pontos turísticos da capital paulista em animações. Ao todo, foram publicadas 10 imagens como se fossem posters de filmes da Disney. Elas trazem a avenida Paulista, o Mercadão, Rio Pinheiros, Museu do Ipiranga, Parque Ibirapuera, Rua 25 de Março, a Estação da Luz e Praça da Sé. "Sempre tive o sonho de ver uma animação estilo Disney que se passasse em São Paulo", escreveu uma internauta. "Ah, que incrível! Eu já amo Sampa com todo meu coração, mesmo com todos os problemas e essa versão Pixar é a coisa mais fofa. Sampa merece", ressaltou outra internauta. SP em estilo Disney Pixar Reprodução/Instagram Olharurb Em entrevista ao g1, Leandro contou que trabalha na área de marketing, mas tem como hobby fotografar São Paulo e usar a inteligência artificial em imagens. Por isso, há 10 anos criou o perfil no Instagram "Olharurb" e este ano o perfil "AI Reality Illusions". "Eu sou apaixonado pela cidade. A arquitetura, as novidades, enfim, a infinidade de possibilidades que São Paulo oferece. Não sou fotógrafo profissional, mas gosto de captar os momentos para mostrar muitos detalhes", conta. "Navegando pela internet vi algumas pessoas utilizarem filtros da Pixar, em selfies, e esse foi o gatilho. Pensei: 'por que não fazer algo com a cidade de São Paulo, seus pontos turísticos?' Então, como já faço experimentações com Inteligência Artificial resolvi tentar", ressaltou. Avenida Paulista em estilo Disney Pixar Reprodução/Instagram Olharurb As imagens têm sido criadas pela Microsoft, que usa um "robô desenhista". Por trás dessa tecnologia, está o DALL-E 3, sistema da OpenAI (a mesma dona do ChatGPT), que usa inteligência artificial para criar ilustrações. "Para chegar nesse resultado tive que fazer várias tentativas e ir alterando o prompt [símbolo ou mensagem para executar um comando]. Usei o Bing que utiliza o Dall-E. Depois utilizo um programa de imagens para adicionar logos, letras faltantes, corrigir feições, rostos. É necessário ter uma riqueza de detalhes e nem sempre o resultado é o esperado". "Eu usei o prompt [comando] em Inglês, e acredito que ajuda. Mas mesmo assim não é garantido. Por exemplo, eu gostaria de ter feito uma com o MASP, mas também não consegui. Vale destacar que é um trabalho de experimentação, necessita de uma pós-produção no final. O ajuste no lettering, por exemplo, em algumas feições. A inteligência artificial não é boa com rostos e mãos", complementou Leandro. Leia também Masp vira xilofone, e Copan, toalha: fotógrafo e designer brincam com imagens de pontos turísticos de SP Saiba como criar o seu personagem 'Disney Pixar', nova trend das redes sociais 'Cotidiano lúdico' Rio Pinheiros em estilo Disney Pixar Reprodução/Instagram Olharurb Leandro conta que não esperava a repercussão que as imagens tiveram, como o compartilhamento do trabalho dele em vários perfis do Instagram. "Com essa trend tive a oportunidade de transformar o cotidiano das pessoas em algo lúdico. Tipo o aperto do metrô, um passeio no Mercadão. Ao ver essas imagens, nossa imaginação transforma o dia a dia, muitas vezes trivial, em algo bonito. Uma essência talvez da infância". "A do Rio Pinheiros tem uma peculiaridade, além de ter a questão da imagem em formato Pixar, que já deixa o tema interessante. Esse tem algo especial porque ele está limpo, com pessoas navegando. Sabemos que o processo de despoluição está em andamento, mas vê-lo assim dá um toque a mais na imagem", enfatiza. Estação da Luz em animação estilo Disney Pixar Reprodução/Instagram Olharurb Por conta da repercussão, até mesmo páginas que trazem informações de bairros de São Paulo pediram para Leandro ajudar na criação de animações. "É muito bacana ter proporcionado às pessoas essa oportunidade de ver a cidade por esse prisma da fantasia. Fiz um prompt para um bairro que tenho muito afeto, que é a Mooca. Enviei a imagem para eles e fizemos uma collab [colaboração]. É bacana perceber que outras páginas fizeram o mesmo", diz. Parque Ibirapuera em animação Disney Pixar Reprodução/Instagram Olharurb Como criar o seu personagem estilo 'Disney Pixar' primeiro, entre no site de criação de imagens IA do Microsoft Bing (https://www.bing.com/create); em seguida, escreva "Crie um personagem no estilo Pixar" e ao lado dê mais detalhes sobre a pessoa que a IA deve gerar. Depois, toque em "Ingressar e criar"; na próxima tela, informe o login e senha da Microsoft; em seguida, a IA gera quatro imagens. Trânsito de SP em animação Disney Pixar Reprodução/Instagram Olharurb Museu do Ipiranga em animação Reprodução/Instagram Olharurb Bairro Mooca em animação Disney Pixar Reprodução/Instagram Olharurb

Saiba como criar o seu personagem 'Disney Pixar', nova trend das redes sociais


Imagens criadas, gratuitamente, por uma inteligência artificial da Microsoftse se assemelham às animações da Pixar. Neymar Junior e Anitta são alguns dos famosos que ganharam versões da plataforma Microsoft Bing/ Reprodução Criar o seu personagem estilo "Disney Pixar" é a mais nova trend das redes sociais. Embora seja bem parecido com as animações originais, as imagens têm sido criadas pela Microsoft, que usa um "robô desenhista". Ivete Sangalo e o produtor de conteúdo Ivan Baron são alguns dos famosos que compartilharam suas versões, feitas pela Inteligência Artificial, na internet. As ilustrações se assemelham às grandes animações da companhia audiovisual , como "Frozen", "Moana" e "Toy Story". O criador de conteúdo Ivan Baron compartilhou a trend em suas redes sociais Ivan Baron/ Reprodução Personagens de outros estúdios, como Harry Potter, cidades do Brasil e capas de discos musicais também foram reproduzidos na trend. Por trás dessa tecnologia, está o DALL-E 3, sistema da OpenAI (a mesma dona do ChatGPT), que usa inteligência artificial para criar ilustrações. Para te ajudar a entrar na "trend", o g1 listou o passo a passo de como acessar a plataforma. Mas tenha paciência! Ao longo desta quarta-feira (25), o site apresentou instabilidade. Como criar o seu personagem estilo 'Disney Pixar' primeiro, entre no site de criação de imagens IA do Microsoft Bing (https://www.bing.com/create); em seguida, escreva "Crie um personagem no estilo Pixar" e ao lado dê mais detalhes sobre a pessoa que a IA deve gerar. Depois, toque em "Ingressar e criar"; na próxima tela, informe o login e senha da Microsoft; em seguida, a IA gera quatro imagens. Entenda mais sobre os 'robôs desenhistas' O QUE SÃO: modelos de inteligência artificial treinados para "pensar" de forma parecida com o cérebro humano COMO DESENHAM: usam uma técnica chamada "difusão", que começa as imagens a partir de pontos aleatórios e, aos poucos, forma algo que pode ser reconhecido por um ser humano COMO SÃO CRIADOS: os robôs usam conjuntos extensos com bilhões de fotos ligadas às suas descrições em texto para aprender a reconhecer objetos e estilos artísticos QUAL O DEBATE: se esses robôs podem ou não substituir ilustradores profissionais e se o aprendizado a partir de imagens disponíveis na internet pode ser considerado roubo de propriedade intelectual ONDE TESTAR: Midjourney, Stable Diffusion e DALL-E estão abertos ao público em versões beta, que podem ser experimentadas em seus sites. Repercussão Ivete Sangalo é uma das artistas que participam da trend Twitter/ Reprodução O cantor Luan Santana ganhou um versão feita por fãs Twitter/ Reprodução Internautas compartilharam as versões feitas pela tecnologia Twitter/ Reprodução Famosos e pessoas anônimas paricipam da trend Twitter/ Reprodução O que são os robôs 'desenhistas' e por que eles viraram alvo de disputa Como funcionam os robôs que criam imagens novas em segundos

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

16% das crianças e adolescentes no Brasil dizem que já receberam conteúdo sexual na internet, mostra pesquisa


Edição 2023 do levantamento TIC Kids Online ainda revela que 9% dos usuários de internet de 11 a 17 anos afirmam ter sido abordados por outras pessoas pedindo fotos sem roupa no ambiente virtual. 16% das crianças e adolescentes no Brasil dizem que já receberam conteúdo sexual na internet, mostra pesquisa TV Globo / Reprodução Um estudo revelou que 16% das crianças e adolescentes brasileiras de 11 a 17 anos disseram já ter recebido mensagens com conteúdo sexual na internet. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (25) na pesquisa TIC Kids Online Brasil 2023. O levantamento foi realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), que, desde 2012, faz uma análise sobre o uso de internet no país todo ano. 🔒Segurança das crianças na internet: veja perguntas e respostas sobre como protegê-las O Cetic.br entrevistou presencialmente 2.704 crianças e adolescentes, ao lado de seus pais ou responsáveis, entre março e julho de 2023. Ainda sobre o tema envolvendo conteúdo sexual na internet, a pesquisa apontou que: o percentual de pessoas que disseram ter recebido conteúdo sexual on-line foi maior entre adolescentes de 15 a 17 anos (27%), que são os usuários mais assíduos de internet, de acordo com Luísa Adib, coordenadora do estudo; 9% das crianças e adolescentes de 11 a 17 anos afirmaram que outras pessoas já pediram na internet uma foto ou vídeo em que elas aparecessem sem roupa; 5% disseram que outras pessoas já pediram para elas falarem sobre sexo no ambiente on-line; 9% dos usuários de 9 a 17 anos alegaram que viram fotos ou vídeos de conteúdo sexual na internet nos últimos 12 meses; sobre o meio em que viram essas imagens, 26% alegaram que foi nas redes sociais; 9% em sites de vídeos; e 5% em sites de jogos. "Cabe destacar que o contato com esses posts não representa, necessariamente, resultados problemáticos. A TIC Kids aponta que 37% dos usuários de 11 a 17 anos dizem ter visto informações sobre sexualidade, como saúde sexual ou educação sexual on-line", explica Luísa Adib. Para o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa, o relatório mostra uma tendência crescente de uso da internet já na primeira infância e ressalta que esse levantamento pode orientar políticas e ações voltadas na garantia dos direitos e proteção do público infantil. Como elas usam as redes sociais Pela primeira vez, o Cetic.br incluiu o YouTube ao perguntar as plataformas digitais mais usadas. O TIC Kids Online Brasil revelou que o acesso ao YouTube predomina entre aqueles com 9 a 12 anos de idade. Mas o Instagram ainda é a principal rede social usada por crianças e adolescentes, como mostra o gráfico abaixo. Na edição 2022 da pesquisa, o TikTok era apontado como a principal mídia social utilizada por crianças e adolescentes no país. O Instagram e o Facebook apareciam logo em seguida, respetivamente. Neste ano, a TIC Kids também mostrou que 88% das crianças e adolescentes com internet no Brasil afirmaram ter perfil nas redes sociais (Facebook, Instagram, TikTok, YouTube, X - ex-Twitter, WhatsApp e Snapchat). Sobre as atividades realizadas nessas plataformas, 35% disseram ter feito postagem com texto, foto ou vídeo de autoria própria, enquanto 44% compartilharam posts de outros perfis. No recorte de engajamento, o levantamento identificou que 35% usaram as redes para conversar com pessoas de outras cidades, países e cultura e 28% entraram em grupos ou fóruns para acompanhar assuntos que gostam. LEIA TAMBÉM: WhatsApp deixa de funcionar em celulares Android antigos; veja como identificar sua versão First Mile: o que se sabe sobre o software espião usado pela Abin WhatsApp agora permite usar duas contas no mesmo celular; veja como Campanha alerta para o risco de postar fotos de crianças na internet Campanha alerta para o risco de postar fotos de crianças na internet 'Deepfake ao vivo': tecnologia que muda rosto e voz em videochamada já existe na vida real 'Deepfake ao vivo': tecnologia que muda rosto e voz em videochamada já existe na vida real Carros de aplicativo: veja quais são os principais recursos de segurança Carros de aplicativo: veja quais são os principais recursos de segurança Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Mais de 40 estados nos EUA processam Meta por prejudicar a saúde de menores


Documento apresentado a um tribunal na Califórnia diz que Facebook e Instagram 'exploraram tecnologias poderosas e sem precedentes para atrair (...) e, finalmente, prender jovens e adolescentes com o objetivo de obter lucros'. Mark Zuckerberg REUTERS/Erin Scott Mais de quarenta estados americanos entraram com um processo contra a gigante tecnológica Meta, onde acusam o Facebook e o Instagram de prejudicarem "a saúde física e mental dos jovens", de acordo com o documento apresentado nesta terça-feira (24) perante um tribunal na Califórnia. "A Meta explorou tecnologias poderosas e sem precedentes para atrair (...) e, finalmente, prender jovens e adolescentes com o objetivo de obter lucros", afirmam os procuradores-gerais dos estados que entraram com a ação - a qual a AFP obteve acesso. Os estados, governados tanto por democratas como por republicanos, acrescentam que a empresa californiana "ocultou a maneira como essas plataformas exploram e manipulam seus consumidores mais vulneráveis" e "negligenciou o dano considerável que essas plataformas causaram à saúde mental e física dos jovens de nosso país". A ação legal é o resultado de investigações iniciadas em 2021 sobre os métodos das duas plataformas, considerados "viciantes" pelas autoridades dos EUA. Os procuradores-gerais decidiram fazer algo sobre, depois que uma ex-funcionária do Facebook denunciou as práticas da empresa que trabalhava. A engenheira da computação Frances Haugen vazou mais de 20.000 páginas de documentos internos e denunciou para parlamentos de vários países que a rede social priorizou seus lucros acima da segurança dos usuários. A ação, movida na terça-feira, também acusa a Meta de violar a Lei de Privacidade Infantil. Os estados pedem aos tribunais o encerramento de suas práticas e exigem o pagamento de multas. A Meta não respondeu o contato feito pela AFP. Os procuradores-gerais dos EUA frequentemente confrontam as gigantes da tecnologia, especialmente em questões de monopólio ou proteção de informações pessoais. Leia também: Relembre: Meta já foi multada em US$ 1,3 bilhão por compartilhar dados de usuários europeus com os EUA Meta assumiu erro por manter vídeo golpista no ar antes de ataques em Brasília, diz comitê da empresa Saiba mais sobre a Meta em VÍDEOS Veja as novidades reveladas por Mark Zuckerberg Demissões nas big techs: o que está acontecendo com Google, Microsoft, Meta e Amazon

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

WhatsApp deixa de funcionar em celulares Android antigos nesta terça; veja como identificar sua versão


Fim da compatibilidade só afeta usuários de Android com o sistema 4.1(Jelly Bean). Para quem usa iPhone (iOS), não haverá mudanças e app segue suportando iOS 12 ou superior. WhatsApp deixa de funcionar em celulares Android antigos nesta terça; veja como identificar sua versão AP Photo/Patrick Sison O WhatsApp está deixando de ser compatível com Android 4.1(Jelly Bean) a partir desta terça-feira (24). Com isso, celulares que pararam nessa versão deixam de ter o app atualizado e funcionando (veja abaixo como identificar o sistema do seu aparelho). Agora, o WhatsApp executa Android 5.0 (Lollipop) ou versão mais recente. No caso do iPhone (iOS), não haverá mudanças e o app segue suportando o iOS 12 ou superior. O WhatsApp diz que notifica os usuários com antecedência sobre o fim da compatibilidade. A Meta, dona do aplicativo, e o Google, responsável pelo Android, não informam uma lista de aparelhos que estão deixando de ter o app funcionando. Por que isso acontece? O WhatsApp explica que, anualmente, verifica os softwares Android e iOS (iPhone) mais antigos e com menos utilizadores. Após fazer o levantamento, o aplicativo pode deixar de receber atualizações de segurança, o que é um problema para o usuário, já que a correção de falhas ocorre constantemente em qualquer aplicativo. "Esses celulares podem não ter as atualizações de segurança mais recentes ou podem não ter a funcionalidade necessária para executar o WhatsApp", explica. A empresa diz que esse procedimento é normal no "setor tecnológico". Como saber a versão do Android Por conta de mudanças feitas pelas fabricantes, os passos para descobrir a versão do Android podem ser diferentes em cada celular. Confira como encontrar a informação em celulares de duas marcas: Samsung Abra as "Configurações"; Clique em "Sobre o telefone"; Clique em "Informações do software"; Busque por "Versão Android". Motorola Abra as "Configurações"; Clique em "Sistema"; Clique em "Sobre o dispositivo"; Busque por "Versão do Android". LEIA TAMBÉM: WhatsApp agora permite usar duas contas no mesmo celular; veja como WhatsApp começa a liberar login sem autenticação por SMS no Android Windows tem atalhos 'secretos' que abrem Word, Excel, Outlook e até LinkedIn Como transformar uma foto em arquivo de texto no Android e no iPhone Como transformar uma foto em arquivo de texto no Android e no iPhone Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador ou por app Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador ou por app Como denunciar postagens no Instagram, TikTok e Kwai e em outras redes sociais Como denunciar postagens no Instagram, TikTok e Kwai e em outras redes sociais WhatsApp libera nova proteção contra roubo de conta; veja como funciona WhatsApp libera nova proteção contra roubo de conta; veja como funciona

Governo cria ConectaBR, programa para ampliar a cobertura e o acesso à internet móvel


Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) será responsável por desenvolver instrumentos, projetos e ações que possibilitem a melhoria contínua na qualidade da internet pelo país. "(A medida busca) reduzir desigualdades regionais", informou o Ministério das Comunicações em publicação no DOU. Anatel libera sinal 5G em cidades das regiões de Sorocaba e Jundiaí (SP) Júlia Martins/g1 O governo instituiu o programa nacional de melhoria da cobertura e da qualidade da banda larga móvel nesta segunda-feira (23). O programa, que chama ConectaBR, visa ampliar a cobertura e o acesso à internet pelo Brasil. A Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) será responsável por desenvolver instrumentos, projetos e ações que possibilitem a melhoria contínua na qualidade da internet. O órgão deverá também monitorar e avaliar a prestação de serviços de comunicações móveis. "(A medida busca) reduzir desigualdades regionais, propiciando experiências similares aos usuários de serviços de telecomunicações em todo o território nacional", informou o Ministério das Comunicações, em publicação no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda. A Anatel deverá estabelecer as seguintes regras: Redes com tecnologia 5G deverão alcançar a referência de 100 megabits por segundo, sendo esperado tal patamar, preferencialmente, em 95% do país; Redes com tecnologia 4G deverão alcançar referência de 10 megabits por segundo, sendo esperado tal patamar, preferencialmente, em 95% do país. A Agência implantará o "Selo Qualidade em Banda Larga Móvel", para avaliar o trabalho da prestadoras de serviço banda larga.

domingo, 22 de outubro de 2023

Nova regra do Reino Unido para proteger crianças na internet prevê multas bilionárias e até prisão de executivos


Plataformas deverão agir rapidamente para proteger menores de 18 anos em seus serviços. Governo diz que regras farão o Reino Unido ser o lugar mais seguro para estar online, mas especialistas e empresas criticam mudanças. Facebook, Instagram, TikTok, Twitch, Twitter e YouTube em movimento de prevenção ao coronavírus Rafael Miotto/G1 Um projeto aprovado no fim de setembro no Parlamento do Reino Unido endureceu as regras de segurança para as redes sociais e buscadores na internet com relação ao uso por crianças. As empresas de internet deverão agir para dificultar o acesso de pessoas com menos de 18 anos a conteúdos que envolvam pornografia, suicídio e transtornos alimentares, por exemplo. Com o chamado Online Safety Bill, plataformas como Facebook, YouTube e TikTok poderão ser responsabilizadas pelos conteúdos que hospedam, mesmo que eles tenham sido publicados por terceiros. Isso se elas não agirem rapidamente para remover materiais ilegais. Entre as punições previstas estão multas bilionárias e até a prisão de chefes das plataformas. O governo britânico alegou em 19 de setembro, quando o projeto foi aprovado, que as novas regras "tornarão o Reino Unido o lugar mais seguro para se estar online". Mas especialistas e empresas afirmam que a mudança poderá afetar a privacidade de usuários em aplicativos de mensagens e limitar a liberdade de expressão na internet. Veja abaixo o que vai mudar na internet do Reino Unido. As novas regras Segundo o governo do Reino Unido, o projeto tem abordagem de "tolerância zero" para proteger as crianças na internet. Por isso, as plataformas deverão: remover conteúdo ilegal rapidamente ou impedir que ele seja exibido aos usuários; impedir que crianças acessem conteúdo prejudicial e inapropriado para sua idade; estabelecer uma verificação de idade para quem acessar seus serviços; oferecer informações acessíveis para pais e crianças sobre como relatar problemas sobre segurança durante a navegação; ser transparentes sobre possíveis riscos que representam para crianças. As empresas também deverão permitir que usuários adultos tenham meios de remover conteúdos prejudiciais, como bullying. O governo do Reino Unido afirmou que as novas regras preveem uma ação mais forte para punir quem compartilha fotos íntimas sem consentimento. Os condenados por este crime poderão ter pena de até 6 meses de prisão. Como outros países lidam com crimes nas redes sociais Multa e prisão Caso uma plataforma descumpra o que a lei determina, ela poderá ser punida em até 18 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 110 milhões) ou 10% de seu faturamento anual, o que for maior. Como as big techs têm faturamentos bilionários, há espaço para que as multas sejam bem maiores. Alguns casos poderão levar até à prisão dos chefes das empresas, informou o governo. O que dizem as plataformas O WhatsApp afirmou, em uma carta divulgada abril deste ano, que o projeto abriria precedentes para forçar empresas de tecnologia a enfraquecer a proteção em serviços de mensagens privadas. "Da forma como está redigido, o projeto de lei pode quebrar a criptografia de ponta a ponta, abrindo precedentes para o monitoramento frequente, geral e indiscriminado de mensagens", disse a plataforma da Meta, que também é dona do Instagram e do Facebook. Além de Will Cathcart, chefe do WhatsApp, a carta é assinada pelos líderes de outros aplicativos com criptografia, como Signal e Viber. Já o governo do Reino Unido alega que as novas regras exigem que as plataformas tomem medidas para proteger crianças e, como último recurso, criem tecnologia para analisar mensagens criptografadas. O que dizem especialistas O projeto teve muitas alterações desde quando começou a ser discutido, há quatro anos, mas, ainda assim, tem pontos que são questionados por especialistas. Um deles envolve a verificação de idade, algo difícil de garantir na internet. O grupo britânico Open Rights Group apontou uma preocupação de como as novas regras vão afetar a liberdade de expressão dos usuários. Há o temor de que, na tentativa de proteger as crianças, as plataformas "censurem" certos tipos de conteúdo. LEIA TAMBÉM: Os maiores influenciadores do mundo em 2023, segundo a 'Forbes' Como fazer áudio do WhatsApp virar texto Como denunciar posts em Facebook, Instagram, TikTok, Kwai e outras redes sociais Como denunciar postagens no Instagram, TikTok e Kwai e em outras redes sociais

Vender fotos dos pés dá dinheiro? Tire dúvidas sobre o fetiche que pode render, mas não é garantia de lucro


Pessoas que vendem 'packs do pezinho' em plataformas como o OnlyFans e Privacy explicaram sobre o mercado no Brasil, que está atrelado à comercialização de conteúdo sexual. Saiba se vender fotos dos pés na internet é crime Artem Labunsky/ Unsplash É fato: pessoas têm ganhado dinheiro vendendo fotos e vídeos dos pés na internet, em plataformas como OnlyFans e Privacy. Mas, muito ou pouco? Comercializar esse tipo de conteúdo é realmente um jeito fácil de gerar renda? E o que leva alguém a comprar os chamados “packs do pezinho”? Será que vender ou compartilhar essas imagens é crime? 👣 Os “packs do pezinho” são pacotes de vídeos e fotos de pés que são comercializados na internet por valores diversos. Atualmente, não existe uma regulamentação legal sobre a prática no Brasil, mas a venda desse tipo de conteúdo exige alguns cuidados e pode até ser considerada crime se feita sem consentimento da pessoa registrada (entenda mais abaixo). Nesta reportagem, o g1 conversou com quatro pessoas, incluindo um ex-BBB, que trabalham vendendo os “packs do pé”, além de outros conteúdos, para entender um pouco mais sobre esse mercado no Brasil. Além disso, o educador sexual Breno Rosostolato explica o que leva as pessoas a pagarem por essas imagens. Você vai ver a seguir: 'Pack do pé' realmente dá dinheiro? Por que as pessoas compram? Vender fotos dos pés é crime? E como é a regulamentação das plataformas de vendas? 'Pack do pé' realmente dá dinheiro? Quem pode ajudar a responder essa pergunta é o ex-BBB Wagner Santiago que, no auge da pandemia, sem muitas propostas de emprego, decidiu aceitar um convite do OnlyFans para potencializar a plataforma no Brasil. 📱 O OnlyFans é uma plataforma de assinatura para maiores de 18 anos que permite ao dono do perfil cobrar pelo acesso aos seus posts. Funciona para qualquer conteúdo exclusivo, de músicas a aulas, mas basta entrar e ver que a maioria está ali para vender nudes. SAIBA MAIS: OnlyFans: site que permite vender nudes cresce no Brasil Quanto rende? Os lucros e perrengues de brasileiras que vendem 'nudes' no OnlyFans “Comecei no OnlyFans com um ensaio sensual, mas um seguidor me procurou porque queria o tema específico que era a podolatria" — um tipo de fetiche que se caracteriza pela atração sexual por pés (leia mais abaixo). "Aí vendi um pack pra ele e ele divulgou num grupo desse interesse e isso perdeu o controle. No primeiro dia, vendi quase 50 packs do pé”, conta o ex-BBB, que diz ter ganhado R$ 7 mil na época. Ele conta que não paga para utilizar o OnlyFans, mas precisa ceder 20% de seus lucros para o site. Ex-BBB Wagner Santiago vende fotos dos pés na internet Arquivo pessoal Hoje, Santiago trabalha em várias plataformas, vendendo conteúdo adulto, e essa é a principal fonte de renda dele. "Eu já cheguei a faturar algo em torno de R$ 100 mil em um mês”, diz. No entanto, as fotos e vídeos vão além de mostrar os pés: “durante muito tempo, eu fiz conteúdo com uma companheira, mas a gente terminou a relação e hoje em dia eu faço conteúdo solo. É possível rentabilizar para quem já tem um público cativo.” No caso de muitos vendedores, no entanto, já ter um grupo de fãs não é uma realidade. Uma internauta que não quis se identificar tem tentado vender packs do pé desde agosto no Instagram e no X (ex-Twitter), mas não conseguiu um centavo sequer. “Muitas meninas entram nesse ramo com o sonho de ganhar dinheiro fácil e rápido, mas o mercado está difícil”, afirma. Outras duas mulheres conversaram com o g1 por meio da assessoria da Privacy, uma plataforma brasileira de monetização de conteúdo on-line que atua como uma rede social por assinatura, para criadores venderem materiais exclusivos. Para fazer vendas no site, os usuários precisam pagar mensalidades que vão de R$ 5 a R$ 200, e a plataforma retém 20% dos lucros. Assim como o ex-BBB, as duas mulheres não lucram somente com a venda de fotos dos pés, mas também de outros conteúdos sexuais. “O conteúdo é quase sempre focado nos meus pés, faço também com nudez, masturbação, gosto muito de produzir com outras garotas também, algo sensual envolvendo os pés”, conta uma delas. “Por cada vídeo já produzido, eu cobro a partir de R$ 100. Vídeo customizado é a partir de R$ 200. Consigo tirar em torno de R$ 15 mil por mês com a venda de conteúdo, incluindo as assinaturas que eu tenho na Privacy”, continua. Já a outra usuária diz que vende “conteúdo dos pés e um pouco mais”. A assinatura dela na Privacy custa R$ 40, e ela afirma que consegue faturar de R$ 3 mil a R$ 4 mil por mês. Por que as pessoas compram? Assim como algumas pessoas se sentem atraídas por determinadas roupas e fantasias, gostam de ser submissas no sexo ou de serem gravadas, por exemplo, outras têm fetiches por pés, o que pode incluir vê-los, tocá-los e incluí-los na prática sexual. É a chamada podolatria. “Comprar as fotos dos pés é uma forma de realizar esse fetiche, porque você tem nas fotos o registro fixo, a imagem fixa daqueles pés e que você pode recorrer a essas fotos para se masturbar”, explica o psicólogo e educador sexual Breno Rosostolato. De acordo com o especialista, as fotos também podem servir para criar uma fantasia e imaginar quem seria o dono dos pés, caso a imagem não exiba o rosto. Além disso, segundo ele, “o ato de pagar também é muito simbólico”. “Se estou comprando as fotos dos teus pés, eu quero ele para mim, eu tenho ele para mim. Acho que essa questão do dinheiro traz um pouco desse elemento do poder de comprar e também, ao mesmo tempo, essa submissão, de ter pago pelos teus pés.” Vender fotos dos pés é crime? No geral, não. Mesmo que as fotos de pés tenham um teor sexual, a venda de conteúdo erótico próprio na internet não é proibida no Brasil, afirma o advogado Luiz Augusto D’Urso, professor de direito digital na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Mas, atenção: conteúdo próprio. No caso de compartilhamento ou venda de conteúdo sexual sem consentimento da pessoa registrada, é crime sim. “Você oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir ou vender, publicar qualquer tipo de conteúdo que contenha cena de sexo, nudez ou pornografia de alguém sem autorização é crime de divulgação de conteúdo sexual. A pena é de 1 a 5 anos de reclusão”, afirma D’Urso. LEIA TAMBÉM: Teve um nude vazado? Saiba como juntar provas, denunciar e pedir remoção da internet Brasil tem ao menos 4 processos por dia por registro e divulgação de imagens íntimas sem consentimento Nesse sentido, vender as fotos dos pés de alguém sem consentimento pode ser considerado crime dependendo da situação e da interpretação da lei, comenta a advogada Rebeca Servaes, especialista em violência contra a mulher. “A gente teria que olhar para o contexto em que essa foto está inserida para poder dizer se com certeza existe ou não um crime. Justamente porque não existe uma legislação relativa a isso”, afirma Servaes. “Primeiro: a gente consegue identificar de quem é essa parte desse corpo, quem é o dono desse corpo? Segundo: a gente consegue provar que isso está inserido em um contexto sexual? Terceiro: vai depender de quem está julgando”, completa. A situação se agrava quando as fotos envolvem menores de idade, afirma a advogada, pois vender conteúdo pornográfico envolvendo criança ou adolescente é crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. No caso de imagens de pés, novamente, não existe regulamentação específica, mas, para Servaes, “existe, por trás da divulgação, uma satisfação do próprio desejo e a gente fazer isso envolvendo uma pessoa que é menor de idade, configura ainda mais fortemente o crime de pedofilia”, diz. E como é a regulamentação das plataformas de vendas? Não existe uma regulamentação no Brasil em relação a sites pornográficos, nem mesmo incidência de impostos, explica a advogada Servaes. Mesmo assim, o professor Luiz Augusto D’Urso destaca que grande parte desses sites que vendem conteúdo adulto, ou disponibilizam espaço para que as pessoas vendam, não estão hospedados no país. “Então mesmo que tenha uma criminalização da conduta aqui, por parte dessas plataformas, como elas estão fora, elas continuarão a vender o conteúdo", diz. "A grande questão é que a gente precisa sempre acompanhar para ver se o conteúdo é próprio e não vazamento ou venda de conteúdo de terceiro. Isso seria gravíssimo e pode haver, inclusive, responsabilidade da plataforma se permitir esse tipo de ação.” Aprenda a ganhar dinheiro no TikTok:

sábado, 21 de outubro de 2023

Elon Musk domina internet por satélite na Amazônia com antenas em 90% das cidades


Exclusivo: levantamento da BBC News Brasil mostra alcance da empresa do bilionário na Amazônia, enquanto Ibama alerta para crimes facilitados pela tecnologia. Junto a avanços importantes em comunidades que não tinham internet, expansão da Starlink na Amazônia também impulsiona atividades ilegais, apontam autoridades GETTY IMAGES A Amazônia se tornou o principal mercado no Brasil da Starlink, empresa de internet via satélite do bilionário sul-africano Elon Musk. Lançada na região em setembro de 2022, a Starlink já é líder isolada entre os provedores de banda larga fixa por satélite na Amazônia legal, com antenas instaladas em 90% municípios da região até julho deste ano, segundo um levantamento exclusivo da BBC News Brasil. A maior parte destes clientes estão em regiões de difícil acesso na Amazônia, onde não há infraestrutura tradicional de internet de banda larga. Como funciona a Starlink Em maio de 2022, depois de apertar as mãos do então presidente Jair Bolsonaro em um resort de luxo no interior de São Paulo, o empresário disse estar "super animado para o lançamento da Starlink para 19 mil escolas desconectadas em áreas rurais e monitoramento ambiental da Amazônia". A promessa não saiu do papel, segundo o ministério da Educação e secretarias estaduais informaram à reportagem. Mas dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) analisados pela BBC News Brasil revelam que a empresa já tem clientes privados em 697 dos 772 municípios da Amazônia legal (formada por Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão). Starlink chega a 90% das cidades da Amazônia Legal Reprodução BBC - Fonte: Anatel A Starlink possibilita avanços importantes, como a possibilidade de uso de cartões de crédito e débito e Pix em cidades que não tinham internet de alta velocidade. Mas a expansão da tecnologia de Musk também impulsiona atividades ilegais, apontam autoridades brasileiras à BBC News Brasil. "O Ibama informa que se tornou recorrente encontrar antenas Starlink nos garimpos", afirmou o órgão à reportagem. Imagens obtidas com exclusividade pela BBC mostram antenas da empresa de Musk junto a armas, munição e ouro recolhidos em operações da Polícia Federal e do Ibama. O domínio da empresa na conexão de regiões isoladas levanta questões sobre segurança e soberania nacional, segundo especialistas brasileiros e estrangeiros ouvidos pela reportagem, especialmente depois da controvérsia recente sobre a dependência ucraniana de antenas da Starlink na guerra contra o Exército russo (veja mais abaixo). Entre todos os 124 municípios que formam a faixa de fronteira da Amazônia legal com outros países, segundo o levantamento feito pela reportagem, apenas um não possuía antenas Starlink até o mês de julho. Quase todas as cidades na faixa de fronteira na Amazônia usam Starlink Reprodução BBC - Fonte: IBGE e Anatel Procurada diversas vezes, a empresa liderada por Elon Musk não respondeu a pedidos de comentários da BBC News Brasil sobre sua rápida expansão no Brasil, a promessa de internet em escolas, e o uso de sua tecnologia para atividades criminosas na floresta. Leia também Fraude na Amazônia: veja como funciona a venda irregular de créditos de carbono Norte e Nordeste: saiba as consequências para agricultores e animais por conta da seca Soberania nacional A Starlink revolucionou o mercado ao lançar uma enorme constelação de satélites que orbita o planeta em baixa altitude, tornando a velocidade de conexão entre os satélites e o solo mais rápida. Mais de 5 mil satélites Starlink já foram lançados no espaço, disse à BBC News Brasil a Celestrak, laboratório norte-americano que monitora satélites. Este enorme conjunto permite à empresa de Elon Musk levar conexão de qualidade à internet a lugares remotos e distantes, onde não há infraestrutura local como cabos e postes — caso de boa parte da Amazônia. Starlink opera em órbita baixa Pesquisa BBC Mas isso pode colocar decisões importantes sobre países e governos nas mãos do empresário. A Starlink virou alvo de debates sobre segurança de dados no mundo todo no início de setembro, quando Elon Musk admitiu não ter permitido que o governo da Ucrânia tivesse acesso à rede Starlink para evitar relação com o que definiu como um “grande ato de guerra”. "Se tivesse concordado com o pedido, a SpaceX (empresa que envia os satélites usados pela Starlink para o espaço) seria explicitamente cúmplice de um grande ato de guerra e escalada de conflitos", disse Musk, que foi criticado por autoridades ucranianas. À BBC News Brasil, o professor T.S. Kelso, ex-chefe do Instituto de Tecnologia e da Divisão de Análise Espacial do Comando Espacial da Força Aérea dos Estados Unidos, disse que o debate sobre soberania nacional é "especialmente significativo". "Sistemas de comunicação são frequentemente mantidos sob controle governamental por vários motivos, da prevenção de comportamentos ilícitos à supressão de dissidências", ele diz. "É de vital importância para a segurança nacional, por exemplo, para a Defesa, ter sistemas de comunicação seguros e confiáveis. Permitir que qualquer empresa – ou indivíduo – decida unilateralmente estas questões parece ter sérias implicações para a segurança nacional", continua. O especialista em antropologia da tecnologia David Nemer, professor da Universidade da Virginia (EUA), concorda. "Quando a gente fala de internet, não está falando só de Twitter ou Facebook. Falamos de serviços vitais para o funcionamento de uma cidade. Dar esse poder à Starlink é muito preocupante", avalia. O Ministério da Defesa disse à reportagem que não se posicionaria sobre o tema. Segundo porta-voz do Ibama, ouro, armas, munição pesada e antenas Starlink viraram 'novo normal' em apreensões de forças de segurança brasileiras em áreas de garimpo ilegal BBC SOBRE IMAGEM CEDIDA PELO IBAMA Garimpo Ouro, armas, munição pesada e antenas Starlink viraram "o novo normal" em apreensões de forças de segurança brasileiras em áreas de garimpo ilegal, segundo um porta-voz do Ibama informou à BBC News Brasil. De acordo com o órgão, do início do ano até o dia 4 de setembro, 32 termos de apreensão de antenas foram realizados em operações de combate ao garimpo ilegal. Só na última grande operação contra garimpeiros em terras indígenas no rio Tapajós (PA), cinco antenas Starlink foram apreendidas ou destruídas. "Em geral as antenas são colocadas nos acampamentos e nas dragas de garimpo", disse o órgão. Promessa de Musk de internet grátis a milhares de escolas isoladas não saiu do papel, segundo o ministério da Educação e secretarias estaduais CLAUBER CLEBER CAETANO/PR O acesso à internet de alta velocidade facilitou o trabalho de garimpeiros e traficantes de madeira e drogas da região, afirmam especialistas. Até a chegada da empresa, o principal meio que eles tinham em locais isolados para se comunicarem sobre a chegada de carregamentos ou operações de repressão da Polícia Federal era o rádio. "Agora eles fazem tudo por WhatsApp", diz um funcionário da Polícia Federal que pediu anonimato. Para o professor Nemer, da Universidade da Virginia, o uso das antenas em garimpos "não é uma surpresa". "Um dos argumentos com os quais Elon Musk tenta promover a Starlink é o de levar a internet para onde a internet jamais chegou. Mas estes são lugares precarizados, onde as pessoas não têm meios para comprar e manter uma conexão de internet por satélite, que ainda é extremamente cara", diz. "Essa propaganda sobre inclusão digital é uma falácia, um mito. Quem de fato pode bancar esses serviços são pessoas com algum poder financeiro (...) Então não me surpreende que essas essas antenas tenham caído nas mãos de garimpeiros, já que eles têm condição de pagar." O valor inicial da mensalidade Starlink no Brasil é de R$ 185 reais. O kit de instalação custa a partir de R$ 1.400 — mas revendedores chegam a cobrar até R$ 5 mil pela antena em locais remotos da Amazônia em grupos de garimpeiros. Transformação em comunidades isoladas Junior Yanomami segura kit Starlink instalado na Terra Indígena Yanomami URIHI ASSOCIAÇÃO YANOMAMI A tecnologia, ao mesmo tempo, trouxe transformações positivas a cidades e comunidades distantes dos grandes centros. Em janeiro, indígenas yanomami instalaram uma antena Starlink que agora permite a comunicação em alta velocidade entre profissionais de postos de saúde e familiares de doentes em comunidades isoladas da Terra Indígena. "Nossa internet está funcionando perfeitamente", disse à BBC News Brasil Junior Yanomami, presidente da associação yanomami Urihi. "Tem ajudado de forma excepcional, tanto para equipe de saúde, que diariamente repassa informações e solicitações de resgate, como para os yanomami, que nos comunicam sobre tudo que acontece na região em que está instalada a internet", completa o líder indígena. Em cidades em Roraima e no Acre, moradores finalmente podem usar cartões de débito ou crédito — e até mesmo fazer pagamentos via Pix —, graças à estabilidade e velocidade da conexão à internet via Starlink. "Eu passei dez dias com o pessoal yawanawá lá no Acre e foi uma experiência muito interessante. A internet (Starlink) é uma coisa nova no território deles (...) e facilitou muito essa comunicação entre as aldeias", afirma David Nemer. "Eles fazem trocas e estão o tempo todo lidando com o 'homem branco' nas cidades. Eles têm conta bancária, e é mais fácil realizar transações bancárias. A internet facilita muito a venda de artesanatos. (...) É algo que eles ainda estão explorando e investigando, então é um pouquinho cedo pra ver o que, de fato, a longo prazo, isso pode trazer para o território."  Controvérsia sobre escolas Em maio de 2022, Musk se disse "super animado para o lançamento da Starlink para 19 mil escolas desconectadas em áreas rurais e monitoramento ambiental da Amazônia" TWITTER/X Elon Musk usou sua conta pessoal no Twitter para anunciar "o lançamento da Starlink para 19 mil escolas desconectadas" na Amazônia em maio de 2022, meses antes do início das atividades da empresa na região Norte do país. Mais de um ano depois, a BBC News Brasil consultou o ministério da Educação, e secretarias de educação de todos os Estados que formam a Amazônia legal sobre o andamento do programa. "Verificamos junto à área de Tecnologia e Inovação da Educação Básica que não existe parceria formal, no âmbito do Ministério da Educação (MEC), com a Starlink", informou o órgão federal. A secretaria de Educação e Desporto de Roraima informou que "até a presente data, nenhuma escola da rede estadual de ensino possui internet via Starlink". O governo do Pará disse que "o referido anúncio de parceria entre o governo passado e a Starlink não beneficiou as escolas paraenses" e que está preparando uma licitação própria para expandir a digitalização escolar. O governo do Tocantins afirmou que "escolas públicas do Estado não receberam nenhum sinal de internet via Starlink." A secretaria do Maranhão informou "que não tem parceria com a empresa". Os governos de Amazonas, Amapá, Rondônia, Mato Grosso e Acre não responderam à reportagem. - Esta reportagem foi publicada em https://www.bbc.com/portuguese/articles/cv2edkw84zmo Como transformar uma foto em arquivo de texto no Android e no iPhone Como transformar uma foto em arquivo de texto no Android e no iPhone Empresa quer escanear a íris de toda a população mundial para coletar dados Empresa quer escanear a íris de toda a população mundial para coletar dados A primeira ambulância voadora já decolou A primeira ambulância voadora já decolou Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador ou por app Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador ou por app

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