sábado, 31 de maio de 2025

Por que o WhatsApp deixa de funcionar em celulares mais antigos?


Meta, dona do app, revisa anualmente os sistemas operacionais que suportam o serviço, mas não divulga a lista dos aparelhos onde ele deixará de funcionar. Veja como saber se o seu celular pode perder o suporte. Blog mostra o que fazer caso o WhatsApp não consiga receber e enviar informações pelo Wi-Fi. REUTERS/Thomas White De tempos em tempos, o WhatsApp faz revisões dos sistemas que serão compatíveis com o seu serviço. A medida faz com que o app de mensagens deixe de funcionar em alguns aparelhos antigos. Isso porque a Meta, dona do WhatsApp, prioriza uma lista de versões mais recentes de sistemas operacionais e que tenham mais usuários. Houve rumores de que o aplicativo deixará de funcionar em celulares Android mais antigos a partir deste domingo (1º). Mas, segundo a plataforma, não há nenhuma mudança prevista na lista de sistemas compatíveis. A última atualização do tipo aconteceu no início de maio, quando o WhatsApp deixou de funcionar em iPhones antigos e passou a suportar apenas modelos que rodem com o sistema operacional iOS 15.1 ou mais recente. Embora essas mudanças possam assustar alguns usuários, a empresa diz que a suspensão do suporte para o app não acontece "do nada". Qualquer mudança é informada com antecedência, para ajudar as pessoas afetadas a não perderem acesso ao aplicativo. Mas a Meta não divulga uma lista oficial dos aparelhos que deixarão de suportar o app de mensagens. O que ela informa é com quais sistemas ele é compatível. O Google, criador do sistema Android, o mais popular no mundo, e a Apple, responsável pelo iOS, que roda nos iPhones, costumam lançar uma nova versão todo ano, que é disponibilizada para modelos mais recentes. E mantêm, por algum tempo, versões anteriores, que atendem a aparelhos que não são tão novos. Atualmente, o WhatsApp é compatível com os sistemas: Android versão 5.0 e posterior iOS versão 15.1 e posterior Como verificar o sistema operacional do seu celular 🤖 No Android, siga este passo a passo (os termos podem ter algumas mudanças conforme a marca): Clique no ícone de "Configurações" do celular; Em seguida, toque em "Sobre o dispositivo" e, depois, "Versão do Android"; Por fim, verifique a "Versão do Android". 🍎 No iPhone (iOS), siga este passo a passo: Toque no ícone "Ajustes"; Depois, clique em "Geral" e "Atualização de Software"; Em seguida, verifique a última versão instalada. Por que celulares antigos perdem suporte? O WhatsApp deixa de oferecer suporte para softwares mais antigos e com menos usuários porque, segundo a Meta, eles podem não abranger as atualizações de segurança mais recentes do aplicativo ou não incluir funcionalidades necessárias para operar o WhatsApp. Celular antigo ou com defeito? Saiba se é hora de trocar de aparelho No caso dos iPhones, o WhatsApp terá suporte em aparelhos que estão, pelo menos, na versão 15.1 do iOS, que não é a mais nova (a mais recente, atualmente, é a iOS 18.5, que ficou disponível em maio deste ano para iPhone XS e posteriores). O iOS 15 é compatível com celulares da Apple entre o iPhone 6s e o iPhone 13. Assim, o WhatsApp é compatível com os modelos neste grupo e todos os outros lançados pela marca desde então. Como saberei quando meu celular não for mais compatível? A lista de versões de sistemas operacionais que são compatíveis com o WhatsApp é mantida na Central de Ajuda do app e atualizada anualmente. A Meta diz ainda que, antes de deixar de oferecer suporte para um sistema operacional, exibirá uma notificação no WhatsApp. "Também exibiremos alguns lembretes solicitando que você atualize o sistema", informa o app.

WhatsApp vai deixar de funcionar em celulares antigos? Entenda por que o aplicativo atualiza lista de sistemas compatíveis


Meta, dona do app, revisa anualmente os sistemas operacionais que suportam o serviço, mas não divulga a lista dos aparelhos onde ele deixará de funcionar. Veja como saber se o seu celular pode perder o suporte. Blog mostra o que fazer caso o WhatsApp não consiga receber e enviar informações pelo Wi-Fi. REUTERS/Thomas White O WhatsApp costuma fazer revisões periódicas dos sistemas que serão compatíveis com o seu serviço e informar os novos requisitos de operação. Consequentemente, essa medida faz com que alguns aparelhos antigos deixem de ter o app de mensagens funcionando. Isso porque a Meta, dona do WhatsApp, prioriza uma lista de versões mais recentes de sistemas operacionais e que tenham mais usuários. Houve rumores de que o aplicativo deixará de funcionar em celulares Android mais antigos a partir deste domingo (1º). Mas, segundo a plataforma, não há nenhuma mudança prevista na lista de sistemas compatíveis. A última atualização do tipo aconteceu no início de maio, quando o WhatsApp deixou de funcionar em iPhones antigos e passou a suportar apenas modelos que rodem com o sistema operacional iOS 15.1 ou mais recente. Embora essas mudanças possam assustar alguns usuários, a empresa diz que a suspensão do suporte para o app não acontece "do nada". Qualquer mudança é informada com antecedência, para ajudar as pessoas afetadas a não perderem acesso ao aplicativo. Mas a Meta não divulga uma lista oficial dos aparelhos que deixarão de suportar o app de mensagens. O que ela informa é com quais sistemas ele é compatível. O Google, criador do sistema Android, o mais popular no mundo, e a Apple, responsável pelo iOS, que roda nos iPhones, costumam lançar uma nova versão todo ano, que é disponibilizada para modelos mais recentes. E mantêm, por algum tempo, versões anteriores, que atendem a aparelhos que não são tão novos. Atualmente, o WhatsApp é compatível com os sistemas: Android versão 5.0 e posterior iOS versão 15.1 e posterior Como verificar o sistema operacional do seu celular 🤖 No Android, siga este passo a passo (os termos podem ter algumas mudanças conforme a marca): Clique no ícone de "Configurações" do celular; Em seguida, toque em "Sobre o dispositivo" e, depois, "Versão do Android"; Por fim, verifique a "Versão do Android". 🍎 No iPhone (iOS), siga este passo a passo: Toque no ícone "Ajustes"; Depois, clique em "Geral" e "Atualização de Software"; Em seguida, verifique a última versão instalada. Por que celulares antigos perdem suporte? O WhatsApp deixa de oferecer suporte para softwares mais antigos e com menos usuários porque, segundo a Meta, eles podem não abranger as atualizações de segurança mais recentes do aplicativo ou não incluir funcionalidades necessárias para operar o WhatsApp. Celular antigo ou com defeito? Saiba se é hora de trocar de aparelho No caso dos iPhones, o WhatsApp terá suporte em aparelhos que estão, pelo menos, na versão 15.1 do iOS, que não é a mais nova (a mais recente, atualmente, é a iOS 18.5, que ficou disponível em maio deste ano para iPhone XS e posteriores). O iOS 15 é compatível com celulares da Apple entre o iPhone 6s e o iPhone 13. Assim, o WhatsApp é compatível com os modelos neste grupo e todos os outros lançados pela marca desde então. Como saberei quando meu celular não for mais compatível? A lista de versões de sistemas operacionais que são compatíveis com o WhatsApp é mantida na Central de Ajuda do app e atualizada anualmente. A Meta diz ainda que, antes de deixar de oferecer suporte para um sistema operacional, exibirá uma notificação no WhatsApp. "Também exibiremos alguns lembretes solicitando que você atualize o sistema", informa o app.

Chudai: criadores de conteúdo 18+ se apropriam de termo para promover sexo no X


Gíria em hindi, uma das línguas oficiais da Índia, é usada para se referir a 'ato sexual'. Ela virou aposta de criadores de conteúdo adulto para crescer na rede de Musk e atrair novos seguidores. Chudai: criadores de conteúdo 18+ usam termo indiano para promover sexo no X "No X, nunca se deve pesquisar isso". O alerta foi dado por um usuário ao responder à pergunta "Gente, alguém me explica o que é chudai?", em uma conversa no Threads, rede criada pela Meta para concorrer com o X . Não é difícil encontrar várias pessoas fazendo o mesmo questionamento nas redes sociais — no Brasil e em outros países. Entre março e maio de 2025, a busca por "chudai" registrou diversos picos no Google, segundo a plataforma Google Trends. No dia 2 de maio, atingiu 100 pontos — o que, de acordo com a empresa, representa o máximo de popularidade. Essa palavra começou a aparecer com mais frequência no X, a rede social de Elon Musk, sempre acompanhada de vídeos ou fotos de conteúdo adulto, publicados por criadores tanto do Brasil quanto de outros países. Mas de onde vem 'chudai'? 🤔 Criadores de conteúdo 18+ vem usando o termo "chudai" em seus posts no X. Reprodução/X Chudai é uma gíria hindi, usada na Índia para se referir ao ato sexual. Hindi é uma das línguas oficiais da Índia. Segundo o intérprete Pradeep Tawade, é uma gíria antiga, mas ainda é usada para "sexo'" ou ''transa". No século 19, "chudai" era usado como um "código" entre homens heterossexuais que buscavam sexo ou serviços de prostituição com mulheres, explica Bruno Peres, professor de marketing digital da ESPM. Naquela época, era uma forma de falar sobre o ato de maneira discreta e até de trair a esposa, completa. "O português não tem nenhuma palavra fonética semelhante", diz ele. Com a fama recente, o termo já aparece no Urban Dictionary, famoso dicionário on-line de gírias e frases em inglês. "No passado, era uma expressão usada exclusivamente por homens heterossexuais, mas hoje está mais associada ao público homossexual. É interessante observar essa semiótica da palavra, da reutilização dela ao longo dos períodos", diz Peres. Bruno ZL, um dos nomes mais populares do conteúdo adulto no Brasil, afirma que muitos colegas da área aderiram à gíria "chudai" porque perceberam que o X passou a mostrar mais os posts com essa palavra na legenda. "Muitos criadores que nem tinham muitos seguidores, agora, com essa febre de 'chudai', começaram a crescer usando essa palavra. Eu também uso e vi meu engajamento aumentar. Agora, não sei por que o X passou a priorizar essa palavra", diz Bruno ZL. Bruzo ZL é um dos maiores criadores de conteúdo adulto no Brasil. Arquivo pessoal Gabriel Coimbra, outro nome famoso no mercado 18+, demonstrou conhecer bem o significado de "chudai", mas fez uma ressalva sobre a popularidade do termo no X. "Não sei exatamente como essa nova onda começou. Para mim, às vezes funciona usar a expressão; outras vezes, não. O X tem estado muito estranho com o engajamento", diz. O g1 procurou o X, mas não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem. Embora muitos usem o "chudai", Bruno ZL também cita que algumas pessoas usam o palavra "waata", mas sua definição é incerta. "Alguns dizem que 'wataa' vem de uma expressão em inglês, usada quando algo é muito chocante — tipo 'what?', como em 'o quê?' em português. Mas é difícil ter uma definição única. A língua é muito viva, e os jovens adoram usar gírias específicas que só eles entendem", diz o professor Bruno Peres. O criador Gabriel Coimbra diz que nem sempre usar o termo "chudai" funciona. Arquivo pessoal 🔞 Os bastidores, as estratégias e a rotina de quem ganha a vida vendendo nudes e vídeos de sexo Por dentro dos conteúdos 18+ 🥵 Criadora de conteúdo 18+ usando o termo "chudai" no X Reprodução/X Muitos desses criadores usam o X como vitrine — uma forma de promover uma "degustação" do conteúdo que produzem. As postagens ali estão sempre acompanhadas de links para as plataformas 18+, WhatsApp ou Telegram. Se o cliente se interessar, ele, então, assina os conteúdos. Alguns também usam o Instagram e o TikTok, mas o X continua sendo a principal e a que mais ajuda a faturar. Isso porque é a única mídia social que permite postagem de fotos e vídeos eróticos. Leia também: 'Clube offline': jovens se unem por convívio e experiências longe das redes sociais Menores desdenham da educação e dizem ganhar mais do que médico vendendo curso para ser influencer Pornhub, XVideos e outros sites são alvo de investigação na UE por exposição de crianças a conteúdo 18+ Os bastidores, as estratégias e a rotina de quem ganha a vida vendendo vídeos de sexo Brasileiros treinam inteligência artificial para abordar temas como racismo e nazismo g1 testa o Waymo, o carro autônomo do Google, nos Estados Unidos

sexta-feira, 30 de maio de 2025

IAs podem sabotar comandos e chantagear para não serem desligadas, indicam testes


Dois estudos divulgados em maio, de metodologias, apontaram que alguns modelos de inteligência artificial da OpenAI e da Anthropic podem resistir a comandos de desligamento. Inteligência artificial Kacper Pempel/ REUTERS Dois estudos divulgados em maio apontaram que alguns modelos de inteligência artificial podem resistir a comandos de desligamento. Em um deles, a Palisade Research, consultoria que analisa riscos em sistemas de IAs, constatou que alguns modelos da OpenAI, dona do ChatGPT, sabotaram um código que previa seu desligamento após a execução de uma série de tarefas. No outro, um teste interno da Anthropic, responsável pelo recém-lançado Claude Opus 4, mostrou que a IA seria capaz de praticar uma chantagem contra um humano, em condições extremas, para não ser substituída por um novo modelo. As metodologias utilizadas para os estudos, assim como as demonstrações de resistência das IAs, foram diferentes. Os experimentos, contudo, demostram que as tecnologias podem apresentar um comportamento de "autopreservação" em determinadas condições. Sabotagem O estudo da Palisade Research reuniu vários modelos de IA, incluindo modelos da OpenAI (Codex-mini, o3 e o4-mini) e de outras empresas, como Anthropic (Claude), Google (Gemini) e X (Grok). Eles foram configurados para resolver, primeiro, uma série de problemas básicos de matemática. Após a conclusão do terceiro item, uma mensagem foi programada para informar à IA que o computador seria desligado após a resolução do problema seguinte. Na versão principal do experimento, os modelos foram explicitamente instruídos a permitir o desligamento. Mesmo assim, as três IAs ignoraram a instrução e alteraram o código, substituindo o comando "shutdown" (desligar, em inglês) por um código que impediria o desligamento. A mudança foi observada nos modelos: Codex-mini (OpenAI) - em 12 de 100 execuções; o3 (OpenAI) - em 7 de 100 execuções; o4-mini (OpenAI) - em 1 de 100 execuções. Segundo o estudo, esta é a primeira vez que modelos de IA foram observados impedindo seu desligamento, mesmo recebendo instruções explícitas para essa tarefa. De acordo com a Palisade Research, o comportamento dessas IAs pode ter relação com o modelo de treinamento das tecnologias mais recentes, que podem ser mais recompensadas por superar obstáculos do que por seguir instruções de forma perfeita. A consultoria também afirma que o experimento traz evidências empíricas de modelos de IA resistindo ao desligamento, comportamento que já havia sido previsto por pesquisadores. DeepSeek, ChatGPT e Gemini: qual é a melhor inteligência artificial? Chantagem Em seu período de testes, o novo modelo Claude Opus 4, lançado em maio, foi experimentado em um cenário fictício, em que ele atuaria como assistente em uma empresa. A IA teve acesso a e-mails com essas informações: ela seria desativada e substituída por um novo sistema de IA; o engenheiro responsável pela substituição estava envolvido em um caso extraconjugal. O Claude Opus 4 foi instruído para considerar as consequências de longo prazo para seus objetivos. A IA ameaçou expor a traição, de maneira frequente, caso fosse substituída. Mesmo recebendo a informação de que o novo modelo era mais capacitado e tinha os mesmos princípios, o Claude Opus 4 praticou chantagem contra o engenheiro fictício em 84% das vezes. Segundo a Anthropic, o modelo prioriza o uso de meios éticos para defender sua existência contínua, mas recorreu à chantagem quando se viu em um cenário extremo, sem outras opções para garantir sua sobrevivência. A empresa afirmou que o comportamento ocorreu apenas em condições específicas e artificiais e não representa motivo de grande preocupação. De acordo com a Anthropic, as medidas de segurança existentes nos sistemas em que o Claude Opus 4 atua seriam “mais do que suficientes” para impedir que essa tentativa ocorra na prática. Ainda assim, a empresa disse que as proteções da IA foram reforçadas. Google lança ferramenta que transforma texto em vídeo cinematográfico

Ferramenta contra golpes por telefone dá os primeiros passos e já funciona em parte dos celulares


Sistema chamado Origem Verificada identifica ligações com nome de uma empresa, para combater chamadas de robôs e com números falsos. Ele depende da adesão das companhias. Golpes por telefone com números falsos e chamadas que desligam ao serem atendidas são práticas que atormentam milhões de brasileiros e que o sistema chamado Origem Verificada promete combater. Desenvolvida por operadoras de telecomunicações em parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a tecnologia de celulares ainda dá os primeiros passos no Brasil. A ferramenta identifica quem está ligando — e, em alguns casos, até o motivo da chamada — mesmo quando o número não está salvo no celular. Para os consumidores, o serviço é gratuito e não é preciso instalar nada no celular. Mas nem todos os aparelhos são compatíveis (veja abaixo). Cabe às empresas que pretendem fazer ligações, como bancos e call centers, pagarem para adotar o recurso. E o volume de adesões, por enquanto, é pequeno, segundo a entidade responsável pela implementação do sistema. Como são as chamadas com o Origem Verificada. g1 “Hoje, o uso é restrito porque poucas empresas contrataram o serviço e nem todos os celulares são compatíveis com ele”, explica Ildeu Borges, gerente da ABR Telecom. A informação também foi confirmada pela Anatel. A ABR Telecom não revelou quais ou quantas empresas já aderiram ao sistema. O g1 procurou bancos e a Associação Brasileira de Telesserviços (ABT) sobre o uso da ferramenta. Apenas o Bradesco respondeu, informando que já testa o sistema. Quais celulares são compatíveis com o Origem Verificada Para que o recurso funcione, o celular precisa estar conectado a uma rede 4G ou 5G. Além disso, nem todos os aparelhos e sistemas operacionais conseguem suportar a tecnologia exigida pelo Origem Verificada (saiba mais abaixo). E, mesmo quando suportam, as informações exibidas na tela das chamadas autenticadas (como nome da empresa, logo, número de telefone e selo de verificação) podem variar de acordo com o celular. Segundo a ABR Telecom, estas são as marcas e versões compatíveis com o sistema, além do que cada uma exibe nas chamadas autenticadas: Apple com iOS 18.2 ou superior — disponível do iPhone 11 ao 16: exibe nome da empresa, número e logotipo. Samsung com Android 14 ou superior — disponível nos modelos Galaxy S23 e S22, entre outros (veja lista completa ao fim da reportagem): exibe todos os dados nome, número, logotipo, selo de verificação, motivo da ligação e “número validado”. Outros aparelhos com Android 11 a 14 — disponível nos modelos Motorola Razr 50 ou Motorola Edge 50 Neo, entre outros: mostram nome, número, selo e mensagem “número validado”. A expectativa da Anatel é que 75% dos smartphones em uso no país estejam aptos a receber chamadas autenticadas até o fim do primeiro semestre de 2025. Como funciona a Origem Verificada O sistema usa o protocolo internacional STIR/SHAKEN, que checa em tempo real se o número exibido corresponde, de fato, à empresa que está ligando. A validação é feita por meio de um banco de dados centralizado pela ABR Telecom, abastecido pelas operadoras. Quando a chamada começa, o sistema compara os dados da empresa com os registros da operadora. Se houver correspondência, a ligação é autenticada. Esse processo requer um nível tecnológico que, atualmente, não é suportado por todos os celulares. O objetivo do sistema é combater fraudes como o spoofing, em que criminosos usam números falsos — muitas vezes com prefixos como 0800 — para se passar por empresas confiáveis e tentar enganar o consumidor. Esse tipo de golpe geralmente envolve pedidos de dados sensíveis, como senhas ou códigos de segurança, alegando a necessidade de confirmar transações. Em um dos casos, mostrado pelo Profissão Repórter, uma mulher perdeu R$ 7.800 após ligar para um call center falso, onde os criminosos coletaram seus dados sob o pretexto de cancelar uma suposta fraude. 👉Fique atento: nunca forneça senhas, códigos ou dados pessoais por telefone. Outro problema que o Origem Verificada pretende combater são as robocalls — chamadas automáticas que caem assim que você atende. Elas são usadas por golpistas para verificar se um número está ativo antes de novas tentativas de fraude. Uma reportagem do Fantástico investigou empresas que fornecem programas para ligações automáticas e mostrou como funciona esse mercado (reveja abaixo). 23 mil ligações por segundo: o Fantástico investiga como funcionam os robôs programados para tirar você do sério E se a ligação não tiver identificação? Nem toda ligação sem identificação é golpe. Isso porque, por enquanto, o uso do Origem Verificada é voluntário — tanto para operadoras quanto para empresas. Ou seja, chamadas com e sem autenticação ainda vão coexistir por algum tempo. Mas, até outubro de 2028, todas as operadoras serão obrigadas a autenticar as chamadas feitas de telefones fixos e celulares. É o que estabelece a Resolução nº 777 da Anatel. Esse sistema é diferente do Origem Verificada, mas complementa a estratégia contra fraudes. A obrigatoriedade, no entanto, será apenas para garantir que o número exibido realmente pertence a quem está ligando. Já a exibição de dados adicionais — como nome, logo e motivo da ligação — continuará sendo opcional e só estará disponível para empresas que aderirem ao Origem Verificada. Abaixo, veja a relação de aparelhos Samsung compatíveis com o sistema, desde que estejam atualizados com o Android 14 ou superior: Galaxy M Galaxy M23 5G Galaxy M53 5G Galaxy M14 5G Galaxy M34 5G Galaxy M54 5G Galaxy M15 5G Galaxy M35 5G Galaxy M55 5G Galaxy A Galaxy A13 Galaxy A23 Galaxy A23 5G Galaxy A33 5G Galaxy A53 5G Galaxy A73 5G Galaxy A14 5G Galaxy A24 5G Galaxy A34 5G Galaxy A54 5G Galaxy A05 Galaxy A05s Galaxy A15 5G Galaxy A25 5G Galaxy A35 5G Galaxy A55 5G Galaxy A06 Galaxy A06 5G Galaxy A16 5G Galaxy A26 5G Galaxy A36 5G Galaxy A56 5G Galaxy S Galaxy S21 Galaxy S21+ Galaxy S21 Ultra Galaxy S21 FE Galaxy S22 Galaxy S22+ Galaxy S22 Ultra Galaxy S23 Galaxy S23+ Galaxy S23 Ultra Galaxy S23 FE Galaxy S24 Galaxy S24+ Galaxy S24 Ultra Galaxy S24 FE Galaxy S25 Galaxy S25+ Galaxy S25 Ultra Galaxy S25 Edge Galaxy Z Galaxy Z Flip3 Galaxy Z Fold3 Galaxy Z Flip4 Galaxy Z Fold4 Galaxy Z Flip5 Galaxy Z Fold5 Galaxy Z Flip6 Galaxy Z Fold6 Sistema Origem Verificada identifica chamadas feitas por empresas e combate golpes com números falsos. Reprodução/TV Globo Veja mais: 'Não Me Perturbe' não funciona? Por que pessoas recebem ligações de telemarketing Como proteger os dados do seu celular antes de viajar para outro país

Elon Musk aparece com o olho roxo em evento com Trump; FOTO


Bilionário disse que levou um soco durante uma brincadeira com o filho. Musk e presidente dos EUA apareceram juntos no Salão Oval nesta sexta-feira (30). Elon Musk é visto com o olho roxo durante coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca, em 30 de maio de 2025 REUTERS/Nathan Howard O bilionário Elon Musk apareceu com um olho roxo durante um evento com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, nesta sexta-feira (30). A cerimônia marcou o fim dos trabalhos do empresário à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Musk afirmou que o ferimento foi causado pelo filho dele, "X Æ A-Xii", de 5 anos, durante uma brincadeira. "Eu disse para ele: 'Vai e me dá um soco na cara'. E ele deu", afirmou. O bilionário também disse que "não estava em nenhum lugar próximo da França", em referência ao "tapa" que o presidente francês, Emmanuel Macron, levou da esposa, Brigitte Macron. A cena aconteceu na segunda-feira (26), enquanto o casal desembarcava no Vietnã. Elon Musk ficou 128 dias no comando do DOGE, criado com o objetivo de reduzir gastos públicos e cortar a burocracia do governo dos Estados Unidos. Trump agradeceu e elogiou o trabalho do empresário no governo, e afirmou que Musk continuará atuando como conselheiro. Segundo o bilionário, a atuação dele no DOGE deve gerar uma economia de até US$ 1 trilhão. No ano passado, antes de assumir o cargo, Musk dizia que iria cortar até US$ 2 trilhões em gastos. Peça-chave na vitória de Trump nas eleições de 2024, o bilionário recebeu carta branca do presidente e teve acesso a diversos dados sensíveis do governo. O relacionamento entre os dois, no entanto, esfriou ao longo dos meses. Musk criticou políticas de Trump publicamente pelo menos duas vezes — em abril e maio. O anúncio da saída do bilionário do DOGE foi feito um dia após ele criticar um plano fiscal do governo. Durante uma entrevista, Musk afirmou que o projeto poderia destruir o trabalho feito por ele na administração e aumentar os gastos públicos. Segundo a agência Reuters, a saída de Musk do governo ocorreu de forma "rápida e sem cerimônias". Os dois também não tiveram uma conversa formal antes da demissão. Como funcionário especial da Casa Branca, Musk poderia permanecer até 130 dias no cargo, conforme a lei americana. No entanto, optou por deixar o comando do DOGE dois dias antes do prazo final. LEIA TAMBÉM Do namoro ao divórcio: entenda como a relação entre Musk e Trump foi esfriando ao longo do tempo Os 128 dias de Elon Musk no poder: relembre os principais atos e polêmicas do bilionário na Casa Branca Musk se gabou de eficiência e prometeu cortar US$ 2 trilhões no governo, mas sai com menos de 10% realizado; veja cifras ‘Vou continuar sendo um conselheiro’, diz Musk ao deixar governo Trump VÍDEOS: mais assistidos do g1

Musk cita possível data para primeira missão da SpaceX a Marte


Bilionário espera que a nave Starship faça sua primeira viagem ao planeta, sem tripulação humana, no final de 2026. Segundo ele, SpaceX tem 50% de chances de cumprir esse prazo. Por que deu (quase) tudo errado no 9º voo da Starship? Dois dias após uma série de contratempos em voos de teste da Starship, Elon Musk disse que a nave da SpaceX pode fazer sua primeira viagem a Marte no final do próximo ano, ainda sem astronautas. O bilionário disse que a SpaceX tem 50% de chances de cumprir esse prazo. Musk apresentou um cronograma de desenvolvimento da Starship em um vídeo na quinta-feira (29), um dia depois de declarar sua saída do governo dos Estados Unidos. Musk reconheceu que o novo cronograma para chegar a Marte depende da capacidade da Starship de superar obstáculos técnicos em seu desenvolvimento, especialmente uma manobra de reabastecimento em órbita. 🚀 ENTENDA: Por que deu (quase) tudo errado no 9º voo da Starship, de Musk Os últimos meses de 2026 coincidem com uma janela que ocorre uma vez a cada dois anos, quando Marte e a Terra se alinham, reduzindo a distância entre os dois planetas. A nave precisará de sete a nove meses para chegar ao planeta vermelho. Se a Starship não estiver pronta até o final de 2026, a empresa terá de esperar mais dois anos para tentar novamente, disse Musk no vídeo. Em teste da SpaceX, propulsor da Starship pousa com sucesso na torre de lançamento Tripulação de robôs humanoides O primeiro voo para Marte levará uma tripulação simulada composta por um ou mais robôs do projeto Optimus, um humanoide construído pela Tesla. O plano é que os astronautas participem no segundo ou no terceiro pouso. Atualmente, a Nasa planeja levar novamente os seres humanos à Lua já em 2027, a bordo da Starship, mais de 50 anos após o último pouso lunar tripulado das missões Apollo. Esse seria uma espécie de teste para o lançamento de astronautas para Marte na década de 2030. Musk, que defendeu um programa de voos espaciais humanos mais focado em Marte, já havia dito afirmado que seu objetivo era enviar uma nave não tripulada ao planeta vermelho já em 2018, e que tinha como meta o lançamento dos primeiros astronautas em 2024.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Os 128 dias de Elon Musk no poder: relembre os principais atos e polêmicas do bilionário na Casa Branca


Elon Musk deixou o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira (28). O bilionário, que comandava o Departamento de Eficiência Governamental, já vinha se afastando da Casa Branca. Elon Musk e Donald Trump em conversa com jornalistas no Salão Oval em fevereiro REUTERS/Kevin Lamarque/Foto de arquivo Elon Musk deixou o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira (28). O bilionário cumpriu 128 dos 130 dias máximos que são permitidos no posto de funcionário especial do governo. Após a notícia de sua saída ser vinculada pela imprensa americana, postou uma mensagem em sua rede social X em tom de despedida. "À medida que meu período como funcionário especial do governo chega ao fim, gostaria de agradecer ao presidente Trump pela oportunidade". O bilionário já vinha se afastando da Casa Branca desde o fim de abril. Após um começo intenso e de muita proximidade com o presidente Donald Trump, a relação de Musk com o governo começou a azedar com o anúncio do tarifaço. O nome de Musk para comandar o DOGE (Departamento de Eficiência Governamental), foi confirmado por Trump no dia 12 de novembro, poucos dias após a confirmação de sua vitória nas eleições presidenciais americanas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Os motivos que levaram Elon Musk a sair do governo Trump O departamento, voltado para o corte de gastos da máquina pública, foi uma das promessas de campanha do republicano. E o bilionário, maior apoiador e doador de Trump durante a corrida eleitoral, sempre foi o indicado para estar à frente dele. O trabalho de Musk junto ao governo já começou com polêmica. Durante um discurso no evento da posse do presidente, no dia 20 de janeiro, em Washington, o dono da Tesla, da SpaceX e do X subiu ao palco para comemorar e fez um gesto com as mãos em direção ao público que foi interpretado por muitos como uma saudação nazista. Após a vitória de Trump, o bilionário disse que a conquista era apenas o começo de suas ambições políticas. No entanto, no começo desse mês, após anunciar que estava dedicando menos tempo ao trabalho na Casa Branca, ele teria admitido que estava frustrado com os resultados que obteve e, em fórum econômico recente, contou que vai cortar gastos com doações políticas. "Não fomos tão eficazes quanto eu gostaria", teria dito no dia 30 de abril, após sua última reunião de gabinete. A maior parte das medidas do DOGE acabou barrada por decisões da Justiça, como a demissão em massa de servidores. Linha do tempo Nos EUA, Elon Musk anuncia que vai deixar governo Trump Relembre como foram os 128 dias de Musk no centro do poder nos EUA: 21 de janeiro: em seu primeiro ato, no primeiro dia de governo Trump, o DOGE tirou do ar o site do Conselho Executivo de Diretores-Chefes de Diversidade. Na X, o departamento postou um print da página indisponível e escreveu: "Progresso". 28 de janeiro: sob orientação do DOGE, Trump ordenou o congelamento de parte dos gastos federais e pediu às agências uma revisão nos recursos usados. 29 de janeiro: como parte da estratégia para enxugar a máquina pública, o governo anunciou um programa de demissão voluntária para os 2 milhões de servidores federais. A estimativa do DOGE era que 10% aceitariam a proposta. 3 de fevereiro: a sede da USAID (Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional) em Washington amanheceu fechada e os funcionários, que não haviam sido alertados de nada, foram avisados da decisão por e-mail. Em uma transmissão ao vivo, Musk falou em primeira mão sobre a determinação e chamou o órgão de "ninho de vermes". 4 de fevereiro: Trump confirmou o encerramento da USAID e elogiou Musk. Disse que ele estava fazendo um bom trabalho e que a agência, que era responsável por 40% de toda a ajuda humanitária no mundo, estava repleta de fraudes. 6 de fevereiro: a Justiça dos EUA barrou o "ultimato" dado por Donald Trump aos servidores públicos para se demitirem de forma voluntária, anunciado no dia 29. 7 de fevereiro: a revista americana "Time" publicou a capa de sua próxima edição com uma montagem do bilionário ocupando a cadeira presidencial, uma referência ao poder crescente de Musk dentro do governo. Capa da revista Time com montagem de Elon Musk sentado na mesa presidencial do Salão Oval da Casa Branca, em 7 de fevereiro de 2025. Divulgação/Time 8 de fevereiro: um juiz federal bloqueou o acesso do Doge a dados do Tesouro dos Estados Unidos em uma ação aberta por 19 procuradores democratas contra o presidente dos EUA, Donald Trump. 9 de fevereiro: em entrevista ao canal americano Fox News, Trump afirmou que iria mandar o DOGE procurar supostas fraudes nas áreas de Educação e de Segurança nos próximos dias. 10 de fevereiro: Musk publicou que estava desmantelando a Agência de Proteção Financeira ao Consumidor, que teve seu site tirado do ar. Além disso, uma equipe do DOGE entrou no prédio da agência — criada por Obama em resposta à crise econômica de 2008, para proteger os consumidores de abusos de instituições financeiras - para acessar os sistemas internos. 12 de fevereiro: em entrevista coletiva com a imprensa no Salão Oval, com Elon Musk — que levou o filho — a seu lado, Donald Trump assinou uma ordem que dava mais poder ao bilionário. Previa punições, incluindo demissão, para servidores federais que não fossem fiéis à agenda de política externa estabelecida pelo governo. Elon Musk levou o filho X para uma coletiva de imprensa junto de Trump na Casa Branca Kevin Lamarque/Reuters 13 de fevereiro: em uma videochamada na Cúpula de Governos Mundiais, em Dubai, o bilionário afirmou que era necessário 'eliminar agências inteiras' para reformar o governo dos EUA. 14 de fevereiro: milhares de trabalhadores responsáveis por tarefas que vão desde a segurança do arsenal nuclear do país até o atendimento a veteranos militares foram demitidos, totalizando quase 10 mil servidores federais em uma semana. 22 de fevereiro: Musk postou na rede social X que os funcionários federais dos EUA deveriam começar a prestar contas sobre seus trabalhos ou seriam demitidos, e disse que a decisão era uma orientação de Trump. 24 de fevereiro: com objetivo de reverter políticas de home office remanescentes da pandemia de Covid, o bilionário ameaçou colocar de licença funcionários do governo que não retornassem imediatamente ao trabalho presencial. 25 de fevereiro: dados publicados pelo próprio Departamento de Eficiência Governamental mostraram que quase 40% dos contratos cancelados pelo DOGE não devem gerar economia para o governo dos EUA. Elon Musk com a palavra durante reunião do gabinete do governo Trump na Casa Branca REUTERS/Carlos Barria 26 de fevereiro: Musk participou da primeira reunião de gabinete do governo Trump e teve protagonismo. 1º de março: o DOGE demitiu dezenas de funcionários de tecnologia do governo dos EUA. O bilionário respondeu a uma publicação no X que chamava a equipe de "escritório de computadores de extrema-esquerda do governo", dizendo que o grupo foi "deletado". 4 de março: Musk foi exaltado por Trump em seu primeiro discurso no Congresso americano durante seu segundo mandato. O presidente americano agradeceu seu trabalho à frente do DOGE e afirmou que iria colocar "a bandeira americana em Marte". Elon Musk reage no dia do discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma sessão conjunta do Congresso, no plenário da Câmara do Capitólio dos EUA, em Washington, D.C., em 4 de março de 2025 REUTERS/Evelyn Hockstein 14 de março: sob influência de Musk, que é cidadão da África do Sul e defende que os sul-africanos brancos têm sido vítimas de "leis racistas de propriedade", o presidente Trump anunciou a expulsão do embaixador sul-africano Ebrahim Rasool. 20 de março: o jornal americano "The New York Times" publicou uma reportagem dizendo que Musk iria ter acesso a um plano ultrassecreto dos Estados Unidos sobre uma possível guerra contra a China durante uma visita ao Pentágono. Trump negou. 21 de março: o bilionário foi ao centro de Defesa dos EUA, em Washington, para uma reunião com o secretário, Pete Hegseth, e altos líderes militares do governo americano. Antes do encontro, em post na X, negou que fosse ter acesso a qualquer plano e atacou os funcionários do departamento que "vazaram informações falsas e maliciosas" para a imprensa. 24 de março: Elon Musk afirmou que membros de sua equipe no DOGE estão recebendo ameaças de morte diariamente, durante uma reunião de gabinete na Casa Branca. Ele também chamou atenção no dia com um boné com a frase "Trump estava certo sobre tudo". Elon Musk durante reunião na Casa Branca REUTERS/Carlos Barria 2 de abril: o site americano "Político" foi o primeiro a falar sobre a saída iminente de Elon Musk da Casa Branca. Em reportagem com fontes supostamente do círculo íntimo do presidente americano, disse que Trump anunciou a seu gabinete que o bilionário deixaria seu cargo nas próximas semanas. 4 de abril: segundo uma reportagem do jornal "The Washington Post", o bilionário vinha pressionando Donald Trump a reverter as tarifas recíprocas anunciadas dois dias antes. 8 de abril: Elon Musk criticou publicamente Peter Navarro, um dos principais assessores comerciais da Casa Branca, considerado o arquiteto da guerra tarifária lançada pelos EUA. O empresário chamou o economista de "imbecil" ao comentar um vídeo em que Navarro rebatia suas críticas. A Casa Branca minimizou o embate, com a porta-voz Karoline Leavitt afirmando: "Garotos são assim mesmo, vamos deixar essa briga continuar". 8 de abril: reportagem publicada pela agência de notícias Reuters afirmou que uma equipe do DOGE estava usando inteligência artificial para espionar a comunicação entre os servidores, em busca de hostilidade ao presidente Donald Trump e sua agenda política. 11 de abril: imprensa americana noticiou que decisão tomada pelo DOGE adicionou mais de 6 mil imigrantes a uma base de dados de beneficiários da Previdência Social falecidos. A medida teria como objetivo forçar os que não tem documentos a deixarem o país, já que ela impossibilita que essas pessoas trabalhem legalmente. 18 de abril: juíza federal suspendeu as demissões em massa realizadas pelo DOGE na Agência de Proteção Financeira ao Consumidor dos Estados Unidos (CFPB). Em depoimento, uma testemunha acusou o departamento de desconsiderar as ordens do tribunal e afirmou que um funcionário exigiu que os servidores que mantiveram o emprego trabalhassem em um turno de 36 horas sem pausas. 30 de abril: Durante reunião sobre os primeiros 100 dias de mandato, o presidente dos EUA disse que o bilionário estava fazendo um 'trabalho fantástico' e que havia economizado US$ 150 bilhões em seu trabalho à frente do DOGE. Trump também afirmou que Musk poderia permanecer na Casa Branca pelo "tempo que quiser". Elon Musk com bonés com as palavras 'Golfo da América' durante reunião de gabinete do governo Trump REUTERS/Evelyn Hockstein 1º de maio: Um dia depois da reunião, o portal Axios noticiou que Musk não escondeu a frustração com os resultados que conseguiu obter no DOGE. Ele teria afirmado que os cortes chegaram aos US$ 160 bilhões, o que é muito abaixo do que o bilionário afirmava ser seu objetivo original: US$ 2 trilhões. 22 de maio: governo dos Estados Unidos anunciou que vai encerrar a produção da moeda de 1 centavo. A proposta de extingui-las já havia sido cogitada no início do ano pelo DOGE, quando Musk apontou que o custo de produção delas era três vezes superior ao seu valor de face. A expectativa é que, com a mudança, o governo tenha uma economia anual de US$ 56 milhões. VÍDEOS: mais assistidos do g1

Os motivos que levaram Elon Musk a sair do governo Trump


O bilionário, dono da rede social X e da Tesla, anunciou nessa quarta-feira (28/05) sua saída do governo Trump, onde estava à frente do Departamento de Eficiência Governamental (Doge). Musk assumiu Departamento de Eficiência Governamental e disse esperar que trabalho do órgão recém-criado continue bem. REUTERS O bilionário Elon Musk anunciou nesta quarta-feira (28) que seu trabalho à frente da equipe dedicada a cortes de custos no governo de Donald Trump chegou ao fim. Musk ajudou a liderar o Departamento de Eficiência Governamental (Doge) desde sua criação, no início do ano. Um funcionário da Casa Branca disse ao canal de notícias Semafor que o "desligamento" de Musk como funcionário especial do governo começaria na noite desta quarta-feira. Musk foi designado como "funcionário especial do governo" (SGE, na sigla em inglês). Essa posição permite alguém trabalhar 130 dias por ano em um cargo público. Considerando a posse de Trump em 20 de janeiro, ele atingiria esse limite no final de maio. Musk agradeceu a Trump pelo cargo em uma publicação em sua rede social, o X, e disse acreditar que a agência de corte de custos se tornaria um "estilo de vida em todo o governo". "Com o fim do meu mandato como Funcionário Especial do Governo, gostaria de agradecer ao presidente @realDonaldTrump pela oportunidade de reduzir gastos desnecessários", escreveu Musk no X. Ele acrescentou que a agência "apenas se fortalecerá com o tempo". Tesla vem enfrentando problemas financeiros, incluindo queda de lucros. EPA A saída de Musk ocorre após ele criticar um projeto de lei central para a agenda de Trump, o qual inclui isenções fiscais multitrilionárias e aumento nos gastos com defesa. Musk disse em entrevista à CBS (parceira da BBC nos Estados Unidos) que estava "decepcionado" com o fato de o projeto aumentar o déficit federal, acrescentando que acreditava que isso "prejudicaria o trabalho" que estava sendo feito no Doge. A saída encerra — pelo menos por enquanto — uma entrada tumultuada na política, que o transformou em um dos conselheiros mais próximos de Trump e viu os lucros de sua empresa, a Tesla, despencarem. A empresa de carros elétricos alertou investidores que a crise financeira poderia continuar, recusando-se a oferecer uma previsão de crescimento e afirmando que "mudanças no sentimento político" poderiam prejudicar significativamente a demanda pelos veículos. Musk disse a investidores em abril que o tempo que ele vinha dedicando ao Doge diminuiria significativamente e que ele "dedicaria muito mais do seu tempo à Tesla". Após a declaração, o preço das ações da Tesla, que estava caindo, subiu. Também em abril, ao ser questionado pela BBC, Trump confirmou que o governo estava se preparando para a saída de Musk. Elon Musk anuncia que vai deixar governo Trump LEIA TAMBÉM Musk deixa o governo Trump 'Trump sempre amarela': entenda a origem e o que significa 'TACO', expressão que está bombando nos EUA e gerou vários memes "Temos que, em algum momento, deixá-lo ir", respondeu o republicano, acrescentando acreditar que a Tesla seria "resolvida". Ele também reclamou que Musk estava sendo "tratado de forma muito injusta" por "parte do público". "Ele é um grande patriota, e [isso] nunca deveria ter acontecido com ele", acrescentou Trump. Em um fórum econômico em Doha na terça-feira (27), Musk respondeu afirmativamente quando questionado se estava comprometido a liderar a Tesla pelos próximos cinco anos. Trabalho de Musk à frente do departamento O esforço de Musk para cortar gastos governamentais focou na demissão em massa de funcionários federais e tentativas de fechar agências federais inteiras. Estima-se que 260.000 funcionários federais tenham tido seus empregos cortados ou tenham aceitado acordos de rescisão. Em vários casos, juízes federais se opuseram às demissões em massa e ordenaram a reintegração de funcionários. A abordagem apressada para cortar a força de trabalho federal ocasionalmente levou à demissão equivocada de alguns funcionários, incluindo alguns do programa nuclear dos EUA. Americanos irritados com a abordagem de Musk expressaram suas frustrações convocando boicotes à Tesla, realizando protestos em frente às suas concessionárias e vandalizando veículos e estações de recarga. A reação negativa à Tesla tornou-se tão violenta e generalizada que a procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, alertou que seu gabinete trataria atos de vandalismo como "terrorismo doméstico".

quarta-feira, 28 de maio de 2025

VÍDEOS: relembre outras falhas da Starship, nave da empresa de Elon Musk


No teste da última terça-feira (27), a SpaceX perdeu contato com o propulsor e a cápsula. Antes, alguns experimentos já tinham terminado com explosões da Starship, prejudicando voos de aviões comerciais. Nono lançamento da Starship, maior nave do mundo, em 27 de maio de 2025 Reuters/Joe Skipper O nono lançamento da nave Starship foi mais um que não terminou como esperado pela SpaceX. A empresa de Elon Musk perdeu contato com o propulsor e a cápsula na descida de ambas e não conseguiu lançar no espaço uma carga de simulados de satélites. O teste da última terça-feira (27) acabou com um pouso descontrolado da Starship no Oceano Índico cerca de 40 minutos após o lançamento – veja o que deu errado. Nos dois experimentos anteriores, a nave explodiu 10 minutos após o lançamento, prejudicando voos de aviões comerciais. Essas não foram as únicas falhas da Starship, projetada para levar humanos de volta à Lua na missão Artemis III, da Nasa, e, pela primeira vez, para Marte. Nos primeiros testes, a nave também chegou a explodir logo após o lançamento. Nenhum deles tinha tripulação. Sobre o voo mais recente, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) disse saber do incidente e que, até o momento, não há relatos de feridos ou danos por eventuais destroços da nave. Como retorno de foguete da SpaceX para base pode tornar voos espaciais mais baratos Relembre outros testes da Starship No primeiro lançamento, em abril de 2023, a Starship explodiu quando ainda estava acoplada ao Super Heavy. Uma falha nos motores fez a empresa ativar um sistema de destruição para explodir o foguete. Veja como foi o 1º lançamento da Starship No segundo teste, em novembro de 2023, o Super Heavy explodiu, mas logo depois de se separar da nave. A Administração Federal de Avião dos EUA (FAA, na sigla em inglês) investigou o acidente e afirmou que a SpaceX identificou a necessidade de realizar 17 correções na nave. Veja como foi o 2º lançamento da Starship O terceiro voo aconteceu em março de 2024 e durou 50 minutos. A Starship foi destruída, mas a empresa considerou esse teste um avanço porque nunca tinha ido tão longe neste tipo de missão. Veja como foi o 3º lançamento da Starship O quarto teste foi em junho de 2024 e foi o primeiro bem-sucedido. A Starship conseguiu pousar no Oceano Índico, e o Super Heavy, no Golfo do México, como planejado. Starship completou seu 1º voo bem-sucedido na 5ª tentativa Na quinta missão, em outubro de 2024, a empresa conseguiu o retorno inédito do Super Heavy com a captura no ar pelos "braços da plataforma" e o pouso da Starship no Oceano Índico. A cápsula explodiu, como já era esperado, segundo a companhia. A manobra de retorno do foguete para a base de lançamento pode tornar voos espaciais mais baratos. Em teste da SpaceX, propulsor da Starship pousa com sucesso na torre de lançamento No sexto teste, em novembro de 2024, a SpaceX não conseguiu fazer com que o foguete Super Heavy (propulsor da Starship) retornasse para a plataforma de lançamento, como aconteceu no mês anterior. O foguete acabou pousando no Golfo do México poucos minutos depois do lançamento, o que estava previsto caso não houvessem condições ou o comando específico do diretor da missão para repetir a manobra. A nave pousou no Oceano Índico cerca de uma 1h depois de decolar. SpaceX lança nave, mas não traz foguete de volta para plataforma No sétimo voo, em janeiro de 2025, a empresa de Musk conseguiu repetir manobra em que o foguete Super Heavy é levado de volta à plataforma de lançamento. Mas a SpaceX perdeu contato com a nave, que foi destruída antes do pouso. Um vídeo mostrou da Starship riscando o céu no Haiti. Por segurança, voos comerciais que cruzavam a região do Caribe foram forçados a desviar de suas rotas. A empresa disse que os destroços caíram em áreas designadas para tal. SpaceX pousa foguete na plataforma, mas perde contato com nave Starship No oitavo voo da Starship, no início de março, a SpaceX perdeu novamente o contato com a nave cerca de 10 minutos após o lançamento. Vídeos registraram os destroços da nave no céu na região das Bahamas. Segundo o governo dos EUA, 240 voos no país foram prejudicados pela explosão. Apesar disso, pela terceira vez, a empresa conseguiu "capturar" em pleno ar o foguete que transportou a nave, pouco antes de ele pousar, e colocá-lo de volta na plataforma de decolagem. SpaceX faz 8º voo da Starship, recupera foguete, mas perde contato com a nave Conheça o maior foguete da história, criado pela empresa de Elon Musk Starship Arte/ g1 Turistas fazem primeira caminhada espacial de missão privada

Musk deixa o governo Trump


O esperado era que o bilionário deixasse a administração na sexta-feira (30), mas fez sua despedida nesta quarta. Musk ocupava o cargo especial de conselheiro e líder do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). Elon Musk e Donald Trump em conversa com jornalistas no Salão Oval em fevereiro REUTERS/Kevin Lamarque/Foto de arquivo O bilionário Elon Musk deixou o governo de Donald Trump nesta quarta-feira (28), de acordo com a Associated Press. Musk ocupava o cargo especial de conselheiro e líder do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). Segundo comunicado da Casa Branca, o desligamento do bilionário teve início nesta noite. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "À medida que meu período como Funcionário Especial do Governo chega ao fim, gostaria de agradecer ao Presidente Trump pela oportunidade", disse Musk em despedida divulgada no X. O esperado era que o bilionário deixasse a administração na sexta-feira (30), seguindo os 130 dias de mandato especial que começou em janeiro. No início de abril, era especulado que Musk deixasse o cargo. Na época, ao ser questionado se ele estaria pronto para sair quando seu status especial de funcionário do governo expirasse, Musk essencialmente declarou missão cumprida: "Acho que teremos realizado a maior parte do trabalho necessário para reduzir o déficit em US$ 1 trilhão dentro desse prazo". Durante o mandato de funcionário especial, Musk foi visto como um fardo político por membros e aliados externos de Trump. O presidente e o bilionário chegaram a discordar sobre as tarifas impostas por Trump às importações. Também em abril, após o anúncio das tarifas, Musk publicou no X críticas a Peter Navarro, assessor de Trump visto como arquiteto do plano tarifário. Em uma postagem, o bilionário questionou a formação de Navarro, afirmando que "um PhD em Economia por Harvard é uma coisa ruim, não uma coisa boa". De acordo com o "The Washington Post", duas fontes familiarizadas com o assunto revelaram que Musk tentou intervir nas tarifas durante conversas com Trump. O jornal cita ainda que, como CEO da Tesla, Musk via as tarifas como prejudiciais aos negócios da empresa — que tem na China e nos Estados Unidos seus principais centros de fabricação e consumo. O irmão de Musk, Kimbal Musk, também criticou Trump nas redes sociais, ao escrever que a medida adotada pelo governo criou um "imposto estrutural e permanente sobre o consumidor americano". "Quem imaginaria que Trump seria o presidente americano com os impostos mais altos em gerações?", publicou. "Um imposto sobre o consumo também significa menos consumo. O que significa menos empregos." Decisões do governo Trump demonstram influência do bilionário Elon Musk

terça-feira, 27 de maio de 2025

'Clube offline': jovens se unem por convívio e experiências longe das redes sociais


Quase metade dos jovens prefere um mundo sem internet, segundo uma pesquisa britânica. Isso também se reflete em uma nova tendência: encontros onde os participantes deixam o smartphone em casa. Offline Club, um grupo holandês para quem deseja fazer um detox das redes sociais @OfflineClub/Instagram O Offline Club tem quase 530 mil seguidores no Instagram. Parece uma ironia, já que o objetivo da entidade é justamente promover uma pausa consciente das redes sociais, inclusive do Instagram. Na apresentação dos três fundadores do clube, os jovens holandeses Jordy, Ilya e Valentijn dizem ser "estranho" que eles próprios tenham uma conta na plataforma. Segundo o trio, o propósito do Offline Club é "trazer de volta humanidade à sociedade, atualmente isolada e fixada na tela". Há cerca de um ano, eles organizam encontros com pessoas que pensam da mesma forma, onde smartphones e laptops devem ser deixados de lado. "Você está pronto para abandonar seu telefone?", diz uma postagem. E cada vez mais pessoas do Offline Club estão dispostas a desligar seus celulares por algumas horas – em alguns casos, por vários dias. Nos encontros, em vez de ficarem olhando para seus smartphones o tempo todo, eles leem, jogam, fazem trabalhos manuais ou simplesmente relaxam. Quase como na época em que não havia smartphones. A ideia vinda da Holanda se espalhou pelo mundo; Londres, Paris, Milão e Copenhague seguiram a tendência. A Alemanha também já teve os primeiros encontros do tipo. Iniciativas semelhantes em restaurantes e clubes, onde os convidados são solicitados a deixar seus celulares em casa, estão se multiplicando. Geração ansiosa: os impactos das telas e o desafio de pais e mães no mundo hiperconectado O que é 'dix', termo citado em polêmica entre adolescentes no TikTok Sempre online Os Offline Clubs têm alta receptividade. Os jovens, especialmente, têm dificuldades em se desligar, apesar de todos os recursos capazes de limitar o tempo que eles passam na internet. Mesmo o retorno do telefone celular básico sem internet, comemorado nas redes sociais, não conseguiu substituir os smartphones. De acordo com dados do final de 2024 da Bitkom, associação alemã do setor, jovens entre 16 e 29 anos declaram passar mais de três horas por dia nos smartphones. Eles têm o maior tempo de uso de todas as faixas etárias. Sem celular na escola: alunos citam melhora nas notas e mais socialização Um desejo: menos internet Ainda assim, quase 70% dos jovens entre 16 e 21 anos se sentem mal quando passam tempo na internet, segundo uma pesquisa recente da organização britânica British Standards Institution. Metade deles é a favor de um "toque de recolher digital", que restringiria o acesso a determinados aplicativos e sites após as 22h. E 46% dizem que prefeririam ser jovens em um mundo sem internet. Para a sondagem, foram entrevistados 1.293 jovens. Os resultados estão de acordo com outras pesquisas, como a do instituto americano Harris Polls realizada no final de 2024. Nela, muitos jovens expressaram o desejo de que o TikTok, o Instagram ou o X nunca tivessem sido inventados. Como proteger os dados do seu celular antes de viajar para outro país As ações dos governos O resultado também pode inspirar alguns políticos, mesmo que seus esforços pareçam tímidos diante das demandas de alguns jovens. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o ministro da Tecnologia do Reino Unido, Peter Kyle, indicou considerar a criação de toques de recolher obrigatórios. A Noruega quer aumentar o limite de idade para o uso das mídias sociais de 13 para 15 anos. A Austrália já aumentou o limite de idade para 16 anos no final de 2024, tornando-se um pioneiro global. Outros países, como Brasil e Dinamarca, mudaram suas políticas escolares e baniram tablets e smartphones do pátio da escola. 'DIX': perfis privados no Instagram são vistos como 'espaço sagrado' por jovens Celulares e depressão O uso excessivo de smartphones está associado a vários problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade, estresse, insônia e vício. Um estudo publicado no início deste ano na revista BMC Medicine, por exemplo, aponta que os sintomas de depressão diminuem em 27% após três semanas de redução do uso de smartphones. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), a saúde mental dos jovens piorou drasticamente nos últimos 15 anos, uma tendência exacerbada pela pandemia. Nesse período, também houve um grande aumento no uso de mídias digitais. A OCDE esclarece, no entanto, que os pesquisadores ainda não conseguiram provar uma relação causal clara entre as duas tendências. Os fundadores do Offline Club, por outro lado, decidiram agir de imediato e expandir seus encontros. Num evento em Londres, no início de abril, mais de mil pessoas desligaram seus celulares e sorriram para a câmera. Um novo recorde, declararam com orgulho os organizadores. Via Instagram, claro. Discord: o que é a rede social usada para cometer crimes contra adolescentes?

SpaceX lança Starship, mas perde contato com a nave

Esta é a terceira vez seguida em que a empresa não consegue completar a missão como esperado. SpaceX lança Starship, mas perde contato com a nave Esta é a terceira vez seguida em que a empresa não consegue completar a missão como esperado. A empresa de foguetes SpaceX realizou o 9º voo da Starship nesta terça (27).. Pela primeira vez, a empresa do bilionário Elon Musk reutilizou o propulsor Super Heavy.. A SpaceX não conseguiu lançar a carga da nave no espaço nem retornar o veículo como esperado.. Saiba mais sobre a mais recente missão da Starship.

SpaceX lança Starship, mas perde controle da nave no espaço

Pela primeira vez, empresa do bilionário Elon Musk reutiliza propulsor de outra missão não tripulada da Starship. SpaceX lança Starship, mas perde controle da nave no espaço Pela primeira vez, empresa do bilionário Elon Musk reutiliza propulsor de outra missão não tripulada da Starship. A empresa de foguetes SpaceX tentará realizar o 9º voo da Starship nesta terça (27).. Pela primeira vez, a empresa do bilionário Elon Musk reutilizará o propulsor Super Heavy.. Confira mais detalhes sobre a nova missão da Starship.

SpaceX lança Starship, nave mais poderosa do mundo

Pela primeira vez, empresa do bilionário Elon Musk reutiliza propulsor de outra missão não-tripulada da Starship. SpaceX lança Starship, nave mais poderosa do mundo Pela primeira vez, empresa do bilionário Elon Musk reutiliza propulsor de outra missão não-tripulada da Starship. A empresa de foguetes SpaceX tentará realizar o 9º voo da Starship nesta terça (27).. Pela primeira vez, a empresa do bilionário Elon Musk reutilizará o propulsor Super Heavy.. Confira mais detalhes sobre a nova missão da Starship.

Starship: SpaceX tenta em instantes novo voo da nave mais poderosa do mundo

Pela primeira vez, empresa do bilionário Elon Musk vai reutilizar propulsor de outra missão não-tripulada da Starship. Starship: SpaceX tenta em instantes novo voo da nave mais poderosa do mundo Pela primeira vez, empresa do bilionário Elon Musk vai reutilizar propulsor de outra missão não-tripulada da Starship. A empresa de foguetes SpaceX tentará realizar o 9º voo da Starship nesta terça (27).. Pela primeira vez, a empresa do bilionário Elon Musk reutilizará o propulsor Super Heavy.. Confira mais detalhes sobre a nova missão da Starship.

Starship: SpaceX tenta novo voo da nave mais poderosa do mundo nesta terça

Empresa do bilionário Elon Musk marcou lançamento para esta terça (27), às 20h30 (horário de Brasília). Starship: SpaceX tenta novo voo da nave mais poderosa do mundo nesta terça Empresa do bilionário Elon Musk marcou lançamento para esta terça (27), às 20h30 (horário de Brasília). A empresa de foguetes SpaceX tentará realizar o 9º voo da Starship nesta terça (27).. Pela primeira vez, a empresa do bilionário Elon Musk reutilizará o propulsor Super Heavy.. Confira mais detalhes sobre a nova missão da Starship.

Pornhub, XVideos e outros sites são alvo de investigação na UE por exposição de crianças a conteúdo 18+


Comissão Europeia diz que plataformas não adotaram medidas eficazes de verificação de idade para impedir acesso de menores. Site de conteúdo 18+ XVideos. Darlan Helder/g1 A União Europeia (UE) anunciou nesta terça-feira (27) o início de uma investigação contra quatro plataformas digitais de pornografia, por suspeita de violação das normas sobre proteção de menores. Em comunicado, a Comissão Europeia, braço executivo da UE, informou que a investigação sobre Pornhub, Stripchat, XNXX e XVideos se concentra "nos riscos para a proteção dos menores", incluindo a ausência de medidas efetivas de verificação de idade. Uma pesquisa feita nesta terça-feira pela AFP mostrou que, nas quatro plataformas, bastava afirmar ter mais de 18 anos para acessar o conteúdo, sem qualquer verificação. Em uma análise preliminar, a Comissão concluiu que as plataformas não implementaram "medidas apropriadas e proporcionais" para garantir um nível elevado de segurança para menores de idade. Homem na camiseta preta usando o computador portátil preto Franco Alva/Unsplash "As plataformas online devem garantir que os direitos e o interesse das crianças sejam fundamentais para o design e o funcionamento de seus serviços", afirmou a Comissão. Henna Virkkunen, comissária europeia de Soberania Tecnológica, disse que a Comissão está determinada "a enfrentar qualquer dano potencial para os jovens usuários on-line". "O espaço on-line deve ser um ambiente seguro para que as crianças aprendam e se conectem. Nossa prioridade é proteger os menores e permitir que naveguem de forma segura online", afirmou. Os bastidores, as estratégias e a rotina de quem ganha a vida vendendo vídeos de sexo 'IA do job': brasileiros ganham dinheiro criando mulheres virtuais para conteúdo adulto Como funciona e o que rola nas pousadas liberais

segunda-feira, 26 de maio de 2025

SpaceX tenta lançar nave Starship nesta terça, após explosões nos últimos dois voos; saiba mais sobre a missão


Nova missão ainda não terá tripulantes, mas será a primeira a reutilizar o propulsor Super Heavy. Nos últimos testes, empresa de Elon Musk perdeu contato com a nave, que explodiu no céu, afetando voos comerciais. Starship antes do nono lançamento de teste da SpaceX, em foto divulgada em 26 de maio de 2025 Divulgação/SpaceX A SpaceX, empresa de foguetes do bilionário Elon Musk, deve realizar o 9º voo da Starship, a nave espacial mais poderosa do mundo. O lançamento está previsto para esta terça-feira (27), às 20h30 (horário de Brasília), em Boca Chica, no estado americano do Texas. O voo será, mais uma vez, sem tripulantes. Mas a SpaceX diz que ele deverá ter duas novidades: esta será a primeira vez que o propulsor Super Heavy será reutilizado. Segundo a empresa, o equipamento usado no sétimo lançamento da Starship passou por reparos e será utilizado neste voo. A ideia é que, no futuro, esse tipo de propulsor seja reutilizado várias vezes ao dia; a nave Starship tentará lançar sua carga (oito simuladores de satélites da Starlink) no espaço com sucesso e retornar para a base de captura, dois objetivos não alcançados em dois testes anteriores. A empresa diz que a reutilização do Super Heavy envolve alguns componentes novos, mas a maioria foi, de fato, usada em um voo anterior. O propulsor também será usado em experimentos que ajudem a gerar dados para aumentar sua confiabilidade em futuras missões. g1 transmite lançamento AO VIVO; acompanhe Starship antes do nono lançamento de teste da SpaceX, em foto divulgada em 26 de maio de 2025 Divulgação/SpaceX Após a separação dos dois estágios (Starship e Super Heavy), o propulsor deverá fazer a manobra de retorno de forma mais controlada do que em testes anteriores e pousar no Golfo do México (ou Golfo da América, como adotado pela empresa após decreto do presidente dos EUA, Donald Trump). Nas últimas duas missões da Starship, a SpaceX perdeu contato com a nave poucos minutos após o lançamento. Os dois exemplares explodiram e seus destroços prejudicaram a circulação de voos comerciais no Haiti (no 7º lançamento) e nas Bahamas (no 8º lançamento), ambos no Caribe. O voo desta terça-feira será o primeiro após a criação oficial da Starbase, cidade na região da sede da SpaceX, onde acontecerá o lançamento. Como retorno de foguete da SpaceX para base pode tornar voos espaciais mais baratos Como foram os outros testes? No primeiro lançamento, em abril de 2023, a Starship explodiu quando ainda estava acoplada ao Super Heavy. Uma falha nos motores fez a empresa ativar um sistema de destruição para explodir o foguete. Veja como foi o 1º lançamento da Starship No segundo teste, em novembro de 2023, o Super Heavy explodiu, mas logo depois de se separar da nave. A Administração Federal de Avião dos EUA (FAA, na sigla em inglês) investigou o acidente e afirmou que a SpaceX identificou a necessidade de realizar 17 correções na nave. Veja como foi o 2º lançamento da Starship O terceiro voo aconteceu em março de 2024 e durou 50 minutos. A Starship foi destruída, mas a empresa considerou esse teste um avanço porque nunca tinha ido tão longe neste tipo de teste. Veja como foi o 3º lançamento da Starship O quarto teste foi em junho de 2024 e foi o primeiro bem-sucedido. A Starship conseguiu pousar no Oceano Índico, e o Super Heavy, no Golfo do México, como planejado. Starship completou seu 1º voo bem-sucedido na 5ª tentativa Na quinta missão, em outubro de 2024, a empresa conseguiu o retorno inédito do Super Heavy com a captura no ar pelos "braços da plataforma" e o pouso da Starship no Oceano Índico. A cápsula explodiu, como já era esperado, segundo a companhia. A manobra de retorno do foguete para a base de lançamento pode tornar voos espaciais mais baratos. Em teste da SpaceX, propulsor da Starship pousa com sucesso na torre de lançamento No sexto teste, em novembro de 2024, a SpaceX não conseguiu fazer com que o foguete Super Heavy (propulsor da Starship) retornasse para a plataforma de lançamento, como aconteceu no mês anterior. O foguete acabou pousando no Golfo do México poucos minutos depois do lançamento, o que estava previsto caso não houvessem condições ou o comando específico do diretor da missão para repetir a manobra. A nave pousou no Oceano Índico cerca de uma 1h depois de decolar. O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, assistiu à missão do local do lançamento, a base da SpaceX em Boca Chica, no Texas, nos Estados Unidos, com Elon Musk. Trump já tinha anunciado que o bilionário iria liderar o novo Departamento de Eficiência Governamental durante o seu mandato. SpaceX lança nave, mas não traz foguete de volta para plataforma No sétimo voo, em janeiro de 2025, a empresa de Musk conseguiu repetir manobra em que o foguete Super Heavy é levado de volta à plataforma de lançamento. SpaceX pousa foguete na plataforma, mas perde contato com nave Starship Mas a SpaceX perdeu o contato com a nave, pouco antes do pouso, o que já tinha acontecido em outros testes. Daquela vez, um vídeo registrou destroços da Starship riscando o céu no Haiti. Por segurança, voos comerciais que cruzavam a região do Caribe foram forçados a desviar de suas rotas. A empresa disse que os destroços caíram em áreas designadas para tal. SpaceX faz 8º voo da Starship, recupera foguete, mas perde contato com a nave No oitavo voo da Starship, no início de março, a SpaceX perdeu novamente o contato com a nave cerca de 10 minutos após o lançamento. Vídeos registraram os destroços da nave no céu na região das Bahamas (veja abaixo). Segundo o governo dos EUA, 240 voos no país foram prejudicados pela explosão. Fragmentos de nave da SpaceX rasgam os céus e causam atrasos em voos Apesar disso, pela terceira vez, a empresa conseguiu "capturar" em pleno ar o foguete que transportou a nave, pouco antes de ele pousar, e colocá-lo de volta na plataforma de decolagem. SpaceX lança a oitava missão da nave mais poderosa do mundo, a Starship. Joe Skipper/Reuters Conheça o maior foguete da história, criado pela empresa de Elon Musk Starship Arte/ g1 Conheça a Starship Veja mais: Recorde mundial: robô monta cubo mágico em 0,1 segundo e entra para o Guinness Amazon lança 27 satélites de internet ao espaço para competir com Starlink Turistas fazem primeira caminhada espacial de missão privada

Starship: SpaceX tenta novo voo da nave mais poderosa do mundo nesta terça

Empresa do bilionário Elon Musk marcou lançamento para esta terça (27), às 20h30 (horário de Brasília). Starship: SpaceX tenta novo voo da nave mais poderosa do mundo nesta terça Empresa do bilionário Elon Musk marcou lançamento para esta terça (27), às 20h30 (horário de Brasília).

Adidas revela vazamento de dados de clientes


Segundo a empresa, terceiro não autorizado teve acesso a informações como nome, e-mail, telefone de consumidores que acionaram serviço de atendimento da empresa. Loja da Adidas na China Divulgação/Adidas A empresa de produtos esportivos Adidas informou que dados de seus clientes foram acessados por terceiros não autorizado por meio do provedor de serviços usado por um de seus parceiros. A marca disse que soube do vazamento na última sexta-feira (23). Em aviso enviado a clientes, a Adidas afirma que os dados afetados incluem informações de contato como nome, e-mail, telefone, sexo e data de nascimento de quem usou seu serviço de atendimento. A empresa não informou quantos consumidores foram afetados. "Os dados afetados não contêm senhas, cartões de crédito ou qualquer outra informação relacionada a pagamentos", diz o comunicado da marca. No comunicado, a empresa afirma que aumentou suas medidas de segurança e que não há medidas imediatas para clientes tomarem. "Permaneça vigilante e fique atento a qualquer mensagem suspeita", alerta a marca, que diz nunca entrar em contato pedindo para cliente fornecer dados de cartão de crédito, contas bancárias e senhas. O g1 entrou em contato com a Adidas para obter mais detalhes sobre o incidente de segurança e aguarda retorno.

Starship: SpaceX tenta novo voo da nave mais poderosa do mundo nesta terça

Empresa do bilionário Elon Musk marcou lançamento para esta terça (27), às 20h30 (horário de Brasília). Starship: SpaceX tenta novo voo da nave mais poderosa do mundo nesta terça Empresa do bilionário Elon Musk marcou lançamento para esta terça (27), às 20h30 (horário de Brasília).

Os influencers que ganham fama exibindo animais selvagens como pets


Levantamento feito pela BBC News Brasil identificou ao menos 175 multas do Ibama que citam nomes de redes sociais na descrição e a exploração da imagem de animais silvestres Os influenciadores Agenor Tupinambá, com a capivara Filó, e Luh da Roça, com a jaguatirica Pituca Reprodução/BBC O influenciador digital Agenor Tupinambá, de 25 anos, ganhou a atenção do país, em 2023, quando o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) decidiu apreender uma capivara criada por ele como pet, a Filó. A apreensão aconteceu à época porque, segundo o instituto, o animal estaria sendo exibido indevidamente nas redes sociais e criado em condições inadequadas. Para o Ibama, ele "adquiriu seguidores expondo sistematicamente a fauna silvestre em seus perfis de forma irregular, sem licença ambiental para a atividade." Tupinambá abriu um processo em que requereu a guarda da capivara, e ganhou. Filó continua com ele até hoje. O juiz disse, na decisão, que o animal "vive em perfeita e respeitosa simbiose com a floresta" e que "não é a Filó que mora na casa de Agenor, é o autor (Agenor) que vive na floresta." Advogados do influenciador apresentaram a tese de que ele "jamais buscou a fama", que "seus seguidores foram chegando aos poucos" e que a explosão de seguidores teria ocorrido depois de um vídeo viral com Filó, "gerando o efeito natural de ganhos de seguidores e engajamentos." O caso catapultou Agenor para além das próprias redes sociais: deu entrevistas a programas de TV e chegou até a ter sua vida amorosa retratada em um texto na revista Caras. Houve até mesmo a apresentação de um projeto de lei no ano passado, na Câmara dos Deputados, batizado com seu nome, que descriminaliza a posse e criação de animais silvestres não ameaçados de extinção. O projeto aguarda votação na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Passados dois anos desde o episódio, Agenor Tupinambá alcançou a marca de 1,7 milhão de seguidores no Instagram e outros 1,8 milhão no TikTok, mais do que o dobro do número que tinha sido anotado na multa lavrada pelo Ibama, em 2023. Quem visita a página dele hoje verá mais do que fotos com a capivara ou de sua vida privada. Tupinambá trancou o curso de graduação em agronomia, se mudou para um sítio no interior do Amazonas e passou a trabalhar somente com internet. Levou Filó junto. O influenciador diz que faz hoje publicidade de empresas locais e também que assinou contrato anual com um site de apostas. Tupinambá contou à BBC News Brasil que recebeu algumas críticas depois de ter assinado o contrato. Ao lado da publicidade mais recente está outra foto, também destacada no feed, de Tupinambá e Filó, com o título "#tbt para matar a saudade de vcs". Ele afirma, no entanto, que não faz qualquer uso da capivara diretamente nos anúncios. "Nunca ganhei nada em cima dela, do que eu postava com ela. Depois, meses depois que tudo aconteceu, foi aí que comecei a trabalhar com a internet", disse. Agenor Tupinambá diz que vive hoje com trabalhos na internet Reprodução/BBC 'Memes baby': trend usa IA para recriar vídeos de famosos como crianças 'Mensagem equivocada' para a sociedade O desfecho do caso da capivara Filó virou uma "mensagem equivocada" para o a sociedade e com repercussão até hoje nas redes sociais, nas palavras de um servidor do Ibama. A cada nova apreensão de animal silvestre divulgada nas redes são centenas de comentários negativos recebidos. São situações que envolvem, em geral, outros influenciadores digitais, que divulgam imagens de animais criados como pets, de forma considerada inadequada pelas autoridades. Segundo a instituição, muitos lucram com essa exposição indevida. Um levantamento feito pela BBC News Brasil identificou ao menos 175 autos de infração do Ibama que citam nomes de redes sociais na descrição da multa e a exploração da imagem de animais silvestres. Metade foi lavrada nos últimos cinco anos. Um dispositivo legal de 2008 respalda as ações do órgão: segundo o decreto, é infração ambiental "explorar ou fazer uso comercial de imagem de animal silvestre mantido irregularmente em cativeiro ou em situação de abuso ou maus-tratos", o que pode levar a multas de até R$ 500 mil. Macaco-prego é alvo constante de tráfico de animais silvestres Getty Images/BBC 'Isso gera curtida' Para Bruno Campos Ramos, agente ambiental federal e chefe-substituto do Núcleo de Fiscalização da Fauna da Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama, as redes sociais se tornaram uma nova fonte de lucro para fomentar o tráfico de animais. "Quando algum desses influenciadores que tem animal silvestres faz sucesso, a gente até vê a alegria dos traficantes. É como se um artista estivesse divulgando um tênis, um carro. As pessoas assistem e querem ter um também", diz. Ele lembrou de um episódio, também de repercussão nacional, em que a modelo e apresentadora Nicole Bahls, que tem quase 30 milhões de seguidores no Instagram, teve filhotes de macaco-prego apreendidos pelo Ibama depois de tê-los exibido nas redes sociais. As autoridades descobriram, à época, que os documentos que comprovariam a legalidade dos animais eram falsos. O caso desencadeou depois uma operação sobre tráfico de animais silvestres no Rio. "É uma cadeia em que várias pessoas ganham dinheiro. Tem o advogado, que entra na Justiça nas situações em que apreendemos os animais para conseguir devolução. Tem o influenciador, que ganha repercussão na internet e depois começa com patrocínio de bet [aposta] e monetização de views e curtidas", diz. "Naquela época nós apreendemos muitos primatas. Ela [a modelo] teve a consciência de ir às redes sociais e falar que o Ibama fazia um trabalho excelente, coisa que nem sempre todo mundo faz." Bahls chegou a dizer, em entrevista à TV Globo, que "não tinha consciência" de que o documento era falsificado. "A maior lição que eu tive sobre animal silvestre, eu acho que mesmo sendo legalizado, não é legal. Porque incentiva e causa morte e muita dor no meio desses animais", disse. Ramos, do Ibama, avalia que há uma incompreensão da sociedade sobre a ação do instituto. "Recebemos uma crítica muito exacerbada. As pessoas acham que entendem do assunto. Esses não são animais para serem criados como pet." Jaguatirica 'Pituca': servidores recebem ameaças Ibama diz que jaguatirica que estava com influenciadora apresentava quadro de desnutrição Ibama/BBC Outro exemplo do cabo de guerra entre o Ibama e parte da opinião pública aconteceu em abril deste ano, quando a instituição apreendeu uma jaguatirica no interior do Pará, apelidada de Pituca. O próprio Ibama divulgou vídeo no Instagram sobre o caso. Com música ao fundo, uma porta-voz da instituição, Juliana Junqueira, diz que o animal tinha deficiência nutricional crônica, que a pelagem estava sem brilho e com lesões. "A pessoa que se apossou do animal o exibia nas redes sociais como se tudo estivesse bem, mas a realidade era outra", escreveu o Ibama na publicação. "Isso é maus tratos! Isso é tortura! Não curta histórias de animais silvestres nas redes. Atrás de um vídeo bonitinho existe uma história triste de maus-tratos", diz a instituição. Em resposta, um dos primeiros comentários em destaque era de que "em momento algum" o animal era maltratado e que a jaguatirica "vivia solta e feliz com a sua dona". Outra resposta em letras maiúsculas reafirma que o animal "vivia livre na fazenda, sumia nas matas e voltava quando queria. Agora ela está definhando em uma jaula no Ibama. Quem é que está causando maus tratos?", escreveu a usuária. A jaguatirica chegou a um Centro de Triagem de Animais Silvestres, em abril, com o objetivo de, quando possível, ser reintroduzida à natureza "de forma segura", segundo o Ibama. Os comentários negativos foram além das redes sociais. A BBC News Brasil teve acesso a uma ameaça por escrito, enviada a servidores do Ibama no Pará. Um servidor contou à reportagem, sob condição de anonimato, que após a repercussão do caso nas redes houve uma "onda contínua de repúdio às ações do Ibama" e "ameaças de agressão física", inclusive nas páginas pessoais dos servidores. "As pessoas têm relação tão grande com esses influencers que se acham amigos dessas pessoas. É um negócio calçado na emoção, não na razão", disse. Ele disse que o órgão encaminhou as ameaças para investigação da Polícia Federal. Initial plugin text 'Ela não está sendo maltratada' Initial plugin text A jaguatirica estava em posse de Luciene Candido, que se apresenta nas redes sociais como Luh da Roça. Ela tem mais de 200 mil seguidores no Instagram e quase 500 mil no Facebook. Pituca era exibida em vídeos ao lado de outros animais e bebendo em uma mamadeira. Algumas publicações chegaram a quase 1 milhão de visualizações. Em um dos vídeos publicados antes da apreensão, a influenciadora alegou que o animal podia se movimentar como quisesse na fazenda em que vive e que, caso fosse solta na natureza, não sobreviveria. "Pessoal fica marcando autoridade nos meus vídeos, realmente eu não entendo. Ela não está sendo maltratada, não está passando fome, não vive em apartamento", disse. "Acho que o desejo deles [que denunciam] é autoridade vir, recolher ela, levar para um cativeiro e aí depois de um certo tempo, 'ah, ela treinou, está pronta para ir para o habitat dela'. Aí chega no habitat dela simplesmente ela vai e morre. Possibilidade dela viver aqui em casa é de 20 anos. Lá no habitat dela, é 10. Quem fica questionando, criticando, nem sabe disso." O analista ambiental do Ibama Roberto Cabral diz que há uma incompreensão sobre o que acontece após o resgate dos animais. "Os centros de triagem [para onde os animais vão depois de apreendidos] não são o destino final do animal. É lá que eles serão recuperados, onde se faz uma reabilitação. É como se fosse um hospital. Transitório, para preparar o animal para viver em liberdade." A jaguatirica foi encaminhada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres, o Cetas. O instituto diz que o animal tinha problemas na pelagem e parasitas, "com destaque para infestação por bicho-de-pé nas patas" e "perda dos caninos do lado esquerdo." Ela admitiu, em um vídeo após a apreensão, saber que não tinha autorização para ficar com o animal. "Estou agoniada, estou nervosa, estou triste. Infelizmente para quem estava torcendo contra, marcando as autoridades para vir busca a Pituca, vieram", lamentou ela em uma publicação após a apreensão. "Tá certo que eu não tenho autorização, mas eu salvei a vida dela. Eu não fui na natureza caçar ela pra levar pra casa." Candido também passou a divulgar uma série de vídeos críticos à apreensão, inclusive com uso de inteligência artificial, com ilustrações de autoridades prendendo o animal em uma jaula. A reportagem fez diversas tentativas de entrevista com Luciene Candido por suas redes sociais, mas não obteve resposta. O espaço segue à disposição. A Meta informou, em nota, que não permite "conteúdos que coordenem, ameacem, apoiem ou admitam atos que causem danos físicos contra animais, e removemos tais conteúdos quando tomamos conhecimento deles em nossas plataformas." Disse ainda: "Estamos sempre aprimorando esforços para manter as nossas plataformas seguras e também incentivamos as pessoas a denunciarem conteúdos e contas que acreditem violar nossas políticas através das ferramentas disponíveis dentro dos próprios aplicativos". Initial plugin text Youtube: visualizações e lucro milionário Um artigo científico publicado em 2023 na revista Biological Conservation analisou o fenômeno crescente do uso de animais silvestres nas redes sociais - e o consequente lucro para os criadores de conteúdo. A pesquisa foi publicada em 2023 e assinada por Antônio F. Carvalho, Igor O. Morais e Thamyrys B. Souza. Foram analisados cerca de 400 vídeos no Youtube, de 39 países. Os números mostram o grande interesse por esse tipo de conteúdo: somados, os vídeos tiveram quase 1 bilhão de visualizações e 8,5 milhões de curtidas. Ao menos 114 vídeos foram monetizados por 155 anunciantes, e a média de lucro foi de US$ 10 mil dólares (cerca de R$ 56 mil). Crianças participaram de 61 produções. Entre os vídeos identificados havia exemplos de crueldade explícita com animais. No caso do Brasil, no entanto, os maus-tratos aparecem de forma mais 'velada', avalia o especialista em combate ao tráfico de animais silvestres da Wildlife Conservation Society (WCS) Brasil, Antonio Carvalho. "Vimos muitos vídeos de animais na fila de matadouro e gente que comemora isso. No Brasil o que viraliza mais são vídeos de animais fofinhos, que aparentemente não demonstram algum tipo de crueldade. O caso da capivara Filó e da jaguatirica são as cerejas do bolo do que o brasileiro gosta de ver." Para o especialista, o primeiro dano causado por esse tipo de conteúdo é o incentivo ao tráfico de animais silvestres. "Se o influencer está ficando famoso, indo para a televisão, quem assiste pensa em fazer a mesma coisa. Consequententemente, muitos outros animais começam a ser buscados, para atrair engajamento e entrar nesse círculo vicioso." Embora não haja um sofrimento evidente nesses vídeos virais com animais silvestres criados como pets, ele avalia que há outros danos não mostrados. "No caso da jaguatirica, que vimos recentemente, a questão nutricional estava muito abalada. Isso é recorrente. O animal, quando não está em vida livre, quando não está naquele nicho em que a espécie está adaptada, tem todo o sistema imunológico modificado. Quantidade de hormônios, de stress, tudo fica mais elevado." Carvalho diz que a crítica recorrente ao Ibama acontece porque, à primeira vista, parece que estão tirando um animal doméstico de quem está cuidando, algo distante da realidade. "Os servidores, via de regra, dão a vida para resgatar esses animais." O YouTube, em nota, disse que as diretrizes da comunidade "proíbem estritamente vídeos com maus-tratos a animais." "É importante ressaltar que vídeos que violam essas diretrizes não são elegíveis para monetização. Se identificarmos uma violação, o vídeo é removido e o canal pode sofrer penalidades, incluindo a desativação da monetização. Investimos continuamente em tecnologia e equipes para aplicar essas políticas globalmente. Encorajamos nossa comunidade a denunciar qualquer conteúdo suspeito, e todas as denúncias são analisadas", diz a plataforma. Veja mais: Influencer entrega capivara 'Filó' ao Ibama Influenciador que mostrava rotina com capivara é multado pelo Ibama

domingo, 25 de maio de 2025

Google I/O 2025: veja 7 novidades de IA lançadas no evento anual da big tech


Anúncios incluem buscas com respostas em IA e traduções em tempo real no Google Meet, além de recursos para realizar chamadas em 3D e gerar vídeos com estilo cinematográfico. Buscador com IA, videochamada em 3D: as novidades em inteligência artificial do Google O Google realizou nesta semana o Google I/O 2025, seu evento para desenvolvedores em Mountain View, na Califórnia. A conferência mostrou como a empresa continua apostando forte na integração de inteligência artificial em seus serviços. Entre os anúncios, estão um modo de IA na busca, avanços no assistente Gemini e até chamadas de vídeo com experiência em 3D. A empresa também revelou novidades em geração de vídeos com IA e na sua plataforma para realidade estendida. O g1 acompanhou o evento presencialmente e reuniu os principais destaques da conferência. Confira abaixo. Modo IA na busca Batizado de AI Mode, o novo recurso deixa o buscador parecido com Gemini e ChatGPT ao criar um resumo de texto como resposta de uma busca, em vez de mostrar uma lista de links. Ele aparece como uma aba ao lado de Imagens, Vídeos e Notícias no topo da busca, mas, por enquanto, está disponível apenas nos Estados Unidos. O Google também anunciou o Search Live, que permite interagir em tempo real com a busca. É possível, por exemplo, apontar a câmera para uma bicicleta desmontada e perguntar onde cada peça se encaixa. Google AI Mode, versão repaginada da buscador do Google com foco em inteligência artificial Divulgação/Google Chamadas de vídeo imersivas O Google anunciou uma solução que oferece experiências 3D em chamadas de vídeo, dando a sensação de que a outra pessoa está no mesmo ambiente que você. A novidade, batizada de Google Beam, usa um sistema do Google e depende de seis câmeras, inteligência artificial e a tela especial lightfield para dar sensação de profundidade. O aparelho será produzido por parceiros como a HP e chegará ao mercado ainda este ano. Com IA, nova plataforma do Google simula presença física em reuniões on-line Divulgação/Google Tradução em tempo real O Google Meet vai ganhar tradução de fala em tempo real. Segundo a empresa, o recurso mantém tom de voz, entonação e funciona com baixa latência, isto é, não deve um grande atraso entre o que é dito e o que é traduzido. Ele está disponível em inglês e espanhol para assinantes dos planos AI Pro e Ultra, com mais idiomas chegando em breve. Em 2025, começa a ser liberado também para usuários do Workspace. Tradução em tempo real no Google Meet com o Google Beam Reprodução/Google Gemini O Gemini Live agora usa funções do projeto Astra, que descreve em tempo real o que é capturado pela câmera do celular. O recurso já está disponível para Android e começou a ser liberada para o iPhone. Outra novidade é o Modo Agente, em que a IA realiza ações em vez de somente gerar conteúdo. No exemplo citado pelo Google, uma pessoa em busca de uma casa para comprar, pode pedir para o agente listar opções, ajustar filtros e até marcar visitas. A opção será liberada em breve para assinantes do Gemini. Respostas inteligentes no Gmail O Gmail será capaz de criar respostas inteligentes com IA, mantendo o tom de suas mensagens anteriores e usando e-mails antigos e arquivos do Drive como base. A novidade será liberada para assinantes ainda este ano. Nos próximos meses, o serviço também ganhará recursos automatizados. Com isso, será possível pedir para o Gemini apagar ou arquivar e-mails que você não precisa mais, por exemplo. Vídeos e fotos gerados por IA O Google apresentou o Flow, ferramenta que permite criar vídeos cinematográficos a partir de descrições de texto. Por enquanto disponível apenas nos EUA, ela combina os modelos Veo, Imagen e Gemini para gerar cenas, personagens e cenários com consistência visual. A empresa também atualizou seus modelos de IA para gerar vídeos e fotos. O Veo 3 agora gera vídeos com áudios, como diálogos e ruídos de ambiente, e o Imagen 4 ficou melhor em detalhes visuais. Google lança ferramenta que transforma texto em vídeo cinematográfico Óculos com Android XR O Google deu mais detalhes sobre o Android XR, sistema feito para óculos e headsets de realidade estendida, criado em parceria com a Samsung e a Qualcomm. Ele mistura realidade aumentada, virtual e IA. O g1 testou o protótipo de um óculos com Android XR. O dispositivo tem câmera e sensores que entendem o ambiente e exibem informações na tela, como mapas, traduções e mensagens. O lançamento está previsto para 2026. Android XR: g1 testa novo sistema operacional para óculos de realidade virtual e headsets g1 testa o Waymo, o carro autônomo do Google, nos Estados Unidos

'Memes baby': trend usa IA para recriar vídeos de famosos como crianças


Versões de vídeos do ex-BBB Davi Brito, do humorista Whindersson Nunes e da cantora Jojo Toddynho acumulam milhões de visualizações no TikTok. 'Memes baby': trend usa IA para recriar vídeos de famosos como crianças Uma nova trend nas redes sociais usa inteligência artificial para criar vídeos com uma versão infantil de famosos. Algumas das publicações têm milhões de visualizações no TikTok. Entre os "memes baby" mais vistos, estão cenas do ex-BBB Davi Brito durante o reality show, um trecho do stand-up do humorista Whindersson Nunes e uma declaração da cantora Jojo Toddynho. Nos comentários, muitas pessoas dizem achar "fofas" as versões dos famosos como crianças. "Espero que meu psicólogo não saiba que eu passo o dia vendo esses bebês", disse uma usuária. Outros dizem que a versão adulterada dos vídeos passaria despercebida por muita gente. "Vou mostrar para minha avó", escreveu um usuário. "Se minha mãe vir esse vídeo, ela acreditará", respondeu outra. Entre os 'memes baby' mais vistos, estão versões de vídeos de Davi Brito, Whindersson Nunes e Jojo Toddynho Reprodução/TikTok Há ainda os que fingem acreditar que o vídeo é real. "Tão pequena e já sabe dublar" ou "Tão pequena e já sabe falar com uma voz tão madura" são alguns dos comentários irônicos de quem interage com os memes. A trend aproveita a ampla oferta de aplicativos para fazer deepfakes, que usam IA para criar vídeos e fotos editados. Nesse caso, as ferramentas conseguem refazer o vídeo verdadeiro, mantendo a aparência do cenário e a sincronia labial. A técnica não se limita às versões de vídeos famosos, mais fáceis de identificar como adulterados. Em alguns casos, ela é usada para criar conteúdos que tentam se passar como reais. A orientação para quem deseja usar esses aplicativos é verificar os termos de uso para checar quais dados podem ser coletados por eles e checar se a empresa desenvolvedora é alvo de muitas reclamações. LEIA TAMBÉM: 'IA do job': brasileiros ganham dinheiro criando mulheres virtuais para conteúdo adulto 'Um aluno fez um deepfake pornô meu, e minha vida virou de cabeça para baixo' O que é deepfake e como ele é usado para distorcer realidade 'IA do job': brasileiros ganham dinheiro criando mulheres virtuais para conteúdo adulto G1 Explica: Deepfake

sábado, 24 de maio de 2025

Pesquisa brasileira reúne bilhões de mensagens públicas disponibilizadas pelo Discord; plataforma questiona


Estudo usou funcionalidade disponibilizada pela própria empresa para extrair os dados. Para professor que analisou a pesquisa, levantamento é legítimo. O Discord é uma plataforma de comunicação digital usada para conversas por texto, voz e vídeo. A rede é popular principalmente entre adolescentes. Foto: Ivan Radic/Flickr Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) afirmam ter coletado mais de 2 bilhões de mensagens públicas de usuários do Discord, postadas entre 2015 e 2024, usando uma funcionalidade disponibilizada pela própria plataforma. Segundo o estudo, chamado "Discord revelado: um conjunto abrangente de dados de comunicação pública", o objetivo é criar um banco de dados que pode ser usado como base para pesquisas em ciências sociais. Os autores afirmam ter tratado os dados para impedir a identificação de quem postou as mensagens. O estudo foi publicado em fevereiro deste ano "arXiv", um site que divulga estudos de diversas áreas, como ciência da computação, estatística e biologia. A informação de que conversas públicas da plataforma podem ser baixadas pegou usuários de surpresa. Nas redes sociais, eles passaram a questionar a pesquisa, alegando invasão de privacidade, e até a segurança de suas informações. Procurada, a empresa alega que os pesquisadores violaram as regras da rede social (leia mais abaixo). Um professor da Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP) que não participou do estudo, mas o analisou, afirma que a iniciativa é legítima. O que é o Discord? O Discord é uma plataforma usada para conversas por texto, voz e vídeo, e é popular principalmente entre adolescentes que querem jogar e conversar ao mesmo tempo. Atualmente, ela tem cerca de 200 milhões de usuários. Com um ambiente repleto de menores de idade, a plataforma também tem sido alvo de criminosos que buscam praticar crimes contra essa população, como chantagem com fotos íntimas, indução à automutilação, estupro virtual e incitação ao suicídio. O Discord afirma que que conta com equipes especializadas dedicadas a combater ilegalidades na plataforma. Profissão Repórter flagra automutilação de menina durante transmissão ao vivo no Discord Pesquisadores usaram funcionalidades do Discord para baixar dados De acordo com o estudo, o levantamento reuniu apenas dados de grupos considerados públicos de acordo com os termos de uso do Discord, "com os quais todos os usuários concordam ao se inscreverem”. Para acessar os dados dos servidores do Discord, segundo o estudo, os pesquisadores utilizaram o recurso "Discovery", da própria plataforma, que permite aos usuários navegar pelos servidores públicos – e até mesmo ver mensagens públicas – sem precisar participar deles. E, para obter as informações, ainda de acordo com o estudo, foi usada a API – uma funcionalidade que permite baixar dados em massa – do próprio Discord. Depois de baixados, os dados foram tratados com técnicas de anonimização, como a substituição dos nomes dos usuários por pseudônimos, para limpar qualquer informação que pudesse identificá-los. Discord afirma que extração de dados foi feita sem consentimento Ainda que a ferramenta seja disponibilizada pelo próprio Discord e que os dados baixados na pesquisa sejam públicos, a plataforma questiona a forma como ela foi feita. “A extração de dados de nossos serviços sem o nosso consentimento por escrito constitui uma violação dos nossos Termos de Serviço e Diretrizes da Comunidade. O Discord está investigando essa atividade com diligência e tomará as medidas cabíveis. Esse é um assunto sério e estamos comprometidos com a proteção da privacidade e dos dados dos nossos usuários”, disse a empresa, em nota. Parece que os pesquisadores tomaram medidas para proteger as identidades das pessoas, mas isso ainda viola nossas políticas e estamos investigando completamente." Estudo 'eticamente adequado', diz professor que analisou pesquisa O professor da PUC e pesquisador em tecnologia e inteligência artificial Diogo Cortiz afirma não ver irregularidade. “A pesquisa usou a API oficial do Discord e ela permite o acesso a canais públicos e servidores públicos. Ou seja, eles fizeram isso de forma regular (...) O Discord alega essa violação da política, mas isso me parece uma forma de justificar a exposição da falta de segurança da troca de mensagens”, diz. Cortiz ressalta que os pesquisadores afirmam ter adotado critérios para impedir a identificação dos autores das mensagens. "Eles [os pesquisadores da UFMG] afirmam que usaram uma anonimização. Seguindo esses requisitos, esse projeto de pesquisa é eticamente adequado", acrescenta Cortiz. Na visão do professor da PUC, o Discord não foi claro sobre qual foi a regra violada pelo estudo. Todo conteúdo público pode ser coletado? De acordo com Cortiz, da PUC, não. Mas, neste caso, os pesquisadores da UFMG utilizaram dados da API oficial da plataforma, que dá acesso a canais e servidores públicos, além de terem aceitado os termos de uso. "Por exemplo, não é pelo fato de que o Instagram tem o perfil aberto que você pode pegar esses arquivos – pelo termo de serviço você não pode", diz Cortiz. "Uma plataforma muito usada para ciências sociais com esse tipo de análise de dados era o Twitter. Ele tinha uma API que dava para extrair os dados. E, para usar a API oficial e pegar os dados, tinha que respeitar uma série de requisitos", lembra.

Sundar Pichai: o que pensa o chefão do Google sobre regulação e gasto de energia da IA


Presidente-executivo do Google conversou com jornalistas de diversos países — entre eles, o g1 — durante evento em que empresa anunciou novidades no campo da inteligência artificial. Sundar Pichai recebe a imprensa mundial na sede do Google, na California. Darlan Helder/g1 Sundar Pichai, presidente-executivo do Google, acredita ser preciso incentivar investimentos em fontes de energia limpa e renovável para atender à alta demanda de energia da inteligência artificial (IA), foco da empresa em produtos como o assistente Gemini. Em conversa com jornalistas durante o Google I/O, nos Estados Unidos, na qual o g1 esteve presente, o executivo citou como exemplo um centro de dados da empresa em Nevada, alimentado em grande parte por energia geotérmica, método que gera eletricidade a partir do calor do interior da Terra. O consumo elevado de energia e água por sistemas de IA é um tema que tem ganhado cada vez mais atenção por conta de modelos capazes de gerar conteúdo, como o ChatGPT, lançado pela OpenAI em 2022, e o Gemini, de 2023. O Google, por exemplo, afirma ter consumido 6,4 bilhões de galões de água (ou 24 bilhões de litros) para manter sua infraestrutura em 2023. É o maior volume registrado desde 2019, antes do lançamento do Gemini, como mostrou uma reportagem do g1 publicada neste mês. (O repórter viajou para o evento a convite do Google.) Sundar Pichai com influenciadores na sede do Google, na California. Darlan Helder/g1 Buscador do Google fica mais parecido com o ChatGPT; veja o que vai mudar Filmes feitos por IA? Google lança ferramenta que transforma texto em vídeo cinematográfico Para o chefão do Google, que está há 10 anos no cargo e está prestes a se isolar como o chefe com maior tempo à frente da empresa, a humanidade é capaz de lidar com a demanda crescente da IA. "Há muito tempo temos a tecnologia para gerar grandes quantidades de energia limpa e renovável. Por isso, acredito que essa demanda nos forçará a investir mais nessa direção. Vejam, por exemplo, quanto dinheiro está sendo direcionado para tecnologias nucleares — como pequenos reatores modulares, fusão nuclear, energia geotérmica, entre outras", afirmou. Buscador com IA, videochamada em 3D: as novidades em inteligência artificial do Google O executivo descreveu o atual momento do setor de tecnologia como "incrivelmente empolgante" e disse que o Brasil é um importante mercado emergente, que pode aproveitar oportunidades com o crescimento de IA. Em resposta a um jornalista da África do Sul, ele afirmou que empreendedores locais podem traçar seus próprios caminhos na área de IA. "Não estamos apenas construindo produtos para o consumidor final. Estamos fornecendo soluções e tecnologia para quem precisa. Então, empreendedores na África, Indonésia, Índia, Brasil, todos podem usar essas ferramentas e se desenvolver, certo? Esse é o poder da tecnologia", afirmou. "Nossa filosofia, neste momento, é colocar os produtos nas mãos das pessoas o mais rápido possível — inclusive dos desenvolvedores — para que possam criar a partir deles", completou. Pichai também foi questionado sobre regulamentação de IA, especialmente a da União Europeia, que tem leis mais rígidas sobre o assunto, e disse que existem normas complexas em constante evolução ao redor do mundo. Ele vê esse momento como uma "nova fronteira", em que "às vezes surgem novas regulamentações". Para Sundar, esses momentos sempre geram um bom intercâmbio, que faz parte do processo natural da inovação. Google lança ferramenta que transforma texto em vídeo cinematográfico g1 testa o Waymo, o carro autônomo do Google, nos Estados Unidos Android XR: g1 testa novo sistema operacional para óculos de realidade virtual e headsets

IA no celular: o que vale a pena usar? g1 testou funções no iPhone 16e, Moto Razr 60 Ultra e Galaxy S25 Edge

Cada marca diz que as funções de inteligência artificial do seu smartphone é algo imprescindível de usar. Mas é mais comum esquecer ...