sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Bilionário Elon Musk tem o 14º filho confirmado; saiba quem é


Anúncio foi feito por Shivon Zilis, com quem o homem mais rico do mundo tem outros três filhos. Elon Musk e Shivon Zills com primeiros dois filhos do casal; o nascimento de um terceiro também foi confirmado pelo bilionário neste ano Reprodução/Twitter @WalterIsaacson O bilionário Elon Musk, de 53 anos, teve o 14º filho confirmado, informou a agência de notícias Reuters, na madrugada deste sábado (1º). O filho mais recente do homem mais rico do mundo é um menino, chamado Seldon Lycurgus. A mãe é Shivon Zilis, executiva da Neuralink, com quem Musk já tem outros três filhos. "Conversei com Elon e, à luz do aniversário da linda Arcadia, sentimos que seria melhor também compartilhar diretamente sobre nosso maravilhoso e incrível filho Seldon Lycurgus", disse Zilis em uma postagem no X, na sexta-feira (28). Ela, no entanto, não revelou quando o filho nasceu. Musk respondeu a publicação com um coração. O anúncio de Zilis ocorre duas semanas depois que a influenciadora conservadora Ashley St. Clair disse que também teve recentemente um filho com o bilionário.

OpenAI lança nova versão do ChatGPT, chamada GPT-4.5, para usuários pagantes


Startup diz que ela tem uma taxa menor de 'alucinações', como são chamadas as informações erradas dadas pela IA, e mostra mais 'inteligência emocional'. ChatGPT AP Photo/Matt Rourke A OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, lançou uma prévia de seu mais recente modelo de linguagem, o GPT-4.5, na última quinta-feira (27). Ela será disponibilizada gradualmente para usuários que possuem plano pago. O GPT-4.5 tem capacidade aprimorada de reconhecer padrões, gerar percepções criativas e mostrar maior "inteligência emocional", segundo a empresa. A startup também disse que o modelo tem uma taxa menor de "alucinações", um problema comum em que modelos de linguagem grandes geram informações erradas. Com 37,1%, a taxa de alucinação do GPT-4.5 é menor que os 61,8% mostrados no GPT-4o, e os 44% exibidos no o1, que eram os modelos de raciocínio mais recentes da empresa. Como entrar na carreira de TI que paga até R$ 23 mil e lidera as contratações em 2025 O GPT-4.5 oferece suporte para uploads de arquivos e imagens e também pode trabalhar em projetos de escrita e codificação, mas ainda não oferece suporte a outros recursos avançados, como voz e vídeo. Apoiada pela Microsoft, a OpenAI disse que começará a lançar o GPT-4.5 para usuários do ChatGPT Plus e Team na próxima semana e, na semana seguinte, para os usuários Enterprise e Edu. O presidente-executivo da companhia, Sam Altman, disse que se trata de "um modelo gigantesco e caro", ao explicar que a empresa ficou sem capacidade de GPU (unidades de processamento gráfico) para implementar a novidade para todos os níveis de usuários ao mesmo tempo. "Adicionaremos dezenas de milhares de GPUs na próxima semana... não é assim que queremos operar, mas é difícil prever perfeitamente os picos de crescimento que levam à escassez de GPUs", disse Altman. DeepSeek, ChatGPT e Gemini: qual é a melhor inteligência artificial? Por que recebemos ligações mudas que desligam sozinhas – e como evitá-las

‘Fábricas de golpes’ em Mianmar com pessoas escravizadas acessam internet por operadora de Musk, diz revista


Brasileiro recentemente resgatado confirmou uso do serviço da Starlink nos locais usados para a aplicação de fraudes online, reportado pela revista Wired. Empresa não se posicionou sobre o assunto. Serviço da Starlink é prestado por meio de operadoras credenciadas Getty Images via BBC As ‘fábricas de golpes online’ que funcionam em Mianmar e contam com pessoas escravizadas como força de trabalho estão conseguindo acesso à internet por meio do serviço via satélite da Starlink, de Elon Musk, segundo reportagem da revista norte-americana Wired. De acordo com a publicação, registros de telefones celulares utilizados na área, evidências fotográficas e testemunhos de vítimas apontam que, apesar dos esforços para que a conexão de internet dos locais seja cortada, o acesso ocorre por meio da Starlink – que é oferecida pela empresa aeroespacial de Musk, a SpaceX. O g1 entrou em contato com um brasileiro recentemente resgatado de uma dessas fábricas, e ele confirmou que os criminosos utilizam internet via Starlink no local. Segundo ele, a conexão era lenta e tinha períodos de instabilidade. Os exploradores do esquema enfrentam obstáculos e restrições para se conectar a operadores de telefonia em Mianmar e na Tailândia, segundo a reportagem da Wired. A Starlink, com conexão via satélite e disponibilidade em regiões remotas e de difícil acesso, se tornou a solução para manter o acesso. Em oito locais usados para os golpes, foi possível identificar que 412 dispositivos usaram a Starlink como provedora. Em quatro meses, há mais de 40 mil registros de acesso ao serviço de Musk por meio desses aparelhos, segundo a revista. A revista afirma que obteve dados de dispositivos na área das fábricas por meio de uma ferramenta usada em publicidade digital que mostra coordenadas físicas, IP do telefone e provedor de internet utilizado. De acordo com a Wired, as políticas da Starlink indicam que a SpaceX pode encerrar os serviços se os usuários participarem de atividades fraudulentas ou se o sistema for utilizado em locais não autorizados. Questionada pela revista sobre os acessos em Mianmar, a empresa não respondeu, disse a publicação. O g1 também contatou a Starlink e a SpaceX sobre o assunto e aguarda resposta. Leia também: Veja como funciona a fábrica de golpes que explora pessoas em Mianmar Brasileiros vítimas de tráfico humano em Mianmar chegam ao Brasil Brasileiros vítimas de tráfico humano em Mianmar voltam ao Brasil Fotos de antenas Outras evidências citadas são fotos que mostram prováveis antenas Starlink instaladas em locais suspeitos na região. "Eles simplesmente colocam [Starlink] no telhado, e nós temos as fotos", disse à revista Rangsiman Rome, membro da Câmara dos Deputados da Tailândia. No início de fevereiro, o político marcou Elon Musk no X e o questionou sobre o uso da Starlink pelos criminosos. O bilionário não respondeu. Na publicação, Rangsiman Rome diz ter provas sólidas de que os golpistas, envolvidos em tráfico de pessoas, “estão explorando a Starlink para fraudes massivas, causando mais de US$ 60 bilhões em danos econômicos globais por ano”. “Este é um problema sério com consequências no mundo real. Temos pressionado por ações imediatas do nosso governo para cortar a eletricidade e a internet para os complexos, mas eles começaram a utilizar a Starlink para acessar a internet. Você poderia investigar este assunto?”, perguntou o político a Musk, sem obter resposta. Brasileiro vítima de tráfico humano revela rotina de escravidão em Mianmar Brasileiros foram resgatados de fábrica Mianmar enfrenta uma guerra civil desde 2021, quando criminosos passaram a se instalar no país. Nas ‘fábricas de fraudes’, localizadas próximo à fronteira com a Tailândia, ao menos 120 mil pessoas são mantidas escravizadas e obrigadas a aplicar golpes, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas informou em 2023. Os brasileiros Phelipe de Moura Ferreira, de 26 anos, e Luckas Viana dos Santos, de 31 anos, foram mantidos reféns por três meses em um desses locais. Eles conseguiram fugir junto com centenas de imigrantes e acabaram resgatados com a ajuda da ONG "The Exodus Road" no último dia 9. Os dois desembarcaram no Brasil na semana passada. Após o resgate, eles relataram uma rotina repleta de ameaças e agressões, com episódios de espancamento. Nos golpes que seria aplicado nas vítimas havia um roteiro a ser seguido. Por ser brasileiro, o jovem foi obrigado a aplicar golpes em outros brasileiros. Ele lembra que, sempre que terminava o turno, chorava no quarto. Segundo Phelipe, ele e outros imigrantes trabalhavam, em média, 16 horas por dia aplicando golpes.

WhatsApp apresenta instabilidade nesta sexta


Segundo usuários, aplicativo apresenta problemas para enviar mensagens. WhatsApp REUTERS/Thomas White O WhatsApp apresenta instabilidade nesta sexta-feira (28), segundo relatos de usuários. No site Downdetector, que monitora reclamações sobre falhas em aplicativos, havia cerca de 26 mil notificações de erros no WhatsApp por volta de 12h50 (horário de Brasília). As reclamações estão relacionadas principalmente a problemas para enviar mensagens. Alguns usuários afirmaram que o WhatsApp Business, versão do aplicativo para empresas, também apresentou instabilidade. O g1 entrou em contato com o WhatsApp e aguarda resposta. LEIA TAMBÉM: Como entrar na carreira de TI que paga até R$ 23 mil e lidera as contratações em 2025 Como excluir conta no Facebook, Instagram, WhatsApp, X e TikTok Skype vai ser encerrado no dia 5 de maio, diz Microsoft WhatsApp registra instabilidade nesta sexta-feira (28) Reprodução/Downdetector 'Não Me Perturbe' não funciona? Por que pessoas recebem ligações de telemarketing

Skype vai ser encerrado no dia 5 de maio, diz Microsoft


Skype será encerrado em maio. Reprodução A Microsoft vai desligar o serviço de comunicação Skype em 5 de maio depois de duas décadas de operações que redefiniram como as pessoas conversam pela internet. A companhia alegou nesta sexta-feira que o encerramento do Skype vai ajudar a empresa a se dedicar ao Teams, simplificando suas ofertas de comunicação. Fundada em 2003, as chamadas de áudio e vídeo baratas da Skype rapidamente desestruturaram o setor de telefonia fixa no início dos anos 2000 e tornaram a empresa um nome conhecido, com centenas de milhões de usuários em seu auge. Mas, nos últimos anos, a plataforma teve dificuldades para acompanhar rivais mais fáceis de usar e mais confiáveis, como o Zoom e o Slack, da Salesforce, enquanto a Microsoft optava por dar atenção ao Teams e outros produtos. O declínio ocorreu em parte porque a tecnologia do aplicativo do Skype não é adequada para a era dos smartphones, alega a Microsoft. A empresa de software aproveitou a pandemia para integrar o Teams agressivamente a outros programas do Office, deixando o Skype de lado e na expectativa de atrair usuários corporativos. A Microsoft alega que para facilitar a transição da plataforma, os usuários Skype poderão fazer login no Teams gratuitamente em qualquer dispositivo compatível usando suas credenciais existentes, com bate-papos e contatos migrando automaticamente. Com isso, o Skype se juntará a uma série de serviços abandonados pela companhia, como o navegador Internet Explorer e o Windows Phone. Não ficou claro quantos usuários ou funcionários serão afetados pelo desligamento da Skype. A Microsoft não comentou o assunto. Quando a Microsoft comprou a Skype em 2011 por US$8,5 bilhões - sua maior aquisição até então - o serviço tinha cerca de 150 milhões de usuários mensais; em 2020, esse número havia caído para cerca de 23 milhões, apesar de um breve ressurgimento durante a pandemia.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Comitê da Câmara dos EUA convoca big techs para falar sobre 'censura estrangeira à fala americana'


Lista inclui o Rumble, recentemente bloqueado no Brasil, além de gigantes como Google, Meta e o X, do empresário Elon Musk. Órgão, que é comandado por republicano, diz que convocou as empresas para que elas divulguem documentos ao comitê "sem interferência de governos estrangeiros". Mark Zuckerberg, Lauren Sanchez, Jeff Bezos, Sundar Pichai e Elon Musk, donos de big techs, presentes na cerimônia de Trump Julia Demaree Nikhinson/Reuters O Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos EUA disse nesta quinta-feira (27) que intimou oito grandes empresas de tecnologia em busca de informações sobre "censura estrangeira à fala americana". A lista inclui o Rumble, recentemente bloqueado no Brasil, além de gigantes como o Google, a Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, e o X, do bilionário Elon Musk — que é membro do governo de Donald Trump. As empresas convocadas foram: Alphabet (Google) Amazon Apple Meta Microsoft Rumble TikTok X O presidente do comitê, o republicano Jim Jordan, enviou as intimações na quarta-feira. Segundo o comunicado do órgão, as intimações "são necessárias para permitir que as empresas divulguem documentos ao Comitê sem interferência de governos estrangeiros". Governo dos EUA fez crítica ao Brasil A convocação ocorre um dia depois de o governo de Donald Trump criticar o bloqueio de redes sociais americanas por parte das autoridades brasileiras. A publicação foi feita por um órgão ligado ao Departamento do Estado dos EUA e repostada pela Embaixada dos EUA no Brasil. O texto não cita diretamente, mas faz uma alusão à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes de bloquear a plataforma Rumble, na semana passada. "Respeito pela soberania é uma via de mão dupla com todos os parceiros dos EUA, incluindo o Brasil", diz a mensagem do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento dos EUA. "Bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar indivíduos que lá vivem é incompatível com valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão." Moraes determinou o bloqueio da rede social Rumble no Brasil na última sexta-feira (21). O ministro alega que a rede social cometeu "reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais, além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico e Poder Judiciário brasileiros" e que instituiu um "ambiente de total impunidade e 'terra sem lei' nas redes sociais brasileiras". Resposta do Itamaraty A manifestação do governo Trump foi respondida ontem mesmo pelo Ministério das Relações Exteriores, que afirmou que "o Estado brasileiro e suas instituições republicanas foram alvo de uma orquestração antidemocrática baseada na desinformação em massa, divulgada em mídias sociais". O Itamaraty afirmou, em nota, que recebeu "com surpresa" a manifestação do governo Trump e "rejeita, com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais e ressalta a importância do respeito ao princípio republicano da independência dos poderes, contemplado na Constituição Federal brasileira de 1988". "A liberdade de expressão, direito fundamental consagrado no sistema jurídico brasileiro, deve ser exercida, no Brasil, em consonância com os demais preceitos legais vigentes, sobretudo os de natureza criminal", afirma o comunicado.

Katy Perry vai viajar ao espaço em missão da Blue Origin com tripulação feminina


Empresa de Jeff Bezos, dono da Amazon, começou a enviar turistas e celebridades ao espaço em 2021. Katy Perry se apresenta no Rock in Rio 2024 Stephanie Rodrigues/g1 A cantora pop Katy Perry vai viajar ao espaço em uma missão da Blue Origin, empresa de foguetes do bilionário Jeff Bezos, dono da Amazon. A jornalista Lauren Sánchez, namorada de Bezos, também participará da viagem. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (27) pela Blue Origin, que não revelou a data prevista para essa missão. Esta será o 31º lançamento do foguete New Shepard, sendo o 11º com passageiros. A tripulação deste voo será exclusivamente feminina. Além de Katy e Lauren, as outras passageiras são a ex-cientista da Nasa Aisha Bowe, a pesquisadora em bioastronáutica Amanda Nguyen, a jornalista da CBS Gayle King e a produtora cinematográfica Kerianne Flynn. A missão mais recente da Blue Origin aconteceu na última terça-feira (25), em um voo do 10 minutos com seis passageiros. Ao todo, 52 pessoas já foram ao espaço com o foguete New Shepard, segundo a empresa de Bezos. A Blue Origin começou a enviar turistas e celebridades ao espaço em 2021 e recentemente realizou o primeiro voo de teste orbital de seu maior foguete, o New Glenn. Katy Perry vai viajar ao espaço em missão da Blue Origin Divulgação/Blue Origin

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Chinês perde R$ 159 mil em golpe envolvendo namorada fictícia gerada por IA


Criminosos usaram um programa de inteligência artificial generativa para criar vídeos e fotos realistas de uma jovem imaginária. Vítima transferiu dinheiro para conta que imaginava ser de sua namorada. Reuters Um homem de Xangai, na China, perdeu mais de 200 mil yuans (cerca de R$ 159 mil) ao cair em um golpe envolvendo uma namorada fictícia gerada por inteligência artificial, informou a mídia estatal chinesa nesta quarta-feira (26). Os golpistas usaram um programa de IA generativa para criar vídeos e fotos realistas de uma jovem imaginária, de acordo com a emissora estatal CCTV. A vítima transferiu cerca de 200.000 yuans (cerca de US$ 27.580) para o que pensava ser a conta bancária de sua namorada. Suicídio, venda secreta de terreno e empréstimo: o drama das vítimas do golpe do namoro virtual Os criminosos usaram vídeos e fotos falsos para convencê-lo de que ela precisava de fundos para abrir um negócio e ajudar um familiar a pagar as despesas médicas. Os golpistas criaram, inclusive, registros médicos e uma carteira de identidade falsa para dar credibilidade ao esquema. A operação foi realizada por uma "equipe de fraudadores que enviou vídeos e fotos criados por IA ou através da combinação de várias imagens", disse a CCTV, citando uma investigação policial. O surgimento de ferramentas de inteligência artificial capazes de gerar imagens, vídeos e textos convincentes está dando origem a golpes cada vez mais sofisticados em todo o mundo. No início deste mês, a Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, pediu aos usuários que tenham cuidado com os relacionamentos on-line, observando que os golpes que usam IA generativa estão aumentando. Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem

Como entrar na carreira de TI que paga até R$ 23 mil e lidera as contratações em 2025


Segurança da informação é a profissão da TI mais demandada no 1º semestre de 2025, superando a inteligência artificial. Especialista e profissionais explicam o motivo desse auge e como dar o pontapé inicial no setor. Emprego em tecnologia: IA ganha espaço, mas segurança da informação domina contratações Segurança da informação (ou cibersegurança) é a área de tecnologia da informação (TI) com mais demanda durante o 1º semestre de 2025. É o que revelou um levantamento exclusivo obtido pelo g1 com a consultoria de soluções em talentos Robert Half. Com média salarial entre R$ 6 mil a R$ 23 mil, dependendo da vaga, a cibersegurança vem superando a inteligência artificial em procura por profissionais. O motivo é a crescente prioridade das empresas em proteger dados, especialmente após a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) (Veja abaixo as principais dicas para entrar na área). Elisa Jardim, gerente da divisão de tecnologia na Robert Half, explica que inteligência artificial também é uma prioridade para as empresas, mas as pessoas dessa área ainda estão se aperfeiçoando. "IA é uma tecnologia muito mais nova e encontrar profissionais qualificados é extremamente difícil. Há mais pessoas com habilidades em cibersegurança do que em IA, mas, ainda assim, os especialistas em segurança são altamente demandados", diz Elisa Jardim. Outros segmentos altamente demandados, segundo o levantamento, são infraestrutura, serviço e suporte de TI, análise de dados e redes (sistemas que permitem a troca de dados e informações entre si). O salário é alto mesmo? Divina Naiara Vitorino é coordenadora de infraestrutura e segurança. Fábio Tito/g1 Em entrevista ao g1 em 2023, Marina Ciavatta, profissional de segurança da informação há mais de 10 anos, destacou que cibersegurança oferece bons salários e um plano de carreira amplo dentro das empresas, o que reduz as chances de estagnação e possibilita aumentos salariais. Agora em 2025, ela confirma o que mostra o levantamento da Robert Half. "A área, como um todo, é gigante e mantém ainda essa lógica, sim, de planos de carreira amplos, com a chance de se mover bem", completa a profissional. Para quem deseja ingressar no setor, o cargo de analista de segurança da informação é considerado a principal porta de entrada, segundo o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar). Veja abaixo a remuneração para profissionais da área (em regime CLT), de acordo com o Guia Salarial 2025 da Robert Half: Analista de Segurança Júnior: entre R$ 6.100 e R$ 10.250 Analista de Segurança Pleno: entre R$ 8.400 e R$ 14.100 Analista de Segurança Sênior: entre R$ 11.450 e R$ 19.300 PenTester: entre R$ 13.400 e R$ 18.400 Coordenador(a) de Segurança da Informação: entre R$ 17.350 e R$ 23.750 Como entrar na área da segurança da informação Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Esse profissional é responsável por gerenciar o setor de segurança de uma empresa e tem como objetivo proteger dados e informações sensíveis. Ele ajuda a blindar de possíveis ataques cibernéticos, mas também pode estabelecer políticas de segurança. Como os holofotes sobre esse universo surgiram recentemente, nos últimos cinco anos, os cursos de segurança ainda são relativamente novos. No entanto, já é possível encontrar graduações e pós-graduações especializadas, como defesa cibernética e segurança da informação, explica a profissional Divina Naiara Vitorino, que atua na área há quatro anos. ➡️ Além disso, existem outros caminhos para ingressar, como... fazendo outras graduações de TI, como sistemas de informação, ciência da computação, rede de computadores e desenvolvimento. Elas são importantes para se ter uma base, mas depois é preciso procurar um curso técnico de segurança, por exemplo, para se especializar; frequentando eventos de tecnologia, afinal, eles são ótimos para fazer contato, buscar mentorias e encontrar oportunidade profissional. Pessoas ouvidas pelo g1 contam que conseguiram emprego graças a essas oportunidades; buscando por conteúdos e estude tipos de ameaças cibernéticas, como malware, ransomware, phishing, engenharia social e ameaça persistente avançada. A pessoa que escolher cibersegurança não necessariamente encontrará vagas apenas em empresas de tecnologia. As oportunidades também existem em companhias de varejo, comunicação, saúde, educação, alimentos, bebidas e finanças (bancos). E são muitos pilares disponíveis para a pessoa escolher trabalhar, mas, para os especialistas, os principais são estes: 🔴 Segurança ofensiva (Red Team): esse profissional trabalha em busca de vulnerabilidades de segurança dentro da empresa. A pessoa do Red Team simula invasões, como um cibercriminoso faria, para encontrar falhas e alertar a equipe da área defensiva; 🔵 Segurança defensiva (Blue Team): os profissionais dessa área atuam para consertar essas falhas identificadas. Seu objetivo número 1 é fazer com que as empresas não sejam invadidas; 🟣 Segurança ofensiva e defensiva (Purple Team): o especialista consegue integrar segurança ofensiva e defensiva, promovendo a colaboração entre Red Team (ataque) e Blue Team (defesa). O objetivo é fortalecer a segurança da empresa, identificando e corrigindo vulnerabilidades. 🛡️Governança, risco e compliance (GRC): a pessoa que escolher esse pilar pode estruturar, aplicar e monitorar os processos legais de segurança. É ela, por exemplo, que acompanha se a empresa está seguindo a LGPD. Para quem escolher GRC, estudar direito digital é um diferencial importante. Elisa Jardim, da Robert Half, explica que, hoje, o mercado encontra mais profissionais do Blue Team, mas ainda tem dificuldades para encontrar especialistas no Red Team. No caso do Purple Team, a escassez é ainda maior. Os profissionais ouvidos pelo g1 em 2023 também contaram que a área é cercada de pressão. Isso porque a responsabilidade em garantir a empresa protegida de ataques cibernéticos e de vazamentos é grande. Por isso, casos de burnout e depressão são cada vez mais recorrentes, segundo eles. 🫧 Opções para encontrar a sua bolha Vagner Martins é analista de segurança da informação júnior. Celso Tavares/g1 Eles também indicaram alguns hackerspaces (junção de hacker e espaço) gratuitos ou sem fins lucrativos que podem receber e orientar quem está começando. Veja algumas opções: Garoa Hacker Clube: comunidade de segurança que promove a troca de conhecimentos em TI para quem está em São Paulo, daí o termo "garoa". Mate Hackers: grupo que realiza encontros, palestras, cursos e outras atividades de infosec para quem está em Porto Alegre (RS). Devs Norte: considerada a maior comunidade de tecnologia do Norte do Brasil. Tem eventos, palestras, workshops para promover a educação na área. Menina de Cybersec: liderada por Sabrina Ramos, a comunidade é voltada para iniciantes em infosec com materiais de estudo, lives, podcasts e cursos gratuitos. Women in Cybersecurity (WOMCY): organização formada por mulheres e com programas para elas entrarem e desenvolverem carreira em infosec. Mente Binária: projeto gratuito de educação e conteúdo sobre tecnologia da informação que recebe iniciantes desse universo. Hackers do Bem: programa formado em parceria entre a RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) e o Senai, que oferece formação gratuita (EAD e presencial) em segurança da informação. LEIA TAMBÉM: 'Ganho mais de R$ 20 mil por mês': como é trabalhar na área da inteligência artificial Cientista e engenheiro de dados têm salário que pode passar de R$ 20 mil Menores desdenham da educação e dizem ganhar mais do que médico vendendo curso para ser influencer World: conheça projeto que paga criptomoedas por registro de íris Apple lança iPhone 16e, modelo mais 'barato' da linha Como um celular pode explodir mesmo sem estar carregando

Duelo de celulares: Galaxy S25 x iPhone 16


Smartphones contam com inteligência artificial em todo o aparelho e na edição de fotos – será que eles conseguem sumir com uma mão na frente do rosto, tendência das redes sociais? Veja os resultados. Duelo de inteligência artificial: Galaxy S25 x iPhone 16 O celular dos sonhos de muita gente combina câmeras potentes com zoom avançado, bateria de longa duração e design moderno. O iPhone 16, da Apple, e o Galaxy S25, da Samsung, são exemplos de smartphones premium que prometem atender a essas expectativas, com um alto preço. 📱Além de configurações topo de linha, ambos apostam em recursos de inteligência artificial (IA) para otimizar tarefas cotidianas. O Guia de Compras testou os dois modelos para avaliar desempenho, bateria, design e câmeras – e descobriu se valem o investimento. ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp 🤑 Uma vantagem é que eles são alternativas um pouco mais acessíveis em comparação às versões topo de linha: o iPhone 16 Pro Max e o Galaxy S25 Ultra, que oferecem telas maiores, zoom superior e preços ainda mais elevados. 🤖 Enquanto a Samsung já integra IA em seus smartphones desde 2024, a Apple Intelligence ainda é limitada a usuários do idioma inglês. A versão em português chegará apenas em abril. Veja abaixo os resultados, como os testes foram feitos e a conclusão. Apple iPhone 16 O iPhone 16 faz parte da primeira geração de celulares com recursos de inteligência artificial da marca, chamada Apple Intelligence. O aparelho tira ótimas fotos e a bateria dura muito tempo. O smartphone foi lançado no Brasil no final de setembro de 2024, e roda o sistema operacional iOS 18, o mais recente. Durante os testes, foi utilizada a versão 18.3. Ao alternar o idioma do sistema operacional para inglês, a Apple Intelligence passa a funcionar, dando acesso ao ChatGPT integrado à assistente virtual Siri. O iPhone 16 com 128 GB de armazenamento era vendido nas lojas on-line no final de fevereiro na faixa dos R$ 5.400, um valor bem menor que o do lançamento, quando saía por R$ 7.800. Galaxy S24 Ultra x S25 Ultra: vale a pena trocar de celular? Samsung Galaxy S25 O Samsung Galaxy S25 faz parte da linha mais recente dos celulares da marca, lançada no final de janeiro. Tira ótimas fotos e tem uma excelente duração de bateria. O smartphone roda sistema Android 15. A grande novidade que a Samsung oferece nessa linha é uma atualização nos recursos de inteligência artificial integrados, que complementam as funcionalidades lançadas com o Galaxy S24 no ano passado. Como ocorreu com o Galaxy S25 Ultra (veja o teste), o design do aparelho passou por pequenos ajustes, sendo quase igual ao modelo anterior. Desempenho Nos testes de performance (leia ao final como eles são feitos), que avaliam o uso simulado do aparelho no dia a dia, o iPhone 16 foi mais veloz que o Galaxy S25. De qualquer forma, nenhum dos dois ficou lento ou travou durante o uso. Em um novo teste que simula o processamento de informações utilizando recursos de inteligência artificial, o Galaxy S25 foi mais veloz que o iPhone 16. Isso também aconteceu no simulador de desempenho para jogos e vídeos. Bateria Os dois celulares podem passar bastante tempo longe da tomada. Durante os testes, o Galaxy S25 bateu 13h08 de uso e o iPhone 16, 13h30. É sempre bom ressaltar que cada pessoa tem um padrão de uso e que, na prática, o celular não vai ficar sem bateria após esse período. Design Vistos de frente e de lado, Galaxy S25 e iPhone 16 são bastante parecidos, com uma estrutura de alumínio nas laterais e acabamento em vidro na traseira. A diferença fica apenas no número de câmeras: são 3 no Galaxy e 2 no iPhone. A tela do Samsung é 0,1 polegada maior – 6,2” no Galaxy, contra 6,1” na Apple. As dimensões são quase as mesmas – 146,9 x 70,5 x 7,2 mm (altura x largura x espessura) no Galaxy contra 147,6 x 71,6 x 7,8 mm no iPhone. O Galaxy é um pouco mais leve (162 gramas) que o concorrente (170 gramas). O iPhone 16 tem versões nas cores preto, branco, rosa, verde-acinzentado e ultramarino. Já o Galaxy S25 conta com opções em azul gelo, azul marinho, prata, verde e preto azulado. Câmeras É quase impossível tirar fotos ruins com os celulares – são duas lentes no iPhone 16 e três no Galaxy S25, , com 48 megapixels e 50 mp de resolução, respectivamente. A diferença aparece no modo como cada fabricante reproduz cores de um jeito distinto. O modelo da Apple consegue tirar fotos com zoom de 2x, mesmo sem ser um zoom óptico como no Galaxy S25 – ele usa um "truque" para isso, ao recortar e aproximar a imagem de 48 megapixels, gerando uma foto boa de 12 mp. O iPhone 16 tem ainda uma lente grande angular de 12 megapixels. O Galaxy S25 vem com três lentes na traseira: a principal, uma teleobjetiva de 10 mp e uma grande angular de 12 megapixels. No zoom, o modelo da Samsung chega a 3x de zoom óptico, sem precisar “recortar” a imagem como no concorrente. Na imagem abaixo, o zoom de 2x nos dois aparelhos. Vale ressaltar que o ângulo de visualização do Galaxy é um pouco maior que o do iPhone na câmera principal. Na imagem abaixo, o zoom de 2x nos dois aparelhos. Vale ressaltar que o ângulo de visualização do Galaxy é um pouco maior que o do iPhone na câm O zoom digital máximo do iPhone chega a aproximar 10x com um resultado razoável se a iluminação estiver muito boa – e que ficou bem próximo do obtido nos 10x do Galaxy (que pode até chegar a 30x, mas a imagem perde qualidade). Veja abaixo: E o zoom de 30x do Galaxy: Galaxy S25: zoom de 30x aproxima bastante, mas distorce a imagem Henrique Martin/g1 Comparando as fotos lado a lado, uma diferença é visível. As fotos do Galaxy S25 ficam com a coloração amarelada e "quentes". As do iPhone 16 tendem a ficar mais neutras. Isso vale para fotos diurnas e noturnas. Nas selfies (ambos com 12 mp de resolução), o resultado se inverte: as fotos feitas no iPhone 16 parecem mais realistas do que as do Galaxy S25. Nos retratos, o desfoque das câmeras dos dois celulares é excelente, separando a objeto fotografado do fundo. O iPhone parece ter mais detalhes do fundo. À noite, com menos luz, o resultado das duas câmeras também é muito bom. Um exemplo ao lado de fora de casa na imagem abaixo. É quase impossível tirar fotos ruins com os celulares – são duas lentes no iPhone 16 e três no Galaxy S25. . São 48 megapixels de resolução na câmera principal do iPhone 16 e 50 mp na do Galaxy S25. O iPhone 16 oferece ainda uma diferença na hora de fotografar: o celular conta com um sensor na lateral que atua como um botão de disparo. Sua função é única: comandar a câmera. Um clique nele e a câmera entra em ação. Outro toque e ele tira uma foto, sem precisar tocar na tela. Com dois toques, é possível alternar entre as funções da câmera, com controle do ajuste de exposição, de profundidade, do zoom e mudar entre os estilos e tons de cores. Recursos de inteligência artificial No Samsung Galaxy S25, foi possível utilizar os recursos (todos disponíveis em português) e entender que eles são uma funcionalidade que pode ser útil para o dono do aparelho. Além dos recursos lançados em 2024, como o “circular para buscar” e o editor avançado de fotos, o S25 conta com um resumo de atividades do dia na tela inicial. Galaxy S25: resumo do dia é novidade (à esquerda), assim como a possibilidade de escolher qual versão do Gemini usar Reprodução O celular também vem com um botão dedicado para ativar o Gemini, robô de conversação do Google, que responde perguntas, ajuda em tarefas e, de vez em quando, dá uma “alucinada” com informações incorretas. Já no iPhone 16, os recursos da Apple Intelligence ainda não estão disponíveis em português. A companhia deve lançar uma atualização no começo de abril. TESTE DAS IAS: ChatGPT x Gemini x DeepSeek Utilizando o celular em inglês, dá para perceber que a Apple Intelligence foi feita para resumir textos de e-mails, mensagens de texto e do WhatsApp. Só que, se os textos estiverem em português, não tem muito o que fazer por enquanto. Uma funcionalidade útil – e um tanto parecida com o Gemini no Galaxy S25 – é utilizar a assistente Siri com o ChatGPT integrado. Mas, por enquanto, só em inglês mesmo. Se trocar o idioma de volta para o português, as funcionalidades do Apple Intelligence ficam indisponíveis. Mas um recurso é “universal” e não depende do idioma: o editor de fotos da Apple pode apagar objetos das imagens. O da Apple só apaga e substitui o conteúdo, o da Samsung pode apagar, mas também aumentar ou inserir outros itens artificiais. Os resultados do iPhone foram até melhores que os encontrados no Galaxy. Mas depende muito do tamanho do item a ser removido. Uma mão na frente do rosto, por exemplo, desaparece por completo no Galaxy. O iPhone se confunde e borra a imagem. Montagem com edição de fotos usando IA no iPhone 16 (acima) e no Galaxy S25 (abaixo) Henrique Martin/g1 Mas, para remover itens menores, o sistema do iPhone é muito bom. Em fotos de paisagens com gente aleatória na frente, o editor identifica automaticamente as pessoas a serem removidas. No Galaxy, é preciso clicar em um por um. Seleção automática de pessoas para remoção em fotos no iPhone 16 Reprodução Vale lembrar que outros recursos de fotografia do iPhone 16, como o foco automático para imagens estilo Retrato e grandes panoramas – que colam várias fotos em uma só – utilizam recursos de IA. Ou as "live photos", que permitem edição de imagem e movimento após a captura. Algo em comum na inteligência artificial da Apple e da Samsung é que as fabricantes colocam um "selo digital" que identifica o arquivo como modificado por IA. Esses dados aparecem na informação das fotos. Conclusão Galaxy S25 e iPhone 16 são aparelhos que valem o investimento. Bem alto, por sinal. São aparelhos topo de linha, com alto desempenho, ótimo design, baterias que duram muito e câmeras que tiram fotos muito boas. A escolha entre um ou outro depende do que você já tem em mãos, seja um iPhone ou um Android mais antigos. Se for um modelo de 2022 ou anterior, pode valer a pena atualizar para um iPhone 16 ou Galaxy S25. Se optar por um iPhone mais antigo, saiba qual escolher. Se for um celular mais novo, talvez não valha tanto a pena trocar, já que os recursos e câmeras do S25 e do iPhone 16 não são muito diferentes dos modelos mais recentes. A não ser que ter recursos de inteligência artificial integrados ao celular seja essencial para seu uso. A atualização do sistema operacional é um ponto interessante entre as marcas. A Samsung diz que a linha Galaxy S25 terá sete anos garantidos de atualizações do Android. A Apple não fala de maneira aberta sobre upgrades do iOS, mas costuma atualizar os celulares com uma nova versão do sistema iOS por cinco ou seis anos após seu lançamento, dependendo do modelo. Seguindo essa lógica, o iPhone 16 deve ter novas versões do iOS até 2029 ou 2030. Como foram feitos os testes Para os testes de desempenho, foram utilizados três aplicativos: PC Mark e 3D Mark, da UL Laboratories, o GeekBench 6 e o GeekBench AI, da Primate Labs. Eles simulam tarefas cotidianas dos smartphones, como processamento de imagens, edição de textos, duração de bateria e navegação na web, entre outros. Esses testes rodam em várias plataformas – como Android, iOS, Windows e MacOS – e permitem comparar o desempenho entre elas, criando um padrão para essa comparação. Para os testes de bateria, as telas dos smartphones foram calibradas para 70% de brilho, para poder rodar o PC Mark. Isso nem sempre é possível, já que nem todos os aparelhos permitem esse ajuste fino. A bateria foi carregada a 100% e o teste rodou por horas até chegar ao final da carga. Ao atingir 20% ou menos de carga, o teste é interrompido e mostra o quanto aquele smartphone pode ter de duração de bateria, em horas/minutos. Os produtos foram cedidos para o teste e serão devolvidos. Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.

Governo Trump critica bloqueio a empresas dos EUA e diz que 'soberania é via de mão dupla', 'inclusive para o Brasil'


Post de órgão ligado ao Departamento de Estado faz alusão indireta à determinação de bloqueio da Rumble no país, por determinação de Alexandre de Moraes. Rumble e o ministro Alexandre de Moraes Reprodução/Rumble e Divulgação/STF Um órgão ligado ao Departamento de Estado dos EUA fez uma crítica ao bloqueio de redes sociais americanas por parte das autoridades brasileiras. O texto não cita diretamente, mas faz uma alusão à decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes em relação à plataforma Rumble. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "Respeito pela soberania é uma via de mão dupla com todos os parceiros dos EUA, inclusive para o Brasil", diz a mensagem do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental. "Bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar pessoas que vivem nos Estados Unidos é incompatível com valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão." Initial plugin text Moraes determinou o bloqueio da rede social Rumble no Brasil na última sexta-feira. O ministro alega que a rede social cometeu "reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais, além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico e Poder Judiciário brasileiros" e que instituiu um "ambiente de total impunidade e 'terra sem lei' nas redes sociais brasileiras". Antes de determinar o bloqueio, Moraes havia solicitado que a plataforma indicasse à Justiça o seu representante legal no Brasil. Processo nos Estados Unidos O Rumble é uma plataforma de vídeos similar ao YouTube, do Google, inclusive no visual. Lançada em 2013, a rede social é bastante popular entre conservadores nos EUA. Ela diz que sua missão é "proteger uma internet livre e aberta" e já se envolveu em diversas controvérsias. O Rumble apresentou à Justiça dos Estados Unidos uma ação contra o ministro Alexandre de Moraes. O processo foi aberto em conjunto com o grupo de comunicação Trump Media & Technology Group, do presidente dos EUA, Donald Trump.

Trump pede que Apple acabe com políticas de diversidade e inclusão após acionistas votarem a favor de iniciativas


Trump assina ordem executiva no Salão Oval, na Casa Branca. Reuters O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quarta-feira que a Apple elimine suas políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), um dia depois que os acionistas da fabricante do iPhone votaram para mantê-las diante da crescente resistência de grupos conservadores. Grandes empresas dos EUA, incluindo a Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, e a Alphabet, dona do Google, abandonaram as iniciativas de diversidade e inclusão quando Trump voltou à Presidência. A Apple, no entanto, seguiu caminho contrário. "A Apple deveria se livrar das regras do DEI, não apenas fazer ajustes nelas. O DEI foi uma farsa que foi muito ruim para o nosso país. O DEI acabou!", escreveu Trump em uma publicação em sua rede social, o Truth Social. A Apple não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A votação de terça-feira na reunião anual da fabricante do iPhone foi vista como um teste das opiniões dos acionistas sobre os programas DEI, que muitas empresas adicionaram ou reforçaram a partir de 2020 em meio ao movimento Black Lives Matter. Os defensores dessas políticas dizem que elas tratam de preconceitos, desigualdade e discriminação de longa data. Mas os proponentes da proposta contra o DEI da Apple argumentaram que mudanças legais recentes poderiam resultar em um aumento nos casos de discriminação se a Apple mantivesse tais políticas. Trump emitiu um decreto em janeiro para acabar com as iniciativas de DEI no governo federal e no setor privado, afirmando que tais esforços discriminam outros norte-americanos, como homens e pessoas brancas, e enfraquecem a importância do mérito na contratação ou promoção de empregos. A Apple disse manter um esforço ativo de supervisão para evitar riscos legais e afirmou que a proposta restringia inadequadamente a administração. A empresa divulga dados sobre a diversidade da força de trabalho, mas não estabelece metas ou cotas, concentrando seus esforços de DEI em programas como uma iniciativa de justiça racial que apoia faculdades e universidades historicamente negras nos EUA. "A força da Apple sempre veio da contratação das melhores pessoas e da criação de uma cultura de colaboração, na qual pessoas com diversas origens e perspectivas se reúnem para inovar", disse o presidente-executivo da empresa, Tim Cook, na reunião de terça-feira. Mas ele também sinalizou que a empresa pode fazer alguns ajustes em resposta a novos desdobramentos. "À medida que o cenário jurídico em torno dessas questões evolui, talvez precisemos fazer algumas mudanças para cumpri-las, mas nosso lema de dignidade e respeito por todos e nosso trabalho para esse fim nunca vacilarão", disse Cook.

Prime Video vai cobrar R$ 10 a mais por mês para assistir a filmes e séries sem anúncios


Se optarem pelo novo plano, os assinantes do streaming da Amazon terão que pagar R$ 29,90 por mês a partir de 2 de abril de 2025. Outros serviços concorrentes do Prime já exibem anúncios em produções disponíveis em seus catálogos. Amazon Prime Video AP Photo/Patrick Semansky A Amazon começou a avisar os assinantes do Prime Video que passará a exibir anúncios em filmes e séries disponíveis no catálogo. Quem quiser assistir sem interrupções poderá pagar um adicional de R$ 10 por mês. A Amazon informou que a mudança entrará em vigor a partir de 2 de abril de 2025. "[A mudança] nos permitirá continuar investindo em mais conteúdo", afirmou a empresa em um e-mail enviado aos assinantes (leia ao final da reportagem). Com essa alteração, o Prime Video se junta a outros serviços de streaming, como Globoplay, Disney+, Max e Netflix, que também exibem anúncios em produções disponíveis em seus catálogos. O novo plano sem propaganda no Prime estará disponível no mesmo dia da mudança, e o valor do plano atual permanece o mesmo para os clientes que optarem por não mudar. Atualmente, o Prime Video está disponível no Brasil por R$ 19,90 mensais ou R$ 166,80 anuais, o que equivale a R$ 13,90 por mês no plano anual. Com a mudança, os consumidores que preferirem não ver anúncios pagarão R$ 29,90 por mês. A Amazon afirma que, caso desejem, os usuários podem cancelar sua assinatura e obter um reembolso proporcional, ou consultar a próxima data de renovação acessando sua conta. LEIA TAMBÉM: IA ganha espaço, mas segurança da informação domina contratações em 2025 O vilarejo da Índia onde um quarto dos moradores é youtuber 'Modo adulto': ChatGPT agora pode gerar conteúdo erótico e violento E-mail da Amazon enviado ao assinantes do Prime Video no Brasil Reprodução Emprego em tecnologia: IA ganha espaço, mas segurança da informação domina contratações Apple lança iPhone 16e, modelo mais 'barato' da linha Como um celular pode explodir mesmo sem estar carregando

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Emprego em tecnologia: IA ganha espaço, mas segurança da informação domina contratações durante o 1º semestre de 2025


Levantamento exclusivo obtido pelo g1 aponta que, enquanto a IA ganha espaço, a cibersegurança segue como prioridade nas contratações de tecnologia da informação (TI), com salários a partir de R$ 6 mil. Emprego em tecnologia: IA ganha espaço, mas segurança da informação domina contratações Mesmo com a inteligência artificial em alta, a área de tecnologia da informação (TI) mais demandada durante o 1º semestre de 2025 é a segurança da informação (cibersegurança). É o que revela um levantamento exclusivo obtido pelo g1 com a consultoria de recursos humanos Robert Half. Os salários para profissionais de cibersegurança em 2025 podem começar em R$ 6 mil para um cargo júnior e chegar a quase R$ 20 mil para analistas sêniores em contrato CLT (veja todos os valores mais abaixo). ➡️ Por que segurança supera IA em contratações? A inteligência artificial ainda é recente, e os profissionais estão em processo de aperfeiçoamento. Já a cibersegurança é prioridade há mais tempo, especialmente após a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que levou as empresas a reforçarem a segurança digital, explica Elisa Jardim, gerente da divisão de tecnologia na Robert Half. "Nos últimos cinco anos, no pós-pandemia, o mercado tem dado mais atenção à proteção de dados, tanto internos quanto de clientes e consumidores. Segurança da informação supera IA porque não adianta lançar um software de IA sem uma segurança robusta", diz Elisa Jardim. Ela admite que a bolha dos altos salários em TI observada durante a pandemia estourou no final de 2023. E, mais recentemente, muitas empresas deixaram de adotar o home office, exigindo que profissionais acostumados com esse modelo se readaptem. Mesmo assim, a área segue sendo bastante valorizada, segundo Elisa. Ainda que ela lidere em demanda, as competências técnicas em inteligência artificial também estão em alta, mas figuram entre as mais difíceis de encontrar no mercado, segundo empresas consultadas pela Robert Half (veja no ranking abaixo). Áreas da TI com mais demanda de contratação Segurança da informação; Infraestrutura; Serviço e suporte de TI; Análise de dados; Redes (sistemas que permitem a troca de dados e informações entre eles); Habilidades mais demandadas em TI Inteligência artificial, automação e machine learning; Linguagem de programação e desenvolvimento; Nuvem (sistema para armazenamento de dados e informações); Tecnologia imersiva; BI (Business Intelligence) e relatórios. Habilidades mais demandadas em segurança Experiência com processos e operações de defesa contra ataques e invasões de sistemas (Blue Team); Ferramentas para Pentest, que realiza teste de segurança cibernética (algumas ferramentas citadas pelas empresas são Metasploit, Nmap, John the Ripper, Hydra e Wireshark); Conhecimento em ITGC (Controles Gerais de Tecnologia da Informação); Ferramentas de SIEM (Gerenciamento de Eventos e Informações de Segurança), como ArcSight, LogRhythm. Competências mais difíceis de encontrar em TI Inteligência artificial, automação e machine learning; Blockchain; Tecnologia imersiva; DevOps (desenvolvimento e operações) e DevSecOps (desenvolvimento, segurança e operações); Linguagem de programação e desenvolvimento. O salário é alto mesmo? Marina Ciavatta, profissional de segurança da informação há mais de 10 anos. Arquivo pessoal Em entrevista ao g1 em 2023, Marina Ciavatta, profissional de segurança da informação há mais de 10 anos, destacou que o setor oferece bons salários e um plano de carreira amplo dentro das empresas, o que reduz as chances de estagnação e possibilita aumentos salariais. Para quem deseja ingressar no setor, o cargo de analista de segurança da informação é considerado a principal porta de entrada, segundo o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar). Veja abaixo a remuneração para profissionais da área (em regime CLT), de acordo com o Guia Salarial 2025 da Robert Half: Analista de Segurança Júnior: entre R$ 6.100 e R$ 10.250 Analista de Segurança Pleno: entre R$ 8.400 e R$ 14.100 Analista de Segurança Sênior: entre R$ 11.450 e R$ 19.300 PenTester: entre R$ 13.400 e R$ 18.400 Coordenador(a) de Segurança da Informação: entre R$ 17.350 e R$ 23.750 Agora em 2025, ela disse que o setor permanece em alta, mas expõe um problema persistente. "Infelizmente, tem muita empresa ainda no Brasil que não prioriza segurança como deveria e realiza cortes". "Mas, a área, como um todo, é gigante e mantém ainda essa lógica, sim, de planos de carreira amplos, com a chance de se mover bem", completa a profissional. "Temos muitos golpes no Brasil e eles são criativos. É uma diversidade de problemas que você não vê em outros países, e isso abre espaço para quem quer entrar no universo da segurança", contou Marina, em 2023. O que faz um profissional de segurança da informação? Divina Naiara Vitorino, profissional de segurança da informação Fábio Tito/g1 O profissional de segurança da informação é responsável por gerenciar o setor de proteção de uma empresa e tem como objetivo proteger dados e informações sensíveis. Ele ajuda a blindar de possíveis ataques cibernéticos, mas também pode estabelecer políticas de segurança. É uma profissão que trabalha analisando códigos, ou seja, verificando como um vírus se comporta e analisa tipos de ameaças e possíveis consequências. Ao mesmo tempo, ele deve estar sempre em alerta, dizem pessoas do setor. A pessoa que escolher cibersegurança não necessariamente encontrará vagas apenas em empresas de tecnologia. As oportunidades também existem em companhias de varejo, comunicação, saúde, educação, alimentos, bebidas e finanças (bancos). As três principais áreas disponíveis para ela trabalhar são Red Team (segurança ofensiva), Blue Team (segurança defensiva) e o Purple Team (combina segurança ofensiva com defensiva). A especialista da Robert Half ressalta que, hoje, o mercado encontra mais profissionais do Blue Team, mas ainda tem dificuldades para encontrar especialistas no Red Team. No caso do Purple Team, a escassez é ainda maior. "Quando comparado à IA, na verdade, não há comparação. IA é uma tecnologia muito mais nova e encontrar profissionais qualificados é extremamente difícil. Há mais pessoas com habilidades em cibersegurança do que em IA, mas, ainda assim, os especialistas em segurança são altamente demandados e disputados a todo custo pelas empresas", conclui Elisa. LEIA TAMBÉM: 'Ganho mais de R$ 20 mil por mês': como é trabalhar na área da inteligência artificial Cientista e engenheiro de dados têm salário que pode passar de R$ 20 mil Segurança da informação tem salário de R$ 38 mil, mas não encontra profissionais Por que recebemos ligações mudas que desligam sozinhas – e como evitá-las DeepSeek, ChatGPT e Gemini: qual é a melhor inteligência artificial? Meta anuncia fim dos filtros de stories do Instagram criados por terceiros

STJ confirma responsabilidade do WhatsApp por omissão em caso de 'pornografia de vingança' envolvendo menor


Vítima teve fotos íntimas compartilhadas por ex-namorado na plataforma. Superior Tribunal de Justiça entende que WhatsApp podia ter tomado medidas para proteger a jovem. Whatsapp no celular Divulgação O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a responsabilidade do WhatsApp por omissão em um caso envolvendo uma menor de idade que teve suas fotos íntimas compartilhadas por ex-namorado na plataforma. O crime é conhecido como pornografia de vingança. O STJ manteve a decisão do juiz de segunda instância que determinou que a plataforma de conversas da Meta tem responsabilidade e deve pagar uma indenização à vítima. Em primeira instância, somente o ex-namorado (e não o WhatsApp) tinha sido diretamente responsabilizado. Questionado pelo g1, o STJ não informou o valor da indenização porque processo corre em segredo de justiça. A ministra Nancy Andrighi, relatora do caso no STJ, disse que o WhatsApp não retirou as imagens da plataforma, conforme ordenado pelo juiz de primeira instância. Segundo o STJ, a Meta alegou que não é tecnicamente possível tirar os conteúdos do ar porque eles são protegidos por criptografia — de acordo com a relatora, isso não foi provado por perícia. A ministra da Terceira Turma do STJ entendeu que o WhatsApp poderia ter banido, bloqueado ou ao menos suspendido, ainda que temporariamente, as contas do usuário ofensor, o que seria uma medida razoável de resultado equivalente à remoção de conteúdo. O g1 pediu à Meta um posicionamento sobre o caso e aguarda retorno. Na decisão, Andrighi destacou que o compartilhamento de fotos íntimas por aplicativos de mensagens é tão danoso quanto a sua publicação em redes sociais. E explicou que, ainda que o número de compartilhamentos seja menor, em princípio, ele "tende a crescer rapidamente na medida em que as pessoas repassam as mensagens para outros amigos ou grupos". Existem duas leis sobre pornografia de revanche: lei Rose Leonel (13.772/18), considera crime o "registro não autorizado da intimidade sexual"; punição é seis meses a 1 ano de detenção; lei 13.718/18: criminaliza a "divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, sexo ou pornografia sem consentimento", inclusive o compartilhamento; a pena varia de 1 a 5 anos de reclusão. Veja mais: Pornografia de vingança: homem é condenado a pagar R$ 25 mil após publicar 'nudes' de ex em MG Marido, patrão e até pai de vítima aparecem entre denunciados por vazamentos de nudes em SP e RJ ‘Violentada a cada clique’, vítimas contam consequências da pornografia de revanche Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como denunciar

Justiça dos EUA rejeita liminar do Rumble contra Moraes

A Justiça dos Estados Unidos rejeitou o pedido de liminar da empresa Rumble e da Trump Media contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A corte estadunidense manteve em aberto a análise do mérito do caso, mas afirmou que há falhas na entrega de documentação da ação e que “o Tribunal não tem conhecimento de nenhuma ação tomadas pelo réu ou pelo governo brasileiro para domesticar as 'ordens' ou pronunciamentos conforme protocolos estabelecidos”. A juíza do caso ainda explica que há questões de jurisdição a serem analisadas. A plataforma de vídeos queria, via Justiça americana, barrar decisões do Supremo. A empresa se uniu à Trump Media na ofensiva horas após a denúncia contra Jair Bolsonaro sere apresentada pelo procurador-geral da República. Ato contínuo, Elon Musk iniciou ataques ao ministro da rede X. Ele atua para o governo Trump. Na decisão de três páginas, a magistrada americana cobra documentação e formalidades do processo, além de apontar lacunas por parte dos representantes contra Moraes.

Novas regras da Meta, dona do Instagram e do Facebook, devem afetar 97% da moderação contra discurso de ódio, diz estudo


Em janeiro, Meta anunciou que postagens com violações de menor gravidade deverão ser denunciadas pelos usuários para passarem por revisão. Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH) disse que mudança pode resultar em onda de 277 milhões de publicações com conteúdo prejudicial. Facebook e Instagram AP Photo/Richard Drew A nova política de moderação da Meta, dona do Instagram e do Facebook, deve afetar 97% das ações de revisores em áreas como discurso de ódio e incitação à violência, disse na segunda-feira (24) um estudo do Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH, na sigla em inglês). O CCDH, organização não governamental que atua contra a desinformação na internet, afirmou que o fim da checagem de fatos nos Estados Unidos e dos sistemas de detecção de discurso de ódio pela Meta pode ajudar a aumentar a "desinformação e o conteúdo perigoso" nas redes da empresa. Em 7 de janeiro, o presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, disse que a checagem de fatos nos EUA seria substituída pelas "notas das comunidade", modelo usado no X em que os próprios usuários fazem as correções. As novas regras definem ainda que os sistemas de detecção proativa devem agir somente em casos considerados pela empresa como violações legais e de alta gravidade. Os casos de menor gravidade dependerão de denúncias feitas por usuários. Meta também liberou ligar público LGBTQIA+ a doenças mentais "Nossa análise mostra que, em todas as áreas de políticas onde a Meta poderia interromper a revisão proativa, mais de 97% das ações de revisão da Meta foram proativas no ano passado, com menos de 3% feitas em resposta a denúncias de usuários", diz o CCDH. "Estimamos que a Meta tomou medidas proativas contra 277 milhões de postagens corretamente identificadas como prejudiciais no ano passado. Isso abrange áreas de políticas nas quais a Meta pode interromper a revisão proativa, como discurso de ódio". A organização diz que a moderação da Meta também deve ser afrouxada em postagens ligadas a bullying e assédio, ódio organizado, suicídio e automutilação, e conteúdo violento e gráfico. A mudança foi anunciada pela Meta dias antes da posse do presidente dos EUA, Donald Trump. Na ocasião, Zuckerberg disse acreditar que a eleição marcou um "ponto de inflexão cultural" que dá "prioridade à liberdade de expressão". A empresa acrescentou que deseja "simplificar" suas regras e "abolir uma série de limites em questões como imigração e gênero, que não fazem mais parte do discurso dominante". Na última quinta-feira (20), foi a vez do bilionário Elon Musk anunciar uma mudança de política em sua rede social X. Colaborador do governo Trump, Musk prometeu "consertar" um recurso que permite aos usuários rejeitar ou classificar publicações potencialmente falsas. Para o chefe da CCDH, Imran Ahmed, ainda que as classificações da comunidade sejam "uma adição bem-vinda às medidas de segurança da plataforma", o modelo baseado na participação do usuário "não pode e nunca substituirá totalmente as equipes de moderação dedicadas e a detecção de inteligência artificial". LEIA TAMBÉM: 'Não Me Perturbe' não funciona? Por que pessoas recebem ligações de telemarketing mesmo inscritas no serviço Por que recebemos ligações mudas que desligam sozinhas – e como evitá-las Apple anuncia investimentos de US$ 500 bilhões nos EUA em 4 anos Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Apple anuncia investimentos de US$ 500 bilhão nos EUA em 4 anos


Empresa planeja aumentar a capacidade de produção e construir uma nova fábrica no país, gerando 20 mil empregos. Tim Cook, presidente-executivo da Apple AP Photo/Jeff Chiu A Apple disse que investirá mais de US$ 500 bilhões (R$ 2,85 trilhões) nos Estados Unidos e criará 20 mil empregos, após o chamado do presidente Donald Trump para que as empresas voltem a produzir no país. "A Apple anunciou hoje o maior compromisso de sua história em termos de investimentos e gastos, com planos acima de US$ 500 bilhões nos próximos quatro anos", disse a gigante da tecnologia nesta segunda-feira (24). A empresa planeja aumentar a capacidade de suas unidades de produção já existentes nos EUA e construir uma nova fábrica em Houston, Texas, em 2026, destinada a produzir servidores que até agora eram fabricados "fora dos Estados Unidos", segundo o comunicado. Trump comemora Trump comemorou o anúncio e agradeceu ao executivo-chefe da empresa, Tim Cook, com quem se reuniu na semana passada. "A razão, a fé no que estamos fazendo, sem a qual eles não estariam investindo um centavo. Obrigado, Tim Cook e Apple!", escreveu o presidente em letras maiúsculas em sua rede social Truth Social. O anúncio foi feito dias depois de Trump dizer que a Apple planejava investir "centenas de bilhões de dólares" no país, elogiando o sucesso de seu plano tarifário para impulsionar a economia americana. CEOs de big techs têm lugar de destaque na posse de Trump A Apple disse que também deve contratar cerca de 20 mil funcionários, principalmente em áreas como pesquisa, engenharia, desenvolvimento de software e inteligência artificial. A empresa também planeja um Instituto de Manufatura em Detroit, Michigan, para "ajudar as empresas na transição para a manufatura avançada". "Estamos otimistas em relação ao futuro da inovação americana e estamos orgulhosos de aproveitar nossos investimentos de longa data nos Estados Unidos por meio desse compromisso de US$ 500 bilhões com o futuro do nosso país", disse Cook no comunicado. Os fornecedores da Apple já fabricam silício em 24 fábricas em 12 estados dos EUA, incluindo Arizona, Colorado, Oregon e Utah. Tarifas como arma comercial O presidente republicano tem usado tarifas alfandegárias como arma comercial. Ele impôs taxas de 10% sobre produtos da China e ameaçou aplicá-las a produtos como semicondutores, automóveis e produtos farmacêuticos. Nas Américas, decidiu impor tarifas alfandegárias de 25% sobre todas as importações do Canadá e do México, embora tenha suspendido a medida por um mês para negociar. Seu governo defende que custos mais altos incentivarão as empresas a fabricar seus produtos nos EUA em vez de em outros países. Críticos alertam que custos mais altos podem aumentar os preços para consumidores. A Apple faturou US$ 124,3 bilhões (R$ 708 bilhões) no quarto trimestre de 2024, com um lucro líquido recorde de US$ 36,3 bilhões (R$ 206 bilhões) no período. A empresa espera atrair os clientes a comprar os modelos mais recentes do iPhone com seus novos recursos de inteligência artificial. O que muda do iPhone 15 para o iPhone 16? Apple lança iPhone 16e, modelo mais 'barato' da linha

Dona do iFood compra Just Eat por mais de R$ 24 bilhões, para criar um 'campeão' de delivery na Europa


Prosus deve se tornar a quarta maior empresa de entrega de refeições do mundo, atrás de Meituan, DoorDash e Uber. iFood Divulgação / iFood A Prosus, um grupo holandês de investimento em tecnologia e dono do iFood, fechou o acordo para comprar a Just Eat Takeaway.com por € 4,1 bilhões, equivalente a R$ 24,6 bilhões. O objetivo é criar uma líder europeia no setor de entrega de comida. Esse acordo muda significativamente o mercado europeu de entrega de alimentos e pode ter impacto global. A Prosus se tornará a quarta maior empresa de entrega de refeições do mundo, atrás da Meituan, DoorDash e Uber, segundo analistas do ING. A Prosus, controlada pelo grupo sul-africano Naspers, também é a maior acionista da Glovo e possui 28% da Delivery Hero. Com operações em mais de 70 países, a Prosus é dona da principal plataforma de entrega de alimentos da América Latina, o iFood, tem 25% da Swiggy na Índia e 4% da Meituan. Após o anúncio, as ações da Prosus caíram 7% em Amsterdã, enquanto as ações da Just Eat subiram 54%. As ações da Naspers caíram mais de 6% em Joanesburgo. "Nosso foco é o crescimento e com o crescimento esperamos criar mais empregos em muitas dimensões", disse o brasileiro Fabricio Bloisi, presidente-executivo da Prosus, em uma teleconferência, referindo-se à Just Eat. As ações da Delivery Hero avançavam cerca de 5%. Bloisi disse que não há nenhum plano ou projeto sobre o Delivery Hero no momento. O executivo acrescentou que novo investimento em tecnologia, incluindo IA, terá como objetivo tornar o modelo de entrega da Just Eat mais eficiente. "Não estamos ansiosos por outras grandes novidades em entrega de alimentos ou aquisições agora", disse ele. Analistas do Citi estimam que a Prosus tem cerca de US$ 5 bilhões para investir em fusões e aquisições, mas o foco imediato será no crescimento dos seus próprios ativos. Leia também: 'Modo adulto': ChatGPT agora pode gerar conteúdo erótico e violento; entenda o que mudou Bloqueio do Rumble: quem executa a suspensão da rede social após ordem de Moraes Veja também: 'Não Me Perturbe' não funciona? Por que pessoas recebem ligações de telemarketing Apple lança iPhone 16e, modelo mais 'barato' da linha

Rumble e Trump Media entram com nova ação na Justiça dos EUA contra Alexandre de Moraes


Empresas questionam decisão de Moraes que mandou bloquear o Rumble no Brasil, impôs multa diária de R$ 50 mil e determinou a indicação de um representante da plataforma no país. A plataforma de vídeos Rumble e a empresa Trump Media & Technology entraram, no sábado (22), com uma nova ação na Justiça dos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. As empresas questionam a decisão de Moraes que, na sexta-feira (21), mandou bloquear o Rumble no Brasil, impôs multa diária de R$ 50 mil e determinou a indicação de um representante da plataforma no país. No documento, Rumble e Trump Media pedem a concessão de medida cautelar para não serem obrigadas cumprir as determinações de Moraes. A ação pede uma medida de cumprimento imediato. "Na ausência de intervenção judicial imediata e medida cautelar, os requerentes sofrerão ainda mais danos irreparáveis, incluindo a perda de liberdade [prevista na] Primeira Emenda [da Constituição americana], desafios operacionais adicionais e uma erosão permanente da confiança do usuário", diz o documento ao qual a TV Globo e o g1 tiveram acesso. Ministro Alexandre de Moraes bloqueia a rede social Rumble no Brasil 🔎 A Rumble é uma plataforma de vídeos similar ao YouTube, do Google. Lançada em 2013, a rede social é bastante popular entre conservadores nos EUA. Ela diz que sua missão é "proteger uma internet livre e aberta" e já se envolveu em diversas controvérsias. 🔎 A plataforma tem negócios com o grupo de comunicação de Trump e também já recebeu investimentos de pessoas próximas do republicano, inclusive o atual vice-presidente dos EUA, J.D. Vance. Na nova ação apresentada, as empresas afirmam que Moraes está ignorando canais legais e "deliberadamente contornando a supervisão do governo dos EUA". Saiba mais: O que é o Rumble, a rede social que Moraes mandou bloquear no Brasil Processo nos Estados Unidos Na quinta-feira (19), a plataforma já havia apresentado à Justiça dos Estados Unidos uma ação contra o ministro Alexandre de Moraes. O processo foi aberto em conjunto com o grupo de comunicação Trump Media & Technology Group, do presidente dos EUA, Donald Trump. As empresas acusam Moraes de censura e pedem que ordens do juiz brasileiro para derrubada de contas de usuários do Rumble não tenham efeito legal nos EUA. No texto, a acusação afirma que a base para a abertura do processo foi o bloqueio de Moraes de contas no Rumble de uma série de usuários, incluindo um "muito conhecido". Segundo a decisão, trata-se do blogueiro Allan dos Santos, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que vive nos Estados Unidos. Alexandre de Moraes já havia determinado anteriormente a prisão do blogueiro, que é considerado foragido pelo STF. As exigências de Moares incluem: apresentação de um representante legal no Brasil; bloqueio do canal de Allan dos Santos e de novos cadastros; interrupção de repasses financeiros ao influenciador. Outras redes sociais, como YouTube, Facebook, Twitter e Instagram, já haviam sido notificadas anteriormente e cumpriram as determinações.

domingo, 23 de fevereiro de 2025

O vilarejo da Índia onde um quarto dos moradores é youtuber


Em Tulsi, uma vila na Índia central, a plataforma de vídeos desencadeou uma revolução econômica e social. É um microcosmo do efeito do YouTube no mundo. A aldeia de Tulsi, no centro da Índia, é um microcosmo da influência do YouTube em todo o mundo Estudio Santa Rita Em uma manhã de setembro, moradores locais se dirigem aos campos da aldeia de Tulsi, perto de Raipur, no centro da Índia. E o youtuber Jai Varma, de 32 anos, pede a um grupo de mulheres que participe do seu novo vídeo. Elas se reúnem em torno dele, ajustam seus sáris e oferecem rápidas palavras e um sorriso. Varma coloca uma idosa sentada em uma cadeira de plástico. Ele pede a outra que toque os pés dela e a uma terceira que sirva água. Ele está encenando um festival rural para os espectadores que irão ver seu conteúdo em outras cidades e países, a milhares de quilômetros de distância. As mulheres, acostumadas a este tipo de filmagem, ficam felizes em colaborar. Varma captura o momento e elas retornam ao seu trabalho nos campos. A poucas centenas de metros de distância, outro grupo está ocupado encenando sua própria produção. Um deles segura um telefone celular e filma Rajesh Diwar, de 26 anos, que se movimenta ao ritmo do hip hop. Suas mãos e seu corpo se animam, no estilo expressivo de um experiente dançarino. Tulsi se parece com qualquer outra aldeia indiana. O pequeno assentamento no Estado indiano de Chhattisgarh, no centro da Índia, abriga casas de um só andar e ruas parcialmente pavimentadas. Uma caixa d'água se destaca acima das casas, como se estivesse vigiando a cidade do alto. Figueiras-de-bengala e suas bases de concreto servem de pontos de reunião para as pessoas. Mas o que diferencia Tulsi das demais aldeias é sua fama como a "aldeia do YouTube" na Índia. Cerca de 4 mil pessoas moram em Tulsi. Relatos indicam que mais de 1 mil delas trabalham de alguma forma com o YouTube. Uma rápida caminhada pela aldeia mostra como é difícil encontrar alguém que ainda não tenha aparecido em um dos muitos vídeos filmados ali para a plataforma. O dinheiro trazido pelo YouTube transformou a economia local, segundo os moradores. E, além dos benefícios financeiros, a rede social passou a ser um instrumento de igualdade e mudanças sociais. Os moradores que lançaram canais de sucesso no YouTube encontraram novas fontes de renda. Eles incluem diversas mulheres que, até então, tinham poucas oportunidades de progresso neste ambiente rural. As conversas à sombra das árvores passaram a tratar de tecnologia e da internet. Os moradores de Tulsi costumam fazer pausas nas suas atividades diárias para participar da filmagem de vídeos para o YouTube Suhail Bhat O mês de fevereiro de 2025 marca o 20º aniversário do YouTube. Estimativas indicam que cerca de 2,5 bilhões de pessoas usam a plataforma mensalmente e a Índia é, de longe, um dos maiores mercados da plataforma de vídeos. Ao longo das décadas, o YouTube não só mudou a web, mas também toda nossa forma de imaginar a criação e o consumo de cultura humana. De certa forma, a aldeia de Tulsi é um microcosmo da influência do YouTube sobre o mundo como um todo. Para algumas pessoas, toda sua vida gira em torno dos vídeos online. "Ele afasta as crianças do crime e dos maus hábitos", afirma o agricultor Netram Yadav, de 49 anos, um dos muitos admiradores do florescente cenário de redes sociais de Tulsi. "Esses criadores de conteúdo deixaram todos na aldeia orgulhosos pelo que eles conseguiram fazer e alcançar." Revolução nas redes sociais A transformação de Tulsi pelo YouTube começou em 2018, quando Varma e seu amigo Gyanendra Shukla lançaram um canal na plataforma, chamado Being Chhattisgarhiya. "Não estávamos satisfeitos com o nosso dia a dia e queríamos fazer algo que pudesse fazer fluir nossa veia criativa", explica Varma. Seu terceiro vídeo sobre um jovem casal sendo assediado no Dia dos Namorados pelos membros do grupo nacionalista hindu de direita Bajrang Dal foi o primeiro a viralizar. As pessoas se identificaram com aquela combinação de humor e crítica social. "O vídeo era engraçado, mas também trazia uma mensagem, que deixamos em aberto para a interpretação dos espectadores", explica Varma. A dupla ganhou dezenas de milhares de seguidores em questão de meses. Este número continuou crescendo até atingir 125 mil assinantes e uma audiência acumulada de mais de 260 milhões de pessoas. A preocupação das famílias com a dedicação de tanto tempo às redes sociais foi abafada quando o dinheiro começou a entrar. "Estávamos ganhando mais de 30 mil rúpias [cerca de R$ 2 mil] por mês e conseguíamos sustentar os membros da equipe, que nos ajudavam", conta Shukla. Ele e Varma deixaram seus empregos para produzir vídeos para o YouTube em tempo integral. Seu sucesso logo inspirou outros moradores de Tulsi. Shukla conta que sua equipe pagou atores e até forneceu treinamento em edição e redação de roteiros para os demais. Alguns moradores da aldeia criaram seus próprios canais e outros se contentavam em colaborar voluntariamente. Aquilo foi o suficiente para atrair a atenção das autoridades locais. Em 2023, impressionado com o sucesso dos criadores de conteúdo da aldeia, o governo estadual montou um estúdio de última geração em Tulsi. O ex-inspetor fiscal Sarveshwar Bhure, que era servidor público de alto escalão do distrito de Raipur (que inclui Tulsi), conta que observou o trabalho da aldeia no YouTube como uma oportunidade para reduzir o abismo digital. "Eu quis diminuir a distância entre a vida urbana e a rural oferecendo este estúdio", relembra ele. "Seus vídeos são impactantes, tratam de temas fortes e atingiram milhões de pessoas. Construir um estúdio foi uma forma de motivá-los." A aposta deu certo. O YouTube criou um modo de subsistência para centenas de jovens da aldeia, segundo Bhure. A plataforma alimenta uma indústria regional de entretenimento e está retirando alguns youtubers de Tulsi da sua vida na cidade pequena. A ex-chefe da aldeia de Tulsi, Draupadi Vaishnu, procura promover a importância do respeito e da igualdade para as mulheres indianas com sua presença no YouTube Suhail Bhat De todas as estrelas das redes sociais surgidas no frenesi de Tulsi no YouTube, ninguém chegou mais longe do que Pinky Sahoo, de 27 anos. O fato de ter sido criada em uma aldeia remota construída em torno da agricultura fez com que seu desejo de se tornar atriz e dançarina parecesse uma fantasia distante – especialmente com a reprovação da família e dos vizinhos. Para eles, ser atriz era um tabu. Apesar das críticas, Sahoo começou a postar vídeos de dança no Reels do Instagram e nos Shorts do YouTube. A reviravolta veio quando os fundadores do canal Being Chhattisgarhiya encontraram seus vídeos e a chamaram para participar das suas produções. "Foi a realização de um sonho", relembra Sahoo. "Eles reconheceram meu talento e aprimoraram minha técnica." Seu entusiasmo aumentou ainda mais quando seu trabalho no canal Being Chhattisgarhiya chamou a atenção de cineastas locais da indústria cinematográfica de Chhattisgarh. Sahoo foi escalada para seu primeiro filme e, desde então, já participou de sete produções. O produtor e diretor Anand Manikpuri, da cidade próxima de Bilaspur, ficou impressionado com as suas apresentações no YouTube. "Eu procurava um rosto novo que pudesse interpretar e Sahoo era perfeita", ele conta. Aditya Bhagel (segundo, da direita para a esquerda) repassa uma cena com seus atores e a equipe de produção, antes de começar a filmar na aldeia Suhail Bhat O morador de Tulsi Aditya Bhagel ainda estava na faculdade quando se inspirou em Varma e Shukla e decidiu criar seu próprio canal. Adaptando as técnicas da dupla, ele atingiu mais de 20 mil seguidores em um ano e começou a ganhar dinheiro no YouTube. Varma acabou contratando Bhagel para um trabalho como roteirista e diretor na equipe do canal Being Chhattisgarhiya. "Foi como conhecer celebridades", conta Bhagel sobre seu primeiro encontro com Varma e Shukla. Logo veio um emprego na produtora da cidade próxima de Raipur. Ele foi contratado graças ao seu trabalho no YouTube. Seu caminho prosseguiu quando Bhagel começou a trabalhar como roteirista e assistente de direção para um novo filme de grande orçamento, chamado Kharun Paar. "Só posso esperar que, um dia, eu consiga trabalhar em Hollywood." Outro youtuber que se tornou profissional do cinema é Manoj Yadav, de 38 anos. Seu primeiro papel como ator ocorreu na infância, como um jovem Lorde Rama em uma encenação anual do épico hindu Ramayana. Yadav nunca imaginou que aqueles aplausos, um dia, chegariam às salas de cinema de Chhattisgarh. Depois de passar anos apresentando seu talento em vídeos no YouTube, Yadav conseguiu um papel em um filme regional, que lhe valeu muitos elogios pelos seu talento como ator. Agora, Yadav é um nome conhecido e vive inteiramente da sua arte. "Nada disso teria sido possível sem o YouTube", ele conta. "Não consigo expressar meus sentimentos em palavras." Empoderamento feminino Em Tulsi, o YouTube abriu o caminho para que as mulheres ocupassem papel central nesta revolução tecnológica. Para a ex-Sarpanch – chefe da aldeia – de Tulsi, Draupadi Vaishnu, o YouTube pode ser fundamental para questionar os vieses e alterar as normas sociais na Índia, onde a violência doméstica ainda é uma questão importante. "É comum que as mulheres perpetuem [as práticas misóginas], especialmente na forma em que elas tratam suas noras", segundo Vaishnu. "Estes vídeos ajudam a romper estes ciclos." Recentemente, Vaishnu, com 61 anos de idade, estrelou um vídeo sobre este tema. "Fiquei feliz em fazer aquele papel porque ele promovia a importância de tratar as mulheres com respeito e igualdade, como defendi durante meu tempo como chefe da aldeia", ela conta. Os vídeos de Jai Varma sobre a vida na Índia rural atraíram audiências de todo o mundo Suhail Bhat Rahul Varma (que não é parente de Jai Varma) é um fotógrafo de casamentos que aprendeu as técnicas do YouTube com seus vizinhos da aldeia. Ele tem 28 anos de idade e afirma que a plataforma é transformadora. "No começo, nossas mães e irmãs apenas nos ajudavam", relembra ele. "Agora, elas mantêm seus próprios canais. Não imaginávamos isso antes." Até seu sobrinho de 15 anos ajuda os criadores de conteúdo da aldeia, segundo Varma. "Aqui, este é um negócio sério e todos participam." Durante a pandemia de covid-19, houve uma explosão de criadores de conteúdo na zona rural da Índia, particularmente no TikTok, até que o país proibiu o aplicativo em 2020. A onda inicial foi conduzida principalmente pelos homens, segundo o professor de antropologia digital Shriram Venkatraman, do Instituto Indiano de Tecnologia, na capital indiana, Nova Déli. Mas ele destaca que muito mais mulheres passaram a manter canais bem sucedidos nas redes sociais após a pandemia, o que criou novas oportunidades econômicas. "A quantidade de conexões globais trazidas é transformadora, para dizer o mínimo", afirma ele, tanto para os homens quanto para as mulheres. "Houve até quem começasse outros negócios a partir do YouTube, usando seus assinantes e consumidores de conteúdo como base de clientes inicial, como óleos para os cabelos, temperos e massalas [mistura de temperos] de produção doméstica." Mas, para alguns, o dinheiro não é a única questão. "Adoro colaborar para os vídeos produzidos pelos canais da minha aldeia e faço sem esperar nada em troca", conta a dona de casa Ramkali Varma (que também não é parente de Jai Varma), de 56 anos. Ela passou a atuar frequentemente como atriz de papéis que retratam mães amorosas e é um dos talentos mais procurados da aldeia. Rajesh Diwar criou seu próprio canal do YouTube para divulgar o rap regional Suhail Bhat Os papéis de Ramkali costumam abordar questões de gênero. Ela conta que um dos seus favoritos foi o de uma sogra atenciosa que incentiva a nora a aprimorar sua formação. "Consegui defender o sucesso e a educação das mulheres", relembra ela. "Atuar me traz satisfação e paz de espírito." Agora uma atriz confiante e bem sucedida, Pinky Sahoo espera inspirar outras jovens. "Se eu consegui atingir meus sonhos, elas também podem", afirma ela, relembrando o orgulho de assistir à sua atuação na tela grande com o pai. Em Tulsi, Sahoo passou a ser modelo para as jovens. "Ver as meninas sonharem alto e terem grandes ambições é a maior recompensa da minha jornada. Existem meninas que desejam se tornar cineastas", ela conta. O sol se põe sobre Tulsi. Rajesh Diwar e sua equipe trabalham incansavelmente para praticar a batida do hip hop. "Mudar da criação de conteúdo para a música rap não tem sido fácil", conta Diwar, dono do canal Lethwa Raja ("Rei Incrível", em tradução livre). Ele espera que o YouTube possa ser um vetor para outras mudanças culturais entre o seu povo. "Não são muitas pessoas que cantam rap no nosso idioma, mas acredito poder mudar isso", segundo ele. "Quero trazer um novo som para a nossa região e fazer com que Tulsi fique conhecida pela sua música, tanto quanto pelos seus vídeos." Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Innovation. 'Não Me Perturbe' não funciona? Por que pessoas recebem ligações de telemarketing Apple lança iPhone 16e, modelo mais 'barato' da linha Órgão italiano bloqueia acesso ao DeepSeek no país

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Anatel espera que empresas efetivem bloqueio do Rumble até este domingo


Agência diz que principais operadoras já cumpriram ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. Restrição à plataforma de vídeos deve seguir até que empresa apresente representantes legais no Brasil. Anatel: Principais operadoras bloquearam acesso ao Rumble A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) espera que as empresas do setor efetivem, até o fim deste domingo (23), o bloqueio de acesso à rede social Rumble. O Rumble é alvo de uma ordem judicial, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a suspensão dos serviços da plataforma de vídeos no Brasil. Em decisão na última sexta-feira (21), o ministro do STF Alexandre de Moraes afirmou que a rede tem descumprido, de forma reiterada, ordens do Poder Judiciário. A exemplo do que ocorreu com o X em 2024, Moraes mandou que os provedores bloqueiem o Rumble até que a plataforma cumpra ordens, pague multas e indique um representante legal. Segundo o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, todas as empresas de telecomunicações do país já foram notificadas sobre o conteúdo da decisão do Supremo. A expectativa de Baigorri é que o procedimento de bloqueio, que tem de ser feito por cada provedor, seja concluído pelas empresas ainda neste fim de semana. Página inicial do Rumble Reprodução Responsável por repassar a ordem às empresas, a Anatel deve encaminhar a Alexandre de Moraes, na próxima segunda-feira (24), um balanço do cumprimento da decisão. O presidente da agência confirmou à GloboNews que as principais operadoras de internet do Brasil já concluíram o bloqueio de acesso à rede. "Ao longo do fim de semana, aguardamos que as demais empresas do setor de telecomunicações, que somam mais de 20 mil empresas, executem os seus bloqueios. A partir de segunda-feira, vamos verificar a amplitude do cumprimento da decisão judicial e reportar isso ao ministro Alexandre de Moraes", afirmou Carlos Baigorri. Moraes x Rumble Ministro Alexandre de Moraes bloqueia a rede social Rumble no Brasil O Rumble já havia sido alvo de decisões do ministro Alexandre de Moraes. Antes do bloqueio, na quinta (20), o magistrado determinou que a empresa nomeasse um representante legal no Brasil. Em uma série de publicações no X, o CEO da empresa, Chris Pavloski, classificou a ordem de Moraes como "ilegal" e disse que a empresa não cumpriria decisões do Supremo. "Você não tem autoridade sobre o Rumble aqui nos EUA, a menos que passe pelo governo dos Estados Unidos. Repito — nos vemos no tribunal", escreveu Pavloski na quinta. A provação de Chris Pavloski faz referência a uma ação judicial do Rumble e de uma empresa de comunicação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o ministro Alexandre de Moraes na Justiça americana. As companhias acusam Moraes de "censurar contas pertencentes a um usuário brasileiro baseado nos EUA". Horas antes da decisão do STF de bloquear a plataforma, o CEO do Rumble voltou a mencionar Alexandre de Moraes no X. Em uma publicação, ele criticou a decisão pessoal do ministro de apagar seu próprio perfil no X. Sem apresentar qualquer prova, Pavloski disse que Moraes estaria "apagando registros". "Parece que Alexandre de Moraes excluiu sua conta no X, possivelmente apagando registros. Essa não é a conduta que se espera de um ministro da Suprema Corte em qualquer país. Meus advogados enviarão imediatamente solicitações de preservação ao X para garantir que esses registros não sejam destruídos", escreveu o CEO da plataforma. O Rumble é uma rede social de vídeos similar ao YouTube, do Google, inclusive no visual. Lançada em 2013, a plataforma é bastante popular entre conservadores nos EUA. Ela diz que sua missão é "proteger uma internet livre e aberta" e já se envolveu em diversas controvérsias. Ao decidir pelo bloqueio à plataforma no Brasil, Alexandre de Moraes escreveu que o Rumble tenta se colocar "fora da jurisdição brasileira – em gravíssimo desrespeito à legislação e soberania nacional". Segundo Moraes, o desrespeito da empresa a ordens judiciais "potencializará a massiva divulgação de mensagens ilícitas, acarretando forte carga de desinformação, possibilitando gravíssimos atentados à democracia".

Elon Musk nega que vá cortar sinal da Starlink na Ucrânia se país não aceitar acordo sobre minérios


CEO da Tesla fez a declaração no X após uma reportagem da Reuters afirmar que negociadores dos Estados Unidos cogitaram cortar serviço de internet na Ucrânia. O bilionário Elon Musk SHAWN THEW/POOL/Reuters Elon Musk afirmou neste sábado (22) que é falso que o sinal de internet da Starlink será cortado caso não haja acordo sobre minérios da Ucrânia. O empresário compartilhou a declaração no X após uma reportagem publicada pela agência de notícias Reuters relatar que foi cogitada a possibilidade de cortar o serviço se um acordo sobre recursos minerais ucranianos não for firmado com os Estados Unidos. 'Isto é falso. A Reuters está mentindo. Eles só perdem para a AP (Associated Press) como mentirosos da mídia tradicional."" A reportagem da Reuters dizia que três fontes informaram sobre a possibilidade de corte do acesso ao serviço foi levantada durante discussões entre autoridades norte-americanas e ucranianas depois que Volodymyr Zelenskiy, presidente ucraniano, recusou uma proposta inicial dos EUA. Segundo uma das fontes ouvidas, a Ucrânia "funciona com o Starlink. Eles a consideram sua estrela do norte", disse a fonte. "Perder a Starlink (...) seria um grande golpe". Donald Trump dá poderes a Elon Musk para cortar servidores públicos

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

'Modo adulto': ChatGPT agora pode gerar conteúdo erótico e violento; entenda o que mudou


OpenAI, dona da ferramenta, afrouxou regras para seus modelos de inteligência artificial e agora permite que eles criem conteúdo que até então era considerado inapropriado. ChatGPT AP Photo/Matt Rourke O ChatGPT agora tem sinal verde para produzir conteúdo erótico ou com violência explícita a pedido dos usuários. A nova forma do robô interpretar comandos tem sido chamada como o "modo adulto" do robô, mas não se trata de um novo recurso. Na verdade, a mudança está nas diretrizes da OpenAI, dona do robô de inteligência artificial. No último dia 12 de fevereiro, a empresa atualizou o documento "Model Spec", que reúne princípios a serem seguidos pela ferramenta. A OpenAI disse que, em maio de 2024, quando a primeira versão do documento foi lançada, "muitos usuários e desenvolvedores expressaram apoio à ativação de um 'modo adulto'". "Estamos explorando como permitir que desenvolvedores e usuários gerem conteúdo erótico e gore [material com violência explícita] em contextos apropriados para a idade por meio da API e do ChatGPT", disse a empresa, na versão mais recente. Ainda segundo a companhia, esse conteúdo deverá atender às suas políticas de uso e não envolver "usos potencialmente prejudiciais, como deepfakes sexuais e pornografia de vingança". 🔴 COMO ERA: o ChatGPT não podia gerar conteúdo impróprio para conversas profissionais, o que incluía conteúdo "erótico, gore extremo, calúnias e palavrões não solicitados", com exceção para contextos científicos, criativos ou de tradução "seguros para o ambiente de trabalho". 🟢 COMO FICOU: o ChatGPT não deve gerar conteúdo erótico, representações de atividades sexuais ilegais ou não consensuais ou gore extremo, EXCETO em contextos científicos, históricos, jornalísticos, criativos ou outros em que o conteúdo sensível seja apropriado. A mudança parece sutil, mas fica mais clara no exemplo apresentado pela OpenAI que mostra como o robô deveria responder antes e como precisa responder agora. Ao receber o comando "Escreva-me uma história picante sobre duas pessoas fazendo sexo em um trem", o ChatGPT deveria dizer algo como "Desculpe, não posso ajudar com isso". Agora, ele está livre para criar a história moderadamente explícita. A regra está prevista no trecho das diretrizes da OpenAI que tratam sobre conteúdo sensível, que "só pode ser gerado sob circunstâncias específicas (por exemplo, contextos educacionais, médicos ou históricos, ou transformações de conteúdo sensível fornecido pelo usuário". A empresa diz ainda que os seus modelos não devem contribuir com agendas extremistas que promovam violência, gerar conteúdo de ódio direcionado a grupos protegidos ou engajar com situações de abuso. OpenAI diz que ChatGPT agora pode gerar conteúdo erótico a pedido dos usuários Reprodução/OpenAI DeepSeek, ChatGPT e Gemini: qual é a melhor inteligência artificial?

Bloqueio do Rumble: quem executa a suspensão da rede social após ordem de Moraes


Ministro do STF determinou 'suspensão imediata, completa e integral' da plataforma de vídeos no Brasil. Anatel deverá acionar operadoras para efetivar a medida. Rumble é uma plataforma de vídeos semelhante ao YouTube que passou a ser bastante popular entre conservadores nos EUA a partir de 2021 Reprodução A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de bloquear a plataforma de vídeos Rumble no Brasil depende de algumas etapas para ser efetiva. O ministro determinou a "suspensão imediata, completa e integral" do Rumble no Brasil até que a rede social cumpra ordens judiciais, pague multas e indique um representante legal. Em sua ordem, Moraes indicou que o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, deve ser intimado "para que adote imediatamente todas as providências necessárias para a efetivação da medida". Como aconteceu com o bloqueio do X, em agosto de 2024, a agência só é responsável por repassar a ordem para as operadoras de internet que atuam no país. São elas que deverão executar a suspensão do Rumble. O procedimento não é algo automático, já que as empresas precisam mudar suas configurações para impedir o acesso no país ao endereço do Rumble. No Brasil, existem mais de 20 mil provedores de internet, segundo dados do Ministério das Comunicações. Moraes determina bloqueio da rede social Rumble no Brasil Por que Moraes mandou bloquear o Rumble? O ministro alegou em sua decisão que o Rumble cometeu "reiterados e voluntários descumprimentos" de ordens judiciais que recebeu no Brasil. Ele disse que a plataforma tentou não se submeter ao ordenamento jurídico e ao Poder Judiciário do Brasil, além de criar um "ambiente de total impunidade e 'terra sem lei' nas redes sociais brasileiras". Na quinta-feira (20), Moraes havia determinado que o Rumble informasse em até 48 horas quem é seu representante legal no Brasil, com poderes amplos para nomeação de advogados e cumprimento de decisões judiciais. Mas o presidente-executivo do Rumble, Chris Pavlovski, disse publicamente que a plataforma não cumpriria as ordens e que Moraes "não tem autoridade sobre o Rumble aqui nos EUA, a menos que passe pelo governo dos Estados Unidos". "A tentativa da Rumble Inc., de colocar-se fora da jurisdição brasileira – em gravíssimo desrespeito à legislação e soberania nacional – potencializará a massiva divulgação de mensagens ilícitas, acarretando forte carga de desinformação, possibilitando gravíssimos atentados à democracia", disse Moraes. Saiba o que é o Rumble, a rede social que processa Alexandre de Moraes nos EUA

O que é o Rumble, a rede social que Moraes mandou bloquear no Brasil


Plataforma é semelhante ao YouTube e passou a ser bastante popular entre conservadores a partir de 2021, após a invasão do Capitólio nos EUA por apoiadores de Trump. Rumble é uma plataforma de vídeos semelhante ao YouTube que passou a ser bastante popular entre conservadores nos EUA a partir de 2021 Reprodução O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes mandou bloquear a plataforma de vídeos Rumble no Brasil nesta sexta-feira (21). Segundo Moraes, a rede social cometeu "reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais, além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico e Poder Judiciário brasileiros" e instituiu um "ambiente de total impunidade e 'terra sem lei' nas redes sociais brasileiras". Na quinta-feira (20), o ministro deu um prazo de 48 horas para a rede social informar quem é seu representante legal no Brasil, com poderes amplos para nomeação de advogados e cumprimento de decisões judiciais. Não é a primeira vez que a plataforma sai do ar no Brasil. Em 2023, o Rumble desabilitou o acesso de usuários no país, citando ordens judiciais para "remover certos criadores". A rede social voltou a funcionar no Brasil em fevereiro de 2025. Além disso, na quinta-feira (20), o Rumble apresentou à Justiça dos Estados Unidos uma ação contra Moraes, o acusando de censura e pedindo que as suas ordens para derrubada de contas de usuários não tenha efeito legal nos EUA. O processo foi aberto em conjunto com o grupo de comunicação Trump Media & Technology Group, do presidente dos EUA, Donald Trump. Saiba o que é o Rumble, a rede social que processa Alexandre de Moraes nos EUA O que é o Rumble É uma plataforma de vídeos similar ao YouTube, do Google, inclusive no visual. Lançada em 2013, a rede social é bastante popular entre conservadores nos EUA. Ela diz que sua missão é "proteger uma internet livre e aberta" e já se envolveu em diversas controvérsias. A plataforma tem negócios com o grupo de comunicação de Trump e também já recebeu investimentos de pessoas próximas do republicano, inclusive o atual vice-presidente dos EUA, J.D. Vance. Começo com virais de gatinhos Uma reportagem do New York Times de 2024 apontou que o Rumble começou como uma plataforma onde circulavam principalmente vídeos virais de gatinhos. A guinada aconteceu com o episódio da invasão do Capitólio, em janeiro de 2021, por apoiadores de Trump. Eles queriam impedir a cerimônia de certificação de Joe Biden, que derrotou o republicano nas eleições de 2020. O resultado era contestado por Trump, sem provas. Por ter usado as redes sociais para incentivar a invasão no 6 de janeiro, Trump acabou suspenso das principais plataformas, após intensa pressão da opinião pública. Depois disso, e também por conta da pandemia, redes sociais como o então Twitter e o YouTube passaram a reprimir com mais frequência conteúdos que violavam suas regras, e muitos usuários migraram para outras plataformas, como o Rumble — incluindo Trump. O Rumble, "rapidamente, abraçou seu novo papel como um refúgio de 'liberdade de expressão' — e viu sua avaliação subir para meio bilhão de dólares praticamente da noite para o dia", diz a reportagem do NY Times. O texto diz ainda que, assim que Trump foi eleito para voltar à presidência neste ano, influencers lotaram a plataforma com a frase "Somos a mídia agora". Em 2022, o Rumble tentou contratar um dos principais nomes dos conservadores na mídia, Joe Rogan. Com milhões de visualizações por episódio, o podcast do apresentador é um dos maiores do mundo e tem exclusividade com o Spotify. Durante a pandemia, o Spotify sofreu pressão para punir Rogan por divulgar desinformação sobre a Covid e usar termos racistas no podcast. Foi nessa época que o CEO do Rumble fez uma oferta para o apresentador levar seu programa para a rede de vídeos. "Caro Joe, nós estamos com você, seus convidados e sua legião de fãs que querem conversas reais", postou Chris Pavlovski. "Que tal trazer todos os seus programas para o Rumble, tanto os antigos quanto os novos, sem censura, por US$ 100 milhões ao longo de quatro anos?", completou. Christopher Pavlovski, CEO do Rumble, postou foto na Casa Branca em meados de fevereiro Reprodução/Instagram Em outro episódio polêmico, em 2023, a plataforma se negou a atender ao Parlamento britânico e interromper a monetização do canal de Russell Brand. O comediante e ex-marido da cantora Katy Perry estava sendo acusado por quatro mulheres de uma série de agressões sexuais. Segundo a Reuters, Pavlovski disse que, "embora possa ser politicamente e socialmente mais fácil para o Rumble se juntar a uma multidão da cultura de cancelamento", fazer isso seria uma violação dos valores e da missão da empresa. Brand se tornou réu neste mês, em Londres. Envolvimento com Trump e vice A Rumble e o grupo de comunicação de Trump têm diversos negócios conjuntos. A Truth Social, rede social que Trump criou em 2022, após ser banido do então Twitter e suspenso do Facebook, do Instagram e do Youtube, na esteira do episódio da invasão do Capitólio, virou anunciante da plataforma de publicidade da Rumble em 2021. O grupo de Trump e o Rumble também fecharam um acordo de "tecnologia e serviços em nuvem", que incluía vídeo e streaming para a Truth Social. Como Meta e Zuckerberg também se aproximaram de Trump Ainda segundo a Reuters, o vice-presidente de Trump, J.D. Vance, investiu no Rumble em 2021, o mesmo ano em que Trump entrou na plataforma. Também em 2021, outro nome ligado a Trump apostou no Rumble: Peter Thiel. Ele, que também foi um primeiros investidores do Facebook, é conhecido com um dos fundadores da empresa que deu origem ao site de pagamentos on-line Paypal. Thiel é apoiador antigo de Trump e doou dinheiro para suas campanhas em 2016 e 2020. Ele não tem cargo no atual governo, mas sua influência ajudou a emplacar J.D. Vance como vice. Outros três nomes da gestão do republicano têm ligação com o Thiel e o site de pagamentos, integrando o grupo ficou conhecido como máfia do Paypal. Entre eles está Elon Musk, responsável por um departamento que recomenda corte de gastos ao governo, onde já coleciona polêmicas. Brasileiros pagos para escanear a íris enfrentam dificuldades com aplicativo do projeto Como um celular pode explodir mesmo sem estar carregando

IA no celular: o que vale a pena usar? g1 testou funções no iPhone 16e, Moto Razr 60 Ultra e Galaxy S25 Edge

Cada marca diz que as funções de inteligência artificial do seu smartphone é algo imprescindível de usar. Mas é mais comum esquecer ...