domingo, 30 de junho de 2024

Elon Musk teve 12 filhos e três ex-mulheres: saiba quem é quem na vida familiar do bilionário


Bilionário confirmou que teve mais bebê no começo deste ano com a executiva Shivon Zills. Antes, ele relacionou com atrizes, cantora e escritora. Elon Musk em foto de 16 de junho de 2023 REUTERS/Gonzalo Fuentes/File Photo O bilionário Elon Musk tem 12 filhos, com diferentes mulheres. O bebê que nasceu mais recentemente é fruto da relação com Shivon Zills, executiva da Neuralink, a startup de Musk que atua no segmento de saúde e chips cerebrais. Zills é canadense e tem 38 anos. Segundo a publicação Business Insider, ela nasceu em Markham, Ontário, e cresceu jogando hóquei no gelo. Frequentou a Universidade de Yale, uma das mais respeitadas dos Estados Unidos, e atuou como goleira do time feminino de hóquei no gelo enquanto estudava na instituição. Também de acordo com a publicação, Zills se formou em 2008 em economia e filosofia. Zills tem um perfil verificado na rede social X (antigo Twitter, que também pertence a Musk), no qual costuma postar bastante, geralmente reflexões sobre a vida e fotos dos filhos. Além do bebê que nasceu no início do ano (cujo nome e o sexo não foram revelados), ela tem um casal de gêmeos com Musk: Strider e Azure, nascidos em 2021. Os outros filhos e as outras ex Ao todo, Musk tem 12 filhos, com três mulheres diferentes (Justine e Grimes, além de Shivon). Com a primeira mulher, Justine, Musk teve seis filhos: os gêmeos Griffin e Vivian, que se identifica como mulher trans, nascidos em 2004, e os trigêmeos Damian, Saxon e Kai, de 2006. Um outro filho do casal morreu subitamente poucas semanas após o nascimento. Justine também é canadense, tem 51 anos e é escritora. Sua obra mais famosa é "Bloodangel" (sem tradução para o português). Depois, com a cantora Grimes, Musk teve mais três filhos (e de nomes bem exóticos). X AE A-XII, nascido em 2020 e chamado também de "X"; Exa Dark Sideræl Musk, em 2022; e Techno Mechanicus, revelado na biografia do empresário, publicada em 2023. Ele tem o apelido "Tau". Veja abaixo, em infográfico, quem são as ex-mulheres e quem são os filhos de Elon Musk: Veja quem são os 12 filhos de Elon Musk g1 Outras famosas... Musk também se relacionou com outras artistas... Segundo um agente, a atriz Amber Heard teve um relacionamento com Musk em 2016. O jornal britânico "The Guardian" afirmou, em reportagem, que eles se relacionaram dois meses depois de ela ter feito acusações contra Johnny Depp. Amber Heard em foto de arquivo Evelyn Hockstein/Pool/Reuters E... Antes de Heard, Musk namorou (e até casou por duas vezes) com outra atriz: Talulah Riley (eles não tiveram filhos juntos). Britânica, ela atuou em "Orgulho e Preconceito" e "A Origem". Eles se casaram pela primeira vez em 2010 e se divorciaram em 2012. Eles se casaram novamente 18 meses depois e voltaram a se separar. Fortuna de Musk Com 52 anos, Musk era, na última segunda-feira (24), o homem mais rico do mundo, pela lista da Forbes. Ele é dono de negócios diversos, como o antigo Twitter, que rebatizou de X, a fabricante de carros elétricos Tesla, a empresa aeroespacial SpaceX, que tem um braço para internet via satélite chamado Starlink, além da Neuralink, focada em chips cerebrais. Polêmico, arruma briga até com o Brasil: quem é Elon Musk Elon Musk e Grimes no Met Gala 2018 Jason Kempin/Getty Images North America/Getty Images via AFP/Arquivo Elon Musk entra em saia-justa ao ser questionado sobre ex-mulher Elon Musk e Shivon Zills com primeiros dois filhos do casal; o nascimento de um terceiro foi confirmado pelo bilionário neste ano Reprodução/Twitter @WalterIsaacson Veja também: Como bloquear o ‘Jogo do tigrinho’ no Whatsapp

Ansiedade e promessa de lucro fácil levam apostadores a caça-níqueis online na madrugada


"Eles falavam que tinha um tal o minuto pagante [na madrugada]", diz jogador que afirma ter perdido mais de R$ 100 mil com esse tipo aposta. Dados de busca do Google mostram picos entre as 2h e as 3h. Ansiedade e promessas de lucros mais fáceis têm levado apostadores a buscar jogos de caça-níquel online na madrugada. Dados da última semana do Google Trends, que medem o volume de buscas na internet, mostram que expressões como "Fortune Tiger", "Fortune OX" e "Fortune Rabbit" – três tipos populares de jogos online – tiveram picos entre as 2h e as 3h (veja abaixo). "Eu jogava principalmente de madrugada, por não ter que me preocupar com as crianças, que já estavam dormindo, e porque eu li que pagava mais. Porém, não ganhava nada, e me dava mais ansiedade para jogar de novo e tentar algum lucro. Cheguei a dar murro na minha cabeça, puxar meus cabelos, me morder. Isso não é vida", conta Laysa Gonçalves, de 24 anos, moradora de Aracaju (SE). Laysa conta que começou a jogar em janeiro de 2022, a partir de um anúncio que viu em um grupo de WhatsApp de gestantes. Segundo ela, a mensagem indicava que os jogos eram uma forma de ganhar dinheiro extra, principalmente na madrugada. No começo, ela colocou R$ 20 e perdeu, mas, em seguida, ganhou R$ 200. "Na hora, pensei, paga mesmo", disse. Algumas semanas depois, ela apostou R$ 1 mil e lucrou 5 vezes mais. "Foi então que virou um vício". Desde que começou a jogar, entretanto, Laysa conta que perdeu R$ 20 mil – e que chegou a apostar dinheiro que seria usado para comprar comida para os filhos. "Hoje em dia, eu sofro ansiedade, depressão. Meu filho nasceu prematuro por conta de tanto nervosismo." Laysa Gonçalves, de 24 anos, com o filho, Davi Gael Arquivo pessoal Minutos pagantes "Eles falavam que tinha um tal minuto pagante [na madrugada], diz Fabio Costa, de 30 anos, morador de Vilhena (GO). Minuto pagante é uma promessa de lucro fácil em jogos online feita por divulgadores. Segundo eles, seriam momentos em que os jogos tendem a pagar mais prêmios: se o minuto pagante for 9, o jogo poderia pagar mais em horários que terminam em 9, como 12h59 ou 15h19. Especialistas e o próprio setor, entretanto, dizem se tratar de uma fraude. Isso porque, nesse tipo de jogo, por princípio, resultados devem ser gerados de forma aleatória, sem padrão definido, e ser imprevisíveis. Se a estratégia funcionar, há uma fraude na plataforma (entenda aqui). Fabio afirma que, quando começou a jogar, há cerca de um ano, chegou a ter alguns ganhos, na casa de R$ 1 mil. Porém, em menos de 1 ano, entretanto, estima que teve um prejuízo de R$ 100 mil com esse tipo de jogo, mudou para uma casa menor e vendeu o carro. "No começo, você pode até ter ganhos mínimos, mas você sempre vai perder no final", afirmou Costa. "Acabei caindo no papo deles [sobre os minutos pagantes]". Promoções de jogos de caça-níquel online Reprodução YouTube e Palver Estímulo dos jogos é mais forte que o do descanso O psiquiatra responsável pelo ambulatório do tratamento de dependências de comportamentos do Programa de Orientação e Atendimento de Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Aderbal Vieira, afirma que a madrugada é um momento que as pessoas ficam mais vulneráveis à ansiedade, já que as preocupações pessoais e profissionais foram resolvidas normalmente de manhã e de tarde. "Quando dá meia-noite e não existe mais preocupação na mente, o prazer de ganhar ou perder é muito mais satisfatório do que dormir. Esse estímulo de sensações é muito mais imediato do que o descanso. Então as pessoas jogam", afirma. Assistente-administrativa Eduarda Candido, de 19 anos, de Joinville (SC), afirma que jogava principalmente de madrugada porque, durante o dia, conseguia prestar a atenção em outras coisas. Além disso, a ansiedade causada pelas perdas a empurrava para fora da cama. "Eu comecei a me afundar um pouco mais porque ficava jogando e, quando eu ia trabalhar, estava morta de sono e tinha perdido o dinheiro que era para eu pagar o cartão da minha madrasta. E ficava pensando no que eu ia fazer", conta. LEIA MAIS: 'Jogo do tigrinho' e outros cassinos online contratam influenciadores mirins e direcionam propaganda para crianças no Instagram Como o 'Jogo do Tigrinho' colocou influenciadores de AL na mira da polícia Eduarda Arquivo pessoal Eduarda afirma que perdeu cerca de R$ 50 mil com os jogos online entre abril de 2022 e maio de 2024. "Eu percebi que com 19 anos, eu estava com o nome sujo. Então, me abri com a minha família, que me ajudou com a dívida e prometi nunca mais jogar. Entendi então que esse jogo só iria destruir minha vida". O que são caça-níqueis online Segundo a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), a Lei nº 14.790, de 2023, que regulamentou o mercado de apostas esportivas, autoriza o oferecimento de jogos online do tipo quota fixa – nos quais se enquadram jogos de caça-níqueis online (ou de slots). "Por estar (...) diretamente ligado ao conceito de aleatoriedade, o 'Jogo do Tigrinho' (e os demais jogos slot) consiste em um jogo de chance, na modalidade de quota fixa, e não um jogo de azar, proibido pela Lei de Contravenções Penais", afirma a associação. Para que uma empresa sediada no Brasil possa oferecer esse tipo de jogo, entretanto, é preciso cumprir uma série de regras e obter uma autorização do Ministério da Fazenda. Procurada, a pasta diz que a portaria que vai tratar de jogos online ainda está em elaboração. "Com esta, serão estabelecidos critérios técnicos e jurídicos, para que um jogo on-line possa ser reconhecido como cumpridor de requisitos legais e, apenas assim, permitidos pelo ordenamento jurídico nacional a serem ofertados pelos operadores de apostas autorizados", afirma a pasta. Por esse motivo, segundo a pasta, ainda não é possível dizer se os jogos atualmente ofertados obedecem aos critérios legais ou não. Segundo Magnho José, presidente do Instituto Jogo Legal, entretanto, a maioria das plataformas que oferecem os cassinos online para apostadores que estão no Brasil estão estabelecidas no exterior. "A maioria das plataformas de apostas esportivas e jogos online estão hospedadas em Malta, Curaçao, Gibraltar e Reino Unido, mesmo que tenham sócios brasileiros", afirma José. E, segundo Fabiano Jantalia, advogado especialista em direito de jogos e apostas, "desde que o país onde essa plataforma esteja sediada tenha autorização, também não há nenhuma irregularidade."

sábado, 29 de junho de 2024

'Influencers do lixo': os brasileiros que fazem sucesso mostrando o que americanos jogam fora


Americanos jogam produtos novos, comidas e itens de luxo no lixo - e brasileiros têm conquistado muitos fãs mergulhando nessas caçambas em uma espécie de caça ao tesouro. O 'mergulhador' de lixeiras André da Silva tem mais de 300 mil seguidores Facebook/Mais 1 Silva Por Aí A fila dava volta no Parque Villa Lobos, área nobre de São Paulo, em uma tarde de junho. Depois de minutos de espera, algumas pessoas choravam de emoção pela chance de encontrar a youtuber brasileira Adeline Camargo, que mora nos Estados Unidos e virou uma referência em vídeos de dumpster diving. A expressão em inglês significa “mergulhar na lixeira” — e quer dizer isso mesmo: pessoas que entram e vasculham caçambas de lixo em busca por produtos em boas condições e até novos que são descartados pelos americanos. “Sei que muita gente quer uma lembrancinha do dumpster”, registra no vídeo Adeline, que trouxe para o encontro no Brasil dezenas de produtos que ela encontrou assim para sortear entre os seguidores. São maquiagens, bolsas, objetos de decoração… O encontro em São Paulo reflete o fenômeno entre brasileiros ávidos por vídeos sobre o lixo dos Estados Unidos. São dezenas de canais no YouTube e perfis no Instagram, alguns de famílias inteiras, que mostram essa prática comum no país. “Os brasileiros ficam muito curiosos, porque os americanos esbanjam muita coisa, é um desperdício que te deixa alucinado. Tem muita coisa nova”, diz Alessandra Gomes, capixaba que também se filma “mergulhando” no lixo, no Estado de Massachusetts. Ela já recolheu edredons, sofás, mesas e muita comida. Ligação, áudio ou texto? As regras de etiqueta para conversas por WhatsApp no trabalho Nos Estados Unidos, de forma geral, a atividade não é ilegal, mas navega em uma zona cinzenta. Em 1988, no caso que ficou conhecido como California contra Greenwood, a Suprema Corte do país decidiu que não há “privacidade” no lixo deixado na calçada. Mas regras específicas em Estados e cidades sobre a questão das lixeiras podem se sobrepor. A atividade, por exemplo, pode ser considerada ilegal se envolver invasão de propriedade privada, se houver alguma placa indicando que é proibido mexer ou a lixeira estiver fechada com algum cadeado. Entrar nessas áreas sem permissão pode resultar em acusações de invasão. Também pode haver denúncias sobre incômodo público ou risco à segurança na atividade. Nos vídeos gravados pelos brasileiros, em geral, não é possível saber se eles invadiram propriedades ou se desrespeitaram proibições. Ao menos uma destas pessoas disse à BBC News Brasil que já foi detida pela polícia após uma loja denunciá-la e precisou pagar fiança e passar por uma audiência na Justiça. Vídeos que mostram os brasileiros sendo “pegos no flagra” acumulam muita audiência — na maioria, são funcionários de lojas que pedem para eles saírem ou simplesmente permitem que continuem. Quem são os 12 filhos de Elon Musk André da Silva busca por produtos novos nas caçambas Acervo pessoal “Já fui flagrado pela polícia algumas vezes”, diz André da Silva, de 49 anos, que se mudou do Rio de Janeiro para Rhode Island há 23 anos e hoje tem mais de 300 mil seguidores apenas no Facebook com seus vídeos. "Mas, em geral, só perguntam o que estou fazendo, e eu explico que gravo vídeos. Eles ficam até chocados com as coisas que encontramos." Apesar do fenômeno recente nas redes sociais em países como Brasil ou El Salvador, a atividade faz parte da rotina de americanos há décadas, explica Jeff Ferrell, sociólogo e professor emérito da Universidade Cristã do Texas (TCU, na sigla em inglês) que, há 50 anos, se debruça sobre o fenômeno — seja como pesquisador ou "mergulhando" ele mesmo em lixeiras. Autor do livro Empire of Scrounge: Inside the Urban Underground of Dumpster Diving, Trash Picking, and Street Scavenging (Império dos catadores: dentro do submundo urbano da busca em lixeiras, coleta de lixo e garimpagem na rua, em tradução livre), ele passou oito meses sobrevivendo apenas com o que achava no lixo. Ferrell explica que o perfil de "mergulhadores" de lixeiras é variado. Alguns, como ele, são movidos por ideologia. Podem ser os chamados freegans, que por princípio de vida boicotam o consumo e sobrevivem com o que é descartado, ou organizações de caridade que distribuem esses bens e comida a moradores de rua ou necessitados. “Muitas pessoas acreditam em uma redistribuição de recursos. Isso é tirar dos ricos e dar para os pobres, porque o lixo dos ricos em geral tem coisas de muita qualidade, coisas que ainda são muito úteis”, diz o pesquisador. Mas os imigrantes, na maioria sem os documentos necessários para residir nos Estados Unidos, diz Ferrell, também sempre formam um grupo relevante nessa caça ao tesouro nas lixeiras. Cozinheira perde R$ 80 mil em dois meses: relatos de quem perdeu tudo com cassinos online Forbes divulga lista dos maiores influenciadores do mundo em 2023 Entre o consumismo e desperdício Alessandra Gomes chegou nos Estados Unidos há cinco anos, aos 19, em busca de um futuro melhor para ela e seu filho, na época com menos de 2 anos. Ela saiu de Ecoporanga, no Espírito Santo, onde vivia uma relação conturbada com a família humilde na zona rural da cidade, para cruzar a fronteira do México rumo aos Estados Unidos. Quando chegou a Massachusetts, ela conta, via muitas pessoas fazendo o dumpster diving. “Foi quando fiz o primeiro vídeo, mostrando umas vasilhas e louças que achei. O vídeo viralizou, e eu vi que era um ramo que dava muita audiência”, diz Alessandra, que foca nas lixeiras de lojas e supermercados, porque encontra nelas muitos produtos ainda novos que foram descartados. Segundo a capixaba, os brasileiros que assistem aos seus vídeos se dividem em dois grupos: os que se revoltam com o consumismo americano e a cultura do desperdício e os que ficam fascinados com os produtos e desejam imigrar para fazer o mesmo. Brasil será 1º país no mundo a ter 'modo ladrão' em celulares Android; veja como vai funcionar Alessandra Gomes doa e vende objetos que encontra no lixo Acervo pessoal Os "mergulhadores" que se aventuram no lixo aprendem o dia da coleta de cada região e ficam ligados quando há uma renovação no estoque de uma loja. O carioca André da Silva, de 49 anos, explica, por exemplo, que quando há uma nova coleção de roupas de cama, as lojas tendem a jogar fora edredons, fronhas e lençóis que são da temporada passada. Ex-dançarino no Brasil e ex-lavador de pratos nos Estados Unidos, André administra o tempo entre sua empresa de demolição e a busca por caçambas. Foi em um trabalho para uma loja há seis anos que ele percebeu o quanto os americanos jogavam coisas novas no lixo. “Quando cheguei no dumpster, eu tomei um susto”, diz André. “Era tudo novo, empacotado, toalhas caras, travesseiros. Chamei o gerente da loja, porque achei que eles tinham se enganado. Aí, ele disse que era o lixo mesmo, porque eles perdem dinheiro guardando isso no estoque.” André teve que alugar um caminhão para buscar o tanto de produtos que estavam sendo descartados naquele dia. O 'mergulhador' de lixeiras André da Silva tem mais de 300 mil seguidores Facebook/Mais 1 Silva Por Aí Para o professor Jeff Ferrell, que aos quase 70 anos segue vasculhando os lixos alheios no Estado do Texas, como os EUA são o principal país capitalista do mundo, a produção incessante de bens de consumo estimula o descarte. “É inerente à cultura do consumo: haverá uma grande quantidade de lixo toda vez que um estilo de moda mudar ou novas tecnologias forem introduzidas”, diz Ferrell. "Quanto mais orientamos nossa economia em torno da produção e consumo de bens, inevitavelmente, mais resíduos produzimos." Além dos objetos em si, a comida também é parte importante do trabalho dos catadores-produtores de conteúdo. Hoje, Alessandra e o marido focam na busca em caçambas de mercados que vendem alimentos. Esse, inclusive, é o aspecto que mais tem chocado a família. “Tem muita coisa boa para consumo que jogam fora. Algumas passaram da validade, mas ainda servem. É chocante”, diz. Segundo o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar dos Estados Unidos (FSIS, na sigla em inglês), "os fabricantes fornecem datas para ajudar consumidores e varejistas a decidir quando os alimentos estão na melhor qualidade". "Exceto para fórmulas infantis, as datas não são um indicador da segurança do produto e não são exigidas pela lei federal", diz o FSIS em seu site oficial. Mas, ainda assim, muito é jogado fora. Segundo Alessandra, a atividade de vasculhar o lixo rende de US$ 200 (cerca de R$ 1.100) a US$ 300 (R$ 1620) por mês com o que ela consegue vender. A audiência dos vídeos chega a render mais US$ 100 (R$ 540). O marido também trabalha como pintor. O pesquisador Jeff Ferrell tem um quarto inteiro de coisas que acha no lixo ACERVO PESSOAL É lixo ou luxo? Tocadores de música, bolsas, brinquedos caros, joias, relógios… O que mais chama atenção dos brasileiros nos vídeos de fato são os produtos caros que vão parar na lixeira dos americanos. Os comentários vão desde um “fico babando com tantas coisas maravilhosas” a “meu sonho é ter essas coisas, queria ir praí”. Para o pesquisador Jeff Ferrell, que já encontrou abotoaduras da marca de luxo Tiffany e pulseiras de diamantes, a ênfase dada às marcas e ao valor dos produtos nas redes sociais acaba desviando a filosofia por trás do movimento de dumpster diving. “Acho irônico que as pessoas estejam nessa busca por bens de consumo em lixeiras. Em outras palavras, elas estão tentando transformar o lixo de volta em um estilo de vida de consumo”, opina. Mas os brasileiros angariam fãs mesmo com as doações que fazem. André da Silva explica que basicamente doa tudo que encontra para famílias em necessidade ou para igrejas de Massachusetts e Rhode Island. Brasileira se alimenta com coisas descartadas por supermercados Acervo pessoal Já Alessandra, que cuida de dois filhos, se divide entre doações para famílias de imigrantes na vizinhança e para o próprio consumo. “Não tenho vergonha nenhuma de estar dentro do lixo. Vim de uma família muito pobre, então, tudo que eu puder aproveitar, eu vou pegar mesmo”. E, segundo ela, postar. A capixaba diz que “segura na mão de Deus” e segue realizando a atividade. É que, na região onde vive, as lojas ficaram mais hostis aos “mergulhadores" de lixeiras, já que muitas pessoas acabam mexendo e deixando lixo espalhado na calçada. Para quem há décadas explora o lixo americano, “há uma outra ironia” no sucesso digital da prática nos Estados Unidos. “Qual é a chave para ser um bom dumpster diver? É ser discreto e nunca chamar atenção para si mesmo. Nunca postaria nas redes sociais”, aconselha Ferrell. Como bloquear o ‘Jogo do tigrinho’ no Whatsapp

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Seu celular é irregular? Como saber se o modelo foi certificado pela Anatel


Smartphones sem homologação já representam 25% das vendas no Brasil, de acordo com a consultoria IDC. Esses aparelhos não têm garantia da representante da marca no Brasil e podem oferecer riscos se usarem materiais de baixa qualidade. Pessoa mexendo no celular Reprodução/TV Gazeta O mercado de celulares irregulares cresceu de 9% para 25% das vendas de smartphones no Brasil em um ano, segundo a consultoria IDC. E, apesar de parecerem vantajosos, esses aparelhos podem trazer prejuízos. Em geral, eles não têm o período de garantia da representante da marca no Brasil. Isso significa que, em caso de falha, o consumidor não poderá acionar a fabricante para solicitar um conserto. Além disso, smartphones irregulares podem ser fabricados com materiais de baixa qualidade, o que pode expor usuários a níveis inadequados de radiação. Isso acontece porque eles não passam por avaliações de segurança. Mas como saber se um smartphone é irregular? Uma forma é procurar o selo da Anatel no corpo, na bateria ou no manual do aparelho. Ele tem um número, que pode ser buscado no site da agência. E há outros elementos podem indicar se houve certificação no Brasil ou não. Confira as dicas abaixo. Como saber se um celular é autorizado pela Anatel Kayan Albertin/Arte g1 Preço muito abaixo do normal também pode ser um indício de que o celular não foi homologado pela Anatel. O aparelho pode ter sido importado de forma ilegal e ter chegado às lojas sem pagar impostos, o que permitiu um desconto agressivo. Por outro lado, os celulares autorizados no Brasil passam por avaliações de segurança antes de terem seus modelos comercializados. Se forem aprovados pela Anatel, eles recebem o código de 12 dígitos que é exibido no selo da agência. O que significam os números no selo da Anatel Bárbara Miranda/Arte g1 Brasil será 1º país no mundo a ter 'modo ladrão' em celulares Android; veja como vai funcionar Por que o mercado de celulares irregulares cresceu no Brasil? No primeiro trimestre de 2024, foram vendidos 8,5 milhões de smartphones legais. Neste período, 2,9 milhões de unidades do tipo foram comercializadas no mercado irregular. De olho neste cenário, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) criou regras para inibir a venda desse tipo de aparelho na internet. As lojas virtuais deverão mostrar o código da homologação que o celular recebeu na Anatel e verificar se o número corresponde ao aparelho anunciado. As empresas que não cumprirem as regras ficarão sujeitas a multas diárias de R$ 200 mil. A Associação Brasileira da Indústria Elétrica (Abinee), que representa as fabricantes de celulares, diz que a maioria deles é de origem chinesa e estima que 90% dos celulares irregulares são de apenas uma marca, que não foi revelada pela entidade. Esse mercado aumentou com o crescimento de lojas online que operam como marketplaces, em que terceiros podem usar os sites como vitrines para anunciar seus produtos, diz Luiz Claudio Carneiro, diretor de dispositivos móveis de comunicação da Abinee. "O grande diferencial, que mudou a realidade do contrabando no país, foi o marketplace. Antes, você precisava sair de casa e ir ao local. Hoje, pelo marketplace, você compra um telefone contrabandeado de manhã e, no outro dia a tarde, está na sua casa", afirmou ao g1, em maio de 2024. LEIA TAMBÉM: Foi colocado em grupos do 'jogo do tigrinho' no WhatsApp? Veja como se proteger Quem são os 12 filhos de Elon Musk Vendas de celulares irregulares representam 25% do mercado brasileiro A

quinta-feira, 27 de junho de 2024

WhatsApp sem áudio: recurso de mensagens de voz tem falha nesta quinta-feira


Site que monitora falhas em aplicativos registrou pico de reclamações sobre o WhatsApp por volta das 13h10 (horário de Brasília). Blog mostra o que fazer caso o WhatsApp não consiga receber e enviar informações pelo Wi-Fi. REUTERS/Thomas White Usuários estão enfrentando dificuldades para enviar áudios de WhatsApp nesta quinta-feira (27). A maioria dos relatos indica que a falha se restringe a esse recurso e que o restante do aplicativo está funcionando normalmente. Mas algumas pessoas também afirmam que não conseguem mandar figurinhas, fotos e documentos, e que a função de mensagem de texto é a única disponível. O site Downdetector, que monitora falhas em aplicativos, registrou cerca de 4.000 reclamações por volta das 13h10 (horário de Brasília). Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text

Os robôs japoneses criados com 'pele viva' que se parecem mais com humanos


Cientistas descobriram uma maneira de revestir com 'pele viva' os rostos dos robôs, para obter sorrisos e outras expressões faciais mais realistas. BBC - Tendo como inspiração os ligamentos da pele humana, os cientistas fizeram um protótipo de robô que é capaz de sorrir BBC - ©2024 TAKEUCHI ET AL. CC-BY-ND Cientistas japoneses descobriram uma maneira de revestir com 'pele viva' os rostos dos robôs, para obter sorrisos e outras expressões faciais mais realistas. A descoberta foi feita a partir da imitação de estruturas dos tecidos humanos, de acordo com a equipe da Universidade de Tóquio, no Japão. É verdade que o protótipo pode parecer mais com uma bala de gelatina do que com um ser humano. Mas os pesquisadores dizem que abre caminho para a criação de humanoides realistas que se movimentam, com uma pele que se autorregenera — e não rasga ou se rompe facilmente. A pele artificial é feita em laboratório, a partir de células vivas. BBC Os cientistas dizem que o novo método pode funcionar em superfícies complexas, curvas e até mesmo móveis BBC - ©2024 TAKEUCHI ET AL. CC-BY-ND Não só é macia, como uma pele real, mas também pode se autorregenerar se for cortada, dizem os cientistas. No entanto, as tentativas anteriores de aderi-la ao rosto dos robôs se revelaram complicadas. A equipe tentou usar miniganchos como "âncoras" para prendê-la — mas eles danificavam a pele conforme o robô se movia. Nas pessoas, a pele adere às estruturas subjacentes por meio de ligamentos — pequenas estruturas flexíveis de colágeno e elastina. Para recriar isso, os pesquisadores perfuraram vários pequenos orifícios no robô, aplicaram um gel contendo colágeno e, em seguida, uma camada de pele artificial por cima. O gel tapa os buracos e fixa a pele ao rosto do robô. Cirurgia plástica "Ao imitar as estruturas dos ligamentos da pele humana, e ao usar perfurações em forma de V especialmente feitas em materiais sólidos, encontramos uma maneira de aderir a pele a estruturas complexas", explicou Shoji Takeuchi, pesquisador que liderou o estudo. "A flexibilidade natural da pele e o forte método de adesão significam que a pele pode se mover com os componentes mecânicos do robô, sem rasgar ou descamar." Os resultados mais recentes da pesquisa foram publicados na revista científica Cell Reports Physical Science. Mas serão necessários muitos mais anos de testes até que a tecnologia se torne uma realidade cotidiana, dizem os pesquisadores. "Outro desafio importante é criar expressões semelhantes às humanas, integrando atuadores sofisticados, ou músculos, dentro do robô", diz Takeuchi. Mas o estudo também pode ser útil em pesquisas sobre envelhecimento da pele, cosméticos e procedimentos cirúrgicos, incluindo cirurgia plástica.

Fraudes já geraram mais de R$ 400 bilhões em perdas no mercado de criptomoedas desde 2022, diz estudo


Movimento acompanha aumento do uso fraudulento de 'deepfake' no setor; só no primeiro trimestre deste ano, perdas geradas por esse tipo de crime no segmento somaram mais de R$ 34 bilhões. Criptomoedas / Bitcoin / Ethereum Reuters As perdas no mercado de criptomoedas por operações fraudulentas já totalizam US$ 79,1 bilhões (o equivalente a R$ 429,4 bilhões) desde o início de 2022. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27) pela corretora de criptomoedas Bitget. Segundo o estudo, o movimento acompanha o crescimento de 245% no número total de fraudes relacionadas a "deepfake" registrado no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2023. Deepfake é uma técnica que permite alterar um vídeo ou foto com ajuda de inteligência artificial (IA). Com ela, o rosto da pessoa que está em cena pode ser trocado pelo de outra, por exemplo. Ou aquilo que a pessoa fala pode ser modificado. Isso é possível com o uso de aplicativos criados com essa finalidade. Entenda no vídeo abaixo como funciona o deepfake. Para a presidente da Bitget, Gracy Chen, há uma presença cada vez maior de deepfakes no mercado cripto, e há pouco que o setor possa fazer para deter esse tipo de crime "sem educação e conscientização adequadas". "A vigilância dos utilizadores e a sua capacidade de discernir fraudes de ofertas reais ainda é a linha de defesa mais eficaz contra esses crimes, até que seja implementado um quadro jurídico e de segurança cibernética abrangente à escala global”, afirma a executiva, em nota. Entre as perdas registradas nos três primeiros meses deste ano, cerca de US$ 6,3 bilhões (R$ 34,2 bilhões) estão relacionadas a fraudes com uso de deepfake, quase metade do registrado em quase todo o ano de 2022, de US$ 13,8 bilhões (R$ 74,9 bilhões). “Supondo que essa tendência [de alta no número de fraudes relacionadas a deepfake] persista nos próximos trimestres, ela pode levar a uma perda total anual de US$ 25,1 bilhões [cerca de R$ 136,3 bilhões] em 2024”, indica a empresa em relatório. Caso essa previsão se concretize, o número representaria um novo recorde e ultrapassaria as perdas dos dois anos anteriores somadas. Ainda de acordo com o estudo, as perdas por esse tipo de fraude devem continuar crescendo caso não haja uma “intervenção regulatória”, podendo afetar não somente o mercado de criptomoedas, mas toda a indústria financeira. A estimativa é que, sem medidas efetivas, esse tipo de crime pode responder por 70% das perdas no mercado de criptomoedas até 2026. Entre os crimes com uso de deepfake identificados no mercado de criptomoedas, estão: Roubo de identidade e falsidade ideológica; Golpes e esquemas fraudulentos; Manipulação de mercado; Fraude em investimentos; Resgate e extorsão; Ataques de engenharia social – quando um criminoso usa influência e persuasão para enganar e manipular pessoas e obter senhas de acesso; Falsos anúncios legais ou regulatórios; Captação ilícita de recursos; Imitação em realidade virtual e metaverso, entre outros. Segundo o estudo, os fraudadores se aproveitam da dinâmica do mercado cripto para agir. Isso porque vários fatores podem influenciar a flutuação de valor das criptomoedas, tais como a declaração de um influenciador, uma notícia ou a atualização sobre o status financeiro de um projeto, por exemplo. “O surgimento de novos métodos de proteção não impediu que os invasores continuassem a criar novos esquemas de fraude”, indica o relatório da Bitget. O estudo ainda indica: A combinação de eventos de hackers em contas do YouTube, operações com inteligência artificial e deepfakes; a criação de identidades virtuais para estabelecer contas fictícias e obter acesso não autorizado a outras contas; e o uso de deepfake para simular um volume maior de negociações de determinado ativo, aumentando o apetite de investidores e beneficiando fraudadores. “O desenvolvimento de novas técnicas para identificação de fotos, vídeos e áudio falsos podem ajudar a mitigar as perdas resultantes do uso fraudulento de deepfake durante os períodos de alta do mercado”, conclui o estudo. G1 explica o que é deepfake G1 Explica: Deepfake

Os brasileiros que ganham R$ 500 por mês para treinar inteligências artificiais


Os ‘operários de dados’ são o equivalente ao chão de fábrica da IA. Eles executam nos bastidores uma série interminável de microtarefas para aperfeiçoar sistemas. São essenciais, mas mal remunerados, apesar de vários terem diploma universitário, e, por isso, têm que acumular empregos. Gustavo Luiz, 19 anos, divide-se entre o curso de inteligência artificial e o emprego como operário de dados Arquivo pessoal via BBC O mercado bilionário da inteligência artificial (IA) tem atraído talentos brasileiros com salários muito acima da média para engenheiros, matemáticos e outros profissionais que se destacam na área. Mas nem todos os envolvidos com esta tecnologia estão em uma posição invejável. Há todo um contingente de trabalhadores terceirizados que fazem um trabalho manual laborioso, ganham menos da metade de um salário mínimo, em média, e, por isso, têm mais de um emprego para conseguir pagar as contas — mas são essenciais para que os sistemas de IA sejam capazes de operar. Os chamados “operários de dados” são considerados “trabalhadores fantasmas” porque executam nos bastidores uma série interminável de microtarefas para refinar as inteligências artificiais. "Os sistemas de IA requerem muito trabalho humano manual e discreto para funcionarem, o que evidentemente contradiz a narrativa dominante da progressiva e inexorável automação”, diz a socióloga Paola Tubaro, especializada da ciência da computação e professora e pesquisadora do Centro de Pesquisa em Economia e Estatística, na França. “Por isso, empresas de tecnologia e desenvolvedores de IA não se dispõem a divulgar esse tipo de trabalho, que assim permanece escondido, ou seja, 'fantasma'". 'Foi uma tortura': o trabalho nos bastidores para tirar conteúdo tóxico do robô ChatGPT Como é trabalhar com inteligência artificial? Dá dinheiro? Veja dicas de brasileiros que já estão na área Mas o que faz um operário dos dados? "Eles inserem dados para treinar e moderar sistemas e atividades de IA", explica Rafael Grohmann, professor da Universidade de Toronto que pesquisa o trabalho no mundo contemporâneo. Esse tipo de atividade ficou conhecida como microtrabalho, pela natureza fragmentada das tarefas envolvidas. O fenômeno é novo, assim como os termos usados para descrevê-lo, diz Grohmann. “Temos usado muito o termo data workers [operários de dados, em tradução livre do inglês], o que os diferencia dos tech workers [profissionais de tecnologia], que são os responsáveis por produzir, projetar e analisar os dados da IA". Na prática, esses trabalhadores (de dados) também podem ser chamados de "treinadores de IA". Pegue um sistema como o ChatGPT, por exemplo. Os “treinadores” são responsáveis por alimentar o robô com as informações e dados que ele precisa para responder perguntas de usuários, auxiliar em traduções, fazer pesquisas, dentre outras tarefas. 'Ganho mais de R$ 20 mil por mês': como é trabalhar na área da inteligência artificial Praticamente todos os sistemas de IA dependem destes operários de dados. Redes sociais, por exemplo, os contratam para monitorar as postagens e interações e detectar ações que ferem suas regras ou a lei. Na comparação com uma fábrica tradicional, esses profissionais seriam o chão de fábrica. "A lógica do que é a classe operária vai mudando com o tempo. Essa é uma nova apresentação do que são os blue-collars [termo em inglês para a classe operária] e os white-collars [os executivos, que estão longe das tarefas manuais]", diz Grohmann. Brasil será 1º país no mundo a ter 'modo ladrão' em celulares Android; veja como vai funcionar Quanto ganha um operário de dados? Muitas vezes, os operários de dados acumulam trabalhos para conseguirem pagar as contas GETTY IMAGES Os operários de dados ganham, em média, R$ 583,71 por mês em um emprego, segundo a pesquisa Microtrabalho no Brasil: Quem são os trabalhadores por trás da inteligência artificial. Esses trabalhadores ganham por cada tarefa concluída e não por hora trabalhada. Segundo o estudo, esse valor médio mensal corresponde a cerca de 15,5 horas de dedicação por semana (cerca de R$ 37,66 por hora, na média). Segundo um estudo de 2018 da Organização Internacional do Trabalho realizado com 3,5 mil microtrabalhadores de 75 países, a média global de ganho por hora é de US$ 4,43 (cerca de R$ 24, em valores atuais). Mas, enquanto nos Estados Unidos o valor é maior, de US$ 4,70 (cerca de R$ 25), os operários de dados da África faturam bem menos, US$ 1,33 (cerca de R$ 7) por hora. No Brasil, de acordo com a pesquisa Microtrabalho no Brasil, o valor gira em torno de US$ 1,60 (cerca R$ 9). A pesquisa, conduzida por Tubaro junto com o psicólogo brasileiro Matheus Viana Braz e o sociólogo italiano Antonio Casilli, fez uma radiografia da situação do trabalho fantasma no Brasil. Esse valor fica muito aquém do que os empregadores prometiam a esses trabalhadores que ganhariam realizando estas funções. Os 477 trabalhadores fantasmas ouvidos pela pesquisa esperavam receber três vezes isso, cerca de R$ 1,6 mil por mês. Pelo ganho bem abaixo do esperado, eles costumam acumular empregos, por vezes na mesma área, e conseguem com as múltiplas jornadas chegar a uma renda mensal média de R$ 1,8 mil. O pesquisador em inovação e ciência de dados Mauro Zackiewicz, de 50 anos, que tem um doutorado nesta área, conta que trabalhou por pouco menos de um mês para uma fabricante de celulares recebendo documentos, como áudios triviais, conversas curtas e, por vezes cenas de filmes ou novelas. “Tinha de corrigir tudo, provavelmente para alimentar de dados um sistema de reconhecimento de voz, mas nem chegaram a me contar para o que fazíamos aquilo", conta ele. "Ganhava pouca coisa, dava apenas para a subsistência, e nem tinha contrato, o que é, digamos assim, curioso para uma grande empresa." A pesquisa Microtrabalho no Brasil constatou que 66% dessa força de trabalho só ganha o suficiente para pagar as contas mais básicas. A grande concorrência entre esses trabalhadores é um fator que contribui para os salários baixos, explica Tubaro. "As plataformas querem garantir mão-de-obra suficiente para atender picos de demandas. O resultado é que, na maior parte do tempo, há excesso de trabalhadores e, por consequência, muita competição entre eles", explica a socióloga. Isso significa que, na prática, os operários de dados não conseguem bater as metas estabelecidas pelos empregadores e, como são remunerados de acordo com isso, ganham valores reduzidos por cada hora trabalhada. Quem são os trabalhadores fantasmas? Guilherme Graper, 24 anos, conta que seus ganhos no setor variam muito Arquivo pessoal via BBC A pesquisa Microtrabalho no Brasil constatou que há muitas pessoas com diploma universitário fazendo esse tipo de serviço. Dos quinze participantes selecionados para entrevistas, como uma amostra representativa do setor, treze eram formados em cursos variados, como direito, administração, ciências da computação e fisioterapia. Sete em cada dez trabalhadores deste mercado têm entre 18 e 35 anos, segundo o estudo. De cada cinco, três são mulheres. A maioria mora nos Estados de São Paulo (28,8%), Rio de Janeiro (12,6%) e Minas Gerais (9,7%). O estudante Gustavo Luiz, de 19 anos, se divide entre o curso de inteligência artificial da Universidade Federal de Goiás, e o emprego como operário de dados. “Estou trabalhado no desenvolvimento de um sistema de IA para analisar sentimentos expressos em textos e frases em português”, conta ele. “Esse modelo vai receber dados e tentar encontrar padrões, como de sentimentos, em comentários nas redes sociais.” Por ser um fenômeno detectado mais recentemente, não há dados precisos sobre o aumento da demanda por esse tipo de trabalho no Brasil. Mas ofertas do tipo em plataformas de trabalho, como a rede social LinkedIn, têm se multiplicado. Para começar a trabalhar com isso, normalmente basta se cadastrar em um site e seguir as orientações. Guilherme Graper, de 24 anos, conta que trabalha em uma plataforma da Amazon, mas contratado por outras empresas. "Por exemplo, tem uma demanda de colocar nomes de médicos nesse sistema para treinar uma IA para pesquisar por médicos em toda a internet", explica. Os ganhos variam muito. Guilherme diz que já chegou a tirar em um mês apenas R$ 300, mas também já ultrapassou a casa dos R$ 5 mil. Em média, ele calcula que ganha cerca de R$ 2 mil mensais. Trabalhadores terceirizados do ‘Sul global’ Na maioria dos casos, as empresas que contratam trabalhadores fantasmas prestam na verdade serviços para outras bem maiores. Gigantes de tecnologia, como Meta (do Facebook e Instagram) e a OpenAI (do ChatGPT) subcontratam os seus operários de dados. "Trata-se de uma realidade do Sul Global [termo que designa países mais pobres, a maioria localizada no hemisfério sul]. São trabalhadores na Venezuela, na Colômbia, no Quênia", ressalta Grohmann. Apesar de estarem distantes dos maiores centros mundiais de tecnologia, como o Vale do Silício californiano, usualmente os operários de dados treinam IAs de propriedade das grandes marcas do setor. "A distância não é somente geográfica, como também linguística e cultural. Geralmente, essa distância leva a redução de custos para as empresas do Vale do Silício, mas resultam em baixa qualidade", comenta a socióloga Paola Tubaro. Tanto a terceirização quanto a falta de regulamentação da profissão levam também, segundo Tubaro, a "práticas sob condições indesejáveis, com precariedade, baixos pagamentos, falta de reconhecimento, informalidade e, como em casos de moderação de conteúdo em redes sociais, riscos à saúde mental". "Os moderadores de conteúdo das redes sociais ainda estão expostos a riscos psicológicos", completa Tubaro. Isso por efeito do contato diário com imagens de crueldade, crimes e outras atrocidades que são detectadas pelo algoritmo dessas plataformas e, depois, repassados para avaliação humana. É aí que atuam os moderadores: no pente-fino do que pode ou não ser publicado em redes sociais. Os brasileiros que ganham R$ 500 por mês para treinar inteligências artificiais Getty Images via BBC Já há, contudo, iniciativas que visam regulamentar esse trabalho. É o caso do projeto global Fairwork, coordenado pelo instituto Oxford Internet e pelo Centro de Ciências Sociais WZB Berlin. Presente em 38 países de cinco continentes, inclusive no Brasil, a organização denuncia abusos relacionados aos trabalhadores de dados, além de propor soluções. Em todo o mundo, a Fairwork afirma ter convencido 64 empresas de tecnologia a implementar um total de 300 mudanças em políticas internas, como de salários mínimos para a categoria. A organização é influente principalmente na Europa, mas também tem presença no Brasil, onde tem atuado em prol da criação de leis para regularizar essa categoria de trabalhadores. A Fairwork destaca em seu site que está "envolvida com o grupo de trabalho tripartido do governo (brasileiro) que procura elaborar um projeto de lei para proteger os direitos dos trabalhadores". Além de atuar no Congresso em favor de leis que garantam mais direitos trabalhistas, a organização produz relatórios que denunciam o cenário no Brasil. O documento, divulgado em 2023, apontou que, em uma análise de onze empresas do setor, apenas duas conseguiam garantir ao menos um salário mínimo de pagamento a estes trabalhadores. Tubaro avalia que estas iniciativas podem ajudar a combater condições de trabalho que são consideradas precárias. A pesquisadora destaca como bons exemplos leis recentemente aprovadas na Alemanha e na França e que, segundo avalia, "exigem que pelo menos as grandes empresas exerçam a devida diligência no respeito dos direitos humanos e laborais ao longo de suas cadeias de abastecimento". Trata-se de um problema global. A Fairwork produz relatórios sobre os cenários para os microtrabalhadores em 36 países, tanto em desenvolvimento, como Argentina, Quênia e Índia, quanto desenvolvidos, como França e Estados Unidos. Segundo um desses relatórios, 16% dos trabalhadores americanos realizam alguma forma de microtrabalho, mesmo que como renda secundária. É o país que lidera o ranking neste quesito. Dentre a atuação de treze empresas nos Estados Unidos, apenas 3 alcançaram os critérios estabelecidos para serem consideradas como ambientes de trabalho justos. "Há custos globais para esse rápido desenvolvimento e pelo aumento da presença da IA", afirma o pesquisador Rafael Grohmann. "Mas há especificidades para cada país e isso exige atenção". Em países como os Estados Unidos, esses trabalhadores costumam atuar mais, por exemplo, como motoristas de Uber. "As tarefas mais precárias, como as de moderação de conteúdo, costumam ser terceirizadas para nações da África, da Ásia e da América Latina", diz Grohmann. LEIA TAMBÉM: Salários de cientista e engenheiro de dados podem passar de R$ 20 mil Segurança da informação tem salário de R$ 38 mil, mas não encontra profissionais 'Já incentivo meus filhos': profissionais contam como é trabalhar com programação Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes

quarta-feira, 26 de junho de 2024

WhatsApp de cara nova, novidade nos canais e mais: veja recursos lançados este ano no aplicativo


Serviço investiu em mudanças no visual incluindo a tonalidade da marca e o estilo dos botões. Nos canais, foram lançadas novas ferramentas de interação entre administradores e seguidores. WhatsApp Brett Jordan/Unsplash O WhatsApp apresentou em 2023 novidades com o objetivo de simplificar o uso do aplicativo. Os lançamentos vão de mudanças no visual da plataforma que envolveram até o tom da cor usada pela marca até a chegada de mais recursos para canais. Um dos principais destaques anunciados no ano passado pelo app da Meta, que também é dona do Facebook e do Instagram, foi o “Canais”, uma espécie de grupo gigante em que pessoas e empresas enviam mensagens para um número ilimitado de usuários. Para 2024, empresa decidiu liberar o envio de áudios e enquetes nos canais. Também é possível atualizar o status e adicionar mais administradores nesses espaços. Confira os recursos lançados pelo WhatsApp em 2024 até agora. WhatsApp permite buscar mensagens por data específica; veja como funciona Divulgação/WhatsApp 📅 Pesquisa por data No início deste ano, o WhatsApp passou a permitir que os usuários procurem mensagens por datas específicas. Basta escolher dia, mês e ano em uma conversa e ver todas as mensagens enviadas naquela data. Também é possível usar esse recurso para localizar fotos, vídeos, links e documentos. Como buscar mensagens por data: Abra uma conversa e toque no nome do contato ou grupo; Vá em "Pesquisar" e, em seguida, toque no ícone de calendário 📅; Escolha a data para visualizar o conteúdo desejado. 📢 Novos recursos nos Canais Dentro dos canais de transmissão agora é possível publicar mensagens de voz e enquetes para seus seguidores. Além disso, usuários podem compartilhar em suas páginas de status as atualizações dos canais em que estão inscritos. O WhatsApp também permitiu adicionar outras pessoas como administradoras de canais. O aplicativo permite manter até 16 pessoas como responsáveis por um canal. Os múltiplos admins conseguem criar, editar e excluir qualquer atualização. Mas apenas o dono do canal pode apagá-lo. Participe do canal do g1 no WhatsApp WhatsApp mudou posição dos botões no Android e recebeu críticas dos usuários Reprodução 🪞 Mudança no visual O aplicativo também ficou de cara nova. Para usuários de Android, as abas com "Conversas", "Atualizações", "Comunidades" e "Ligações", que ficavam no topo da tela, passaram a aparecer na parte inferior. O tom do aplicativo também mudou, e as cores do aplicativo ficaram mais intensas. O modo escuro ficou mais escuro, e o modo claro, com mais áreas na cor branca. Ícones e botões estão com formatos e cores diferentes. Segundo a plataforma, as mudanças “foram feitas para proporcionar uma experiência mais moderna no WhatsApp, além de deixar o app mais acessível e fácil de usar". ✍️ Formatação O WhatsApp também ampliou as opções de formatação de mensagens. Agora, todo conteúdo pode ser formatado também em listas, citação em bloco e código de programação, por exemplo. A novidade é somada às opções de negrito, itálico, tachado e monoespaçado, que já estavam disponíveis no aplicativo. Aprenda a mudar formatação de mensagens no WhatsApp. Negrito (asterisco antes e depois do trecho). Itálico (underscore antes e depois do trecho). Tachado (til antes e depois do trecho): para enviar mensagem com um trecho riscado. Monoespaçado (três acentos graves antes e depois do trecho): para mensagem adotar estilo de fonte em que todos os caracteres ocupam o mesmo espaço. Lista de itens (hífen e espaço antes da mensagem): para exibir ingredientes de uma receita ou pontos principais de uma mensagem, por exemplo. Lista numerada (número seguido de ponto final e espaço antes da mensagem): para destacar ordem de itens como passo a passo. Citação de bloco (sinal > seguido de espaço antes da mensagem): para destacar trecho de texto e torná-lo mais visível na mensagem. Código embutido (acento grave antes e depois do conteúdo): para compartilhar trechos de códigos ou comandos usados por programadores. 📌 Fixar três mensagens por conversa Antes, era possível fixar uma mensagem em uma conversa no aplicativo. Este ano, a plataforma permitiu fixar até três, por chat. Qualquer conteúdo pode ser fixado: texto, emoji, enquete, figurinhas, entre outros. Como fixar uma mensagem: pressione a mensagem escolhida e vá em “Fixar”; escolha a duração da mensagem fixada: 24 horas, 7 dias ou 30 dias; a mensagem fixada aparecerá no topo da conversa. Em grupos, os administradores são quem escolhem se todos ou apenas administradores podem fixar uma mensagem. 💬 Filtros de conversas Para facilitar a organização, o aplicativo criou uma ferramenta que permite ao usuário encontrar conversas a partir de filtros. Ao abrir o WhatsApp, é possível escolher entre “Todas”, que é a visualização padrão das mensagens, “Não lidas”, apenas mensagens ainda não visualizadas, e “Grupos”, onde aparecerão somente os grupos, incluindo subgrupos das comunidades. Para selecionar os filtros, basta tocar no ícone que ficará na parte superior da lista de conversas. Criador de figurinhas do WhatsApp no iPhone Divulgação/WhatsApp ✂️ Editor de figurinhas Sem precisar usar aplicativos terceiros, usuários agora podem criar figurinhas no próprio WhatsApp, a partir de uma foto da galeria do iPhone, e editar figurinhas já existentes. Dá para fazer um corte automático do fundo da imagem, desenhar, escrever, colocar um emoji e até sobrepor um sticker sobre o outro para deixar o resultado mais divertido. A figurinha fica salva e pode ser enviada para outros contatos depois. Como criar figurinha no WhatsApp Abra a bandeja de figurinhas (o ícone de sticker à direita da caixa de texto); Selecione "Criar" e escolha uma imagem da sua galeria; Personalize a figurinha – é possível escolher recorte e adicionar texto, outros stickers e desenhos; Confirme a edição e envie na conversa. Como editar figurinha no WhatsApp Abra a bandeja de figurinhas (o ícone de sticker à direita da caixa de texto); Pressione e segure a figurinha que deseja editar; Selecione "Editar"; Personalize sua figurinha com texto, outros stickers ou desenhos; Confirme a edição e envie na conversa. Outras novidades do WhatsApp em 2024: 👥 Eventos e respostas nas Comunidades: o WhatsApp permite que administradores criem eventos em grupos que fazem parte de comunidades e que membros respondam aos anúncios feitos por administradores nos Grupos de Avisos. 📲 Login sem autenticação SMS no iPhone: usuários podem entrar no aplicativo sem passar pelo método tradicional de autenticação. É possível acessar usando os recursos de biometria, como Face ID ou Touch ID. O recurso já estava disponível para Android desde 2023. 📸 Bloqueio de print de foto do perfil no Android: ao tentar realizar o registro da imagem, seja de contatos salvos ou não, aparece a mensagem: "Não é possível capturar a tela devido à política de segurança". WhatsApp liberou pagamento para empresas WhatsApp libera o pagamento para empresas dentro do aplicativo WhatsApp melhorou proteção contra roubo de conta WhatsApp libera nova proteção contra roubo de conta; veja como funciona g1 está nos Canais do WhatsApp; saiba como participar g1 está nos Canais do WhatsApp; veja como participar

terça-feira, 25 de junho de 2024

Como apagar histórico no Chrome e em outros serviços do Google


Navegador mantém registros de navegação dos últimos 90 dias, mas eles podem ser excluídos rapidamente. Também é possível usar recursos para remover dados de serviços como YouTube e Maps. Google Andrew Kelly/Reuters/Arquivo O Google armazena uma série de informações sobre sua atividade na internet, seja por meio do navegador Chrome ou da conta usada para acessar os serviços da empresa, como Gmail, Drive e Fotos. Elas são úteis para recuperar páginas, vídeos e outras informações que você acessou. Mas, se você quiser se livrar dessas informações, é possível apagá-las rapidamente. Também é possível desativar a coleta de dados sobre o histórico em serviços como o YouTube e o Maps (saiba mais abaixo). Veja como controlar os registros de navegação salvos pelo Google. Como excluir histórico do Chrome Selecione o ícone de três pontinhos (⋮ para Android e computador, ou … para iPhone e iPad); Clique em "Histórico" – no celular, é possível ir diretamente em "Excluir dados de navegação", e, no computador, é preciso selecionar Histórico > Histórico (também é possível usar o atalho com as teclas Ctrl + H); Se estiver na página do histórico, clique em "Excluir dados de navegação" (também pode aparecer como "Remover dados de navegação" ou "Limpar dados de navegação"); Escolha o período do histórico que será excluído (última hora, últimas 24 horas, últimos sete dias, últimas quatro semanas ou todo o período, por exemplo); Marque somente o que deseja apagar, como páginas acessadas, cookies e imagens salvas – no computador, é possível excluir mais registros na aba "Avançado"; Clique em "Excluir dados" (também pode aparecer como "Remover dados" ou "Limpar dados"). Segundo o Google, o histórico do Chrome se limita às páginas que você visitou nos 90 dias anteriores e não inclui navegação na aba anônima do navegador e as páginas que foram removidas manualmente. Como excluir atividade da conta Google Também é possível apagar registros relacionados à sua conta Google que podem ser criados em qualquer navegador em que você estiver logado nos serviços da empresa. Para isso, basta acessar myactivity.google.com com sua conta Google logada. Em seguida, é preciso escolher quais dados serão removidos. Para excluir toda a sua atividade: clique em "Excluir" e selecione o período (última hora, últimas 24 horas, todo o período ou intervalo personalizado); Para excluir o histórico de um serviço específico (YouTube, por exemplo): clique em "Filtrar por data e produto", selecione o período e os produtos desejados, clique em "Aplicar" e confirme em "Excluir". A página oferece ainda a opção de apagar registros individualmente ao clicar no "X" que aparece ao lado de cada item. E a ferramenta tem atalhos para desativar o histórico de navegação, de localização e do YouTube. Para fazer isso, clique nas opções correspondentes que aparecem no topo da página e siga as instruções. Veja também: VÍDEO: empregada doméstica usa Google Maps para provar vínculo com patrões Empregada doméstica usa Google Maps para provar vínculo com patrões

Os 12 filhos de Elon Musk


Bilionário confirmou que teve mais um bebê no começo deste ano. Ele já era pai de 11 e perdeu o primogênito ainda recém-nascido, por morte súbita. O bilionário Elon Musk confirmou, no último sábado (2,) que teve seu 12º filho no começo deste ano. A criança, que não teve nome e gênero divulgados, é o terceiro bebê dele com Shivon Zills, executiva da Neuralink, a startup de Musk que atua no segmento de saúde e chips cerebrais. Além de Zills, Musk teve seis filhos com a primeira mulher, Justine Musk, sendo que um deles teve morte súbita semanas após nascer. Ele também é pai de três crianças com a cantora Grimes. Veja quem são os 12 filhos de Elon Musk g1 Com 52 anos, Musk era, na última segunda-feira (24), o homem mais rico do mundo, pela lista da Forbes. Ele é dono de negócios diversos, como o antigo Twitter, que rebatizou de X, a fabricante de carros elétricos Tesla, a empresa aeroespacial SpaceX, que tem um braço para internet via satélite chamado Starlink, além da Neuralink. Polêmico, arruma briga até com o Brasil: quem é Elon Musk Nomes exóticos e rejeição pela filha Os filhos de Elon e Justine já são jovens: os gêmeos Griffin e Vivian, que é uma mulher trans, nascidos em 2004, e os trigêmeos Damian, Saxon e Kai, de 2006. Em 2022, Vivian pediu a alteração de identidade e quis tirar o sobrenome do bilionário por "não desejar estar relacionada com meu pai biológico de qualquer forma", conforme relatou na documentação para solicitar a mudança. Musk e Grimes se envolveram a partir de 2018, após o empresário ter se separado de Justine e também encerrado um segundo casamento sem filhos. O empresário e a cantora chamaram a atenção pelos nomes exóticos dos filhos que tiveram: X AE A-XII, nascido em 2020 e chamado também de "X"; Exa Dark Sideræl Musk, em 2022; e Techno Mechanicus, revelado na biografia do empresário, publicada em 2023. Ele tem o apelido "Tau". Elon Musk e Grimes no Met Gala 2018 Jason Kempin/Getty Images North America/Getty Images via AFP/Arquivo No ano passado, Musk levou o pequeno X a uma reunião com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que estava nos Estados Unidos para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O que era para ser só um encontro com o líder de um país levou a uma situação desconfortável para o bilionário. "Cadê a sua esposa?", disse o presidente turco. "Ela está em São Francisco. Mas estamos separados. Eu cuido dele a maior parte do tempo", respondeu Musk. Veja o momento no vídeo abaixo. Elon Musk entra em saia-justa ao ser questionado sobre ex-mulher Com Shivon Zills, Musk teve os gêmeos Strider, um menino, e Azure, uma menina, em 2021. O fato só se tornou público no ano seguinte, por meio de uma reportagem do "Business Insider". Zills costuma postar vídeos e fotos dos bebês se divertindo em casa, em jogos de hockey e também acompanhando o pai. Uma foto dos quatro juntos foi divulgada pelo biógrafo de Musk, o jornalista Walter Isaacson, em 2023, na época do lançamento do livro. A chegada do um terceiro filho do casal, no começo deste ano, tinha sido reportada pela agência Bloomberg, mas Musk só foi confirmou o fato no sábado, ao site "Page Six", . Musk disse que o nascimento do seu 12º filho não era um segredo porque a família e os amigos do casal sabem, mas que seria estranho ter feito um anúncio para a imprensa. Elon Musk e Shivon Zills com primeiros dois filhos do casal; o nascimento de um terceiro foi confirmado pelo bilionário neste ano Reprodução/Twitter @WalterIsaacson Veja também: Como bloquear o ‘Jogo do tigrinho’ no Whatsapp

segunda-feira, 24 de junho de 2024

Elon Musk confirma que teve 12º filho, com executiva da Neuralink


Bilionário e Shivon Zills já tinham gêmeos. Ele também teve filhos com outras duas ex-mulheres: saiba quem são. Elon Musk e Shivon Zills com primeiros dois filhos do casal; o nascimento de um terceiro foi confirmado pelo bilionário neste ano Reprodução/Twitter @WalterIsaacson Elon Musk confirmou ao site americano "Page Six" que teve um terceiro filho com Shivon Zills, executiva da Neuralink, a startup do bilionário que atua no segmento de saúde e chips cerebrais. A criança nasceu em 2023 e Musk disse ao site que isso não era um segredo porque a família e os amigos do casal sabem, mas que seria estranho ter feito um anúncio para a imprensa. Ele não comentou o nome e nem o gênero da criança. Os dois já tinham um casal de gêmeos e, assim, Musk soma agora 12 filhos, com três mulheres. Veja abaixo quem são. Com 52 anos, Musk é, atualmente, o homem mais rico do mundo, pela lista da Forbes, e é dono de negócios diversos: o antigo Twitter, que rebatizou de X, a fabricante de carros elétricos Tesla, a empresa aeroespacial SpaceX, que tem um braço para internet via satélite chamado Starlink, além da Neuralink. Polêmico, arruma briga até com o Brasil: quem é Elon Musk Quem são os herdeiros de Musk O filho primogênito de Musk, com Justine Musk, morreu por causas naturais ainda recém-nascido. Depois, o casal teve outros cinco filhos, que hoje são jovens adultos: os gêmeos Griffin e Vivian, que é uma mulher trans, nascidos em 2004, e os trigêmeos Damian, Saxon e Kai, em 2006. Em 2022, Vivian pediu a alteração de identidade e quis tirar o sobrenome do bilionário por "não desejar estar relacionada com meu pai biológico de qualquer forma", conforme relatou na documentação para solicitar a mudança. Musk teve ainda três filhos com a cantora Grimes. O casal chamou a atenção pelos nomes exóticos das crianças: X AE A-XII, nascido em 2020; Exa Dark Sideræl Musk, em 2022; e Techno Mechanicus, revelado na biografia do empresário, publicada em 2023. No ano passado, Musk levou X a uma reunião com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que estava nos Estados Unidos para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O que era para ser só um encontro com o líder de um país levou a uma situação desconfortável para o bilionário. "Cadê a sua esposa?", disse o presidente turco. "Ela está em São Francisco. Mas estamos separados. Eu cuido dele a maior parte do tempo", respondeu Musk. Veja o momento no vídeo abaixo. Elon Musk entra em saia-justa ao ser questionado sobre ex-mulher

'Jogo do tigrinho' e outros cassinos online contratam influenciadores mirins e direcionam propaganda para crianças no Instagram

A estratégia agressiva de promoção dos cassinos online - com milhares de propagandas e perfis de spam - agora está avançando sobre as crianças nas redes sociais, mostra uma investigação do Instituto Alana, entidade de proteção à infância, verificada pela BBC News Brasil. Propagandas fraudulentas do "Jogo do Tigrinho" invadem celulares e redes sociais Jogos de azar na internet, entre eles o que ficou popularmente conhecido como "jogo do tigrinho", estão pagando influenciadores mirins brasileiros para divulgar as casas de apostas para crianças e adolescentes no Instagram. A estratégia agressiva de promoção dos jogos de azar na internet, que já é conhecida por usuários de redes sociais, agora está sendo direcionada especificamente para os perfis de crianças e adolescentes, mostra uma investigação do Instituto Alana, organização voltada à proteção dos direitos das crianças. As crianças e adolescentes que têm feito a divulgação dos jogos de azar tem entre 6 e 16 anos e um grande alcance entre brasileiros — os canais têm de cerca de 200 mil e a mais de 9,5 milhões de seguidores, muitos deles também crianças. Os jogos de azar são ilegais e proibidos no Brasil. Divulgá-los e promover seu uso por crianças e adolescentes fere leis de proteção à infância e regras de entidades como o Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar). O envolvimento de crianças em jogos de azar e a publicidade deles para essa faixa etária são considerados ainda especialmente danosos por médicos por se tratar de uma idade em que há uma maior vulnerabilidade ao vício. "São publicidades abusivas, ilegais, porque são de produtos e serviços que são caracterizados como jogos de azar", diz Maria Mello, coordenadora do programa Infância e Consumo do Instituto Alana. "Geram danos para a integridade física e psíquica das crianças que elas anunciam." Para proteger as crianças e adolescentes envolvidos, a BBC News Brasil não divulga nomes dos oito influenciadores identificados na investigação do Alana. Mas a reportagem verificou que propagandas dos jogos ilegais eram exibidos em seus perfis no Instagram e verificou que todos estavam ativos até segunda-feira (24/6). Os influenciadores mirins divulgam stories (posts temporários) e outras publicações com demonstração dos jogos, fazem sorteios de prêmios para quem adquirir bilhetes, alegam supostos ganhos obtidos com as apostas e incentivam de diversas formas seus seguidores a aderir aos jogos. Familiares das crianças também participam das divulgações. Nos comentários, é possível ver a interação com outros perfis que têm imagens e linguagem infantil. Segundo o Alana, isso é uma indicação de que essas propagandas têm de fato atingido outras crianças e adolescentes. Mas, segundo o instituto, o alcance preciso só seria possível de ser mensurado com a liberação de dados pelo Instagram, mas a rede social disse à BBC News Brasil que não divulga estes dados. O Instagram não tem, entre as suas opções para reportar postagens problemáticas, uma opção que se refira à violação dos direitos das crianças por meio de propaganda ilegal, como aponta a investigação do Alana e a verificação da BBC News Brasil. O Alana denunciou as postagens como "golpe ou fraude", mas recebeu como resposta que os posts "não violavam as diretrizes da comunidade". Procurada pela reportagem, a Meta informou que retirou dos perfis os posts que continham propaganda de jogos de azar. No entanto, os perfis de menores de 13 anos (idade mínima para ter uma conta no Instagram, segundo a própria plataforma) continuam no ar. "Não permitimos menores 13 anos em nossas plataformas, salvo em casos de contas gerenciadas por um responsável", disse a empresa. A reportagem não conseguiu contato com nenhum dos 20 cassinos online envolvidos nas divulgações. O único que tinha um cadastro de pessoa jurídica brasileiro identificável não respondeu à tentativa de contato da BBC News Brasil. Ilegais no Brasil Os cassinos online têm se tornado muito populares entre público brasileiro apesar de serem ilegais. "Eles são altamente viciantes, são programados para criar dependência e quase sempre vão resultar na perda de dinheiro", afirma Maria Mello, do Alana. "É algo programado para que você tenha mais perdas do que ganhos no processo." A entidade entregou um dossiê sobre o assunto ao Ministério Público Federal em 6 de junho e pediu que uma investigação seja aberta pelo órgão. A entidade defende que a Meta, empresa que controla o Instagram, seja responsabilizada pela exibição das propagandas para menores de idade e intimada a derrubar sua veiculação. O Ministério Público diz que recebeu a denúncia do Alana e que a Promotoria de Justiça de Infância e Juventude pediu informações ao Instagram sobre os fatos. Em 19 de junho, um projeto de lei para legalizar os jogos de azar no Brasil foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O autor da proposta, o senador Irajá Silvestre (PSD-TO), justificou dizendo que as apostas são uma “atividade econômica relevante”. A proposta ainda precisa passar pelo plenário da Casa e também ser aprovada pela Câmara dos Deputados para então ir à sanção pelo presidente para entrar em vigor. As chamadas "bets", casas de apostas esportivas na internet, foram regulamentadas no país em dezembro do ano passado. Mas antes mesmo da legalização, os brasileiros já haviam gastado mais de R$ 54 bilhões em 11 meses em 2023, dinheiro enviado para empresas que atuavam no exterior, segundo o Banco Central. Jogos de azar como o “Fortune Tiger”, conhecido como o "jogo do tigrinho", são diferentes das bets porque os resultados dependem unicamente dos algoritmos criados pelas empresas. Já as apostas esportivas dependem de critérios previamente estabelecidos e resultados de campeonatos. A publicidade de ambos para crianças é proibida por uma série de regulamentações nacionais do Conar e do Conanda. Os jogos de azar são ilegais no Brasil para todos os públicos. As polícias de diversos Estados têm atuado contra os influenciadores adultos que promovem o jogo por considerar que eles cometem estelionato. A Polícia Civil de Alagoas realizou uma operação de busca e apreensão em 18 de junho contra um destes influenciadores. Um dia antes, a Polícia Civil de São Paulo havia executado outro mandado de busca e apreensão. Quais os riscos do 'jogo do tigrinho'? Um dos jogos de azar mais populares na internet, o “jogo do tigrinho” foi retirado da Play Store, loja de aplicativos para usuários do Android, a plataforma de celular mais usada no país, após reclamações. Mas é possível instalá-lo no telefone com uma série de links disponibilizados pelos influenciadores que fazem a divulgação. No entanto, há inúmeros jogos de cassino online ainda disponíveis na Play Store — a BBC News Brasil encontrou ao menos 198 em uma única pesquisa. Os jogos em geral funcionam como caça-níqueis: o jogador precisa sortear combinações específicas para receber um prêmio em dinheiro. Há inúmeras variações das mecânicas, mas, em todos, o resultado depende exclusivamente do algoritmo criado pela casa de aposta. Assim como caça-níqueis físicos, os jogos são programados para darem alguns pequenos ganhos no curto prazo, mas, no total, geram enormes prejuízos para os usuários, diz Maria Mello, do Alana. Médicos e pesquisadores alertam que o nível de vício gerado por jogos de azar é equivalente à dependência química causada por cigarro, álcool e drogas ilegais. “Sabemos há muito tempo, por inúmeras pesquisas, que dependências sócio comportamentais como jogos de azar geram uma dependência equivalente à dependência química”, explica o psiquiatra Rodrigo Machado, colaborador do Ambulatório de Transtornos do Impulso do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP(, centro que é referência sobre o assunto na América Latina. “O transtorno do jogo funciona através dos mesmos mecanismos, ele modifica o sistema de recompensa do cérebro.” O comportamento que causa dependência, explica Machado, estimula a liberação de dopamina — um dos hormônios responsáveis pela sensação de prazer — no corpo. Quando há uma exposição reiterada àquele comportamento, a pessoa pode perder o controle, não conseguindo mais parar sem ajuda. Isso não acontece com todos. Um comportamento capaz de causar dependência produz mais este efeito em pessoas que têm uma vulnerabilidade: quando, por exemplo, os outros sistemas que deveriam atuar para controlar os impulsos, como uma região do cérebro chamada córtex pré-frontal, não estão em equilíbrio. “A vulnerabilidade pode ser genética, social, ambiental”, explica Machado. No caso dos jogos de azar, o que estimula a liberação de dopamina nas pessoas com dependência não é a vitória, mas o risco. A dependência causa uma mudança no cérebro, explica Machado, e a pessoa fica muito mais sensível àquele estímulo gerado pelo comportamento viciante. Crianças e adolescentes são especialmente vulneráveis à dependência porque seu córtex pré-frontal não está totalmente desenvolvido, diz Machado. “É por isso inclusive que adolescentes tendem a se comportar de maneira mais impulsiva, que têm menos condições de avaliar risco.” A maioria das pessoas que se tornam dependentes, explica o médico, tiveram o primeiro contato com o jogo (ou outro comportamento viciante) na infância ou adolescência. “Quanto mais precoce o contato, maior a chance da pessoa desenvolver dependência. Por isso é extremamente perverso o avanço dos jogos de azar sobre as crianças”, afirma. Cassinos online podem ser ainda mais viciantes do que os caça-níveis físicos, porque usam diversos mecanismos chamados elementos de design de manipulação. “Eles são coloridos, oferecem prêmios e medalhas virtuais, têm bonequinhos e desenhos para pressionar o usuário a continuar, contagens regressivas rápidas para que a pessoa não tenha tempo de perder a atenção, têm propagandas em que você não acha o botão para sair”, explica Machado. “Enfim, uma série de mecanismos que promovem uma restrição da possibilidade escolha. E as crianças e adolescentes são especialmente vulneráveis a esse mecanismo.” Outro fator dos jogos online apontado como facilitador da dependência, especialmente para as crianças, é o fato de que eles podem ser facilmente acessados de qualquer lugar — não é preciso o deslocamento para um cassino, como no caso de caça-níqueis físicos. O efeito da propaganda Tanto Rodrigo Machado quanto o Instituto Alana destacam que as crianças são mais vulneráveis também à propaganda — e o fato do jogo ilegal estar sendo promovido por outras crianças agrava esse fator. “Existe um espelhamento. Para uma criança e especialmente para um adolescente, ver alguém como ele aumenta muito a chance de querer reproduzir aquele comportamento”, diz o pesquisador da USP. “Isso é da natureza humana, é parte de uma necessidade de sentir parte de um grupo, e é especialmente forte nesses estágios da vida.” É por isso que existem recomendações contrárias ao uso de crianças e adolescentes para veiculação de propaganda em uma série de órgãos de fiscalização. A resolução 163 do Conanda (Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente), por exemplo, explicita que o uso de “apresentadores infantis” em peças publicitárias é um dos elementos com potencial de seduzir crianças para o consumo de forma abusiva. Tanto o Conanda quanto o Conar vedam o emprego de elementos lúdicos — como personagens animados, a exemplo do tigrinho — e de manipulação do universo infantil na comunicação publicitária. No documento entregue ao Ministério Público, o Alana cita o artigo 227 da Constituição Federal, que fala sobre proteção integral e a responsabilidade compartilhada na garantia de direitos de crianças e adolescentes. “Estado, famílias e sociedade, incluindo as empresas, devem atuar em conjunto para assegurar a proteção das crianças, adolescentes e jovens e a promoção dos seus direitos”, reforça a instituição. Maria Mello, do Alana, aponta que houve avanços importantes ao longo dos últimos anos em relação à regulação de propaganda direcionada às crianças nos meios de comunicação tradicionais, como televisão, mídia impressa. "Agora é preciso que isso seja transferido e fiscalizado na internet”, diz Mello. No documento entregue ao Ministério Público, o Alana pede a investigação das casas de aposta que fazem a promoção dos jogos ilegais, mas seu pedido principal é para que o MP peça à Justiça que a Meta seja intimada a tomar atitudes para combater a divulgação dos cassinos online para crianças. “O mais fundamental aqui é a gente perceber o tamanho da ilegalidade da conduta do Instagram, porque a plataforma não só permite, ela viabiliza essas publicações”, diz Maria Mello. “Essas propagandas jamais conseguiriam atingir o mesmo público se não fosse a plataforma.” Além disso, ao intimar o Instagram, a Justiça conseguiria a retirada do ar de diversas propagandas ao mesmo tempo, diz ela. Sendo que o combate às casas de apostas em si é mais pulverizado — e muitas delas são baseadas no exterior. A BBC News Brasil procurou a Meta, que afirmou que suas políticas "não permitem conteúdos potencialmente voltados a menores de 18 anos que tentem promover jogos online envolvendo valores monetários". A empresa disse que removeu "os posts dessa natureza das contas apontadas pela reportagem" e que usa "uma combinação de tecnologia e revisores humanos para identificar conteúdos e contas que violem" suas políticas. "Estamos sempre trabalhando para aprimorar a nossa abordagem em prol de um ambiente seguro para todos", disse a Meta. A empresa, no entanto, não respondeu por que não tem uma categoria de denúncia para postagens que incentivem jogos de azar ilegais nem por que o Instagram não proíbe em absoluto a publicidade de jogos de azar, que continuam ilegais no Brasil. A Meta também não respondeu por que o Instagram não tem regras específicas para resguardar os direitos dos influenciadores digitais mirins. A empresa também não divulgou o alcance que as publicidades de cassinos voltadas para crianças tiveram nos 8 perfis analisados. Os influenciadores mirins O instituto Alana aponta ainda a irregularidade e os potenciais danos às crianças e adolescentes que fazem a veiculação das propagandas de jogos de azar. As crianças e adolescentes dos oito perfis analisados pelo Alana são do Ceará, Paraíba, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. O conteúdo que elas postam variam entre compartilhamento da sua rotina, postagens de humor, dancinhas e música. E, longe de ser algo esporádico, o incentivo para a inscrição, o depósito de dinheiro e o uso dos jogos de azar é uma prática constante nos canais. “O Instagram tem permitido a atuação dos influenciadores mirins muito provavelmente sem a observação das normas legais em relação ao que a gente chama de trabalho infantil artístico”, afirma Maria Mello. Segundo ela, embora muitos dos influenciadores sejam acompanhados por familiares na divulgação das propagandas, isso não impede que o trabalho das crianças seja explorado de forma abusiva. “As crianças e adolescentes muito provavelmente não têm um acompanhamento adequado desse tipo de atuação", diz Mello. "Para que crianças façam esse trabalho artístico, é necessário um alvará judicial e uma análise para garantir que elas não estejam sendo exploradas e tenham seus direitos garantidos."

INSS confirma indícios de que informações de beneficiários foram expostas em vazamento


Vulnerabilidade levou órgão a suspender senhas e revisar protocolos. Número de reclamações caiu, indicando que brecha realmente pode ter sido utilizada para fraude. Fachada da Previdência Social INSS/ Divulgação O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) confirmou nesta segunda-feira (24) que há indícios de que informações sigilosas de pessoas com aposentadorias e benefícios sociais e assistenciais sofreram vazamento. A vulnerabilidade do sistema do INSS foi confirmada ao jornal "Folha de S.Paulo", pelo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que publicou reportagem sobre o assunto, e também ao g1. Segundo o INSS, gestões passadas firmaram acordos de cooperação com órgãos governamentais que também têm acesso aos dados, e não havia controle sobre senhas concedidas anteriormente. "O INSS informa que, devido ao aumento de solicitações de informações – detectado pelos setores de monitoramento do INSS e da Dataprev –, o sistema o Suíbe, antes acessível por senha e login por outros órgãos e servidores, teve a sua política de segurança atualizada. Agora, é preciso utilizar certificado digital e criptografia para ter acesso ao sistema", informou o INSS, por meio de nota. Essas senhas foram suspensas em maio, e, pelo novo procedimento instaurado, agora é preciso ter validação em duas etapas por VPN, o que, de acordo com a assessoria de imprensa do órgão, "vai dificultar o acesso malicioso de informações". Coluna TecLógica: Como proteger seus dados na internet? O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, confirmou por meio da assessoria de imprensa que as reclamações na ouvidoria envolvendo empréstimo consignado caíram para pouco mais de 400 em maio, após a suspensão das senhas. Entre janeiro e março, a média foi de mais de 900 registros de ocorrência por mês. Em abril, recuou para 553. Não é possível liberar novos benefícios por meio do sistema acessado, mas ele contém dados cadastrais de pessoas com valores já concedidos, entre outras informações. O órgão informou que não é possível saber, até o momento, quantos vazamentos aconteceram.

Foto instantânea: g1 testa 3 aparelhos que revelam a imagem na hora


"Polaroides" modernas usam filme ou papel para criar resultados no momento, mas têm diferenças nos tamanhos e na foto impressa. O g1 testou modelos da Fujifilm e da Kodak. Como tirar fotos instantâneas mais legais Tirar uma foto instantânea em 2024 significa muitas coisas além do óbvio, que é capturar a imagem e esperar a cena aparecer no papelzinho (não precisa chacoalhar, viu?). Essa ação pode incluir outros itens, como: 📸 Uma câmera digital que imprime na hora, mas também se conecta ao celular. 🖨️ Imprimir em papel fotográfico com imagens vindas do smartphone. 📷 E usar uma câmera analógica com filme instantâneo. Para avaliar como é essa experiência, o Guia de Compras testou três dispositivos que levam as imagens ao papel de formas diferentes: Fujifilm Instax Mini 12 Fujifilm Instax Mini Link 2 Kodak Mini Shot 3 São poucas as opções disponíveis nas lojas on-line para fotografia instantânea. A Fuij tem vários modelos das Instax à venda – a Mini 12 e a Mini Link 2 estão entre os mais novos – e a Kodak lançou recentemente a câmera/impressora Mini Shot 3. Quem tem saudades das fotos na Polaroid precisa gastar mais. Os modelos mais novos da marca saudosista não estão disponíveis nas lojas nacionais e precisam ser importados dos Estados Unidos ou China, por isso não entraram na avaliação. ✅ Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp Foto instantânea ainda é uma brincadeira cara. Além do preço das câmeras e impressoras, que variava entre R$ 450 e R$ 1.500 em junho, tem o valor do papel de impressão – cada foto acaba saindo entre R$ 2,60 e R$ 5. Veja os detalhes de cada produto a seguir e, ao final, a conclusão. Câmera analógica Instax Mini 12 Filme para Instax Mini com 20 poses A Instax Mini 12 é uma câmera fotográfica analógica com filme instantâneo. É um dispositivo de operação simples e que tira fotos que ficam prontas em minutos. A câmera custava R$ 450 nas lojas da internet consultadas na metade de junho. Um kit com dois filmes, com 10 exposições cada, saía na faixa dos 80 – cada fotografia custa R$ 4, em média. É o mesmo filme utilizado na impressora Instax Mini Link 2. Usar a Instax Mini 12 é muito fácil. Basta abrir a tampa traseira para encaixar o cartucho com filme – só alinhar as setas amarelas para não errar – e girar a lente para ligar o dispositivo. Instax Mini 12 vista de frente e por trás Henrique Martin/g1 Não pode se esquecer de colocar as pilhas AA no compartimento, senão não funciona. A fabricante não indica por quanto tempo duram as baterias. Para fotografar, não é preciso configurar nada. Só esperar a câmera identificar de forma automática as condições de luz, o fotógrafo enquadrar a cena no visor óptico e apertar o botão de disparo. Na sequência, a foto sai pela ranhura na parte superior do equipamento e leva cerca de 90 segundos para revelar e ficar pronta. Um visor na tampa traseira mostra quantos cliques ainda estão disponíveis naquele filme O flash é automático e não pode ser desativado. A única configuração adicional está no modo close-up, ativado ao girar mais um pouco a lente. É para tirar selfies melhores ou fotos mais próximas. Um espelho na frente da câmera ajuda a enquadrar melhor a pose na hora da selfie. Para as selfies noturnas, em ambientes fechados, na comparação com os demais aparelhos do teste, a Mini 12 deixa o rosto com uma iluminação forte, mas não exagerada como da Kodak Mini Shot 3. É comum esse tipo de câmera criar um "efeito fantasma" meio borrado. A Mini 12 não tem timer, então a foto sai do jeito que estiver posada na hora do clique. Selfies com flash: Instax Mini 12 (à esquerda), feita no celular e impressa na Mini Link 2 e capturada e impressa na Kodak. Henrique Martin/g1 O único ponto negativo de usar a Instax Mini 12 é o fato de a câmera ter um botão de disparo bastante sensível. É comum tirar fotos sem querer só de tocar no disparador e “perder" uma imagem. Os resultados são compatíveis com o que se espera de uma câmera instantânea e essa é parte da diversão de usar um aparelho desses. As fotos de 62 x 46 mm podem sair borradas, com fundo escuro, com cores estouradas, na captura daquele momento específico. Nessa hora a gente lembra que fotografia não precisa ter tudo em foco com nitidez máxima, como estamos acostumados com as câmeras poderosas dos smartphones. Fotos feitas com a Instax Mini 12 Henrique Martin/g1 É difícil até comparar os resultados da Instax Mini 12 com os da Mini Shot 3, já que o modelo da Kodak é uma câmera digital com impressora integrada, com fotos em papel diferente, formato maior e que também consegue se conectar ao celular. Fotografia em papel: como fazer suas fotos impressas e reveladas durarem mais Impressora Instax Mini Link 2 A Instax Mini Link 2 é uma impressora de fotos que usa o mesmo filme da câmera Instax Mini 12. Desse modo, é possível imprimir fotos direto do celular. O produto era vendido na faixa dos R$ 920 nas lojas on-line consultadas. A Mini Link 2 usa uma bateria interna recarregável, com duração estimada de 100 impressões. Com o filme encaixado no compartimento traseiro, como na Mini 12, basta baixar o app Instax (para iPhone e Android) e conectar os equipamentos por bluetooth. O aplicativo em português é o grande diferencial da impressora. Ele acessa a câmera, a galeria de imagens do celular e até mesmo imprime cenas de um vídeo. Tem diversos modos de edição e ajustes da foto. Na comparação com o app da Kodak, o da Fujifilm oferece mais recursos. Os modos de impressão podem ser definidos como padrão (mais claros e neutros) ou “modo Instax”, para ficar com o estilo das câmeras da marca. E tem recursos extras na impressora, como o botão na lateral. Ele acende um LED, que pode ser usado para “desenhar com luz” nas fotos feitas pelo celular. Ao editar e mandar imprimir, o resultado sai pela ranhura na lateral, como na Mini 12. Os resultados são também similares aos da câmera com filme. Fotos com foco perfeito e nítidas vão sair mais escuras, por exemplo. São diferentes das impressas pelo celular com a Kodak Mini Shot 3, por exemplo. Lá, elas ficam mais claras e “lavadas" se colocadas lado a lado. Fotos impressas com a Instax Mini Link 2 Henrique Martin/g1 O processo de impressão é diferente do utilizado pela Kodak. Na Fujifilm, o equipamento utiliza uma faixa de luzes que expõe a imagem no filme – o que é bastante inteligente, já que ela está "criando" uma imagem digital em um meio analógico. Na Kodak, é um papel especial impresso (como em uma impressora jato de tinta) em vários passos, com uma camada por cor (ciano, amarelo e vermelho) e mais uma protetora contra marcas de dedo e exposição à luz. Câmera/impressora Kodak Mini Shot 3 Cartucho para câmera Kodak com 30 fotos A Kodak Mini Shot 3 é uma câmera de 10 megapixels de resolução com uma impressora integrada. A câmera não salva as imagens em sua memória interna nem tem entrada para cartões para armazenamento. Por conta disso, é preciso fotografar e imprimir ou usar a câmera do celular e deixar a Mini Shot 3 apenas como impressora – desse modo, ela é mais parecida com a Instax Mini Link 2. A câmera era o produto mais caro do teste, vendida por R$ 1.450 nas lojas on-line consultadas em junho. O cartucho com 30 fotos estava sendo vendido entre R$ 80 e R$ 150 no mesmo período. Cada foto custa entre R$ 2,6 e R$ 5. O modelo da Kodak utiliza uma bateria recarregável, que dura até 20 impressões, de acordo com a fabricante. Câmera/impressora Kodak Mini Shot 3 Henrique Martin/g1 A câmera já veio com um cartucho com 30 fotos instalado. Para trocar, basta abrir o compartimento inferior. Na função da câmera, a Mini Shot 3 oferece funções minimalistas: fotografar, mostrar a imagem na telinha traseira e selecionar para imprimir. Kodak Mini Shot 3: a tela mostra as 5 últimas imagens capturadas Henrique Martin/g1 Para ativar o flash, é preciso navegar entre as opções do aparelho. A fabricante diz ainda que o produto vem com um “espelho para selfie”, que precisa ser colado manualmente ao lado da lente. O da unidade enviada para os testes estava colado em um plástico dentro da caixa e precisou ser encaixado na frente. Por não ter memória interna, o equipamento consegue guardar de forma temporária até cinco imagens. Se desligar o produto, as fotos se perdem se não forem levadas para o papel. O processo de impressão é feito em camadas (uma por cor: ciano, amarelo, vermelho, mais uma de proteção) e demora quase o mesmo tempo para as fotos das Instax se tornarem nítidas, em torno dos 90 segundos. A qualidade das imagens da câmera ao serem impressas é boa, com cores mais fortes e brilhantes na comparação do que ocorre com os produtos da Instax. As impressões saem no formato 7,6 x 7,6 cm, maiores que as da Fuji, de 6,2 x 4,6 cm. Fotos impressas com a Kodak Mini Shot 3 Henrique Martin/g1 As fotos contam com um acabamento contra marcas de dedos. Segundo a fabricante, as impressões podem durar mais de 100 anos (veja como conservar fotos). O aplicativo para celular – todo em inglês, como os menus do aparelho – é mais básico que o da Instax Mini Link 2. Com acesso à galeria de fotos do smartphone, dá para editar as imagens, ajustar brilho, contraste e saturação e definir bordas coloridas – ou como as de negativos de filmes – para as impressões. Conclusão Testar três métodos tão distintos para trazer fotos para o papel significa comparar o que é possível, como a qualidade das imagens, a velocidade de impressão, a duração da bateria. O resultado é um processo bastante pessoal e único – tem quem goste mais das fotos das Instax, pela aura retrô, tem quem goste mais da Kodak, pelo maior brilho e cores. Na ponta do lápis, quem quer o melhor dos dois mundos na fotografia instantânea deve optar por uma impressora, não por uma câmera. Selfies feitas com flash automático ou desativado, feitas na Mini 12, Mini Link 2 e Kodak Henrique Martin/g1 É um equipamento mais caro que a câmera analógica, mas que abre um mundo de possibilidades de usar as lentes e sensores do celular – que são bem melhores – em um formato tradicional e conhecido. Na comparação entre as impressoras da Fujifilm e da Kodak, a primeira oferece a melhor relação custo/benefício. Fotos editadas no app para celular e impressas na Instax Mini Link 2 (à esquerda) e Kodak Mini Shot 3 (à direita) Henrique Martin/g1 Vendida por R$ 915, a Instax Mini Link 2 é um ótimo acessório para o fotógrafo de smartphone que quer tirar fotos com borda e fazer brincadeiras com texto e desenhos na imagem. A Kodak Mini Shot 3 oferece um formato diferente de imagem e cores mais vivas na impressão. Mas sua câmera pode ser ignorada pela ausência de memória interna e é um produto mais caro, vendido na faixa dos R$ 1.450. Como foram feitos os testes As câmeras e impressoras foram usadas por 4 semanas, com dezenas de imagens capturadas. Foram avaliados a facilidade de uso, a duração da bateria, a troca de filme/cartucho de papel durante o uso cotidiano dos aparelhos. As fabricantes cederam os equipamentos por empréstimo, além de filme/papel adicional. As câmeras e impressoras serão devolvidas. 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domingo, 23 de junho de 2024

Entenda o que a Meta diz sobre a coleta de informações de usuários para treinar IA e saiba passo a passo para evitar


Empresa de Mark Zuckerberg controla as redes sociais Instagram e Facebook, além do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp. Ações da Meta enfrentam péssimo momento na bolsa de NY Reuters A Meta, empresa de Mark Zuckerberg e que controla as redes sociais Instagram e Facebook, além do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp, atualizou seus termos de uso para, através de publicações abertas de usuários, aprimorar e treinar seu serviço de inteligência artificial (IA). A mudança aconteceu em 16 de junho. 🤔 O que diz a Meta sobre a coleta de informações? Na Central de Privacidades da Meta, que pode ser acessada no Instagram, a empresa diz que: usa informações que estão publicamente disponíveis online; usa informações compartilhadas nos produtos e nos serviços da empresa. 🤔 Isso inclui o conteúdo postado pelo usuário? Segundo a Meta, essas informações podem abranger publicações ou fotos e legendas. ❌ Há algo que não é usado? De acordo com a empresa, o conteúdo das mensagens privadas com amigos e familiares não é usado. 📑 É possível se opor? Também na Central de Privacidades, a Meta diz que os usuários têm "direitos relacionados à forma como suas informações são usadas para IA na Meta", o que inclui o direito de se opor ao uso de informações compartilhadas. 🚶‍♂️ E como fazer isso? Logado no seu Instagram, siga o passo a passo a seguir: no feed de fotos, clique nos três tracinhos que ficam os alto do campo direito. então, você, usuário, vai cair na página "configurações e atividades". em seguida, role até o fim da página e clique em "sobre"; depois, selecione "política de privacidade". 📱Nesta etapa, você vai cair nessa outra página, fora do aplicativo chamada, "Política de Privacidade". Então, logado, siga com o passo a passo nessa mesma página: clique nos três tracinhos horizontais no canto superior direito; no menu de opções, clique em "outras políticas e artigos" e, imediatamente, em "como a Meta usa informações para recursos e modelos de IA generativa"; em seguida, abrirá uma nova página chamada "oposição quanto ao uso das suas informações para IA na Meta; então, role até o fim da página e clique em "direito de se opor" (é um escrito, destacado em azul, no meio do texto). Aí... É hora de preencher um formulário para, segundo o documento, exercer o direito de "não querer que suas informações compartilhadas nos nossos produtos e serviços sejam usadas para desenvolver e melhorar a IA na Meta". ⏳ A remoção é instantânea? Segundo a Meta, não. O texto diz que as solicitações de objeção serão analisadas de acordo com as leis de proteção de dados relevantes. "Se a sua solicitação for atendida, ela será aplicada a partir do momento que for aceita", diz o texto. 🏛️ LGPD - Está em vigor no Brasil a Lei Geral de Proteção de Dados, que rege como as empresas podem armazenar, usar e tratar dados de cidadãos brasileiros. Ela estabelece diretrizes sobre coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais. A Meta diz que pode "processar informações sobre você para desenvolver e melhorar a IA na Meta, mesmo se você se opuser ou não usar nossos produtos e serviços". Como exemplo, a empresa diz que isso poderia acontecer se o usuário ou suas informações: aparecerem em uma imagem compartilhada nos produtos ou serviços por alguém que os usa. forem mencionados em publicações ou legendas que outra pessoa compartilhar nos produtos e serviços. Meta Conversations Durante o "Meta Conversations", evento que aconteceu no Brasil no início de junho, Zuckerberg falou, por videoconferência, sobre a liberação da assistente de inteligência artificial integrada aos seus produtos — a "IA da Meta". "Nosso objetivo é construir o melhor serviço de IA do mundo tanto em qualidade quanto em usabilidade. E estou animado para anunciar que vamos lançar o Meta AI em português no próximo mês, junto com vários outros novos idiomas", disse Zuckerberg. "Isso significa que mais pessoas ao redor do mundo poderão fazer perguntas ao assistente em qualquer um de nossos aplicativos. Recebemos muitos comentários positivos até agora e estou animado para que todos vocês experimentem. Acho que vocês ficarão realmente impressionados", prometeu. 🌍 Como é em outros lugares no Mundo? A Meta pretende seguir o mesmo em outros países, incluindo os que fazem parte da União Europeia, o que deve acontecer a partir de 26 junho e já é alvo de reclamações. Segundo a agência de notícias APF, os esforços da Meta no continente estão sendo dificultados pelas leis de privacidade de dados mais rigorosas. O grupo NOYB, com sede em Viena, liderado pelo ativista Max Schrems, queixou-se a 11 vigilantes nacionais da privacidade sobre os planos de formação em IA da Meta e instou-os a parar a empresa antes de começar a treinar a próxima geração do Llama, tecnologia usada pela "IA da Meta" que é uma espécie de "cérebro" do assistente. Passo a passo para evitar que Meta use dados para treinar IA 1 Reprodução Passo a passo para evitar que Meta use dados para treinar IA 2 Reprodução Passo a passo para evitar que Meta use dados para treinar IA 3 Reprodução Passo a passo para evitar que Meta use dados para treinar IA 4 Reprodução Passo a passo para evitar que Meta use dados para treinar IA 5 Reprodução Passo a passo para evitar que Meta use dados para treinar IA 7 Reprodução Passo a passo para evitar que Meta use dados para treinar IA 8 Reprodução

Os escritores que ajudam a inteligência artificial a falar que nem gente


Se você está preocupado com a forma como a IA afetará seu trabalho, o mundo dos redatores pode oferecer um vislumbre do futuro. Como a inteligência artificial irá afetar o seu trabalho? Serenity Strull/BBC/Getty Images A carreira do redator Benjamin Miller (nome fictício) vinha bem até o início de 2023. Ele chefiava uma equipe de mais de 60 redatores e editores, publicando artigos e postagens em blogs para promover uma empresa da área de tecnologia e revender dados sobre tudo, desde imóveis até carros usados. Para ele, "era um trabalho realmente envolvente" – uma oportunidade de exercer sua criatividade e colaborar com especialistas em uma série de assuntos diferentes. Até que, um dia, o gerente de Miller contou a ele sobre um novo projeto: "eles queriam usar a inteligência artificial para reduzir os custos". Por força do seu contrato de confidencialidade, Miller pediu à BBC que não o identificasse, nem divulgasse o nome da companhia. Um mês depois, a empresa adotou um sistema automatizado. O gerente de Miller digitava o título de um artigo em um formulário on-line e o modelo de IA gerava um esboço baseado naquele título. Miller recebia então um alerta no seu computador e, em vez de criarem suas próprias ideias, seus redatores produziam artigos com base naquele esboço. Miller fazia a edição final do material e as histórias eram publicadas. Após poucos meses de adaptação ao novo sistema, Miller recebeu a notícia de que haveria uma segunda etapa da automação. O ChatGPT passaria então a escrever totalmente os artigos e a maior parte da sua equipe foi demitida. As poucas pessoas restantes passaram a desempenhar uma tarefa ainda menos criativa: editar o texto criado pelo ChatGPT, de qualidade inferior, para que ele parecesse mais humano. O processo prosseguiu até que, em 2024, a empresa demitiu o restante da equipe e Miller ficou sozinho. "De um momento para outro, passei a fazer o trabalho de todos os demais", ele conta. Todos os dias, ele abria os documentos escritos por IA para corrigir os erros estereotipados do robô, produzindo sozinho o trabalho que costumava empregar dezenas de pessoas. "Eu estava basicamente fazendo a limpeza para que os textos parecessem menos esquisitos, cortando a linguagem estranha e formal ou excessivamente animada", descreve Miller. "Eu tinha mais trabalho de edição do que com os redatores humanos, mas era sempre o mesmo tipo de edição. O problema, na verdade, é que era simplesmente muito repetitivo. Comecei a sentir que eu era o robô." A experiência de Miller reflete uma mudança mais abrangente. Em diversos setores, a IA está sendo empregada para produzir trabalho que, antes, era domínio exclusivo da mente humana. A inteligência artificial, muitas vezes, custa menos que uma pessoa, mas os pioneiros no seu uso aprendem rapidamente que, nem sempre, ela traz os mesmos resultados. Agora, pessoas como Miller se veem levadas a se unir aos mesmos robôs que estão roubando seus empregos, para dar aos algoritmos um pouco de humanidade. É um exército oculto que faz com que a IA pareça melhor do que realmente é. Se a eficiência da IA aumentar significativamente, esta será uma solução temporária. Do contrário, a história de Miller pode antecipar o que o futuro reserva para outras profissões. Será que a inteligência artificial vai roubar seu emprego? É difícil responder. Afinal, estamos em uma encruzilhada preocupante. Alguns especialistas alertam que os robôs superinteligentes logo irão substituir a maior parte do trabalho humano. Já outros acreditam que a tecnologia talvez nem se aproxime desta possibilidade. E existem também os que defendem que estamos caminhando rumo a um futuro de colaboração entre a IA e os seres humanos, sem que haja competição. O fato é que, em escala muito menor, alguns profissionais já enfrentam consequências preocupantes. E, se existe um trabalho que os grandes modelos de linguagem alimentados pela IA generativa podem fazer, é reunir palavras e parágrafos, o que coloca os redatores na linha de frente. O medo de perder trabalho para as ferramentas de redação alimentadas por inteligência artificial foi uma das principais questões que levaram à greve de roteiristas nos Estados Unidos, no ano passado. E outros setores de criação enfrentam preocupações similares sobre seu futuro, com a chegada de ferramentas de IA capazes de gerar imagens, áudio e vídeo a partir do zero. 'Acrescentando o toque humano' O impacto da IA já está atingindo os copywriters – os redatores de marketing e outros conteúdos para empresas. Em alguns setores de marketing, a IA é uma bênção. Ela pode ser uma ferramenta útil para acelerar o trabalho e aumentar a criatividade. Mas outros redatores, especialmente os que estão começando suas carreiras, afirmam que a inteligência artificial está dificultando a busca por empregos. Por outro lado, alguns também observaram o surgimento de um novo tipo de função, embora ela pague muito menos: corrigir os textos de má qualidade criados pelos robôs. "Estamos acrescentando o toque humano, o que, muitas vezes, exige edição profunda e crescente do texto", afirma a redatora de marketing Catrina Cowart, de Lexington, no Estado americano de Kentucky. Ela trabalha na edição de textos gerados por IA. "A gramática e a escolha das palavras simplesmente parecem estranhas", diz. "Você está sempre cortando palavras floreadas, como 'portanto' e 'todavia', que não se encaixam na escrita casual." "Você também precisa verificar todas as informações, porque a IA simplesmente inventa coisas. Isso consome muito tempo, porque não são só as grandes ideias. A IA alucina com pequenas incoerências, em linhas descartáveis que você nunca notaria." Cowart afirma que a humanização da inteligência artificial, muitas vezes, leva mais tempo do que escrever um artigo do zero – e a remuneração é menor. "Nas plataformas de emprego onde você encontra este tipo de trabalho, normalmente você ganha cerca de US$ 0,10 [cerca de R$ 0,54] por palavra", ela conta. "Mas isso é para você escrever. Este é considerado um trabalho de edição, de forma que, normalmente, você recebe de um a cinco centavos [de dólar – cerca de R$ 0,05 a R$ 0,27] por palavra." "É um trabalho horrível, tedioso e eles pagam quase nada por isso." Outros setores presenciaram exemplos similares de seres humanos ganhando pouco para alimentar as máquinas em silêncio. Este trabalho inclui, por exemplo, ajudar os sistemas de processamento automático de pedidos a marcar as imagens usadas para treinar os próprios sistemas de visão por IA. Mas, para algumas pessoas do mundo dos copywriters, a chegada da IA pode ser algo bom ou ruim, dependendo de como elas a utilizam e do estágio de cada um em suas carreiras. Alguns redatores afirmam que incorporar as ferramentas ao seu processo criativo pode até melhorar o seu trabalho. O Instituto Norte-Americano de Escritores e Artistas (AWAI, na sigla em inglês) é uma organização que oferece treinamento e recursos para escritor freelancer. O instituto promove uma série de cursos sobre inteligência artificial para seus membros. A presidente da AWAI, Rebecca Matter, conta que as aulas de IA passaram a ser, de longe, as mais populares do instituto. Para Matter, a inteligência artificial "é uma ferramenta incrível. O risco para as pessoas que têm a redação como carreira não é que a IA tome seus empregos, mas sim que elas precisem se adaptar. Isso pode ser desconfortável, mas acho que é uma enorme oportunidade." Ela conta que a transição para o mundo da IA tem sido suave para a maior parte dos redatores que ela conhece. Na verdade, a inteligência artificial se tornou uma parte tão inerente do processo que muitos profissionais passaram a acrescentar "políticas de IA" pessoais aos seus websites profissionais, explicando como eles usam a tecnologia. A redatora Rebecca Dugas tem nove anos de experiência e afirma que a IA tem sido uma "bênção", que permite que ela entregue seu trabalho com a mesma qualidade em uma fração do tempo. "Uso a IA sempre que meus clientes se sentem confortáveis com isso", conta Dugas. "Seja para troca de ideias, pesquisa de mercado ou para reescrever parágrafos quando estou batendo a cabeça contra a parede para encontrar uma forma, ela tem sido uma parceira de criação incrível." Mas Dugas entende por que seus clientes podem ter reservas ao uso da tecnologia. Sua própria política de IA explica que Dugas dispensa o uso da inteligência artificial para os clientes que assim preferirem – mas eles devem se preparar para pagar mais. A maior energia mental e o tempo necessário para completar o trabalho fazem com que seus projetos livres de IA tenham um preço mais alto. Com o aperfeiçoamento da IA, Dugas espera que algumas empresas passem a usar o ChatGPT e outras ferramentas para atender suas necessidades de redação, substituindo os seres humanos. "Mas acho que, mesmo agora, estamos chegando a um ponto em que as empresas percebem que, se você não entender de marketing, não pode julgar a eficácia da produção da IA", defende ela. Por isso, Dugas acredita que sempre haverá trabalho bem remunerado para redatores talentosos e estabelecidos. Mas os redatores no outro lado do espectro da carreira podem não ter a mesma sorte. Atualmente, muitos dos que se encontram nessa posição enfrentam as diversas contradições modernas. 'Driblando' os detectores de IA Muito do trabalho de copywriting vem dos donos de websites que querem artigos para gerar mais tráfico vindo do Google. Mas o buscador fez uma série de anúncios importantes no ano passado, descrevendo seus esforços para retirar conteúdo "inútil" dos resultados de busca. Estas novidades despertaram temores de que o gigante da tecnologia venha a penalizar websites que incluam conteúdo gerado por IA. O Google defende que a redação por inteligência artificial é aceitável, desde que o conteúdo tenha alta qualidade – o que não eliminou as preocupações. O resultado é que passou a ser prática comum, em parte do mundo do copywriting, passar o texto por software de detecção de IA. E, no último ano, surgiu uma onda de redatores que afirmam terem perdido seus empregos por falsas acusações de detectores de inteligência artificial. Segundo Cowart, muitas plataformas de redatores freelancers que possuem software de detecção de IA estão, paralelamente, contratando pessoas para editar conteúdo produzido por robôs. Ou seja, em alguns cantos do ecossistema, quase tudo gira em torno de esforços para evitar a aparência da inteligência artificial. "Eles estão vendendo conteúdo gerado por IA e pagando você para consertá-lo", explica Cowart. "E, ao mesmo tempo, enviam e-mails sobre como escrever como seres humanos, para não acionar seu detector de IA. É muito ofensivo." O pior é que os detectores são atualizados regularmente para acompanhar as contínuas mudanças das empresas que produzem robôs de IA. Ou seja, as regras sobre o que pode fazer o seu texto ser marcado como gerado por inteligência artificial mudam constantemente. "É frustrante, pois existe um milhão de formas de dizer a mesma coisa, mas qual é mais humana? Não gosto de ficar adivinhando", lamenta ela. 'Demissão automatizada' A experiência de Miller humanizando a IA terminou abruptamente. Depois de meses daquele trabalho repetitivo de edição, ele foi chamado para uma reunião inesperada. E foi demitido em 5 de abril de 2024 – o mesmo dia em que um terremoto atingiu a cidade de Nova York, onde ele mora. A empresa decidiu que Miller era apenas mais uma etapa desnecessária de intervenção humana. "Fui demitido meio que de forma automatizada", ele conta. Felizmente, Miller logo encontrou uma nova oportunidade – um tanto irônica, diga-se de passagem. Ele conseguiu um emprego na empresa de tecnologia Undetectable AI, que produz software para dificultar a identificação de IA na redação de textos. Em outras palavras, Miller está ajudando uma empresa que usa inteligência artificial para fazer o trabalho que ele foi obrigado a fazer, depois que a mesma IA tomou seu próprio trabalho. O executivo-chefe de tecnologia da Undetectable AI, Bars Juhasz, afirma que ferramentas como as produzidas pela sua empresa certamente trazem efeitos negativos para o mercado de trabalho. Mas ele é otimista sobre o futuro do mundo profissional. "Quando o automóvel surgiu em uma era de cavalos e carruagens, as pessoas reagiram como se fosse o fim do mundo, mas a sociedade sempre se adapta." "Acho que iremos ver muitos empregos serem substituídos, e os freelancers serão os mais atingidos. Sinto muito por eles. Mas as pessoas que estão sendo pagas para humanizar a IA são fantásticos exploradores de oportunidades." "É claro que não é um grande emprego, mas eles, de fato, reconheceram uma nova função em um momento de redefinição da ideia de produtividade. As pessoas que conseguirem aprender a trabalhar com a tecnologia ficarão bem", acredita Juhasz. Miller não se orgulha do seu tempo nas minas de humanização da IA. "Contribuí com grande parte do lixo que está saturando e destruindo a internet", ele conta. "Ninguém estava nem lendo aquilo na época em que saí, pois é simplesmente lixo." Miller acredita que a companhia simplesmente vai retirar os artigos de IA editados por ele. "Será como se aquilo nunca tivesse sequer existido." Vídeos Entrevista: Governo contrata criadora do ChatGPT Conheça o GPT-4o, novo modelo de IA usado pelo ChatGPT

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