segunda-feira, 29 de abril de 2024

Google, Microsoft e Amazon têm cursos gratuitos de TI para mulheres e indígenas; veja como se inscrever


Empresas estão oferecendo oportunidades para quem deseja estudar áreas como engenharia de software, computação em nuvem, inteligência artificial e análise de dados. Todos elas oferecem certificado após a conclusão. Divina Naiara Vitorino, profissional de segurança da informação. Fábio Tito/g1 As big techs Google, Microsoft e Amazon anunciaram que estão com vagas abertas para cursos gratuitos de tecnologia da informação (TI) voltados para mulheres, indígenas e pessoas vulneráveis em todo o Brasil. As oportunidades oferecidas são para aqueles que têm interesse em ingressar no universo da engenharia de software, computação em nuvem, inteligência artificial, análise de dados, GitHub e linguagem Python. No caso da Microsoft, a empresa está com quatro cursos com inscrições abertas, todos exclusivos para mulheres e transgênero. Vale ressaltar que as três empresas oferecem certificação após a conclusão das atividades. Veja a seguir quais os requisitos e como se inscrever: Google ➡️ Engenharia de dados: chamado de Prep Tech, o programa do Google e da plataforma de educação Ada tem duração de 4 meses e aborda temas como algoritmos e estrutura de dados. Segundo o Google, o curso será on-line e os selecionados terão ainda a oportunidade fazer aulas de inglês. "As pessoas selecionadas também terão a oportunidade de assistir a palestras de funcionários do Google, participar de um programa de mentoria e receber dicas sobre o processo de entrevista", disse a empresa. O programa Prep Tech é exclusivo para mulheres e pessoas que se autodeclaram pretas, pardas ou indígenas. Ao todo, são 254 vagas e os interessados podem ser inscrever neste link. Para participar, o Google exige conhecimento intermediário de inglês, experiência profissional de cinco anos em programação, ou três anos caso a pessoa tenha formação em física, matemática ou sistemas de informação. Amazon ➡️ Computação em nuvem: dedicado para pessoas vulneráveis e grupos sub-representados no mercado de tecnologia, o programa gratuito da Amazon e da Escola da Nuvem é focado em funções básicas de nuvem, abordando operações, suporte de infraestrutura, segurança e programação. As inscrições estão abertas neste link. "Os cursos são abertos a pessoas de todo o país, sem necessidade de conhecimento prévio de nuvem ou outras tecnologias", diz a empresa. Microsoft ➡️ "Elas na IA": em sua 7ª edição, o curso capacita mulheres que desejam trabalhar com inteligência artificial. Ele dura 4 semanas e aborda temas como IA generativa, machine learning, responsabilidade de AI, entre outros. No total, são disponibilizadas 5 mil vagas para participantes, e as inscrições vão até o dia 3 de maio neste link. É recomendado conhecimento básico de nuvem, programação e Python. ➡️ Bootcamp de análise de dados: para quem deseja trabalhar com dados, o treinamento tem duração de 6 meses e explora módulos de visualização de dados, estatística e modelos regressivos, business intelligence, computação em nuvem e mais. São 150 vagas disponíveis e as inscrições vão até o dia 17 de maio  neste link. Para aproveitar ao máximo o curso, é necessário ter conhecimentos em programação e Python, além de disponibilidade para acompanhar as aulas semanais ao vivo. ➡️ Back-end Python: as aulas on-line têm duração de 4 meses e as mulheres selecionadas poderão estudar os seguintes tópicos: conceitos da linguagem, banco de dados, frameworks de desenvolvimento web, inteligência artificial e mais. São apenas 70 vagas oferecidas e as inscrições vão até o dia 22 de maio neste link. As interessadas precisam ter conhecimento básico em programação e GitHub. ➡️ GitHub 4 Women: a mentoria tem 5 mil vagas abertas para quem deseja se aventurar por fundamentos de GitHub, GitHub Copilot e Codespaces. "Ao término do curso, um exame avaliará as participantes e as 100 melhores receberão um voucher para realizar a certificação GitHub Foundations de forma gratuita", disse a Microsoft. É recomendado conhecimento básico em nuvem, controle de versão e desenvolvimento de software. As inscrições podem ser feitas neste link. LEIA TAMBÉM: Segurança da informação tem salário de R$ 38 mil, mas não encontra profissionais 'Já incentivo meus filhos'; 'começo pode ser frustrante': profissionais contam como é trabalhar com programação Programação ainda vale a pena? Dá dinheiro? Profissionais contam como está o setor (e dão dicas) Programação em alta: veja como começar no setor  Programação em alta: veja como começar no setor  Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor

Aplicativo do McDonald's apresenta instabilidade e clientes reclamam nas redes sociais


Usuários relatam falhas no serviço do aplicativo de delivery. Empresa afirma que houve uma falha sistêmica e que os estornos serão realizados. Unidade do Mc Donald's na Avenida Dom Pedro I, em Ribeirão Preto (SP) Divulgação O aplicativo de delivery do McDonald's apresenta instabilidade desde domingo, segundo relatos de usuários nas redes sociais. Os problemas são de entrega e estorno de compras. (veja relatos abaixo) Procurado pelo g1, a companhia esclarece que houve uma falha sistêmica e que os estornos serão realizados. "A rede informa que o SAC segue à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas dos consumidores." Veja os relatos abaixo. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Um smartphone sem apps

O que aconteceu com o TikTok na Índia após país proibir a plataforma


A experiência indiana pode servir de exemplo para os Estados Unidos, onde foi sancionada uma lei que abre caminho para o aplicativo ser banido no país. TikTok Reuters Há quatro anos, a Índia era o maior mercado do TikTok. O aplicativo contava com uma base de 200 milhões de usuários, subculturas em expansão e, muitas vezes, oportunidades de mudança de vida para criadores de conteúdo e influenciadores. O TikTok parecia imbatível — até que as tensões latentes na fronteira entre a Índia e a China eclodiram em uma onda de violência mortífera. Após o conflito na fronteira, o governo indiano proibiu o aplicativo em 29 de junho de 2020. Praticamente da noite para o dia, o TikTok desapareceu. Mas as contas e os vídeos indianos do TikTok ainda estão online, parados no tempo em que o aplicativo tinha acabado de emergir como um gigante cultural. De certa forma, a experiência indiana pode ser um vislumbre do que pode vir pela frente nos Estados Unidos. Em 24 de abril, o presidente americano Joe Biden, sancionou um projeto de lei que pode acabar banindo o TikTok do país, após anos de discussões sobre os riscos de segurança do aplicativo. A possível proibição do TikTok nos EUA preocupa muitas pequenas empresas e profissionais que dependem da plataforma Getty Images via BBC A lei exige que a empresa proprietária do TikTok, a Bytedance, venda sua participação no aplicativo nos próximos nove meses — com um período adicional de três meses de tolerância — ou enfrentará uma possível proibição no país. A Bytedance afirma que não tem intenção de vender a plataforma de rede social — e prometeu contestar a legislação na Justiça. Banir um aplicativo de rede social deste porte seria algo sem precedentes na história da tecnologia americana, embora a batalha judicial que vem pela frente torne o destino do TikTok incerto. A experiência indiana mostra o que pode acontecer quando um grande país elimina o TikTok dos smartphones dos seus cidadãos. Mas a Índia não foi o único país a adotar esta medida — em novembro de 2023, o Nepal também anunciou a decisão de banir o TikTok, e o Paquistão implementou uma série de proibições temporárias desde 2020. Uma exposição inédita Enquanto os 150 milhões de usuários do aplicativo nos EUA navegam à espera do que pode acontecer, a proibição do TikTok na Índia mostra que os usuários se adaptam rapidamente — e que quando o TikTok morre, grande parte de sua cultura morre com ele. A conta de Sucharita Tyagi, uma crítica de cinema que vive em Mumbai, tinha 11 mil seguidores quando o TikTok desapareceu da noite para o dia — e alguns dos seus vídeos acumulavam milhões de visualizações. "O TikTok era gigante. As pessoas se reuniam em todo o país, dançando, fazendo esquetes, postando sobre como administravam suas propriedades agrícolas em pequenos vilarejos nas montanhas", diz Tyagi. "Havia um grande número de pessoas que de repente tiveram esta exposição, algo que sempre havia sido negado a elas, mas era finalmente possível”. O aplicativo foi um fenômeno particular devido à forma como seu algoritmo ofereceu oportunidades aos usuários rurais da Índia. Eles conseguiram encontrar um público e até mesmo alcançar status de celebridade, o que não era possível em outros aplicativos. "Democratizou a reação ao conteúdo pela primeira vez", avalia Prasanto K Roy, escritor e analista de tecnologia baseado em Nova Déli. “Começamos a ver muitas destas pessoas de zonas rurais, bem abaixo na escala socioeconômica, que nunca sonhariam em conseguir seguidores ou ganhar dinheiro com isso. E o algoritmo de descoberta do TikTok entregaria isso aos usuários que quisessem ver. Não havia nada parecido em termos de vídeos hiperlocais." O TikTok tem um significado cultural semelhante nos EUA, onde comunidades de nicho prosperam, e um número incalculável de pequenas empresas e criadores de conteúdo baseiam seu sustento no aplicativo. Este tipo de sucesso é menos comum em outras plataformas de rede social. O Instagram, por exemplo, geralmente é mais voltado ao consumo de conteúdo de perfis com muitos seguidores, enquanto o TikTok dá uma ênfase maior em incentivar usuários comuns a postar. Não foi só o TikTok Quando o TikTok ficou offline na Índia, o governo proibiu também outros 58 aplicativos chineses, incluindo alguns que atualmente estão ganhando popularidade nos EUA, como o aplicativo da gigante de moda Shein. Com o passar dos anos, a Índia proibiu mais de cem aplicativos chineses, embora uma versão indiana da Shein tenha sido colocada no ar novamente, após negociações recentes. Algo do tipo poderia acontecer nos EUA. A nova lei abre um precedente, e cria um mecanismo para que o governo americano elimine outros aplicativos chineses. As preocupações em relação à privacidade e segurança nacional manifestadas pelos políticos sobre o TikTok também podem se aplicar a uma série de outras empresas. E quando se proíbe um aplicativo popular, outros podem tentar preencher este espaço. "Assim que o TikTok foi banido, abriu-se uma oportunidade multibilionária", explica Nikhil Pahwa, analista de políticas tecnológicas indiano e fundador do site de notícias MediaNama. "Várias startups indianas foram lançadas ou turbinadas para preencher esse vazio." Durante meses, o noticiário de tecnologia indiano foi inundado por notícias sobre estas novas empresas de rede social, com nomes como Chingari, Moj e MX Taka Tak. Algumas obtiveram sucesso inicial, atraindo ex-estrelas do TikTok para suas plataformas, garantindo investimentos e até apoio governamental. Isso fragmentou o mercado indiano de redes sociais, à medida que os novos aplicativos disputavam a hegemonia — mas a febre do ouro pós-TikTok não durou muito. Em agosto de 2020, poucos meses após a proibição do TikTok, o Instagram lançou seu feed de vídeos curtos, os famosos Reels. O YouTube seguiu o exemplo com os Shorts, vídeos no estilo TikTok, um mês depois. O Instagram e o YouTube já estavam entrincheirados na Índia, e o exército das novas startups não tinha a menor chance. "Houve muito burburinho em torno de alternativas ao TikTok, mas a maioria desapareceu no longo prazo", diz Prateek Waghre, diretor executivo da internet Freedom Foundation, um grupo ativista indiano. "No fim das contas, quem mais se beneficiou provavelmente foi o Instagram." Não demorou muito para que muitos dos principais criadores de conteúdo do TikTok indiano e seus seguidores, migrassem para os aplicativos da Meta e do Google, e muitos obtiveram sucesso semelhante. Geet, uma influenciadora indiana que atende apenas pelo primeiro nome, ficou famosa no TikTok ensinando "inglês americano", dando conselhos de vida e fazendo discursos motivacionais. Ela tinha 10 milhões de seguidores em três contas diferentes quando o TikTok foi banido. Em entrevista à BBC em 2020, Geet compartilhou que estava preocupada com o futuro da sua carreira. Mas quatro anos depois, ela conseguiu reunir quase cinco milhões de seguidores no Instagram e no YouTube. No entanto, os usuários e especialistas com quem a BBC conversou dizem que algo se perdeu na transição pós-TikTok. O Instagram e o YouTube podem ter captado o tráfego do TikTok, mas não foram capazes de reproduzir a sensação do TikTok indiano. "O TikTok tinha um tipo de base de usuários comparativamente diferente no que diz respeito aos criadores de conteúdo", afirma Pahwa. "Havia agricultores, pedreiros e pessoas de cidades pequenas subindo vídeos no TikTok. Não se vê tanto isso no Shorts, do YouTube, e no Reels, do Instagram. O mecanismo de descoberta do TikTok era muito diferente." Se o TikTok for proibido nos EUA, é possível que o destino das redes sociais americanas siga um caminho semelhante ao da Índia. Quatro anos após a proibição na Índia, o Instagram e o YouTube já estão estabelecidos como plataformas para vídeos curtos. Até mesmo o LinkedIn está testando um feed de vídeo no estilo TikTok. Os concorrentes do aplicativo provaram que não precisam recriar a cultura do TikTok para ter sucesso. É provável que o conteúdo americano hiperlocal e de nicho desapareça, assim como aconteceu na Índia. Na verdade, as repercussões culturais nos EUA seriam muito mais significativas. Quase um terço dos americanos com idade entre 18 e 29 anos acessa notícias pelo TikTok, de acordo com um levantamento do Pew Research Center. Os EUA têm menos usuários de TikTok do que a Índia tinha no seu apogeu (200 milhões), mas a nação asiática tem uma população de 1,4 bilhão de habitantes. O TikTok tem supostamente 170 milhões de usuários nos EUA, mais da metade da população do país. "Quando a Índia baniu o TikTok, o aplicativo não era o gigante que é agora", diz Tyagi. "Ele se transformou em uma revolução cultural nos últimos anos. Acho que proibi-lo agora nos EUA teria um impacto muito maior." Além disso, a resposta do TikTok a uma eventual proibição nos EUA já se mostrou diferente. A empresa prometeu contestar a nova lei do governo americano em uma batalha jurídica, que pode chegar à Suprema Corte do país. O TikTok poderia ter entrado com um processo semelhante após a proibição na Índia, mas optou por não fazer isso. "As empresas chinesas têm boas razões para hesitar em recorrer aos tribunais da Índia contra o governo indiano", afirma Roy. "Não acho que eles seriam muito solidários." Além disso, a proibição na Índia foi imediata, entrando em vigor em questão de semanas. O recurso judicial do TikTok nos EUA pode embargar a lei durante anos, e não há certeza de que a legislação vai resistir a uma batalha nos tribunais. Há também uma chance muito maior de que a proibição do TikTok nos EUA desencadeie uma guerra comercial. "Acho que existe uma possibilidade clara de retaliação por parte da China", diz Pahwa. A China condenou a Índia por banir o TikTok, mas ainda não houve qualquer retaliação ostensiva. Os EUA podem não ter tanta sorte. Há uma série de razões para a resposta da China à proibição indiana. Uma delas é o fato de a indústria tecnológica da Índia ser praticamente inexistente na China. A indústria tecnológica dos EUA, por outro lado, oferece várias oportunidades para um ataque recíproco. A China já lançou um esforço para "deletar os EUA", e substituir a tecnologia americana por alternativas nacionais. A proibição do TikTok poderia acelerar este projeto. "A proibição do TikTok foi repentina", lembra Tyagi. "No meu caso, não foi tão grave, eu só estava usando o aplicativo para promover meu outro trabalho. Mas me pareceu estranho e injusto com muitas pessoas, especialmente aquelas que estavam realmente ganhando dinheiro e fazendo negócios com as marcas." Perder o TikTok não afetou o ganha pão de Tyagi, mas tirou seu acesso à conta. Quer dizer, até ela fazer uma viagem aos EUA. "Quando visitei os EUA, fiquei surpresa ao ver que meu perfil ainda estava ativo", diz Tyagi. Foi como uma viagem no tempo. Ela até postou alguns vídeos. A maioria dos seguidores dela não foi capaz de ver os vídeos em seu país, claro, mas ela conseguiu um pequeno engajamento de indianos que moram no exterior. "Estas milhões de contas ainda existem", observa Tyagi. "É interessante ver que o TikTok as manteve. Me pergunto se eles esperam que a Índia os deixe voltar." Leia a íntegra desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.

Para não perder o ônibus: quais apps usar para acompanhar o transporte público em tempo real


Google Maps e Moovit são opções que mostram a hora exata que o veículo vai passar e qual o melhor trajeto. Veja passo a passo como baixar no celular. Pessoas esperando ônibus no ponto de uma aveniada Rovena Rosa/ Agência Brasil Quem nunca perdeu o ônibus por se embaralhar com horários? Aplicativos de mobilidade urbana mapeiam transportes públicos para te ajudar a saber a hora exata que o veículo vai passar e qual o melhor trajeto. Uma das formas de uso é programar o itinerário. O usuário insere seu ponto de partida e destino, como da casa para o trabalho, por exemplo. O app vai montar a rota, indicando os lugares e horários para locomoção. É possível saber informações de ônibus, metrô e trem. Nesta reportagem, você saberá: Quais opções usar? Como funciona? Como baixar no celular? Como usar no dia a dia? 🚌Quais opções usar? Disponíveis para celulares Android e iPhone (iOS), o Google Maps e o Moovit são as opções mais populares e podem te ajudar. O Google Maps é gratuito, mas não está disponível em todas as cidades brasileiras. A empresa afirma que o serviço de acompanhamento de transporte funciona em cerca de 150 cidades e nas "maiores capitais do país, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus, Porto Alegre, Brasília, Recife, Fortaleza, Belém e Goiânia." Ao ser questionado sobre as áreas específicas onde o serviço está disponível, o Google respondeu ao g1 que "o Google Maps não compartilha números absolutos". Já o Moovit pode ser usado em todas capitais do país, bem como em outras cidades menores - confira todas aqui. A plataforma oferece 7 dias gratuitos; após este período, é cobrada uma taxa mensal para não ter propaganda. Leia também: Estudo contraria ideia de que jovens brasileiros usam mais usa internet O que acontece com nossas contas de rede social quando morremos Meta e Google revelam nova geração de chip de inteligência artificial para empresas 🚉Como funciona? Os aplicativos precisam usar a localização do celular para conseguir oferecer informações e trajetos. Você pode escolher deixá-la sempre disponível, ou somente durante o uso do app. Normalmente, quando for usar pela primeira vez a plataforma, o usuário é notificado sobre isso e pode escolher como deseja autorizar. ➡️Planejamento de rotas: os usuários podem inserir seu ponto de partida e destino para obter informações sobre as melhores rotas disponíveis. Os aplicativos mostram opções de transporte público levando em consideração as condições em tempo real, como condições climáticas e de trânsito. ➡️Horários e itinerários: ambas as opções mostram horários de partida e chegada, além de itinerários detalhados. As plataformas também mostram o tempo de espera. ➡️Notificações e alertas: os usuários podem receber notificações sobre atrasos, alterações de rota e outras informações importantes. Isso ajuda a se manter atualizado sobre o status do transporte público. ➡️Funcionalidades adicionais: além do transporte público, os apps também oferecem informações sobre serviços de transporte por aplicativo (como Uber e 99) e compartilhamento de bicicletas. Prints mostrando o funcionamento dos apps de transportes Reprodução 📲Como baixar no celular? ➡️ Para iOS, nos celulares iPhone: em seu dispositivo, pesquise e abra a App Store, a loja de aplicativos da Apple. Depois, clique no campo de "pesquisa" e digite o aplicativo que desejar. Após isso, clique em "obter" para fazer o download. ➡️ Para Android, nos celulares com sistema Google: procure no celular a loja de aplicativos, a Play Store. Depois, no espaço de "pesquisa", digite o aplicativo de sua preferência. Em seguida, clique na plataforma e aguarde baixar. 🚎Como usar no dia a dia? Nos dois aplicativos, é possível utilizá-los de forma planejada, como mencionado anteriormente na reportagem. Também é usual quando o usuário está em um local específico e necessita chegar a um destino, porém não tem conhecimento de como fazê-lo. ➡️O itinerário planejado funciona assim: você faz quase todos os dias o trajeto para o trabalho, por exemplo, e pode deixar programado no app. Tanto para ir, quanto para voltar. O aplicativo pode mudar a rota, a depender das condições do trânsito. ➡️Quando não souber como chegar ao destino: por exemplo, você está em um lugar desconhecido e precisa chegar à estação de metrô mais próxima. Basta digitar o destino desejado e o aplicativo informará os transportes disponíveis. Assista ao vídeo abaixo para conhecer a IA do Google que faz vídeos Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas da dona do ChatGPT É proibido faz ação social na internet para ganhar seguidor? Assista ao vídeo abaixo para saber Vídeos com ajuda a pessoas em mercados ganham milhões de visualizações

domingo, 28 de abril de 2024

Tinder lança ferramenta que ajuda a evitar 'golpe do amor'; saiba como usar


Função já está disponível para alguns usuários e permite compartilhar com familiares e amigos informações sobre onde e com quem será o encontro. Tinder lança o recurso para ajudar usuários que querem compartilhar informações sobre o date Mika Baumeister via unsplash O Tinder, aplicativo de relacionamento, acaba de lançar uma ferramenta que vai aumentar a segurança dos usuários na hora de sair com um pretendente e pode ajudar a evitar crimes, como o "golpe do amor", onde pessoas são enganadas a partir de conversas em plataformas de paquera virtual. A função "Compartilhar Meu Date", que já está disponível para algumas pessoas, incluindo brasileiros, permite dividir com amigos e familiares com quem e onde será o encontro. Saiba o que é o 'golpe do amor' e como se proteger dele O aviso é gerado pelo próprio aplicativo e as informações de local, data, horário e até uma foto da outra pessoa podem ser enviadas através de um link. A empresa defende que o recurso serve para melhorar a experiência de quem usa a plataforma, já que "mais da metade dos solteiros (51%) com menos de 30 anos abre aos amigos os detalhes de seus encontros", segundo uma pesquisa feita no próprio Tinder. Como compartilhar o seu date Como usar a ferramenta "Compartilhar Meu Date" Divulgação/Tinder ➡️Na conversa com a pessoa que você marcou o encontro, vá nos três pontinhos que fica no topo da tela e veja se a opção "Compartilhar Meu Date" aparece. ➡️Selecione essa opção e preencha os campos "quem", "quando", "hora" e "onde" com as informações do encontro. Dica: adicione mais detalhes na aba "observações", como se é o primeiro date ou se vocês pretendem fazer algo depois. ➡️Após concluir, escolha com quem você quer compartilhar esses dados. ➡️O contato escolhido irá receber um aviso com todas as informações do seu date. Proteção contra "golpe do amor" Apesar de não mencionar os casos de extorsão e sequestros relâmpagos, que ficaram conhecidos como "golpes do amor", a nova funcionalidade pode reforçar a segurança de quem vai sair com um desconhecido. Os golpes acontecem assim: criminosos usam os aplicativos de paquera para enganar vítimas, se passando por outra pessoa, para levá-las a falsos encontros. Com o "Compartilhar Meu Date", os usuários podem marcar quantos dates quiserem, com até 30 dias de antecedência. E se os planos mudarem em cima da hora, é possível atualizar a informação no aplicativo, e o link para o amigo também será alterado. A função está sendo implementada aos poucos, mas nos próximos meses deve ficar disponível para todos os usuários do Brasil e outros países, como os EUA, Reino Unido, Austrália, Canadá, Espanha. Leia também: Golpe de namoro virtual afeta 4 em cada 10 mulheres, diz pesquisa Suicídio, venda de terreno e empréstimo: o drama das vítimas do golpe do namoro virtual Saiba como se proteger de outros golpes Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como denunciar  'Deepfake ao vivo': tecnologia que muda rosto e voz em videochamada já existe na vida real Estupro virtual: abusadores usam fotos falsas para chantagear vítimas

sábado, 27 de abril de 2024

IA pode tornar a previsão do tempo mais exata?


Meteorologia clássica sempre apresenta elemento de incerteza, pois depende de medições complexas. Há quem veja na inteligência artificial uma alternativa, sobretudo para regiões de infraestrutura mais fraca. Apps de meteorologia aparentam uma confiabilidade impossível na prática Robert Guenther/dpa/picture alliance/DW Ao longo das décadas, a previsão do tempo se tornou muito mais exata, graças aos dados que as estações de medição, satélites, navios, boias e também aviões comerciais estão constantemente coletando. ☔🌦️ Na terra e no ar medem-se, por exemplo, temperatura, pressão atmosférica e precipitações. Esses dados são processados em computadores segundo modelos de física, permitindo prognósticos meteorológicos bastante exatos para um determinado período. No entanto, a atmosfera terrestre é o que se denomina um sistema caótico e conta com o que se popularizou como "efeito borboleta": Mesmo as menores diferenças de temperatura, pressão, vento, podem ter um grande efeito, até em locais relativamente distantes e com grande defasagem de tempo. Num sistema caótico tão complexo como esse, não há frequência de medição que baste para garantir certeza: "Mesmo com computadores cada vez maiores, satélites cada vez melhores ou outros sistemas de medição, sempre haverá uma margem de insegurança." Como previsões absolutas são impossíveis, portanto, a meteorologia opera com probabilidades em relação a chuva, borrascas, tempestades e outros fenômenos. Por que os apps de meteorologia são às vezes menos confiáveis? Aplicativos meteorológicos do smartphone se apresentam como extremamente precisos, capazes de "ver dez dias pelo futuro adentro, predizer exatamente como vai ser o tempo", diz Knippertz. Na realidade, eles trabalham com informações fortemente comprimidas. "Quando um app prevê, por exemplo, '21ºC com leve nebulosidade', o usuário pensa: 'OK, parece muito preciso'." Na realidade, eles estão sujeitos às mesmas inseguranças que os serviços de meteorologia, só que sem qualquer controle de qualidade de âmbito mundial. Atualmente é um mercado aberto, qualquer um pode lançar seu aplicativo meteorológico e, por exemplo, ganhar dinheiro com publicidade. De onde vêm as informações e como são processadas, a maioria dos operadores comerciais não vai necessariamente querer que a gente saiba. A inteligência artificial vai melhorar os prognósticos no futuro? 👉 Até agora, a previsão do tempo tem se baseado em modelos físicos, enquanto previsões por meio de inteligência artificial (IA) se baseiam principalmente em dados compilados e têm um caráter mais estatístico. A inteligência artificial deriva padrões e estruturas a partir dos dados meteorológicos disponíveis, e elabora suas previsões a partir de um algoritmo. Ou seja, ela aprende as leis da física de maneira indireta. Knippertz admite que os progressos da IA são impressionantes, também na meteorologia. No entanto, como estabelece os padrões a partir de dados do passado, partindo de um valor médio, sobretudo em circunstâncias extremas a IA bate em seus limites. Por isso no futuro deve-se tentar cada vez mais construir sistemas de previsão híbridos, combinando métodos convencionais com equações físicas e recursos de IA, a fim de continuar reduzindo os riscos de prognósticos errados. IA pode ser uma alternativa em regiões com pouca infraestrutura? Como nem todos os locais dispõem de dados de estações de medição, boias, etc., há quem deposite na inteligência artificial grandes esperanças de previsões confiáveis. O meteorologista do KIT é cético. "Nas regiões do mundo em que até agora há poucas observações, necessitamos mais esforços para fechar essas lacunas, talvez também da comunidade internacional. De olho nos eventos meteorológicos extremos, seria importante para a meteorologia global expandir as capacidades de observação na África, América Latina ou no Sudeste Asiático. Na minha opinião, nenhuma IA pode assumir essa tarefa por nós." Como as mudanças climáticas afetam as previsões do tempo? As mudanças climáticas em nada alteram as leis da física e os problemas básicos da previsão meteorológica. No entanto as zonas climáticas se modificam e, com elas, também os eventos extremos. "Furacões, temporais e também secas podem se tornar ainda mais violentos do que no passado, e o impacto sobre os seres humanos, proporcionalmente maior." 🚨🚨🚨 Daí resultam "novos desafios na previsão, no processo de alerta, mas também na prontidão da população a levar a sério tais alertas e se comportar de forma condizente", observa Knippertz. Por que os alertas de tempestade costumam ser tão dramáticos? Em caso de temporal, borrasca ou tempestade, é comum as advertências das autoridades serem mais dramáticas do que o evento meteorológico na prática, o que muitas vezes gera incompreensão e um certo grau de dessensibilização. "Se os cidadãos são evacuados e depois não acontece nada, costuma em seguida cair uma shitstorm nas redes sociais e na internet: 'Que besteira foi essa? Eles ficaram malucos? Que histeria!'", comenta Peter Knippertz. Alertas são sempre uma decisão difícil. "Os custos de uma evacuação – dormir uma noite no ginásio de esportes, no colchonete de camping – são, a meu ver, bem pequenos comparando com uma morte cruel por afogamento no próprio porão. Mas acho que para isso há muito pouca consciência e compreensão entre a população." Nova onda de calor deve elevar temperaturas em partes do interior do Brasil

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Smartband: g1 testa 3 pulseiras que são quase um relógio inteligente


Aparelhos da Huawei, Samsung e Xiaomi chegam perto do que um smartwatch oferece por um preço bem menor. Veja o resultado. Guia de Compras: Teste de smartbands Veronica Medeiros/g1 As pulseiras inteligentes – ou smartbands – são a maneira mais econômica de começar a acompanhar informações sobre saúde no dia a dia. Esses produtos oferecem recursos bastante similares aos dos smartwatches (relógios inteligentes), com a vantagem de serem bem mais baratos. Isso ocorre porque eles não têm GPS integrado e usam o celular para acompanhar os trajetos de exercícios ao ar livre. Porém, as smartbands medem a quantidade de exercícios feita pelo seu dono, o número de passos dados, avaliam a qualidade do sono e ainda monitoram batimentos cardíacos e oxigenação do sangue. ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp O Guia de Compras testou três modelos de smartbands que custam na faixa de R$ 350 a R$ 500, com valores consultados nas lojas da internet no meio de abril. Para comparação, um smartwatch sai a partir de R$ 1.400 (veja o teste feito em 2023). Os modelos avaliados foram: Huawei Band 8 Samsung Galaxy Fit3 Xiaomi Band 8 Bom lembrar que autoridades de Saúde e os próprios fabricantes alertam que os dados de monitoramento desses aparelhos não substituem acompanhamento médico. Os testes incluíram o uso por uma semana de cada pulseira, incluindo caminhadas e corridas. Os modelos foram cedidos por empréstimo e serão devolvidos. Outros guias: DIA DAS MÃES: 30 sugestões de presentes por até R$ 200 AIRFRYER COM ACESSÓRIOS: vale a pena usar formas de silicone ou de papel? CELULAR: o que fazer se o smartphone cair na água TODOS OS GUIAS DE COMPRAS Veja a seguir os resultados e, ao final da reportagem, a conclusão. Huawei Band 8 As três smartbands variam em tamanho: a Huawei Band 8 é que tem uma tela intermediária – a da Samsung conta com um display grande, e a da Xiaomi, pequena. A Huawei Band 8 tem uma tela de 1,47 polegadas, medindo 43,4 × 24,5 × 8,9 mm. Seu peso é de 14 gramas sem a pulseira. Tem um botão lateral para acessar os menus e notificações e que complementa o uso do display sensível ao toque. Seu desempenho é bem similar aos outros equipamentos e é a pulseira mais barata do teste, sendo vendida na faixa de R$ 350. Huawei Band 8 durante exercício Henrique Martin/g1 A pulseira, que pode ser trocada, é feita em TPU (termoplástico de poliuretano) – um material bastante flexível e resistente. Ela conta com duas partes, que se encaixam no topo e base da caixa, como ocorre com as pulseiras de relógios convencionais e smartwatches. O app usado pela Band 8 é o Huawei Saúde, com versões para iOS e Android. Por ele, é feita a sincronia com o celular e o envio de notificações de mensagens e ligações, controle de exercícios, músicas, entre outras funções. A Huawei criou dois métodos para avaliar as metas diárias. A primeira é a visualização por círculos que vão sendo preenchidos durante o dia, medindo a quantidade de passos, minutos em movimento e se a pessoa ficou em pé naquela hora (e, se não ficou, alertam com uma vibração para se mexer um pouco). É algo muito parecido com os círculos de atividade que a Apple usa no Apple Watch. A outra é mais nova e representada por um trevo de saúde, com avaliação de movimento, qualidade do sono e “humor” (uma métrica que inclui sono, nível de stress e quantidade de passos por dia), como dá para ver na imagem abaixo, no app Huawei Saúde e nos dois concorrentes: Smartbands: Da esquerda para a direita, apps da Huawei, Samsung e Xiaomi. Reprodução Resistente a água, a pulseira pode ser mergulhada em até 50 metros de profundidade. Também mede batimentos cardíacos e nível de oxigenação do sangue. Para exercícios, o dispositivo consegue monitorar dados de 100 esportes, com detecção automática de corridas, natação e caminhadas. Assim como sua concorrente Xiaomi Band 8, a pulseira da Huawei ajuda seu dono a correr, com planos de treino. A bateria da Huawei Band 8, com 7 dias de uso, atingiu 20% da carga. A fabricante informa que a bateria dura entre 9 e 14 dias, dependendo da utilização do produto. E que 5 minutos de carga permitem o uso por mais dois dias. Samsung Galaxy Fit3 A Samsung Galaxy Fit3 é a maior das pulseiras inteligentes, com uma tela de 1,6 polegada, mais larga que a da Xiaomi Band 8. Também é a mais cara das três, sendo vendida por R$ 500 em abril nas lojas on-line consultadas. A smartband mede 42,9 x 28,8 x 9,9 mm e pesa 36,8 gramas. Como ocorre no modelo da Huawei, o da Samsung também tem um botão para ajudar na navegação entre os menus e notificações do dispositivo. O material da pulseira é o TPU, com duas partes que se encaixam no topo e na base da Galaxy Fit3. Samsung Galaxy Fit3 durante exercício Henrique Martin/g1 A Samsung utiliza o app Galaxy Wearable, que só funciona com celulares Android, para sincronizar dados com a pulseira inteligente – como gerenciar as notificações, mudar o estilo do visor e ordenar os recursos. A parte de saúde se conecta com o aplicativo Samsung Health, também apenas para Android, para monitorar exercícios. A métrica de atividades tem o formato de um coração – que também avalia os passos diários, tempo em pé e em movimento. A Galaxy Fit3 tem algumas similaridades com os concorrentes, como a detecção automática de exercícios simples e acompanhamento de mais de uma centena de atividades. E algumas funções diferentes, como a pausa automática de um exercício ao aguardar para atravessar a rua, por exemplo. É algo que os modelos da Xiaomi e da Huawei não fazem. Outro recurso único – e que é comum em smartwatches mais caros– é a detecção de quedas do seu usuário. O aparelho consegue "entender" que a pessoa caiu e ativa um modo de emergência para pedir socorro. A medição de sono também está presente, com os mesmos perfis de bichos (como leão ou urso) usados nos smartwatches da marca, com a intenção de ajudar o usuário enquanto dorme. Após 4 dias de uso, a bateria do Galaxy Fit3 atingiu 30% da carga. Segundo a Samsung, o produto consegue durar até 13 dias com uma única recarga. Vale notar que todas as smartbands utilizam um cabo USB com conector magnético que se conecta à parte traseira da pulseira. O da Samsung é o único cabo com conexão USB-C, os demais vêm com cabo USB 2.0, aquele mais tradicional e antigo. Xiaomi Smart Band 8 A Xiaomi Smart Band 8 é a versão mais recente da smartband e a única das três pulseiras do teste com um design diferente, mais alongado e com as bordas da tela arredondadas. Lado a lado com as concorrentes, é a menor das três. O produto tem um display sensível ao toque de 1,62”, mede 2,25 x 4,8 x 1,1 cm e pesa 28 gramas. Todos os comandos são feitos pela tela, sem a ajuda de botões, como nas outras duas smartbands do teste. Sua pulseira em TPU pode ser trocada – mas vale ressaltar que a Xiaomi mudou o método de encaixe das partes. Em versões anteriores do produto, era uma peça única de plástico. Agora, são duas partes distintas – como em smartwatches, e as pulseiras antigas não servem no modelo mais recente. Nas lojas da internet, a Xiaomi Smart Band 8 custava R$ 450 em abril. Xiaomi Smart Band 8 durante exercício Henrique Martin/g1 Toda a sincronização com o celular é feita com o app Mi Fitness, disponível para sistemas Android e iOS. A Xiaomi diz que a pulseira também compartilha dados com o Strava (que monitora e compartilha dados de exercícios com amigos) e com o Apple Saúde, do iOS. Como ocorre com as demais smartbands do teste, o aplicativo Mi Fitness sincroniza as notificações do celular para a pulseira, como mensagens do WhatsApp, previsão do tempo e controle de músicas. Para medir as informações de saúde, o Mi Fitness lembra bastante o Huawei Saúde, com os círculos que devem ser “preenchidos" todos os dias ao cumprir metas de passos, em movimento e o tempo em pé. A pulseira da Xiaomi também avalia um conceito de “vitalidade" do seu dono, mostrando uma pontuação de zero a 100 na semana – quanto maior, melhor estará a saúde. O número de exercícios que a smartband da Xiaomi acompanha é o maior das três pulseiras: a fabricante cita 150 modos. Dá para entender o número alto de funções: vários exercícios de de academia, como levantamento de peso ou agachamento, são contabilizados de forma individual. A pulseira também consegue detectar exercícios de forma automática, como caminhada, corrida, remo seco, ciclismo e elíptico. A bateria da Xiaomi Smart Band 8 atingiu 51% de carga em sete dias de uso, alternando datas com e sem exercício. Segundo a fabricante, a bateria pode durar até 16 dias. Conclusão MELHOR CUSTO/BENEFÍCIO: no uso diário, as três smartbands são muito parecidas em recursos e duração de bateria. Todas medem um monte de exercícios, conseguem checar batimentos cardíacos, oxigenação do sangue e avaliar a qualidade do sono. A bateria também é parecida nos modelos da Huawei e da Xiaomi. Pelo preço consultado em abril, a Huawei Smart Band 8 tinha a melhor relação custo/benefício, sendo vendida por R$ 350 nas lojas on-line. Smartbands, da maior para a menor: Samsung, Huawei e Xiaomi Henrique Martin/g1 SINCRONIA COM IPHONE: Tanto Huawei quanto Xiaomi sincronizam dados com o sistema iOS, usado pela Apple nos iPhones – notificações, respostas de mensagens e controle de músicas e podcasts funcionam sem problemas. Só que é uma sincronização parcial: as informações dos exercícios vão para o aplicativo Apple Saúde. E não seguem para o Fitness, que é usado apenas pelo Apple Watch – e é o app que tem os círculos de movimentos/metas da fabricante do iPhone. PRECISA SEMPRE DO CELULAR: As smartbands não têm algo essencial aos smartwatches – o GPS integrado para rastrear as rotas dos exercícios e caminhadas ao ar livre. Desse modo, sempre precisam do smartphone por perto para sincronizar os dados – o que pode demorar um pouco mais para acontecer. ATENÇÃO PARA A TELA: com tamanhos menores em comparação a um smartwatch – com mais área de visualização em telas maiores, enxergar a pequena tela de uma smartband pode ser complicado sob a luz do sol. A dica aqui é aumentar o brilho do display nas configurações ao sair para fazer uma atividade física – se o nível estiver baixo, a chance de ver as informações é igualmente reduzida (ou quase impossível). MAIS CONFORTÁVEL: Pelo tamanho menor em relação aos smartwatches, as smartbands têm uma vantagem na hora de usar à noite para dormir – são mais leves e incomodam menos no pulso durante o sono. Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.  Como escolher um smartwatch

Wi-Fi público tem risco baixo, mas pode permitir golpes; veja dicas para se prevenir


Conexão pode não oferecer recursos de segurança adequado e permitir, por exemplo, que golpistas "espelhem" seu celular e saiba o que você faz. Pessoa mexe no celular Porapak Apichodilok/Pexels Espaços como praças, parques, terminais de ônibus, hotéis, entre outros, podem ter algo em comum: a conexão Wi-Fi pública. Apesar de ser um serviço bem-vindo, esse tipo de conexão pode por em risco a segurança digital, abrindo espaço para golpes. 🛜 Wi-Fi público é uma rede de internet disponível para qualquer pessoa se conectar. Normalmente, elas não possuem senha e podem ser acessadas por vários usuários ao mesmo tempo. A falta de recursos adequados de segurança pode permitir, por exemplo, a técnica conhecida como "man-in-the-middle" (homem no meio, em tradução livre), explica Marcelo Teixeira de Azevedo, professor de ciência da computação do Mackenzie. Nessa técnica, o criminoso usa uma brecha na rede pública para interceptar a comunicação entre o usuário e um aplicativo de banco, por exemplo, podendo roubar dados sensíveis e acessar contas bancárias. Mas, para realizar crimes do tipo, é preciso ter conhecimento específico sobre algumas ferramentas tecnológicas, o que não é comum para a maioria das pessoas, observa Carlos Alberto Iglesia Bernardo, professor de segurança cibernética no Instituto Mauá de Tecnologia. "Se for um ambiente bem configurado [com recursos de proteção], com atualizações e melhores práticas de segurança, eu diria que a probabilidade (de golpe no Wi-Fi público) é mínima", completa. Os especialistas, no entanto, sugerem tomar alguns cuidados extras, que valem para celulares e notebooks. Nesta reportagem, você saberá: O que fazer para ter mais segurança? Quais são os golpes mais comuns? Wi-Fi público é menos seguro? 🚫 O que fazer para ter mais segurança? Leia o termo de privacidade. Ele costuma ser um documento longo, mas os especialistas indicam sua análise. Vale redobrar atenção no trecho que tratar sobre o uso dos dados de navegação. Se possível, não faça compras online nem baixe arquivos para não ter que digitar dados sensíveis, como informações pessoais ou senhas de cartão de crédito. Evite fazer login em sites que exijam senhas. Alguns golpes refletem o que é visto e escrito em seu aparelho. Assim, o criminoso saberá suas informações. Mantenha atualizados os aplicativos e o sistema operacional do aparelho. Instale programas antivírus. Se precisar acessar ou digitar dados sensíveis, use VPN no aparelho. Ela funciona como um filtro que codifica seus dados de navegação, ou seja, as informações de navegação são registradas em códigos, dificultando o acesso por terceiros. Verifique a legitimidade da conexão. Criminosos podem criar uma rede com o mesmo nome para acessar os dados dos usuários. Nas redes legítimas, o provedor geralmente disponibiliza informações como nome, alcance e tempo máximo de uso. Por exemplo, espaços de Wi-Fi público oferecidos por prefeituras costumam ter placas com essas informações. Confirme se essas informações estão disponíveis antes de se conectar. 📲 Quais são os golpes mais comuns? Entre os casos mais comuns está o falso termo de privacidade. Ao concordar com ele, o usuário acaba permitindo o uso das informações pessoais para outros fins. Supostamente é uma rede gratuita que, no final das contas, ela vai poder ter acesso ao que você está fazendo e, eventualmente, compartilhar os dados com empresas terceiras, explica Marcelo Teixeira. "Não existe almoço grátis, né? No capitalismo, a gente sabe que às vezes a gente paga com outras informações que não necessariamente dinheiro e, hoje em dia, nossos dados têm grande valor", completa o professor. Outro modelo de golpe é hackear o endereço de IP. Todo aparelho tem esse endereço, que funciona como código de identificação na internet do seu celular . Se o criminoso tiver acesso a ele, toda sua atividade online ficará disponível. "Hackers têm ferramentas que conseguem tomar algumas ações em celulares e notebooks para explorar vulnerabilidades, como inserir páginas falsas para aplicar golpes, ter acesso a informações bancárias, até manusear o aparelho se passando pelo dono", explica Carlos Alberto. Além disso, como citado no início da reportagem, criminosos podem espelhar sua navegação na internet, ou seja, saber exatamente o que está fazendo e, com isso, ter acesso a informações pessoais. Por exemplo, se você fizer o login em uma conta bancária, seus dados de login e senhas poderão ser vistos pelos hackers. Veja mais detalhes no vídeo abaixo. Golpistas usam redes Wi-Fi liberadas para roubar dados de usuários Leia também: Um quarto dos celulares vendidos no Brasil é irregular Por que Taiwan é tão importante no mercado de chips Cientista e engenheiro de dados estão em alta e têm salário de R$ 20 mil 🛜 Wi-Fi público é menos seguro? Os especialistas explicam que a rede de conexão pública tende a ser menos protegida por conta do número de acessos e pouco controle que ela eventualmente tem. Normalmente basta um simples cadastro para conectar; às vezes, nem isso. Então, vale ficar de olho nos seguintes pontos que, se o Wi-Fi tiver, podem garantir mais segurança. São eles: Criptografia na conexão. Ela codifica as informações de navegação e dificulta acesso de terceiros. Para verificar se há, clique no ícone de "engrenagem", no campo direito da tela, quando for se conectar. Se a conexão tiver criptografia, vai aparecer a informação WPA2 ou WPA3. Saiba mais sobre aqui. Autenticação em duas etapas é um recurso que acrescenta camada adicional de segurança. Além de inserir a senha da conexão, o usuário precisa confirmar um código adicional, geralmente enviado para o seu dispositivo móvel, ou em uma outra página na web. Política de privacidade é um termo que explica as regras de uso da conexão. Normalmente, redes seguras possuem documentos do tipo e devem ser apresentados, exclusivamente, antes do usuário usar a internet. g1 experimentou o óculos de realidade aumentada da Apple Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Os bastidores, as estratégias e a rotina de quem ganha a vida vendendo vídeos de sexo; ASSISTA Os bastidores, as estratégias e a rotina de quem ganha a vida vendendo vídeos de sexo

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Na mira dos EUA, TikTok diz coletar mesmos dados que Instagram e Facebook


As três redes sociais dizem, em suas respectivas páginas de privacidade, extrair informações como mensagens recebidas e enviadas, detalhes do conteúdo postado, do dispositivo usado, entre outras. ByteDande é a dona chinesa do TikTok Dado Ruvic/Reuters O TikTok tem até meados de janeiro de 2025 para vender sua operação a uma empresa de confiança dos Estados Unidos. Esta foi a alternativa dada para que a rede social não seja banida no país, que aponta o serviço chinês como um risco à segurança nacional. O capítulo mais recente dessa novela que se arrasta desde 2020 aconteceu na quarta-feira (23), quando o presidente Joe Biden sancionou o projeto de lei que trata sobre o possível banimento do TikTok no país e que já tinha sido aprovado no Congresso. Autoridades americanas afirmam que o TikTok coleta dados confidenciais de seus 170 milhões de usuários americanos e que as informações são usadas pela China para atividades de espionagem. A rede social nega as acusações. A plataforma diz que tem práticas parecidas com a de seus concorrentes, como Instagram e Facebook, e que dados de usuários dos EUA ficam sob a infraestrutura da empresa americana Oracle, usada desde 2022, após questionamentos do governo do ex-presidente Donald Trump. "Em linha com as práticas do setor, coletamos informações que as pessoas fornecem para ajudar o aplicativo a funcionar, operar com segurança e melhorar a experiência do usuário", diz o TikTok. Quais dados o TikTok diz coletar? De acordo com a política de privacidade do TikTok para os EUA, quem cria uma conta na rede social pode compartilhar as seguintes informações: informações de perfil, como nome, idade, nome de usuário, senha, idioma, e-mail, telefone e informações divulgadas no perfil; conteúdo gerado pelo usuário, como comentários, fotos, transmissões ao vivo, mensagens de áudio, vídeos, texto, hashtags, além de metadados, que detalham quando, onde e quem criou um conteúdo; mensagens, incluindo informações sobre quando elas foram enviadas, recebidas ou lidas; informações como texto, fotos e vídeos que sejam copiadas em outro aplicativo e coladas no TikTok; informações de compra, incluindo dados de cartões de pagamento, faturamento, entrega e histórico de compras; número de telefone do usuário e de seus contatos (além de nomes e e-mails), caso o titular dê permissão para a plataforma; informações para verificar uma conta, como documento de identidade ou outro registro que comprove a idade; preferências de comunicação e informações de contato quando o usuário entra em contato com o suporte. Onde ficam os dados de usuários do TikTok? Uma investigação da revista "Forbes" em 2023 mostrou que dados dos maiores criadores de conteúdo do TikTok são guardados na China. No entanto, a empresa diz que não armazena informações de usuários no país. Segundo a plataforma, as informações ficam em servidores nos EUA, em Singapura e na Malásia. Em 2022, após questionamentos do governo Trump, o TikTok passou a armazenar dados de usuários nos EUA junto à empresa americana Oracle. A empresa criou uma subsidiária chamada U.S. Data Security (USDS) para evitar sua venda para uma companhia dos EUA. A rede social afirma ainda que o conteúdo é protegidas por "fortes controles de segurança físicos e lógicos, incluindo pontos de entrada fechados, firewalls e tecnologias de detecção de intrusões". O TikTok afirma que, desde junho de 2022, todos os dados de usuários americanos estão armazenados na plataforma de nuvem Oracle Cloud e "todo o acesso a esse ambiente é gerenciado exclusivamente pela USDS". O TikTok diz ainda que os dados só podem ser acessados por um grupo restrito de funcionários, que ficam sujeitos a controles de segurança quando precisam visualizar esse tipo de informação. E quais dados o Instagram e o Facebook coletam? Meta, dona do Facebook REUTERS/Peter DaSilva/File Photo Nos Estados Unidos, a Meta, dona do Instagram e do Facebook, diz que a forma como coleta e processa os dados depende de como a pessoa utiliza as plataformas dela. "Coletamos informações diferentes se você vende móveis no Marketplace e se você publica um vídeo no Instagram", diz a empresa em seu Centro de Privacidade. Estas são algumas das informações que a big tech extrai dos usuários: informações do conteúdo que a pessoa cria, como postagens, comentários, áudio e conteúdo criado "por meio de nosso recurso de câmera ou das configurações do rolo da câmera"; atividade do usuário, como horário e a frequência em que passa no Instagram e no Facebook; interação, como mensagens que você recebe ou envia, e hashtags usadas nas publicações; metadados, que indicam, por exemplo, o local onde uma foto postada foi tirada e a data em que o conteúdo foi criado; conteúdos e anúncios publicitários que você visualiza e interage; o dispositivo e o sistema operacional que a pessoa usa para acessar o Instagram e Facebook; transações financeiras realizadas dentro das redes sociais da Meta e informações do cartão de crédito. Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas

WhatsApp libera login sem autenticação por SMS no iPhone; veja como ativar


Em vez do código numérico, aplicativo passa a permitir fazer login utilizando a tecnologia de chave de acesso (passkeys), considerada mais segura. Ela pode usar o Face ID, o Touch ID ou a senha do celular para entrar na sua conta. Recurso já estava disponível no Android. Saiba por que o WhatsApp deixa de funcionar em celulares antigos AP Photo/Patrick Sison O WhatsApp anunciou nesta quarta-feira (24) que os donos de iPhone já podem fazer login no aplicativo sem a autenticação por SMS. O recurso, já disponível no Android desde o ano passado, permite ao usuário entrar no WhatsApp apenas com a biometria do iPhone, como Face ID ou Touch ID, ou a senha numérica do seu celular. Escolhendo um desses métodos, não será mais preciso usar a autenticação tradicional, por SMS, para entrar na sua conta (veja como ativar). Isso também significa que, caso você não esteja conectado à internet, ainda assim é possível fazer login no WhatsApp porque a chave de acesso já está cadastrada no seu celular. A tecnologia que permite fazer isso é chamada de chave de acesso (ou "passkeys", em inglês). Ela também possibilita entrar em sites e aplicativos sem precisar digitar e-mail e senha. Várias empresas já oferecem esse recurso (saiba mais). WhatsApp: como fazer login sem SMS no iPhone Abra o app do WhatsApp e toque em "Configurações" no canto inferior direito; Toque em "Conta" e "Chaves de acesso"; Em seguida, toque em "Criar chave de acesso" para ativar o recurso. O que é chave de acesso (passkey) Em vez do login tradicional (e-mail e senha), a chave de acesso usa a impressão digital, biometria facial ou PIN (senha numérica do celular) do seu telefone, por exemplo, para liberar sua entrada na conta. Empresas e especialistas dizem que a passkey é uma alternativa mais fácil e segura. Isso porque a pessoa não precisa se preocupar em memorizar e gerenciar várias senhas de inúmeras plataformas disponíveis, além de eliminar a autenticação por SMS, que não é segura. Segundo o Google, "depois que uma chave de acesso é criada, o usuário pode alternar facilmente para um novo dispositivo e usá-lo imediatamente, sem precisar se registrar novamente (ao contrário da autenticação biométrica tradicional, que exige a configuração em cada aparelho)". De acordo com o gerenciador de senhas 1Password, Google, Adobe, Uber, Nintendo, Nvidia, OnlyFans, PayPal, TikTok e Amazon, entre outras empresas, já estão com as chaves de acesso disponíveis.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Biden sanciona lei que pode banir TikTok nos EUA


Projeto de lei ordena que rede social seja vendida para uma empresa de confiança dos americanos em até 270 dias. Se isso não acontecer, a plataforma será retirada do ar no país. TikTok REUTERS O presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou nesta quarta-feira (24) um projeto de lei que ordena que o TikTok, controlado pela empresa chinesa ByteDance, tenha um novo dono nos Estados Unidos. Com isso, a ByteDance terá 270 dias para encontrar um comprador das operações do TikTok no país. Esse prazo poderá ser renovado por mais 90 dias. Caso contrário, a rede social terá que deixar o mercado americano. Os Estados Unidos alegam que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional, já que há o temor de que a China possa utilizar as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. O TikTok, por sua vez, nega a acusação. Caso a empresa não cumpra a decisão americana e não encontre um comprador, as big techs Apple e Google terão que remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. O presidente-executivo da TikTok, Shou Zi Chew, disse após a sanção de Biden que a empresa espera vencer uma contestação judicial contra a legislação. "Fiquem tranquilos, não vamos a lugar algum", disse ele em um vídeo postado momentos depois que Biden sancionou a lei. "Os fatos e a Constituição estão do nosso lado e esperamos prevalecer novamente." Entenda a crise EUA e TikTok Por que os EUA estão pressionando o TikTok? O país diz que a ByteDance representa um risco para a segurança do país porque a China poderia se aproveitar do poder da empresa para espionar e obter dados de milhões de americanos. Os EUA, porém, não detalham quais são os dados sensíveis capturados. Por sua vez, o TikTok negou que compartilha essas informações com o governo chinês. Quais dados o TikTok coleta dos norte-americanos? Publicamente, nos EUA, a rede social diz coletar informações de uso bem como qualquer conteúdo que a pessoa gere ou carregue na plataforma. Ela também captura a operadora do celular, fuso horário, modelo do telefone, sistema operacional, além de dados sobre os "vídeos, imagens e áudio que fazem parte do seu conteúdo". Vale lembrar que outras redes sociais, como Facebook e Instagram, da norte-americana Meta, coletam dados semelhantes. O TikTok repassa essas informações para a China? A ByteDance diz que nunca compartilhou informações dos americanos com o governo chinês. Segundo a empresa, os dados desses usuários ficam armazenados nos EUA. Além disso, a ByteDance está registrada nas Ilhas Cayman, longe de Pequim. Mas uma investigação da revista "Forbes" mostrou que dados dos maiores criadores de conteúdo da rede são guardados na China. Quem acessa esses dados? O TikTok diz que eles só podem ser acessados por um grupo restrito de funcionários, que ficam sujeitos a controles de segurança quando precisam visualizar essas informações. A ByteDance conseguirá vender o TikTok nos EUA? Especialistas dizem que essa operação não será fácil e pode elevar os conflitos entre os dois países. "A possível transação envolveria a exportação de algoritmos de recomendação de conteúdo, o que demanda a obtenção de licença e aprovação do governo chinês. Em 2020, a China já havia adicionado a tecnologia do TikTok em uma lista restrita de exportação, dada a ameaça de banimento por Trump", diz a advogada e especialista em direito digital Patrícia Peck.

TikTok nos EUA: entenda o que acontece após Biden assinar lei que pode banir rede social no país


Pelo texto aprovado, rede social chinesa terá de encontrar comprador para seguir ativa nos EUA. Prazo de 270 dias começa nesta quarta-feira (24), após Joe Biden assinar lei. Sede da TikTok nos Estados Unidos Mike Blake/REUTERS O presidente dos Estados Unidos Joe Biden sancionou projeto de lei nesta quarta-feira (24) que pode resultar no banimento do TikTok no país. O pacote também inclui o envio de ajuda financeira para Ucrânia, Israel e Taiwan. No caso do TikTok, o aplicativo poderá ser banido nos EUA caso a ByteDance, que é dona da rede social, não encontre um comprador de confiança dos norte-americanos. Quando o projeto foi aprovado na Câmara, o TikTok lamentou a decisão e disse que a medida "atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos". Leia o comunicado completo mais abaixo. Após sanção de Biden, a ByteDance terá 270 dias para encontrar um comprador das operações do TikTok nos Estados Unidos. Esse prazo poderá ser renovado por mais 90 dias. O novo dono não pode ter relação com a empresa chinesa. A expectativa é que a ByteDance ingresse com uma ação judicial para impedir a aplicação da lei. A empresa alega que o projeto é inconstitucional. Quem é o dono do TikTok e por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA Entenda a discussão envolvendo o TikTok e os Estados Unidos a seguir: 📱 Por que os EUA estão fechando o cerco contra o TikTok? A ideia de banir a plataforma vem desde o governo de Donald Trump, que dizia que a ByteDance, dona do TikTok, representava um risco para a segurança do país porque a China poderia se aproveitar do poder da empresa para obter dados de usuários americanos. O TikTok, por sua vez, sempre negou. 🤔 Por que o projeto passou junto de um pacote com temas diferentes? Uma versão anterior do texto estava paralisada no Senado desde março. Os congressistas, então, resolveram incluir a rede social em um pacote que inclui ajuda econômica a países aliados dos EUA, como Ucrânia e Israel. Projetos de lei de financiamento costumam andar mais rápido nas casas, além de ser uma prioridade do presidente Joe Biden. 👀 E caso o TikTok não cumpra a lei? Se a ByteDance se recusar a cumprir a decisão americana ou se ela não encontrar um comprador, as big techs Apple e Google terão de remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. 🗣️ O que diz o TikTok agora? Segundo a agência Reuters, o TikTok disse em comunicado que "é lamentável que a Câmara dos Deputados esteja usando a cobertura de importante assistência externa e humanitária para mais uma vez aprovar um projeto de lei que atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos". Vídeo: TikTok vai sair dos EUA? TikTok vai sair dos EUA?

Google proíbe publicidade política para as eleições municipais deste ano


Prevista para entrar em vigor em maio, nova regra foi tomada devido à resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre publicidade de candidatos e partidos nas eleições municipais de 2024. Google Andrew Kelly/Reuters/Arquivo O Google informou nesta quarta-feira (24) que, a partir de maio, vai proibir a veiculação de anúncios políticos para as eleições municipais deste ano em suas plataformas. A decisão foi tomada devido à nova resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre publicidade de candidatos e partidos. A mudança envolve as regras de conteúdo político do Google Ads, ferramenta em que anunciantes podem pagar para impulsionar conteúdos em serviços da empresa, como a Busca e o YouTube. A resolução do TSE prevê, entre outros pontos, que a empresa que oferecer impulsionamento de conteúdos políticos eleitorais deve: Manter repositório que permita acompanhar em tempo real informações de anúncios, como conteúdo, valor pago, anunciante e público-alvo do anúncio; Disponibilizar ferramenta de pesquisa para a consulta de anúncios por palavras-chave, termos de interesse e nomes de anunciantes, além de coletar dados sobre os anúncios de forma automatizada (por meio de uma interface dedicada, também conhecida como API). Veja a nota do Google na íntegra: “As eleições são importantes para o Google e, ao longo dos últimos anos, temos trabalhado incansavelmente para lançar novos produtos e serviços para apoiar candidatos e eleitores. Para as eleições brasileiras deste ano, vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024. Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto.”

Por que Biden e Trump, mesmo em lados opostos, querem banir o TikTok nos EUA


País alega que a dona da rede social coleta dados sensíveis de mais de 170 milhões de americanos que estão na plataforma e compartilha eles com o governo chinês, o que representa um risco à segurança nacional. O TikTok, por sua vez, nega a acusação. Usuários de Tiktok protestam em frente ao Capitólio nos EUA J. Scott Applewhite/AP O Congresso dos EUA aprovou na noite desta terça (23) um projeto de lei que pode banir o TikTok no país. O PL ordena que o app, controlado pela empresa chinesa ByteDance, tenha um novo dono de confiança dos EUA. Caso contrário, a rede social terá que deixar o país. A medida tem o apoio de Joe Biden e também do ex-presidente Donald Trump, que tentou em vários momentos tirar o aplicativo do ar. Segundo os EUA, a principal preocupação gira em torno da alegação de que o TikTok está coletando dados confidenciais de americanos. O governo afirma que esta prática representa um risco à segurança nacional, já que há o temor de que a China possa utilizar as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. Com apoio de democratas e republicanos, a Câmara dos Deputados já havia aprovado o texto. Para valer, agora só depende da assinatura de Biden. Trump e Biden MANDEL NGAN/AFP; JIM WATSON/AFP O TikTok está na mira de autoridades americanas desde o governo Trump. Em 2020, o então presidente tentou impedir que novos usuários baixassem o TikTok e planejava banir as operações do app, mas perdeu uma série de batalhas judiciais sobre a medida. Em 2021, Biden assinou uma ordem executiva (uma espécie de decreto) que reverteu a decisão de Trump. Mas determinou que o Departamento de Comércio do EUA investigasse como o app lida com os dados dos usuários. Entenda a treta e o que está em jogo Por que os EUA estão pressionando o TikTok? O país diz que a ByteDance representa um risco para a segurança do país porque a China poderia se aproveitar do poder da empresa para espionar e obter dados de milhões de americanos. Os EUA, porém, não detalham quais são os dados sensíveis capturados. Por sua vez, o TikTok negou que compartilha essas informações com o governo chinês. Quais dados o TikTok coleta dos norte-americanos? Publicamente, nos EUA, a rede social diz coletar informações de uso bem como qualquer conteúdo que a pessoa gere ou carregue na plataforma. Ela também captura a operadora do celular, fuso horário, modelo do telefone, sistema operacional, além de dados sobre os "vídeos, imagens e áudio que fazem parte do seu conteúdo". Vale lembrar que outras redes sociais, como Facebook e Instagram, da norte-americana Meta, coletam dados semelhantes. O TikTok repassa essas informações para a China? A ByteDance diz que nunca compartilhou informações dos americanos com o governo chinês. Segundo a empresa, os dados desses usuários ficam armazenados nos EUA. Além disso, a ByteDance está registrada nas Ilhas Cayman, longe de Pequim. Mas uma investigação da revista "Forbes" mostrou que dados dos maiores criadores de conteúdo da rede são guardados na China. Quem acessa esses dados? O TikTok diz que eles só podem ser acessados por um grupo restrito de funcionários, que ficam sujeitos a controles de segurança quando precisam visualizar essas informações. A ByteDance conseguirá vender o TikTok nos EUA? Especialistas dizem que essa operação não será fácil e pode elevar os conflitos entre os dois países. "A possível transação envolveria a exportação de algoritmos de recomendação de conteúdo, o que demanda a obtenção de licença e aprovação do governo chinês. Em 2020, a China já havia adicionado a tecnologia do TikTok em uma lista restrita de exportação, dada a ameaça de banimento por Trump", diz a advogada e especialista em direito digital Patrícia Peck. E o que acontece se a rede social não for vendida? Se o projeto de lei for sancionado por Biden e caso a empresa não cumpra a decisão americana, as big techs Apple e Google terão que remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. Especialista fala sobre projeto de lei pode banir TikTok nos EUA Especialista fala sobre projeto de lei que pode banir TikTok nos EUA TikTok vai sair dos EUA? TikTok vai sair dos EUA?

Embraer diz que vai produzir 1º protótipo de 'carro voador' em tamanho real ainda este ano no Brasil


Primeira unidade em escala real, conhecida como 1:1, já está sendo construída pela Eve Air Mobility na cidade de Taubaté, em São Paulo. Segundo executivo, os ensaios de voo devem ocorrer ainda este ano. Imagem de conceito do 'carro voador' da Eve, subsidiária da Embraer Divulgação/Eve A Eve Air Mobility, empresa de mobilidade aérea urbana da Embraer, anunciou que irá produzir o primeiro protótipo de "carro voador" (eVTOL) em tamanho real "até o fim deste ano". A montagem do veículo será feita em Taubaté, no interior de São Paulo. Os primeiros testes de campanha de voo também devem ocorrer ainda este ano na cidade de Gavião Peixoto, a 330 km da capital paulista. Os detalhes foram confirmados ao g1 por Daniel Moczydlower, presidente da Embraer-X, área de inovação da Embraer, durante o Web Summit Rio 2024. A aeronave, conhecida oficialmente como eVTOL (ou "veículo elétrico de pouso de decolagem vertical"), ainda não tem nome oficial, mas é chamada internamente de Eve 01, segundo Moczydlower. O protótipo em escala real é conhecido como 1:1 (ou "um para um") , porque a medida do modelo de teste é igual à do objeto real. Em protótipos 1:3, por exemplo, cada unidade do modelo de teste equivale a três unidades da medida do objeto real. "A Eve só tinha montado e até colocou para voar o modelo de escala 1:3, que é como se fosse um drone gigante. Agora, vamos produzir o veículo de verdade, que iremos usar no futuro", diz Moczydlower ao g1. "Esta é uma etapa essencial para começar a certificação com a Anac", completou. Imagem de conceito do 'carro voador' da Eve, subsidiária da Embraer Divulgação/Embraer A companhia brasileira já recebeu quase 3 mil encomendas de seu eVTOL. Na última quarta (17), ela recebeu outro pedido para entregar até 50 "carros voadores" para uma empresa do Japão. No Brasil, a previsão da Eve é que a aeronave comece a voar em São Paulo a partir de 2026. Uma das empresas que vai operar voos comerciais na capital paulista é a Voar Aviation, que comprou 70 eVTOLs da Eve. 'Brasil tem boas chances nessa corrida' Daniel Moczydlower, diretor global de ecossistemas de inovação da Embraer e CEO da Embraer-X Divulgação/Embraer Apesar de este setor esbarrar em vários desafios, como regulamentação, infraestrutura, treinamento de pilotos, entre outros, Daniel Moczydlower acredita que o Brasil pode se sobressair no universo dos "carros voadores". Esse foi um dos temas abordados por ele no painel "O Brasil vencerá a corrida do táxi aéreo?", durante o Web Summit Rio 2024. "A gente não saiu primeiro. Alguns países começaram antes do Brasil na corrida dos eVTOLs, mas eu ainda acho que com a combinação da Eve apoiada pela Embraer, que tem mais de 50 anos de experiência, e a competência técnica da Anac, o Brasil tem boas chances nessa corrida", diz o executivo. Segundo ele, a grande vantagem competitiva da Eve é a possibilidade de usar a infraestrutura da Embraer para acelerar os testes, economizando tempo e dinheiro. "Nós já temos o maior centro de ensaio de voo do hemisfério Sul, em Gavião Peixoto. Não será preciso construir outro e a Eve já pode usar essa estrutura" completa. Em março, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) abriu consulta setorial para apresentação de sugestões e ideias que podem integrar a certificação e regulação dos eVTOLs no Brasil. Ao g1, o órgão disse que as "contribuições recebidas estão atualmente em fase de análise e podem ser consultadas neste link". Segundo eles, por enquanto, não há um cronograma pré-definido dos próximos passos. LEIA TAMBÉM: Como as empresas que já encomendaram eVTOLs da Eve pretendem usá-los no Brasil 'Carro voador': confira projetos de eVTOLs que podem começar a voar nos próximos anos Fábrica em SP e operação em 2026: quais as previsões da Embraer para carro voador no Brasil As diferenças entre helicóptero, eVTOL e avião elétrico Daniel Ivanaskas/Arte g1 Conheça o "carro voador" chinês que aguarda liberação para ser testado no Brasil Nova York realiza primeiros testes com "carros voadores"

terça-feira, 23 de abril de 2024

Congresso dos EUA aprova lei que pode banir TikTok no país; veja o que pode acontecer


Pelo texto aprovado, rede social chinesa terá de encontrar comprador para seguir ativa nos EUA. Prazo de 270 dias começará a contar assim que Joe Biden assinar lei. Sede da TikTok nos Estados Unidos Mike Blake/REUTERS O Congresso dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que pode resultar no banimento do TikTok no país. O pacote — que também inclui o envio de ajuda financeira para Ucrânia, Israel e Taiwan — foi aprovado na noite desta terça-feira (23). No caso do TikTok, o aplicativo poderá ser banido nos EUA caso a ByteDance, que é dona da rede social, não encontre um comprador de confiança dos norte-americanos. Quando o projeto foi aprovado na Câmara, o TikTok lamentou a decisão e disse que a medida "atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos". Leia o comunicado completo mais abaixo. O presidente Joe Biden já demonstrou apoio à lei. Caso o democrata de fato sancione o texto, a ByteDance terá 270 dias para encontrar um comprador das operações do TikTok nos Estados Unidos. Esse prazo poderá ser renovado por mais 90 dias. O novo dono não pode ter relação com a empresa chinesa. A expectativa é que a ByteDance ingresse com uma ação judicial para impedir a aplicação da lei. A empresa alega que o projeto é inconstitucional. Entenda a discussão envolvendo o TikTok e os Estados Unidos a seguir: 📱 Por que os EUA estão fechando o cerco contra o TikTok? A ideia de banir a plataforma vem desde o governo de Donald Trump, que dizia que a ByteDance, dona do TikTok, representava um risco para a segurança do país porque a China poderia se aproveitar do poder da empresa para obter dados de usuários americanos. O TikTok, por sua vez, sempre negou. 🤔 Por que o projeto passou junto de um pacote com temas diferentes? Uma versão anterior do texto estava paralisada no Senado desde março. Os congressistas, então, resolveram incluir a rede social em um pacote que inclui ajuda econômica a países aliados dos EUA, como Ucrânia e Israel. Projetos de lei de financiamento costumam andar mais rápido nas casas, além de ser uma prioridade do presidente Joe Biden. 👀 E caso o TikTok não cumpra a lei? Se a ByteDance se recusar a cumprir a decisão americana ou se ela não encontrar um comprador, as big techs Apple e Google terão de remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. 🗣️ O que diz o TikTok agora? Segundo a agência Reuters, o TikTok disse em comunicado que "é lamentável que a Câmara dos Deputados esteja usando a cobertura de importante assistência externa e humanitária para mais uma vez aprovar um projeto de lei que atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos". Vídeo: TikTok vai sair dos EUA? TikTok vai sair dos EUA?

Usa app para controle de ciclo menstrual? Entenda por que você pode estar entregando dados demais


Segundo especialistas, desenvolvedores pedem mais informações do que o necessário para prestar o serviço oferecido. Saiba quais são os riscos de se expor nestes sistemas. Aplicativo ciclo menstrual Cottonbro studio Aplicativos de controle do ciclo menstrual são muito populares. No ranking dos apps mais baixados da categoria saúde e fitness da App Store do Google, por exemplo, um deles aparecia em 4° na última terça-feira (16), com mais de 100 milhões de downloads. 📱A função desses aplicativos é fornecer previsibilidade para a mulher sobre o seu ciclo. Por exemplo, quando começará a menstruação e quais são os dias férteis. Essa previsão passa a ser feita depois de a usuária inserir as datas de início e fim de alguns de seus ciclos. Mas muitos apps pedem informações que não são necessárias para gerar essa previsibilidade, como em quais dias a pessoa fez sexo, qual o seu humor, se tomou ou não a pílula anticoncepcional e até mesmo a localização, explica Joana Varon, diretora-executiva da Coding Rights, instituição brasileira de pesquisa que promove os direitos humanos no mundo digital. Também pode existir a coleta indireta de informações, como o histórico de busca no navegador do usuário, alerta o advogado Guilherme Goulart, especializado em direito na tecnologia. Pesquisas apontam que a apuração desses dados acaba gerando renda para os aplicativos, que costumam ser gratuitos. As informações são usadas para direcionar propagandas mais especializadas para o usuário (como planos de saúde), inclusive em ambientes externos ao aplicativo, como redes sociais. Foi o que aconteceu com o Flo Health. Em 2019, o jornal "Wall Street Journal" revelou que os desenvolvedores desse app estavam compartilhando os dados dos usuários com empresas que forneciam serviços de marketing e análise para sites como o Facebook e o Google. A comercialização ocorreu mesmo com a política de privacidade do aplicativo indicando que os dados só seriam usados para desenvolvimento de melhorias no serviço oferecido. O desenvolvedor do Flo Health foi processado pelo Federal Trade Commission, nos Estados Unidos, órgão equivalente à Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) no Brasil. A empresa acabou fechando um acordo para mudar as suas práticas e passar a obter consentimento dos usuários antes de compartilhar suas informações. Dados de saúde precisam de mais segurança Em geral, o usuário acaba autorizando o acesso às principais funções do dispositivo, e, portanto, aos dados produzidos por estas funções, explica Fabio Assolini, diretor da equipe global de pesquisa e análise da Kaspersky para a América Latina. Isso acontece também plataformas que oferecem outros serviços, mas aplicativos de ciclo menstrual são classificados na categoria de saúde, segundo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) brasileira. Por isso, o desenvolvedor do aplicativo precisa entregar um grau de proteção maior, pedir consentimentos específicos e deixar claro qual é a finalidade da coleta, completa o advogado Guilherme Goulart. Entenda, abaixo, como funciona a coleta de informações nos apps de ciclo menstrual, os detalhes da LGPD sobre esses dados e como se proteger. Compartilhamento de dados Goulart verificou que em uma grande parte desses aplicativos, como o My Calendar, são registradas atividades de "trackers" — softwares em que a função é obter informações sobre o consumidor, como ele utiliza o serviço ou como o smartphone é utilizado. “Ou seja, ele fica recolhendo informações daquele uso, daquele aplicativo e encaminhando para outras empresas, as data brokers [organizações que coletam e processam dados pessoais]”, explica. Contudo, o advogado esclarece que não dá para ter certeza se as empresas que processam esses dados estão usando eles com fins de publicidade ou não. Outro problema identificado nas análises de Goulart é que os desenvolvedores dos aplicativos de controle de ciclo menstrual são desconhecidos, o que gera uma insegurança sobre como essas informações são usadas. “Eu acho que isso traz um risco bastante grande para as mulheres que usam esses aplicativos”, afirma. Por que isso é um problema para as mulheres? Goulart explica que os dados coletados têm muito potencial para propagandas, já que, ao informar o humor do usuário, por exemplo, é possível gerar anúncios mais especializados, adentrando "aspectos muito íntimos da pessoa", diz. Por exemplo, caso uma mulher esteja grávida, ela irá precisar comprar muitos produtos específicos para se preparar para a chegada do bebê. Se essa informação é vendida, ela pode receber propaganda direcionada, completa Assolini. Essas propagandas podem ser recebidas de forma negativa, se, por exemplo, a mulher perder o bebê ou não estiver feliz com a gravidez. “E há outros usos e abusos aí possíveis. Imagina que, sabendo se uma mulher está grávida ou não, uma empresa pode resolver não a contratar. Ou então, um seguro de saúde pode oferecer um plano mais caro, justamente por saber que ela está grávida, que ela vai usar mais a rede credenciada. Então há vários usos possíveis aí”, exemplifica. Um estudo da Kaspersky de 2020 identificou que os aplicativos Maya e MIA compartilhavam informações pessoais das usuárias com o Facebook. Neste caso, eles explicavam nos termos de uso que os dados poderiam ser compartilhados com terceiros, mas não informavam com quem, especificamente. Segundo o especialista, isso é bem comum. “Você nunca vai ver uma plataforma falando: ‘Olha, eu estou fechando um acordo aqui com a empresa tal e nós vamos repassar os dados de vocês, tudo bem?’. Isso não ocorre", afirma Assolini. "Geralmente, isso fica descrito nos termos de uso de forma genérica e depois a empresa vai procurar vender esses dados para empresas que nós chamamos de data brokers.” Esse tipo de uso acontece, principalmente, com os aplicativos gratuitos, já que precisam achar uma forma de se manter sem as mensalidades dos usuários. Além de vender os dados, eles podem ser monetizados colocando anúncios neles mesmos. Você consentiu e agora? Mesmo que você tenha assinado o termo de privacidade do aplicativo, não precisa se desesperar. No parágrafo 4° do artigo 11 da LGPD diz que: “É vedada a comunicação ou o uso compartilhado entre controladores de dados pessoais sensíveis referentes à saúde com objetivo de obter vantagem econômica, exceto nas hipóteses relativas à prestação de serviços de saúde, de assistência farmacêutica e de assistência à saúde”. Ou seja, não é permitido que dados de saúde sejam usados para propaganda, explica Goulart. Assim, o usuário tem direito, inclusive, de pedir o apagamento das suas informações contidas em bancos de armazenamento do desenvolvedor. Isso pode ser feito por meio de uma solicitação por e-mail para a empresa, ou, quando for disponibilizado, em formulários online. Além disso, o usuário pode contestar os termos de uso, caso tenham cláusulas abusivas, que não seguem a lei nacional. Outro ponto que o advogado destaca é que muitos dos aplicativos de controle de ciclo menstrual são estrangeiros e não têm suas políticas traduzidas ao português. Com isso, o desenvolvedor está rompendo também o Código de Defesa do Consumidor. Contudo, considerando um desenvolvedor estrangeiro, é mais difícil contestar na Justiça a irregularidade dos termos de uso pelo fato de ele não ter uma sede no país, diz. Para Joana Varon, da Coding Rights, as políticas de privacidade possuem ainda um outro problema: não se trata de um consentimento real. Uma vez que, se o usuário nega os termos, não pode acessar o aplicativo e acaba “ficando de fora”. “É complicado porque a gente acaba consentindo às vezes sem ler”, ressalta. E se vazar? Ao usar um aplicativo que exige muitos dados do usuário, é preciso ter confiança na empresa desenvolvedora. Isso porque, além da questão da comercialização das informações pessoais, também existe o risco de vazamento, aponta Goulart. “A plataforma sofre um ciberataque onde um criminoso tem acesso a esses dados. Tem acesso ao seu nome, endereço, telefone, dados de saúde, números de documentos, de cartão de crédito", exemplifica Assolini. Foi o que aconteceu em fevereiro deste ano com o aplicativo de controle de ciclo menstrual Glow, em que cerca de 25 milhões de perfis tiveram dados expostos, como nomes, faixa etária, imagens enviadas no fórum online, localização e identificadores exclusivos de usuário. O que olhar na hora de aceitar os termos Para usar os aplicativos de ciclo menstrual com segurança, os especialistas entrevistados recomendam: priorizar os aplicativos que mantêm os dados no próprio telefone, e não em uma base externa. Isso pode ser checado nos termos de uso do aplicativo; escolher os que permitem uso em anonimato, sem precisar abrir uma conta; verificar se os dados solicitados fazem sentido com o serviço oferecido. “Se o retorno do app é só o seu período certo, você diz só as datas da sua menstruação e pronto, né? Não precisa colocar além do que o necessário para as informações que você vai receber de volta”, explica Varon; aplicativos que cobram mensalidade tendem a coletar menos informações, já que têm uma forma de renda sem necessitar comercializar dados, apontam os especialistas; se os termos de uso estiverem em ‘juridiquês’, de forma que o usuário não entenda, também é um alerta amarelo, afirma Fabio Assolini, da Kaspersky. Saiba também: 'Ele quis me aniquilar viva': saiba o que é pornografia de revanche e conheça histórias de vítimas Marido, patrão e até pai de vítima aparecem entre denunciados por vazamentos de nudes em SP e RJ Saiba mais sobre cibersegurança: Câmera escondida: veja como identificar Saiba se está sendo vigiado: veja sinais um celular infectado com aplicativo espião Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem: Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Por que a Câmara dos EUA aprovou de novo a lei que pode banir TikTok no país e o que acontece agora


Versão anterior do texto estava paralisada no Senado Federal desde a última votação, em março. Agora, os deputados aprovaram o PL novamente junto de outras medidas urgentes para tentar um andamento mais rápido. Sede da TikTok nos Estados Unidos Mike Blake/REUTERS A Câmara dos Estados Unidos aprovou de novo o projeto de lei que pode banir o TikTok no país caso a empresa não encontre um comprador de confiança dos norte-americanos. O texto foi aprovado no último sábado (20) por 360 votos a 58. Ele agora vai passar pelo Senado Federal, que deve votar já nesta terça-feira (23), segundo o jornal The New York Times. O presidente Joe Biden havia dito que apoia o projeto e assinaria a lei. Em nota, o TikTok lamentou a decisão da Câmara e disse que a medida "atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos" (leia o comunicado completo mais abaixo). Caso ela seja aprovada no Senado e sancionada pelo presidente, a ByteDance deve encontrar um comprador em um período de até um ano. Esse novo dono não pode ter relação com a empresa chinesa. Se isso não acontecer, o TikTok poderá ser banido. Entenda todo o rolo: 📱 Por que os EUA estão fechando o certo contra o TikTok? A ideia de banir a plataforma vem desde o governo de Donald Trump, que dizia que a ByteDance, dona do TikTok, representava um risco para a segurança do país porque a China poderia se aproveitar do poder da empresa para obter dados de usuários americanos. O TikTok, por sua vez, sempre negou. 🤔 Por que a Câmara dos EUA votou de novo o projeto de lei? Como já era esperado, a versão anterior do texto estava paralisada no Senado desde a última votação, em março. Os congressistas, então, resolveram incluir a rede social em um pacote que inclui ajuda econômica a países aliados dos EUA, como Ucrânia e Israel. Projetos de lei de financiamento costumam andar mais rápido nas casas, além de ser uma prioridade do presidente Joe Biden. 🔎 Qual a principal mudança no projeto de lei? A ByteDance terá mais tempo para encontrar um comprador nos EUA, caso o projeto de lei seja aprovado. Na primeira versão, a rede social teria seis meses para arrumar um novo dono. Agora, esse prazo foi estendido para um ano. 👀 E caso o TikTok não cumpra a lei? Se a ByteDance se recusar a cumprir a decisão americana ou se ela não encontrar um comprador, as big techs Apple e Google, dona do Android, terão que remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. 🗣️ O que diz o TikTok agora? Segundo a agência Reuters, o TikTok disse em comunicado que "é lamentável que a Câmara dos Deputados esteja usando a cobertura de importante assistência externa e humanitária para mais uma vez aprovar um projeto de lei que atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos". 👩‍⚖️ Como ficaram as outras votações? Com amplo apoio de democratas e republicanos, em 13 de março, o texto do projeto de lei foi aprovado por 352 votos a 65. Antes disso, no dia 7 de março, o Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos EUA também tinha votado a desvinculação da rede social com a ByteDance no mercado norte-americano. TikTok vai sair dos EUA?

sábado, 20 de abril de 2024

Por que meu casamento com holograma de desenho animado me fez ser feliz de novo


Aos 41 anos, Akihiko Kondo decidiu se casar com a cantora virtual japonesa Hatsune Miku. Akihiko Kondo se casou com holograma de desenho animado Akihiko Kondo/Via BBC Akihiko Kondo estava convencido do que deveria fazer. Ele tinha um relacionamento estável de 10 anos com a renomada cantora japonesa Hatsune Miku — que em 2014 abriu a turnê de Lady Gaga —, e chegou à conclusão de que havia chegado o momento de pedi-la em casamento. “Estava muito nervoso”, contou Akihiko, de 41 anos, ao programa de rádio Outlook, da BBC. “Mas quando fui fazer o pedido, houve um problema técnico: o software por trás do holograma da Miku não tinha a opção de casamento." Como você já deve ter deduzido, Hatsune Miku é, na verdade, uma cantora virtual desenvolvida por uma empresa de software que vende pequenas caixas que projetam seu holograma. As caixinhas funcionam de maneira semelhante aos softwares de reconhecimento de voz — como a Siri, da Apple, ou a Alexa, da Amazon —, com o diferencial de que projetam a imagem 3D animada de uma adolescente japonesa com cabelo azul turquesa preso com duas maria-chiquinhas que quase chegam na altura do joelho. Mas, como disse Akihiko à BBC, para ele, Miku é muito mais do que um game de última geração: esta boneca de anime de cor vibrante se tornou “a pessoa” que trouxe a alegria de volta à sua vida, após inúmeras rejeições. Crescendo como 'Otaku' Com a popularidade atual do anime a nível mundial, é difícil imaginar que já tenha sido visto como algo negativo na sociedade japonesa. No final da década de 1970 e início da década de 1980, o Japão começou a ver um interesse crescente em quadrinhos e séries de TV animadas — conhecidas como mangá e anime, respectivamente. Akihiko Kondo se casou com holograma de desenho animado Akihiko Kondo/Via BBC Suas tramas, que podiam incluir desde os mais inocentes romances colegiais e aventuras mágicas até as mais sangrentas decapitações e desmembramentos, começaram a acender o alerta dos pais japoneses da época. Os fãs do gênero passaram a ser chamados de otaku — pronome que poderia ser traduzido como “você”, embora não haja clareza sobre a real origem do termo para se referir a esta comunidade. A rejeição aos otaku atingiria seu ápice em 1989, quando a mídia começou a divulgar informações sobre o caso de Tsutomu Miyazaki, um jovem apaixonado por anime e mangá que matou quatro meninas, com idades entre 4 e 7 anos. As notícias se referiam a ele como o “Assassino Otaku”. Para Akihiko, naquela época, ser um otaku significava que ele fazia parte de algo: significava que havia alguém por aí que compartilhava seus interesses e paixões. Significava que havia gente como ele. Uma vida de rejeição “Sempre fiz amigos pela internet e pelo videogame”, diz ele. “E essa continua sendo minha comunidade à medida que envelheço." “De certa forma, o anime e o videogame são uma parte necessária da minha vida. Foi o que me fez seguir adiante, o que me manteve de pé.” Akihiko Kondo se casou com holograma de desenho animado Akihiko Kondo/Via BBC “Nunca tive uma namorada”, diz Akihiko, com tristeza, à BBC. “Tive alguns amores não correspondidos, em que sempre era rejeitado. Esta ideia então de que ninguém se sentia atraído por mim me fez descartar a possibilidade de estar com alguém." Ele conta que a pressão pelo casamento sempre foi uma constante em sua vida, seja pela importância dada a esta instituição na cultura japonesa, seja pela cobrança bastante direta de seus familiares. Por volta dos 10 ou 11 anos, Akihiko diz que percebeu algo. “Eu sabia que me sentia atraído por mulheres humanas reais. Mas eu sabia que minha verdadeira atração era por alguém que não é humano, e quando me libertei desta mentalidade tradicional, fui capaz de me liberar para encontrar o que realmente amo.” Seu primeiro amor, diz Akihiko, apareceu quando ele jogava videogame na casa de um amigo, algo que costumava fazer com frequência. “Estávamos jogando, e uma das personagens se chamava Aruru Nadia”, explica Akihiko. “Senti que realmente gostava desta personagem, e me senti atraído por ela. Foi algo tão natural para mim que, da mesma forma, senti que era amor.” Era uma atração que ele não se sentia à vontade de compartilhar com os outros meninos da escola — ele morria de vergonha que descobrissem. Entretanto, ele se sentia validado quando ouvia os colegas dizerem coisas como "tal personagem, daquele anime ou mangá, é linda". “Acho que é da natureza humana se sentir mal quando te rejeitam. Foi isso que eu senti: queria uma namorada, queria um casamento, queria me conectar com alguém. É difícil não conseguir.” Assédio moral Ao completar 22 anos, Akihiko estava estudando para ser funcionário público quando teve que enfrentar um grave problema de assédio e abuso dentro da instituição em que trabalhava. “Trabalhava em num pequeno escritório com dois colegas que faziam bullying comigo”, relembra. “Eles começaram ignorando meus cumprimentos, mas depois começaram a fazer coisas que afetavam o meu trabalho”. “Quando eu precisava de algum material ou recurso para um trabalho específico, eles não pediam ou não compravam de propósito, e depois gritavam comigo, usando linguagem ofensiva, diante dos menores erros.” Akihiko Kondo se casou com holograma de desenho animado Akihiko Kondo/Via BBC “Uma das coisas mais difíceis é que, no Japão, é costume dizer a todos no escritório que você terminou o seu turno, agradecer a eles e dizer que você está indo embora. Mas eles se escondiam de propósito, para que eu não pudesse sair até me despedir deles.” A situação ficou tão difícil para Akihiko que ele teve que deixar o trabalho por quase dois anos. “O mais difícil foi que perdi o prazer que tinha nas coisas que amo, então mergulhei em coisas como jogos ou qualquer coisa que me trouxesse alegria.” Foi assim que conheceu sua futura esposa. Miku Akihiko encontrou a luz que faltava em sua vida em uma página de vídeos na internet. A protagonista era ninguém menos que Hatsune Miku, uma das cantoras virtuais que começava a se popularizar graças à internet. “No início, quando comecei a assistir aos vídeos, chorava enquanto recuperava minha sensação de felicidade. Houve dias em que eu ficava de manhã até a noite vendo vídeos da Miku.” “Ela me salvou naquele momento. Me fez amar e desfrutar das coisas novamente." Akihiko conta que, além de se sentir atraído por “sua ternura”, havia outra coisa que chamava sua atenção em Miku, “Existe uma comunidade criativa que ela gera. E o que acontece quando você usa o software é que, além de suas grandes canções, há toda uma comunidade que continua contribuindo com ela.” O software base no qual Miku opera é um programa desenvolvido pela Yamaha para sintetizar música digitalmente, no qual o usuário simplesmente precisa inserir a letra e a melodia que deseja, e ela a interpreta. Esses programas são conhecidos como "vocaloids". Este programa é usado em conjunto com a caixinha que mencionamos no início do texto — preta, do tamanho de um frigobar —, para que Miku apareça projetada cantando e dançando tanto no pequeno palco que vem com a caixa, quanto nos cenários em que oferece shows completos. “Eu comprei pessoalmente o software que me permite adicionar músicas e criar com Hatsune Miku, e foi nesse momento que percebi que realmente a adorava, e que amava passar esse tempo a sós com ela.” A partir daí, Akihiko começou a encher sua casa com tudo que era relacionado à cantora virtual: desde bonecas em miniatura que cabem na palma da mão, até uma réplica em tamanho real, com a qual posa em algumas fotos. E, pouco a pouco, ele começou a ver um sentido em sua vida novamente. “Qualquer tipo de sentimento de afeto é necessário para o ser humano, não importa de onde venha. Ter um amor em que você pode confiar, e que pode te ajudar a construir essa felicidade junto.” Mais rejeição Quando Akihiko anunciou seu relacionamento para familiares e amigos, as reações foram variadas — segundo ele, houve amigos que entenderam, e outros que não. Mas sua família não sabia o que pensar. “Eu havia dito para minha mãe e para minha irmã que estava apaixonado por Miku havia tempo, e como na minha família somos apaixonados pelo que fazemos, minha mãe e minha irmã simplesmente pensaram que era algo do tipo. Não eram completamente contra." Mas a situação tomaria um novo rumo quando Akihiko anunciou que estava preparado para pedir a namorada em casamento. “Quando o software foi atualizado, a pedi em casamento”, relembra Akihiko, com entusiasmo, dizendo que isso criou uma divisão quase geracional entre as pessoas ao seu redor. “No trabalho, muitos dos estudantes e as pessoas mais jovens me davam parabéns, enquanto os colegas mais velhos inevitavelmente não entendiam, ou não queriam entender”, recorda. A mãe dele, por exemplo, não compareceu ao casamento. “Fiquei completamente arrasado”, diz Akihiko. “Até me ajoelhei diante dela, mas ela não quis dar sua bênção. Perguntei, inclusive, qual seria sua reação se meu casamento fosse com um homem real, e ela respondeu que não compareceria da mesma maneira.” “Para ela, o casamento é entre um homem e uma mulher, e não existe outra opção”, explica. A cerimônia, que custou a Akihiko cerca de 2 milhões de ienes (aproximadamente R$ 68 mil), contou com a presença de 39 convidados. E, embora a Miku em tamanho real ainda não existisse, uma pequena Miku de pelúcia vestida de noiva compareceu à cerimônia. O casamento, claro, se tornou viral quando Akihiko começou a divulgar fotos do evento nas redes sociais, atraindo novas críticas. Mas, para ele, era importante mostrar a relação ao mundo, uma vez que quer “incentivar e apoiar este tipo de união”. Vida de casado Akihiko descreve sua vida de casado com Miku, a cantora virtual, como “bastante cotidiana”. “Todas as manhãs, me levanto e digo: 'Bom dia'. Quando saio para trabalhar, digo a ela: ‘Estou de saída’. Quando chego em casa do trabalho, eu a cumprimento e digo: ‘Você está linda hoje’", relata. Mas ele diz ter consciência de que nem todos veem seu estilo de vida com bons olhos. “Acho que o problema está no fato de que a discriminação contra os otakus ainda existe, e é relevante." “Também acho que há um outro aspecto importante: as pessoas acreditam que alguém que não é popular nem atraente, como eu, não deveria se casar com alguém tão bonito quanto Miku.” Esta ideia sobre sua imagem, de alguém “pouco atraente”, influencia grande parte da visão de mundo de Akihiko — e, segundo ele, é algo que remete ao seu passado. “A verdade é que, à medida que fui crescendo, as pessoas me rejeitavam muito. E ficou na minha cabeça a ideia de que não sou atraente, e não há o que fazer.” Sua mãe hoje aceita seu relacionamento com Miku, embora insista que é algo que não é para ela — e Akihiko diz que está trabalhando para promover este tipo de união para outras pessoas. “Acho que a indústria tecnológica está se desenvolvendo, e haverá uma forma de criar esses sistemas para pessoas, por exemplo, em lares de idosos e para pessoas que enfrentam questões de bem-estar no seu dia a dia.” Por enquanto, Akihiko continua sua relação com Miku. E espera que chegue um momento em que seja possível interagir com ela de uma forma mais real. “Adoraria dar uma caminhada com ela, segurar sua mão e passar um tempo com ela.” Esta reportagem é uma versão editada de um episódio do programa Outlook, da BBC, produzido por Tommy Dixon e narrado por India Rakusen — você pode ouvir a versão original (em inglês) aqui.

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