quinta-feira, 31 de julho de 2025

Como funciona o Tea, aplicativo em que mulheres avaliam encontros com homens e que foi alvo de ataque hacker


Tea é um aplicativo para mulheres avaliarem encontros com homens Divulgação/Tea Um aplicativo exclusivo para mulheres e criado para elas avaliarem sob anonimato encontros com homens ganhou mais de 4 milhões de usuárias e se tornou um dos mais baixados nos Estados Unidos. Mas, na última sexta-feira (25), ele chamou ainda mais atenção após admitir ter sido alvo de um ataque hacker que expôs 72 mil fotos de mulheres cadastradas em seu sistema. Batizado de Tea, o aplicativo serve como uma comunidade de apoio para mulheres saberem mais sobre determinados homens. É possível alertar sobre comportamentos problemáticos e indicar se acham que outras deveriam sair com eles. 📱 Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Nas lojas de aplicativos, elas classificam o Tea como uma ferramenta importante para saberem se é seguro conversar com um determinado homem e como uma proteção contra "mentirosos, trapaceiros, golpistas e predadores". "Este aplicativo é um verdadeiro salvador para mulheres que realmente querem saber se é seguro ou não conversar com um cara", disse uma usuária. "Finalmente temos uma ferramenta que funciona a nosso favor, e não contra nós", escreveu outra. Os homens, por sua vez, reclamam que o aplicativo permite calúnias e foi criado para envergonhá-los. "É um lugar para ex-namoradas ciumentas postarem coisas ruins", disse um deles. Os termos do Tea dizem que as usuárias não podem usar o serviço para compartilhar conteúdo difamatório. E alguns homens já disseram ter conseguido remover postagens em que estavam envolvidos, segundo o Washington Post. Teve um nude vazado? Saiba como juntar provas e denunciar Como funciona o Tea O aplicativo é exclusivo para mulheres, que precisam apresentar selfie, data de nascimento e localização antes de confirmarem o cadastro. Ele se descreve como uma ferramenta para mulheres saberem se é seguro ter um date com um homem e se ele fala a verdade quando diz que é solteiro. A plataforma também afirma que é possível checar antecedentes criminais e fazer pesquisas sobre homens a partir de suas fotos e seus números de telefones. A ideia é que ele seja um complemento para aplicativos de relacionamento como Tinder e Bumble. Aplicativo Tea Divulgação/Tea Como foi o ataque O Tea informou na sexta-feira (25) ter descoberto acesso não autorizado a um antigo sistema com 72 mil fotos, incluindo 13 mil selfies enviadas no processo de verificação de contas. As outras 59 mil imagens acessadas vinham de postagens, comentários e mensagens privadas enviadas há mais de dois anos. O ataque foi discutido na véspera entre membros do fórum online extremista 4chan, de acordo com a NBC News. Na sexta, um usuário publicou um link para outras pessoas baixarem as imagens. Na segunda-feira (28), a plataforma informou que soube que o ataque também afetou o conteúdo de algumas mensagens privadas. Segundo o site 404Media, que revelou o caso, a segunda brecha deu acesso a registros mais recentes e permitiu até mesmo enviar notificações para usuárias no aplicativo. A plataforma disse que trabalha com especialistas e autoridades de segurança, como o FBI, para obter mais informações sobre o ataque. E que vai oferecer suporte gratuito de proteção de identidade para as mulheres afetadas. Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como denunciar

VÍDEO: foguete cai logo após decolar em teste na Austrália


Foguete cai logo após decolar em teste na Austrália Um foguete projetado para fazer voos orbitais caiu logo após decolar em uma base na Austrália na última terça-feira (29). O veículo não tinha passageiros, e ninguém ficou ferido, de acordo com a australiana Gilmour Space, fabricante do veículo espacial. O teste teve apenas 14 segundos de duração, tempo em que o foguete batizado de Eris decola, perde velocidade e cai no solo (veja no vídeo acima). A Gilmour Space diz que ele é o primeiro foguete australiano a tentar entrar em órbita. Mesmo com a queda, a empresa afirmou que o teste foi um marco importante em seu plano de oferecer lançamentos espaciais mais baratos para empresas de satélites. 📱 Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Foguete cai logo após decolar na Austrália Divulgação/Gilmour Space O presidente da Gilmour Space, Adam Gilmour, comparou a situação com a de rivais como a SpaceX, que precisaram de vários testes até alcançar a órbita terrestre. "O espaço é difícil", disse. "Aprendemos muito, o que será usado diretamente para melhorar nosso próximo veículo, que já está em produção". Para a empresa, o primeiro teste real comprova que muito do que sua equipe construiu realmente funciona. "Sair da plataforma e voar é um grande passo à frente para qualquer novo programa de foguetes", continuou Gilmour. A empresa planeja fazer o próximo voo com outro exemplar do foguete Eris dentro de 6 a 8 meses. Como serão os primeiros data centers de IA no Brasil Sou obrigado a fazer reconhecimento facial no meu prédio? Veja perguntas e respostas Milionário da 'juventude eterna' agora aposta em boné anti-calvície e ondas de choque Cinzas de 166 pessoas se perdem no espaço após falha em cápsula funerária

‘Suco Tarifinho’, ‘shampoo para carecas’ e ‘faz o Elo’: memes brasileiros após mudanças nas sanções de Trump


No programa da Ana Maria Braga, Alckmin diz que a 'negociação não terminou hoje, ela começa hoje' Após o estabelecimento oficial do tarifaço, que deixou de fora muitos produtos que estavam ameaçados, e do anúncio da aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, internautas reagiram compartilhando memes. Nas redes sociais, explodiram piadas, como o suco Tarifinho, o ministro Alexandre de Moraes se perguntando onde vai comprar seu shampoo ou ele comendo taco, em referência ao TACO (Trump Always Chickens Out ou Trump sempre amarela), apelido dado ao presidente americano Donald Trump por conta dos seus recuos. LEIA TAMBÉM: Brasileiros zoam presidente dos EUA com meme 'TACO'; expressão significa 'Trump sempre amarela' Trump assina ordem executiva contra o Brasil; medida permite à Casa Branca driblar Congresso Cartão de crédito, e-mail e redes sociais: como a Lei Magnitsky pode impactar a vida de Alexandre de Moraes Tarifaço pode encarecer ou baratear o preço dos alimentos no Brasil? Veja abaixo alguns memes que circularam nas redes sociais: Imagens do "suco Tarifinho" circularam nas redes sociais. Reprodução/X Shampoo de Moraes? Ué! Reprodução/X Meme sobre a lei Magnitsky. Reprodução/X Apesar da redução dos danos, alguns produtos brasileiros importantes foram mantidos no tarifaço. Reprodução/X Perfis disseram que o presidente americano "arregou" na cobrança de tarifas. Reprodução/X Além das criações novas, perfis brasileiros relembraram a brincadeira com TACO: Meme envolvendo 'TACO' Reprodução/X Meme envolvendo 'TACO' Reprodução/X Meme envolvendo 'TACO' Reprodução/X Meme faz piada com Donald Trump. Reprodução/X

Como surgiu o meme do 'TACO', usado agora por brasileiros para provocar Trump


Donald Trump Getty Images via BBC O termo "TACO" foi um dos mais usados por brasileiros nas redes sociais nesta semana. A sigla, que resume a expressão Trump Always Chickens Out ("Trump sempre amarela", em tradução livre), ganhou força por meio de memes após os Estados Unidos imporem novas sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e a aproximação do início do tarifaço contra produtos brasileiros. A enxurrada de piadas e montagens transformou "TACO" em um dos sete termos mais usados no X (antigo Twitter) no Brasil na última semana. Usuários brasileiros adaptaram o apelido para ironizar a postura agressiva do ex-presidente americano, sugerindo que, mais uma vez, ele poderia acabar voltando atrás. Outro fator que contribuiu para a expressão ganhar novo fôlego foi a aplicação de sanções individuais do governo dos EUA contra Moraes com base na Lei Magnitsky — uma das legislações mais duras de Washington para punir autoridades estrangeiras acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos. A medida foi publicada no site oficial do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros. Há três consequências principais para quem é colocado na lista de sancionados pela legislação: proibição de viagem aos EUA, congelamento de bens nos EUA e proibição de qualquer pessoa ou empresa nos EUA de realizar transações econômicas com o indivíduo penalizado. Moraes já estava impedido de entrar em território americano. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, já havia anunciado, em 18 de julho, a revogação do visto do ministro, seus familiares e "aliados" — sem detalhar quem são esses. Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a sanção como uma "interferência externa inaceitável" no Judiciário brasileiro. O STF também se manifestou em defesa do ministro, afirmando que todas as decisões de Moraes na ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro foram confirmadas por meio de votação com os demais membros da Corte. A origem do 'TACO' O termo TACO foi criado em maio de 2025 por Robert Armstrong, colunista do jornal britânico Financial Times, e rapidamente se espalhou por Wall Street (o principal centro financeiro dos Estados Unidos), ganhando força como piada entre investidores e analistas de mercado. A expressão se refere a um suposto padrão observado desde o primeiro mandato de Donald Trump: o anúncio de medidas agressivas, especialmente na política comercial, seguido por recuos ou suavizações estratégicas. Armstrong publicou a expressão em um artigo da série Unhedged ('Sem cobertura'), onde apontava que o governo dos EUA demonstrava "baixa tolerância a pressões econômicas e do mercado" — e que, diante de impactos negativos, tendia a voltar atrás. Ele chamou isso de "a teoria do Taco": Trump Always Chickens Out. O chamado "TACO trade" virou uma estratégia entre investidores que compravam ações em queda logo após anúncios de tarifas, prevendo que o governo recuaria em breve — o que geralmente acontecia, impulsionando o mercado de volta para cima. LEIA TAMBÉM: 'TACO': expressão 'Trump Sempre Amarela' viraliza nos EUA; presidente se irrita e fala em 'maldade' Antes da sigla se firmar, essa tendência de Trump já era reconhecida por termos como "recuo", "ziguezague" ou "flip-flop". Operadores do mercado chamavam o comportamento de "Trump put", fazendo uma referência ao instrumento financeiro put option, usado para limitar perdas, numa analogia à forma como o próprio presidente "protegida" o mercado mudando de ideia sempre que a reação era negativa. O termo TACO também foi referenciado após decisões sobre tarifas contra a China e a União Europeia. Um exemplo citado pela jornalista Katie Martin, também do Financial Times, foi a suspensão repentina dos chamados "Liberation Day Tariffs" (tarifas anunciadas para entrar em vigor em uma data simbólica, o "Dia da Libertação"), que foram canceladas apenas uma semana após seu anúncio. Outro caso foi o recuo de Trump na tentativa de demitir o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, além da promessa de reduzir tarifas sobre a China durante negociações comerciais. Segundo a repórter Shannon Pettypiece, da NBC News, Trump ameaçou dezenas de tarifas durante seu governo, mas cumpriu apenas uma parte delas. "Embora ele tenha de fato imposto medidas de impacto, ameaçou muito mais do que realizou", escreveu. Trump se irrita ao ser questionado sobre o termo ‘TACO’ O início do tarifaço O presidente Donald Trump assinou na última quarta-feira (30) uma ordem executiva confirmando a adoção de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros vendidos aos EUA. A ordem, porém, lista quase 700 produtos que ficarão isentos da tarifa. Vários deles estão entre os principais produtos brasileiros exportados para os EUA, como suco de laranja, aeronaves e petróleo. As tarifas entrarão em vigor em sete dias, em 6 de agosto. Antes, estavam previstas para valer a partir de 1° de agosto. "A ordem considera que a perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivados pelo Governo Brasileiro contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e milhares de seus apoiadores constituem graves violações dos direitos humanos que minaram o Estado de Direito no Brasil", diz a nota da Casa Branca. No processo contra Bolsonaro à que a nota se refere, o ex-presidente é acusado de tentar dar um golpe de Estado após perder a eleição para Luiz Inácio Lula da Silva. Ele nega a acusação. A nota diz ainda que membros do governo brasileiro têm agido para "coagir, de forma tirânica e arbitrária, empresas americanas [de redes sociais] a censurar discursos políticos, remover usuários da plataforma, entregar dados sensíveis de usuários americanos ou alterar suas políticas de moderação de conteúdo". Em pouco mais de seis meses de governo, Trump anunciou tarifas contra praticamente todos os parceiros comerciais americanos. O governo estabeleceu uma alíquota mínima de 10% para as tarifas de importação, mas alguns países tiveram taxas específicas definidas. *Com informações de reportagem de Julia Braun e Luiz Fernando Toledo

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Brasil flexibiliza posição e aceita negociar regulamentação de big techs para evitar tarifaço; veja os pontos discutidos


Haddad diz que negociações com EUA continuarão mesmo após início do tarifaço Para tentar adiar ou reverter, ainda que parcialmente, o tarifaço anunciado por Donald Trump, o governo brasileiro flexibilizou o discurso em relação às big techs e assumiu compromisso com as plataformas de negociar a regulamentação das redes sociais e a concessão de benefícios fiscais direcionados ao setor. Na tarde de ontem (29), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, se reuniu por quase duas horas com executivos da Meta, Google, Amazon, Apple, Visa, Mastercard e Expedia. Foi o segundo encontro com as big techs desde o anúncio de Trump de que as importações brasileiras terão uma sobretaxa de 50%. Dessa vez, as plataformas apresentaram uma lista de demandas que vão ser negociadas, daqui pra frente, em uma mesa específica de trabalho. O vice-presidente Geraldo Alckmin criticou o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil Júlio César Silva/MDIC Até então, o posicionamento do governo Lula era de que a regulamentação das big techs era algo inegociável por se tratar de um tema interno e que envolve a soberania nacional. Diante da proximidade e da aparente irreversibilidade do tarifaço, o governo brasileiro sinalizou às plataformas disposição em negociar. Na avaliação de integrantes do primeiro escalão do governo, trata-se de um gesto do Palácio do Planalto para demonstrar que o Brasil está realmente disposto a dialogar pautas concretas. Para aliados de Lula, os interesses das big techs são um elemento central na decisão de Trump de taxar o Brasil, dado o grau de influência das empresas do Vale do Silício junto à Casa Branca. Apesar do avanço nas conversas, o diagnóstico no governo é que dificilmente Trump recuará antes de sexta-feira (1°), quando as tarifas começam a valer. Os negociadores brasileiros, no entanto, avaliam que as tratativas que envolvem as big techs são as que mais evoluíram até agora nas negociações entre Brasil e EUA. Demandas das big techs Um representante do Departamento de Comércio norte-americano, cujo nome não foi divulgado, também participou do encontro com Alckimin na tarde de ontem (29). Segundo vice-presidente, essa participação foi acertada com o secretário de Comércio, Howard Lutnick, que conversou com Alckmin na segunda-feira. A reunião teve ainda a participação de integrantes do Ministério da Fazenda e da Secom (Secretaria de Comunicação Social) do governo brasileiro. Segundo autoridades que participaram do encontro, as plataformas se queixaram da decisão recente do STF (Supremo Tribunal Federal) de ampliar a responsabilização das redes pelos conteúdos postados e de estabelecer novas obrigações para que as big techs atuem no Brasil. Os representantes do governo brasileiro sinalizaram às plataformas que algumas demandas apresentadas podem ser discutidas e absorvidas em duas propostas para o setor que estão praticamente prontas. Uma medida é um projeto de lei que trata da regulação de conteúdo, com foco na prevenção de crimes virtuais, tais como estelionato, pornografia infantil e incentivo a atos de violência de adolescentes. A proposta já foi estruturada pelo Ministério da Justiça e pela Secom. O Planalto aguardava a conclusão do julgamento do tema no Supremo e esperava um momento propício para encaminhar ao Congresso. A outra proposta, inspirada numa lei aprovada em 2024 no Reino Unido, trata da regulação financeira e de medidas antitruste. A ideia é dar mais poder ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para frear medidas monopolistas das gigantes do setor. Data centers Outra demanda das big techs está relacionada com os data centers, que são equipamentos de grande porte usados para armazenar e processar as informações produzidas pelas plataformas, incluindo conteúdo elaborado por Inteligência Artificial. A Fazenda já concluiu uma medida provisória que cria a Política Nacional para os data centers e prevê um regime fiscal especial para o setor. A proposta inclui isenção total de impostos federais, pelo período de pelo menos um ano, para a aquisição de componentes utilizados na montagem dos data centers. A medida está em análise na Casa Civil. O Brasil é considerado estratégico por dispor de grande quantidade de fontes de energia limpa, abundante e barata para abastecer os data centers, que funcionam por meio de um consumo gigantesco de eletricidade. Estes equipamentos, por sua vez, são centrais na corrida pela informação e na disputa de hegemonia da IA, uma batalha que opõe Estados Unidos e China. As big techs do Vale do Silício cobram do governo brasileiro agilidade na apresentação da Política Nacional de data centers e querem, ao menos, os mesmos incentivos às empresas associadas às big techs chinesas. Taxação das big techs e pix Outro ponto mencionado pelas plataformas na reunião foi a possibilidade de o Brasil taxar as big techs como medida de reciprocidade ao tarifaço de Washington. Lula chegou a declarar, em discurso, que iria taxar as empresas do setor. Segundo fontes que estavam na reunião de ontem, não houve a garantia do governo brasileiro de que as plataformas não serão taxadas, mas o secretário de Políticas Econômicas da Fazenda, Guilherme Mello, que estava no encontro, avisou que, se qualquer decisão for tomada nesse sentido, haverá diálogo prévio com as big techs para que ninguém seja pego de surpresa. Na conversa, as empresas de cartão de crédito apresentaram ainda críticas ao pix, entre elas à possibilidade do parcelamento de compras pelo sistema. O tema, no entanto, não irá integrar a mesa de negociação por tratar-se de uma demanda específica das empresas de cartão, e não das big techs como um todo.

TikTok vai avisar pais quando adolescentes postarem vídeo, story ou foto


TikTok vai avisar pais sobre atividade de filhos adolescentes Divulgação/TikTok O TikTok anunciou nesta quarta-feira (30) que os pais que tiverem suas contas sincronizadas com as dos filhos serão notificados sempre que os adolescentes publicarem vídeos, stories ou fotos em suas contas públicas ou privadas. Os responsáveis também poderão ver as configurações que o adolescente definiu para a sua conta: se o download de vídeos por terceiros está habilitado, se outras pessoas podem republicar os vídeos, se a lista de seguidores está visível e quais tópicos foram escolhidos por ele para moldar o feed. Segundo o TikTok, as opções são desativadas por padrão para adolescentes de 13 a 15 anos. Os novos alertas para pais de adolescentes fazem da Sincronização Familiar, área de controle parental da plataforma. Eles serão ativados por padrão para quem habilitar a sincronização a partir de agora, mas quem já usa o recurso deverá ativar as novas notificações manualmente (veja abaixo como ativar). O TikTok afirmou que a nova configuração tem como objetivo manter os pais informados e incentivar conversas abertas sobre o que os adolescentes estão postando — sem interferir na criatividade ou independência deles. "Seguimos fornecendo às famílias um conjunto de ferramentas para estimular diálogos abertos e contínuos sobre suas experiências online. Para aprofundar essas conversas, começamos a introduzir novos recursos de Sincronização Familiar, que dão mais visibilidade sobre as atividades das contas dos adolescentes", disse o TikTok, em comunicado. Como ativar proteção no TikTok Toque em "Perfil" na parte inferior; selecione o menu (☰); clique em "Configurações e privacidade"; selecione "Sincronização Familiar" e clique em "Continuar"; indique se esse é o celular de "Pai/mãe" ou do "Adolescente" e confirme em "Avançar"; faça o mesmo caminho no outro celular, escaneie o código da plataforma e clique em "Vincular contas". Pais que já ativaram o controle precisam ativar o novo recurso para receber as notificações. Para isso, é preciso acessar a área de "Configurações e privacidade", tocar em "Sincronização Familiar" e ativar a funcionalidade. LEIA TAMBÉM: Por que muita gente deixou de postar nas redes sociais Golpistas conseguem usar suas fotos nas redes para burlar o reconhecimento facial? Como uma senha fraca permitiu que hackers falissem empresa de 158 anos Criminosos podem usar suas fotos nas redes para aplicar golpes financeiros? Como criar uma senha forte, difícil de ser violada, e proteger suas contas Robô que aprende com vídeos começa a ganhar espaço em fábricas e indústrias

terça-feira, 29 de julho de 2025

'Cidades' de servidores, água do subsolo e energia de milhões de casas: como serão os primeiros data centers de IA no Brasil


Data centers de IA podem consumir energia equivalente à de milhões de casas Espaços que mais parecem cidades, uso de água subterrânea e consumo de energia equivalente a milhões de casas estão nos planos dos primeiros data centers do Brasil com foco em inteligência artificial (IA). Ao menos quatro projetos desse tipo já foram anunciados. Eles devem ser construídos no Rio de Janeiro (RJ), em Eldorado do Sul (RS), em Maringá (PR) e em Uberlândia (MG) — veja detalhes no mapa abaixo. O g1 entrevistou executivos das três empresas que estão à frente desses projetos. Eles não reveleram quem usará a capacidade dos data centers, mas as big techs são vistas como clientes em potencial. Outro espaço do tipo será construído em Caucaia (CE) e poderá ser utilizado pela dona do TikTok, segundo fontes da agência Reuters. Não há confirmação de que ele será usado para inteligência artificial. Um cliente de data center é como o inquilino de uma casa que precisa ocupar o espaço com os seus "móveis" – neste caso, equipamentos de informática como servidores de armazenamento e chips de processamento. O mercado de data centers de IA cresceu nos últimos anos porque esses espaços abrigam supercomputadores usados para treinar modelos de linguagem de aplicativos como o ChatGPT. ❓ Um data center ("centro de dados", em inglês) é um local que armazena e processa informações. Ele pode ser dividido em dois tipos: nuvem (cloud), para operar serviços na internet, e IA, para treinar modelos de linguagem complexos. 💡 O Brasil tem 188 data centers – todos de nuvem – e ocupa o 12º lugar no mundo, segundo dados do site Data Center Map. Os Estados Unidos lideram com 3.905. As empresas que constroem esses prédios precisam garantir que eles tenha energia e refrigeração. Por conta da alta demanda dos data centers de IA, esses dois pontos são considerados críticos para o meio ambiente. Isso porque os equipamentos poderosos que são usados nesses centros esquentam muito e exigem um sistema de refrigeração adequado, que pode ser abastecido com água. E, ainda que a alta demanda de energia em data centers de IA seja conhecida, pesquisadores alertam que faltam informações públicas para entender o real impacto desses projetos para o meio ambiente. Projetos de data centers no Brasil Kayan Albertin/g1 Os planos para colocar data centers na Lua e em órbita da Terra Sou obrigado a fazer reconhecimento facial no meu prédio? Veja perguntas e respostas Energia de uma cidade A Elea Data Centers quer ter quatro data centers de IA no complexo Rio AI City, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Um deles já está em funcionamento, mas, por enquanto, não é usado para aplicações de inteligência artificial, e sim para nuvem. A empresa diz operar outros nove data centers de nuvem no Brasil. E afirma que, nos próximos anos, o Rio AI City chegará a 1.500 megawatts de potência, que poderá ser ampliada para 3.200 megawatts no futuro. Elea Data Centers prevê quatro data centers, além de prédios para centros de pesquisa, startups e outros, em complexo em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro Divulgação/Elea Data Centers; Dhara Pereira/g1 No Rio Grande do Sul, o Scala AI City terá "bairros" de servidores em Eldorado do Sul, município com apenas 40 mil habitantes. O projeto da Scala Data Centers, que diz já operar 13 data centers de nuvem, chegará a 1.800 megawatts de potência até 2033 e pode alcançar 5.000 megawatts no futuro. ⚡ A potência, medida em watts, serve para indicar a capacidade do espaço. E o consumo real de energia é medido em watts-hora. Para medir o consumo máximo em um dia, é preciso multiplicar a potência por 24 horas. Se o Rio AI City usar a potência de 1.500 megawatts por um dia, seu consumo será equivalente ao uso diário de 6 milhões de casas. Já o Scala AI City, com potência de 1.800 megawatts, usará em um dia a mesma energia de 7,2 milhões de residências. Em comparação, um data center de nuvem convencional com potência de 20 megawatts pode ter, no limite, consumo diário igual ao de "apenas" 80 mil casas. O cálculo foi feito ao comparar o consumo diário máximo dos data centers com o consumo médio de residências no Brasil, que era de cerca de 6 quilowatts-hora por dia em março de 2025, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Projeto do Scala AI City, 'cidade' de servidores que será construída em Eldorado do Sul (RS) Divulgação/Scala Data Centers Na prática, o uso de energia será um pouco menor e dependerá de quantos equipamentos, de fato, serão usados, explica Eduardo Fagundes, engenheiro e professor especializado em tecnologia e inteligência artificial. "Não se consome toda essa energia. Cada servidor consome um pouco menos do limite dependendo do que você colocar para rodar", explica Fagundes. E, para diminuir gastos com energia, empresas redirecionam o processamento várias vezes ao dia aos seus servidores em outras partes do mundo, diz o engenheiro. "Imagine um data center que use energia solar. Se não tem sol, ele não opera. Então, tem que buscar energia em outro lugar. Se houver data centers em diferentes lugares, eles acompanham o sol. É por isso que empresas estão colocando seus servidores em diferentes lugares do mundo". Aval dos governos Os projetos brasileiros têm recebido apoio de governos. A prefeitura de Eldorado do Sul e o governo do Rio Grande do Sul sancionaram em dezembro uma lei que cria um polo tecnológico de data centers na cidade. A medida serve como um incentivo tributário para o desenvolvimento desse tipo de atividade na região. Há ainda planos em Maringá (PR) e em Uberlândia (MG) anunciados pela RT-One. A empresa, que não tem outros data centers, diz que as obras começarão após estudos de impacto e que eles terão potência de 400 megawatts cada um. A prefeitura de Maringá iniciou em janeiro um processo junto ao governo federal para criar na cidade uma área de livre comércio com o exterior, numa tentativa de atrair data centers, que dependem de equipamentos importados. O pedido depende de aprovação do governo federal. Em Uberlândia, o anúncio foi comemorado pelo prefeito Paulo Sérgio (PP), que classificou a criação do data centers como "uma oportunidade ímpar" para promover inovação, desenvolvimento, qualificação de mão de obra e atração de investimentos. No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (PSD) assinou no início de julho um memorando de intenções com instituições públicas e privadas para a criação do Rio AI City e disse que busca consolidar a cidade "como uma espécie de capital da inteligência artificial brasileira". O governo federal, por sua vez, admite a possibilidade de destinar para os data centers parte da água de reservatórios de hidrelétricas. "O país tem o potencial de aproveitar seus recursos naturais de maneira inovadora. Um exemplo é a possibilidade de utilizar a abundância de água em reservatórios de hidrelétricas para o resfriamento eficiente de infraestruturas de IA", afirma o governo no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial. Ainda segundo o governo, o plano "visa a aproveitar a vantagem competitiva do Brasil em sua matriz energética predominantemente limpa para impulsionar o desenvolvimento sustentável da infraestrutura pública de IA no país". Projeto do data center da RT-One em Maringá Divulgação/RT-One Milionário da 'juventude eterna' agora aposta em boné anti-calvície e ondas de choque Uso de água Enquanto servidores de nuvem podem ser refrigerados apenas com ar, os data centers de inteligência artificial dependem do chamado "liquid cooling" (resfriamento líquido), método que pode utilizar água ou óleo para diminuir a temperatura ao circular pelos equipamentos. "Os chips [para IA] ficam tão quentes que precisam ser refrigerados internamente. Eles têm um circuito fechado que não consome nada de água", explica o presidente da Elea, Alessandro Lombardi. "É como se houvesse um circuito fechado. O líquido esquenta à medida em que gera temperaturas mais baixas [nos servidores] e volta para os equipamentos que fazem seu resfriamento", afirma o diretor de operações da Scala, Cleber Braz. A Elea e a Scala dizem que seus projetos terão um sistema de refrigeração que usa óleo e não precisa ser abastecido constantemente com esse líquido. Data center da Meta em Indiana, nos Estados Unidos Divulgação/Meta A RT-One diz que usará refrigeração por água e que o recurso poderia ser retirado do Aquífero Guarani, uma reserva subterrânea que abrange principalmente a região Sul do Brasil. O projeto de Maringá teria fácil acesso a água com baixas temperaturas, afirma o presidente da RT-One, Fernando Palamone. "Tudo o que é preciso é bombear aquela água, passá-la em um trocador de calor – sem contaminação nenhuma, porque o trocador de calor é isolado –, refrigerar os sistemas e descê-la de novo para o aquífero". Geopolítica, minerais críticos e energia: a infraestrutura invisível que alimenta a IA Planos das big techs Sede da TikTok nos Estados Unidos Mike Blake/REUTERS O futuro data center em Caucaia será usado pela ByteDance, dona do TikTok, segundo fontes da Reuters. O data center será construído pela empresa Casa dos Ventos, que disse ter recebido autorização do Ministério de Minas e Energia para uma potência de 300 megawatts na primeira fase do projeto e 576 megawatts, no futuro. No limite, o consumo seria equivalente a 2,3 milhões de casas. Segundo a Casa dos Ventos, o data center vai usar refrigeração em circuito fechado, o que diminui o consumo de água. A empresa diz ainda que o espaço terá investimento acima de R$ 50 bilhões e vai começar a operar em 2027. O g1 perguntou se o espaço será usado pela ByteDance, mas o TikTok e a Casa dos Ventos não responderam. A Meta, dona do WhatsApp, do Instagram e do Facebook, já anunciou que planeja criar vários data centers de larga escala. Um deles é o Hyperion, que será construído nos EUA e terá capacidade de 5.000 megawatts, anunciou em julho o presidente da empresa, Mark Zuckerberg. O Google e a Amazon Web Services (AWS) têm data centers de nuvem no estado de São Paulo e, apesar de serem capazes de rodar algumas aplicações de inteligência artificial, eles não são focados nesse tipo de operação. A AWS diz que não separa a finalidade de seus data centers entre nuvem e IA, mas admite que o avanço da inteligência artificial fez empresas se preocuparem mais com a eficiência do consumo de energia. E diz que a refrigeração varia de acordo com a localidade. "A gente também faz uso de sistemas de refrigeração a líquido, não necessariamente água. É uma refrigeração líquida em circuitos fechados para evitar o consumo excessivo desse recurso", explica a líder de Gestão de Soluções para Clientes da AWS no Brasil, Fernanda Spinardi. "Existem regiões onde a gente aproveita a própria questão climática local para diminuir bastante a necessidade da refrigeração. Cada data center vai ter a sua particularidade simulada antes de ser construído". A Microsoft possui data centers de nuvem, e não IA, no Rio de Janeiro e em São Paulo. A empresa diz ainda que deve realizar um investimento de R$ 14,7 bilhões em sua infraestrutura de nuvem e IA no país. O que dizem especialistas Para avaliar o impacto para o meio ambiente, é preciso saber se os líquidos usados para resfriar os equipamentos passam por um circuito aberto ou fechado. Se o circuito é fechado, há menos consumo de água, mas é necessário mais energia para manter o líquido gelado. Se o circuito é aberto, o uso de energia é menor, mas o gasto de água aumenta para abastecer o sistema constantemente. "A parte do treinamento definitivamente consome mais água, porque modelos mais novos consomem mais recursos, mais energia para treinar", explica Shaolei Ren, professor de Engenharia Elétrica e de Computação na Universidade da Califórnia, em Riverside. Ele é um dos autores de um estudo que apontou que treinar o modelo GPT-3, usado pelo ChatGPT, em servidores da Microsoft pode evaporar 700 mil litros de água. E que, do lado dos usuários, fazer até 50 perguntas para o ChatGPT pode consumir meio litro de água. "O treinamento usa muita água, mas é apenas uma vez. Cada inferência [ou pergunta para o ChatGPT] consome uma pequena quantidade de água, mas, se somar todas as inferências, o número é enorme", afirma. "Precisamos entender o impacto e avaliar: estamos obtendo benefícios suficientes para compensar os impactos negativos do ponto de vista da sociedade? Queremos garantir que o benefício que isso traz supere o lado negativo", diz o pesquisador. Mas faltam informações para saber como data centers de IA vão impactar o meio ambiente no Brasil, diz Elaine Santos, pesquisadora do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), em Portugal. "Não há dados públicos. Para sabermos, de fato, quanto gasta e que impacto isso vai ter, temos que ler todos os relatórios, cruzar informações, fazer cálculos. É uma pesquisa muito aprofundada para cada data center", afirma. "Tem que analisar a região onde o data center está, se há uma escassez hídrica, que tipo de região é, como a energia é usada, se existe pobreza energética. Basicamente, fica impossível para qualquer pesquisador ou interessado no tema". Para a pesquisadora, "a política pública não está dando conta de dar uma resposta" para o avanço rápido dos data centers. "Outros países estão tentando controlar, restringir. E o Brasil não tem uma estratégia, está pensando agora em uma política", afirma. O governo federal planeja anunciar em breve a Nova Política de Data Centers e afirma que o objetivo é atrair investimentos e desenvolver a cadeia produtiva do setor no país. O Ministério do Meio Ambiente diz que, assim como empreendimentos de outros setores, data centers estão sujeitos à exigência de licenciamento ambiental, que "deverá avaliar os possíveis impactos de cada projeto" e propor medidas para reduzir efeitos negativos para o meio ambiente e a sociedade. O órgão afirma ainda que data centers precisam de autorização para usar água. O processo "envolve o cálculo de disponibilidade hídrica para cada projeto, garantindo que não seja outorgado [autorizado] volume maior do que as capacidades de cada curso hídrico". O Ministério de Minas e Energia afirma que, entre 2020 e o início de julho de 2025, aprovou 21 dos 57 pedidos para conexão de data centers à rede básica do Sistema interligado Nacional (SIN), voltada para grandes consumidores de energia. Os projetos de Eldorado do Sul e de Caucaia estão entre os pedidos aprovados. Por que a nova IA do Google virou a queridinha dos vídeos bizarros e bobos no TikTok

Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como juntar provas, denunciar e pedir remoção da internet


Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como denunciar  Você gosta de mandar nudes? A troca de intimidades por telefone é uma prática comum, mas que pode se tornar um pesadelo se o parceiro ou parceira do outro lado resolver divulgar as imagens. O g1 te ensina a diminuir as chances de isso acontecer e como agir caso haja exposição. Vai fazer nudes? Teste essas dicas Como mandar nudes de forma segura Gabriel Wesley Marques Santos / arte g1 Vazou, o que fazer? Veja como denunciar exposição de nudes Gabriel Wesley Marques Santos / arte g1 É possível deletar 100% das imagens da internet? Não são todas as plataformas da internet que são capazes de deletar o conteúdo ou têm ferramentas para isso, explica a advogada Juliana Cunha. Para ela, esse é o desafio, pois o conteúdo pode ser salvo em arquivos pessoais e ser postado novamente, já que ele viralizada em poucas horas. Quando o caso está na Justiça, há a solicitação para que as redes sociais removam o conteúdo, mas a vítima também pode fazer o pedido sozinha: Google: a requisição pode ser feita preenchendo esse formulário. Caso a vítima seja menor, o site exige que um representante legal inicie a requisição de retirada das imagens e que explique como tem autoridade para agir no nome dela. Twitter: solicite a remoção nesse formulário. Em qual delegacia denunciar? A delegacia da mulher está mais preparada para receber a vítima emocionalmente, pois, normalmente, tem um contingente feminino, mas as denúncias para iniciar as investigações podem ser feitas em qualquer delegacia, explica Iolanda Garay, presidente da Associação Nacional das Vítimas de Internet (Anvint). Diante deste estágio de vulnerabilidade em que se encontra a vítima, é necessário que exista um respaldo que a auxilie e não naturalize a violência sofrida por ela, por isso, é importante que os profissionais tenham preparação técnica para os casos, diz o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Wagner Cinelli, estudioso sobre violência contra mulher. Como o agressor é encontrado? Após registrar a ocorrência, as seguintes etapas são seguidas: A vítima é ouvida e pode ter seu celular ou outro dispositivo apreendido para que possa ser feita uma perícia específica com o objetivo de encontrar pistas sobre o suspeito; É necessário fazer a materialização das evidências - como prints de postagens - pois, por se tratar do ambiente online, as provas podem desaparecer, aponta o delegado de crimes cibernéticos Higor Jorge; São analisados os rastros que foram deixados pelo agressor, como em quais redes sociais ou ambientes virtuais foram realizadas as ações, se houve ou não manipulação da foto ou do vídeo, entre uma série de outras coisas. Caso tenha a necessidade, a polícia solicita a quebra de sigilo de acesso às redes e contas de e-mail, por exemplo, consegue quebrar o 'IP', que é o número identificador do computador. Caso o material tenha sido postado em uma rede social, a polícia se encarregará de suspender a conta do agressor e tentar meios para interromper a viralização dos conteúdos. O processo pode ser doloroso para a vítima, pois os policiais, delegados e outros envolvidos na investigação e no julgamento vão acabar novamente assistindo essas imagens íntimas. No entanto, os especialistas reforçam que denunciar ainda é o melhor caminho. Compartilhar é crime? Sim, aqueles que recebem, por exemplo, um conteúdo de nudez por meio das redes sociais e o compartilha - mesmo sem ter sido o autor ou o primeiro a expor a imagem - também é considerado infrator e pode ser punido da mesma forma, explica Iolanda. A polícia, hoje, já consegue usar os métodos descritos no tópico anterior para rastrear os compartilhamentos e descobrir os autores. O que diz a legislação? Expor e registrar imagens íntimas sem autorização virou crime no Código Penal a partir do final de 2018. São dois crimes: lei Rose Leonel ou 13.772/2018, pune o registro não autorizado, incluindo montagens; lei 13.718/18, penaliza a divulgação de cenas de estupro e de sexo ou pornografia sem o consentimento da vítima; A lei 13.772/2018: Altera o Código Penal, com o artigo 216-B, que trata do Registro Não Autorizado de Intimidade Sexual, podendo acarretar detenção, de 6 meses a 1 ano e multa. Reconhece que a violação da intimidade da mulher configura violência doméstica e familiar, alterando a Lei Maria da Penha; Criminaliza o registro não autorizado de conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado, incluindo montagens em fotografia, vídeo, áudio ou qualquer outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou com teor sexual. Sobre a exposição das imagens, há a Lei 13.718/18, que entra no artigo 218-C do Código Penal, que diz que expor imagens íntimas de terceiros pode dar de 1 a 5 anos de prisão, além de indenização por danos morais e materiais à vítima. Considerando que a conduta é motivada por vingança ou humilhação, ou ainda, que quem a praticou mantém ou manteve "relação íntima de afeto" com a vítima, a pena pode ser aumentada em até dois terços, explica o desembargador Wagner Cinelli. A pena pode aumentar ainda mais se as imagens foram compartilhadas por um tutor, padrasto ou qualquer outro título que a justiça considere "de autoridade" sobre a vítima. Outro artigo que trata do assunto é o 20, do Código Civil, que diz: "a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais". Há, porém, uma dificuldade para se aplicar as penas, diz o desembargador Cinelli. Segundo a advogada Iolanda, o mais comum no Brasil é que a questão seja resolvida com multas ou trabalho voluntário. “Mas é muito importante que a vítima compreenda que, mesmo ele não sendo preso, ele estará respondendo e isso pode implicar uma série de consequências negativas para ele” ‘Violentada a cada clique’, vítimas contam consequências da pornografia de revanche

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Por que muita gente deixou de postar nas redes sociais


Redes sociais Freepik Depois de duas décadas compartilhando cada vez mais postagens online, parece que decidimos reduzir os compartilhamentos. Pesquisas recentes indicam que cerca de um terço de todos os usuários de redes sociais postam menos do que um ano atrás. E esta tendência é especialmente presente entre os adultos da Geração Z (os nascidos entre 1995 e 2010). Em um artigo recente para a revista The New Yorker, o escritor Kyle Chayka sugeriu que a sociedade pode estar se encaminhando para o que ele chama de "postagens zero" — um ponto em que as pessoas comuns percebem que não vale a pena compartilhar suas vidas online. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Percebi esta tendência de queda nas minhas próprias redes sociais. Para cada foto das férias de um amigo ou dos filhos de um colega, parece haver dezenas (quando não centenas) de postagens de marcas e influenciadores, promovendo um novo produto ou discutindo as últimas tendências. As redes sociais costumavam parecer uma cópia imperfeita da minha vida social. Mas, agora, elas parecem ser um "conteúdo" como outro qualquer. Sei que parte disso ocorre porque as plataformas mudaram. O TikTok e o Instagram acumularam infinitas coleções de vídeos verticais e criaram algoritmos assustadoramente poderosos para orientar você através deles. Mas o que acontece com as nossas vidas digitais quando as redes sociais, aparentemente, se tornam muito menos sociais? Conversei com Kyle para saber mais a respeito. Ele é jornalista do The New Yorker e seu livro mais recente é Filterworld: How Algorithms Flattened Culture ("Mundo filtrado: como os algoritmos nivelaram a cultura", em tradução livre). Leia também: 'Qual é a minha bênção?': trend com o ChatGPT divide opiniões O ChatGPT está nos deixando burros? 'Qual é a minha bênção?': trend com o ChatGPT viraliza e divide opiniões nas redes sociais Confira abaixo a nossa conversa, editada por motivos de concisão e clareza. Katty Kay (BBC): Quando vejo os feeds das minhas redes sociais, encontro muitos anúncios e fotos de lindas casas que nunca irei comprar, em locais que provavelmente nunca irei nem mesmo visitar. Mas estou literalmente tentando lembrar quando foi a última vez em que realmente vi a postagem de um amigo. O que isso significa para o futuro dessas plataformas, se o motivo que nos leva a visitá-las, agora, é totalmente diferente do que era apenas dois anos atrás? Kyle Chayka: Acho que as redes sociais passaram a ser menos sociais. Elas se tornaram mais questão de consumir esse tipo de conteúdo que, hoje, é basicamente commodity. É mais questão de aspiração de estilo de vida, não simplesmente sobre o que está acontecendo à sua volta e como você se relaciona com seus amigos e sua família. Para mim, isso meio que elimina o propósito das redes sociais. Se as plataformas estão perdendo o foco na vida normal das pessoas e as pessoas normais não se sentem mais incentivadas a publicar postagens, as redes sociais passam a ser como a televisão. O que sobra para nós são os anúncios de marcas, o fast fashion e os anúncios de casas e hotéis, não mais aquele tipo de conteúdo orgânico e altamente consistente ao qual estávamos acostumados. Kay: Os administradores das empresas de redes sociais possuem algoritmos muito sofisticados para nos cativar. Qual é a reação deles a esta questão? Ou eles estão simplesmente felizes por terem mais anúncios e ganharem mais dinheiro com publicidade? Chayka: Acho que seus principais clientes são os anunciantes. Por isso, enquanto nós, usuários, ainda estivermos engajados, seu modelo comercial ainda funciona. Acho que eles também apostam que o conteúdo gerado por seres humanos será gradualmente substituído por material gerado por inteligência artificial. Você já pode ver a Meta meio que movendo o feed do Facebook e do Instagram rumo a esse conteúdo gerado por computador, que é obviamente infinito e barato, mas também inexpressivo, na minha opinião. Leia também: Golpistas conseguem usar suas fotos nas redes para burlar o reconhecimento facial? Google é condenado por foto de argentino pelado no Street View Kyle Chayka é o autor do livro 'Mundo filtrado: como os algoritmos nivelaram a cultura' Getty Images via BBC Kay: Você acha que existe a possibilidade de que as plataformas de redes sociais vejam uma redução significativa das pessoas que realmente entram para ver onde nossos amigos passaram o feriado ou o que eles comeram no café da manhã? Chayka: Acho que sim. Acho que existe um leve declínio. Sei de um estudo recente que concluiu que menos pessoas estão realmente postando no TikTok. Mas o que estas plataformas concluíram, acho que o Instagram em particular, é que o nosso compartilhamento pessoal está se movendo mais em direção a mensagens diretas e conversas individuais com nossos amigos. Na verdade, nós precisamos de uma rede social online. Mas as redes sociais que temos agora não querem desempenhar este papel. Por isso, acho que haverá novos espaços e talvez surjam novos aplicativos para atender a esta necessidade, seja como um WhatsApp ampliado ou um melhor sistema de gestão para todos os grupos de bate-papo com seus amigos. Acho que estamos nos movendo para uma forma mais privada, mais íntima de conexão online. Kay: Tenho filhos na casa dos 20 anos de idade e adolescentes. Havia toda uma percepção na minha geração de que os jovens de hoje não se preocupam com a privacidade e ficam felizes em postar de tudo online. Eu me pergunto se estávamos errados a este respeito, que os jovens provaram esse mundo onde tudo era colocado em público e, agora, eles estão pensando, "na verdade, eu prefiro que meus grupos sejam mais íntimos e curados, sem que o mundo inteiro saiba o que eu comi no café da manhã"... Chayka: Acho que nós meio que aprendemos as desvantagens de publicar nossa vida privada ao longo dos anos 2010. Você pode ver isso com a vergonha pública ou certos constrangimentos virais ocorridos com as pessoas. Acho que o contrato social das redes mudou. O acordo era que, se você fizesse publicações ali, se você colocasse conteúdo, você poderia atrair um público em massa. Mas isso se torna um círculo vicioso que acaba sendo toda a sua vida. Por isso, a menos que você pretenda ser um influenciador ou alguém que posta conteúdo na internet profissionalmente, este acordo não parece mais tão bom assim. As desvantagens de postar são grandes demais e as vantagens não são suficientes. Por isso, você pode simplesmente enviar mensagens de texto para os seus amigos. Kay: Tive uma conversa superinteressante com Jonathan Haidt [o autor do livro Geração Ansiosa], que certamente dedicou muito trabalho a tentar proibir os celulares nas escolas. Você acha que, se a tendência que você indicou (e chama de "postagens zero") acabar sendo uma onda mais significativa, realmente ficará mais fácil romper o vício das crianças em celulares e outros aparelhos? Chayka: É uma boa pergunta. Acho que, de certa forma, já ultrapassamos o auge das redes sociais, mas não acho que isso elimine as conversas digitais que as pessoas têm 24 horas por dia, sete dias por semana. O que ocorre é que essa conversa sai dos canais públicos para os bate-papos em grupo, mensagens diretas ou alguma plataforma mais efêmera, como o Snapchat. A capacidade viciante do celular ainda existe. A distração certamente ainda está presente. Mas acho que a sua natureza pública diminuiu. Acho que é um pouco melhor termos saído da esfera pública e eliminado aquele risco de ficarmos totalmente expostos para o mundo inteiro e acabarmos viralizando pelos motivos errados. Mas ainda enviamos mensagens de texto uns aos outros o dia todo. Ainda consumimos memes. Ainda somos distraídos pelos feeds. O seu cérebro quando você assiste a um vídeo em velocidade 1,5 Kay: Vamos pensar no futuro. Como iremos olhar para os nossos celulares daqui a cinco anos? O que irá mudar nas nossas interações com o componente social dos nossos celulares e outros aparelhos? Chayka: Acho que será mais como a televisão. Se observarmos como tudo está acontecendo, existe muita mídia profissionalizada. Existe muito conteúdo passivo. Nós meio que observamos essa fusão atual de YouTube, TikTok e Netflix em uma única combinação diabólica de áudio, vídeo e algoritmos. Se eu fosse prever algo, diria que as conversas e o aspecto social estarão em mensagens de texto ou talvez poderão se mover mais em direção à vida real. Acho que esse pico das redes sociais serviu mais para criar um desejo de interação entre as pessoas e nos fez lembrar o valor de realmente compartilhar coisas na vida real. Isso me dá um pouco de esperança. Kay: Você acha que chegaremos a um mundo de postagens zero, onde pessoas como eu e você simplesmente não postamos mais online? Chayka: Acho que sim. Acho que irá chegar mais cedo do que esperamos, simplesmente porque não há mais incentivo para fazer postagens. Por que postar as suas selfies ou seu café da manhã se ninguém presta atenção, se você não atinge seus amigos e simplesmente concorre com todo esse lixo remoto abstraído que há por aí? Talvez as redes sociais fossem, de certa forma, essa aberração ou fuga. E essa ideia de que toda pessoa normal deve compartilhar sua vida em público era meio que falsa desde o princípio. Agora, estamos acordando um pouco e vendo os danos que aquilo causou. E mudando um pouco os nossos hábitos.

De luta a jogos de estratégia: feira de IA na China mostra robôs humanoides; veja VÍDEO


De luta a jogos de estratégia: feira de IA na China mostra robôs humanoides Lutando boxe, jogando com estratégia, empilhando prateleiras e servindo cerveja artesanal, além de outras dezenas de robôs humanoides foram exibidos na Conferência Mundial de IA de Xangai (WAIC), que começou neste sábado (26). O evento anual tem como objetivo mostrar o progresso da China no campo em constante evolução da inteligência artificial, com o governo buscando posicionar o país como líder mundial em tecnologia e regulamentação, enquanto tenta superar os Estados Unidos. Ao abrir o evento no sábado, o premiê Li Qiang anunciou que a China criaria uma nova organização para cooperação em governança de IA, alertando que os benefícios do desenvolvimento devem ser equilibrados com os riscos, segundo a agência de notícias France Presse (AFP). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O governo chinês tem dado apoio à robótica, uma área na qual alguns especialistas acreditam que a China já pode ter vantagem sobre os Estados Unidos. Luta de robôs Os organizadores disseram à AFP que o fórum envolveu mais de 800 empresas, apresentando mais de 3.000 produtos — os que inegavelmente agradaram ao público foram os robôs humanoides e sua série de truques um tanto surreais. No estande da Unitree, em Hangzhou, seu androide G1 — com cerca de 130 centímetros de altura e uma bateria com duração de duas horas — chutava, girava e socava, mantendo o equilíbrio com relativa fluidez enquanto praticava boxe de sombra em um ringue. Antes da abertura da conferência, a Unitree anunciou que lançaria um humanoide em tamanho real, o R1, por menos de US$ 6.000. "Com a luta de boxe, queremos mostrar o controle de movimento. Queremos estabelecer uma boa base primeiro e, então, em três a cinco anos, eles podem entrar no serviço público ou em indústrias e assumir tarefas perigosas e repetitivas. Em cinco a dez anos, eles podem fazer parte do nosso cotidiano e cuidar dos idosos", disse Yolanda Xie, porta-voz da Unitree, à agência de notícias Reuters. Saiba mais: Primeiro torneio de luta entre robôs do mundo acontece na China; veja vídeo 'Humanos digitais' Uma mulher toca em um robô humanoide durante a Conferência Mundial de Inteligência Artificial (WAIC) Hector RETAMAL / AFP Na exposição, companheiros de IA — na forma de empresários de meia-idade, mulheres com pouca roupa e guerreiros ancestrais — acenavam para as pessoas nas telas, perguntando como foi o dia delas, enquanto outras barracas exibiam demonstrações permitindo que os visitantes criassem seus próprios avatares digitais. A Baidu anunciou no sábado uma nova geração de tecnologia para seus "humanos digitais" — agentes de IA parecendo pessoas reais, que, segundo a empresa, são "capazes de pensar, tomar decisões e colaborar". Mais de dez mil empresas já usam a tecnologia diariamente, disse o chefe do departamento da Baidu, Wu Chenxia, à AFP. Questionado sobre o impacto nos empregos — uma das principais preocupações levantadas em torno da adoção generalizada da IA — Wu insistiu que a IA era uma ferramenta que deveria ser usada para melhorar a qualidade e economizar tempo e esforço, o que ainda exigia intervenção humana. Na WAIC, a Baidu também anunciou que recebeu uma licença para operar robotaxis totalmente autônomos em partes do enorme distrito de Pudong, a primeira incursão do serviço no centro de Xangai. "Quando se trata do desenvolvimento de IA da China, temos uma base de dados relativamente boa e também uma riqueza de cenários de aplicação", disse Yang, da Transwarp. Leia também: Quem é o milionário de 47 anos que tenta 'reverter o tempo' e voltar a ter 18 com experimentos no corpo Sou obrigado a fazer reconhecimento facial no meu prédio? Veja perguntas e respostas sobre o tema Pessoas assistem a um robô executando tarefas em uma exposição durante a Conferência Mundial de Inteligência Artificial em Xangai, em 26 de julho de 2025. Foto da AFP Veja também: China faz primeiro campeonato de futebol entre robôs humanoides Cão-robô 'Luna' aprende e se adapta como humanos, diz startup sueca

domingo, 27 de julho de 2025

Gwyneth Paltrow é nova porta-voz de empresa de CEO flagrado com funcionária em show do Coldplay


A atriz Gwyneth Paltrow durante cerimônia em Los Angeles em abril de 2025 Jordan Strauss/Invision/AP A Astronomer, empresa do CEO que renunciou após ser flagrado com uma funcionária na tradicional "kiss cam" em um show do Coldplay, contratou a atriz Gwyneth Paltrow como a sua nova porta-voz. Gwyneth foi casada por 13 anos com Chris Martin, o vocalista do Coldplay. Ela anunciou o contrato na sexta-feira (25), na rede X. 🫣 Relembre o episódio: Andy Byron, CEO da Astronomer, foi visto abraçado com a diretora de RH da empresa, Kristin Cabot. O problema é que os dois eram casados com outras pessoas e se assustaram ao perceber que estavam sendo focalizados. A reação abrupta chamou atenção de Chris Martin e de usuários de redes sociais de todo o mundo. "Ou eles estão tendo um caso ou são apenas muito tímidos", brincou Martin quando o casal apareceu no telão e tentou esconder o rosto rapidamente. Pouco depois do episódio, a empresa confirmou a identidade deles e Byron renunciou, seguido por Cabot. O vídeo gerou uma enxurrada de memes e paródias das expressões dos dois. Relembre no vídeo abaixo: Chris Martin se surpreende com reação de casal em show do Coldplay Em um vídeo curto, Gwyneth, que ganhou um Oscar por sua atuação em "Shakespeare Apaixonado", disse que foi contratada como uma porta-voz "temporária" da Astronomer. "A Astronomer recebeu muitas perguntas nos últimos dias e queria que eu respondesse as mais comuns", disse Paltrow, sorrindo e evitando qualquer menção direta ao caso da "kiss cam". "Estamos muito felizes que tantas pessoas tenham despertado um novo interesse por automação de fluxos de dados", afirmou. "Agora vamos voltar ao que fazemos de melhor: entregar resultados transformadores para nossos clientes." As transmissões online das músicas do Coldplay aumentaram 20% nos dias seguintes à viralização do vídeo, segundo a Luminate, empresa de dados e análises da indústria.

'Panelas' no Discord escondem 'as mais perversas formas de crime' contra crianças, diz policial infiltrada


Delegada fala sobre 'panelas' do Discord Crianças e adolescentes em busca de aceitação e pertencimento estão sendo atraídos para 'panelas' do Discord, grupos de servidores na plataforma onde eles são vítimas de crimes cometidos ao vivo e em frente a milhares de menores de idade todos os dias. "Ali dentro ocorrem as mais perversas formas de crime, desde incentivo a automutilações, cyberbullying, estupros virtuais e até tentativas de suicídio infanto-juvenil", alerta a delegada Lisandréa Salvariego, coordenadora do Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad) da Polícia Civil de SP. 🔍"O Discord é uma plataforma que permite criar servidores, e a gente tem notado que adolescentes infratores chamam esses servidores de 'panelas', e se autodenominam 'paneleiros'", diz a delegada. Os agentes do Noad se infiltram nas plataformas para entender, prevenir e investigar os crimes cometidos ali. Em entrevista ao g1, a delegada explica o trabalho e seus aprendizados. Veja o vídeo acima e leia mais abaixo. Plataformas de jogos como Roblox e Minecraft são usadas para levar menores às "panelas" do Discord [acessadas por link de convite ou pela seção "descobrir", quando são públicas]. As vítimas são chantageadas ou iludidas com promessas de poder dentro dos grupos -- em troca de cumprir desafios humilhantes. Salvariego, no entanto, defende que é possível salvar essas crianças e adolescentes de serem vítimas: a boa e velha conversa. "Eles têm que ter a consciência de que, no mundo digital, quem está do outro lado nem sempre é quem diz ser", afirma. O g1 procurou o Discord, que enviou um comunicado: "Violência e atividades ilegais não têm lugar no Discord ou na sociedade. O enfrentamento desses grupos é um desafio complexo para todo o setor e exige soluções colaborativas proativas.", diz o texto. "Tomamos medidas apropriadas quando detectamos conteúdo que viola nossas políticas, incluindo a remoção de conteúdo, o banimento de pessoas mal-intencionadas, o desligamento de servidores violadores e, quando apropriado, a denúncia proativa de violações às autoridades policiais, em conformidade com a lei", informa a empresa. Leia o comunicado completo ao final da matéria. Leia a entrevista: g1 - O que são as 'panelas' do Discord? Lisandréa - Hoje, a maior parte dos crimes ocorre em plataformas ou redes sociais cuja moderação é inexistente ou mínima, grande parte deles no Discord. O Discord é uma plataforma que permite criar servidores [espaço digital que reúne grupos de usuários]. Os adolescentes infratores chamam esses servidores de "panelas", e se autodenominam "paneleiros". Ali dentro ocorrem as mais perversas formas de crime, desde [incentivo a] automutilações, cyberbullying, estupros virtuais e até tentativas de suicídio infanto-juvenil. g1 - E quem são esses 'paneleiros'? Lisandréa - Dentro das "panelas" há uma hierarquia. O jovem, o adolescente ou a criança deseja aceitação e pertencimento, não encontra no ambiente social e busca nesses servidores. Ali dentro tinham níveis hierárquicos, desde o moderador e usuário, até o administrador e o "dono" da panela. g1 - Como funciona essa hierarquia? Lisandréa - Os líderes estão sempre propondo desafios para que quem entrou como usuário possa ascender. A gente presencia ao vivo pessoas se automutilando ou praticando maus tratos a animais. Nesse final de semana [antes da entrevista] a gente pegou uma cena estarrecedora de uma vítima cumprindo um desafio de matar o cachorrinho da família e introduzir a pata dele no órgão genital. E cumprem esses desafios chantageados ou em busca de "cargos". Arte/g1 g1 - Está mais fácil cometer crimes virtuais em 2025? Lisandréa - Muito mais. Ao mesmo tempo, está mais fácil entender onde esses crimes são cometidos, porque a internet deixa marcas. O Discord surgiu em 2015 visando o público "gamer" (jogadores). Mas como não há moderação e é uma plataforma muito interativa, que permite compartilhamento de telas e calls com inúmeros oradores, ela passou também a ser palco para todos esses crimes. g1 - As pessoas não usam mais a 'deep web' para isso? Lisandréa - Quando começamos a investigação, pensamos que isso estaria mais escondido. Está tudo muito na superfície, acessível por qualquer um, em qualquer rede social, até [aquelas] com maior moderação. Sempre digo aos pais: se interessem pelo que os seus filhos consomem na internet, vá até a lupa do TikTok, do Instagram... A juventude, hoje, não usa Google, usam estas redes. g1 - Você falou do Discord, mas também observou o uso do Roblox para cometer crimes. 🔍Roblox é um jogo online em que usuários podem construir seu próprio mundo. Lisandréa - Roblox e Minecraft [jogo eletrônico semelhante] são usados para cooptar vítimas. O Roblox permite que qualquer um monte um jogo e coloque [pessoas] ali dentro, permitindo interações. Às vezes, os pais falam: "Meu filho está seguro, bloqueia chat, não interage nem por voz nem por escrito". Mas não está. Leia mais: Roblox adota selfies em vídeos para avaliar idade de usuários e liberar conversas sem filtros g1 - Como funcionam esses crimes? Lisandréa - Uma pessoa criminosa monta um jogo com um intuito de cooptar vítimas: crianças e adolescentes. E consegue porque eles são muito bons de engenharia social [uso de infuência e persuasão para manipular pessoas]. Os autores sabem exatamente o que a vítima precisa ouvir. A violência começa numa conversa agradável, troca de elogios. Eles vão no ponto frágil da vítima e começam um namoro virtual. A partir de então, quando ela [a menina] manda uma foto íntima, um vídeo íntimo, acabou. Porque ela fica na mão dele [do criminoso] e passa a ser chantageada. g1 - Chantageadas como? Lisandréa - [Os criminosos ou infratores] entram em fontes abertas, conseguem foto do pai, da mãe, local de trabalho deles. Como a vítima não vai acreditar que aquele vídeo que ela mandou vai vazar? A partir de então, elas passam a se cortar como uma forma de punição. g1 - São duas frentes diferentes. E aí eu queria entender... Lisandréa - Nas panelas, temos desafios de duas formas. Primeiro, eles cumprem para ascender hierarquicamente, e aí independe do sexo. Temos também crimes contra a dignidade sexual, mais voltados ao público feminino. Elas cumprem desafios porque estão sendo extorquidas, ameaçadas, chantageadas. Tem panelas com três, quatro mil pessoas. g1 - Existe um perfil desses criminosos? Lisandréa - Adolescente ou pessoa com maioridade recém adquirida, entre 18 e 19 anos. A maior parte são adolescentes e de todas as classes sociais. Isso é intrigante para o lado policial, mas também dificulta muito para que os pais entendam. Por isso sempre digo: informação salva vidas. A gente tem mais de 600 vítimas identificadas no Brasil inteiro. g1 - Qual o perfil das vítimas? Lisandréa - 90% das vítimas são mulheres [alvos de] crimes contra a dignidade sexual. Há meninas que foram vítimas de um agressor, mas como algumas panelas têm mais de um líder, ela passa a ser vítima dos outros. E, não raras vezes, a pessoa que entrou como vítima também passa a ser agressora. g1 - Como essas vítimas são acolhidas depois de "resgatadas"? Lisandréa - Depois [de salvar a vítima], é muito importante que os pais vão à delegacia, registrem os fatos com os detalhes para que a gente consiga investigar. Com relação à parte psicológica, é muito importante que ela procure, e isso fica a critério da família. g1 - É um crime que não está localizado em um lugar. Lisandréa - E isso reflete o que é a internet. Nós temos um alvo que está apreendido na França porque financiava a maior parte dos ataques no Brasil, porque ele tinha uma condição financeira melhor. A última operação foi deflagrada em oito estados e fora do país também. Por outro lado, é bom a gente deixar claro que na internet não tem anonimato. g1 - O crime de 'estupro virtual' também é comum dentro das panelas. Como seria isso? Lisandréa - Os tribunais têm acolhido a tese do estupro virtual, que não precisa contato físico, basta que a vítima coagida ou chantageada esteja exposta e passe a praticar os atos sob ameaça de alguém que se satisfaça com aqueles atos de uma forma sexual. Tem vítimas expostas numa arena virtual, nas quais oradores [dizem o que ela deve fazer]: "sentar nua, introduzir um objeto cortante no seu órgão genital, beber água da privada, consumir aerossol, se cortar". Além da sessão de tortura, eles têm prazer em tudo o que ela está fazendo. g1 - Como famílias podem evitar que crianças e adolescentes mergulhem no lado criminoso dessas plataformas? Lisandréa - O melhor é conversar com os filhos. Eles têm que ter a consciência de que, no mundo digital, quem está do outro lado nem sempre é quem diz ser. [Os pais] têm que saber o porquê de eles estarem controlando o filho. Agora é a hora da gente sentar, não só o poder público, mas também escolas, pais, e traçar uma diretriz para ser seguida daqui para frente. A gente tem uma geração extremamente viciada em violência e conteúdos impróprios para a idade. g1 - A gente viu isso na série 'Adolescência', certo? Lisandréa - [A série] não é só ficção. O adolescente está ali, vivendo o mundo dele. Quando ele é posto no mundo físico real, entra em confronto com as partes envolvidas. Por vezes, há um pai e uma mãe perdidos, porque achavam que o filho estava seguro dentro de casa, no quarto, que ele não interagia com ninguém, não tinha perigo de ser exposto à violência física real, mas também não se interessavam pelo que ele consumia na internet. g1 - Como regulamentação das plataformas pode ajudar no combate a esses crimes? Lisandréa - A gente não precisa nem passar pela [nova] regulamentação. Quando um crime está acontecendo e eu preciso acionar a plataforma, nós temos, por exemplo, os "emergenciais": canais que elas disponibilizam para as polícias. Muitos não funcionam. Não é uma coisa que eu posso esperar para investigar. Eu preciso salvar aquela vítima naquele momento. Se o dado que eu pedi demorar para chegar, não vai me servir mais. E as plataformas têm um emergencial diferenciado. Isso tem que ser padronizado, tem que ser rápido, ou seja, tem que ter uma legislação que faça tudo isso funcionar. Leia mais: STF aumentou responsabilidade de redes por pornografia infantil e crimes graves contra crianças e adolescentes g1 - Quais as suas dicas para pais e responsáveis? Lisandréa - A dica mais importante é: se atentem ao comportamento dos filhos. Todos, agressor ou vítima, têm um comportamento muito comum, como isolamento social, mudanças de comportamento e falas como: "não tem mais o que eu faça nesse mundo" e "nada mais me serve aqui". Ou cumpre "rituais de purificação", segue conteúdos violentos, se interessa por termos como "gore", que faz menção a um conteúdo violento. O termo "lulz" também, que são esses eventos [violentos] das madrugadas. Quando uma criança ou adolescente está em situação vulnerável ou foi vítima de um crime digital, ele não conta para os pais nem para os professores, ele busca um colega. Pode ser que seu filho seja a pessoa que está ouvindo isso e te conte. g1 - E fazer a vida voltar para o analógico também, né? Lisandréa - Isso, vá para as ruas, para ter vida, né? A gente tem que entrar um pouquinho na cabecinha deles e mostrar que o mundo lá fora é bacana, que é legal interagir, conhecer pessoas, ir a um parque. g1 - E como anda a cabeça de vocês, profissionais de segurança? Lisandréa - Nós temos, dentro da Secretaria de Segurança e na Polícia Civil, atendimento psicológico para os policiais. Sempre digo à minha equipe que a gente não pode se dessensibilizar. Se alguma coisa está acontecendo e eu acho normal, está errado, se afasta, faz um tratamento. Lisandréa Santiago fala ao g1 sobre Discord Reprodução Leia o comunicado do Discord: "Violência e atividades ilegais não têm lugar no Discord ou na sociedade. O enfrentamento desses grupos é um desafio complexo para todo o setor e exige soluções colaborativas proativas. O Discord conta com equipes especializadas dedicadas a combatê-los. Investimos fortemente em ferramentas avançadas de segurança e sistemas de moderação para proteger nossos mais de 200 milhões de usuários em todo o mundo, pois sabemos que manter a segurança online no mundo atual exige vigilância constante. Tomamos medidas apropriadas quando detectamos conteúdo que viola nossas políticas, incluindo a remoção de conteúdo, o banimento de pessoas mal-intencionadas, o desligamento de servidores violadores e, quando apropriado, a denúncia proativa de violações às autoridades policiais, em conformidade com a lei. O Discord já reportou proativamente às autoridades brasileiras grupos e indivíduos envolvidos nesse tipo de conduta, além de outros comportamentos que representavam risco à segurança de terceiros. Mantemos um diálogo contínuo com as autoridades brasileiras e buscamos cooperar com as investigações policiais. Nossas ações proativas ajudaram a impedir crimes antes que ocorressem e contribuíram para diversas prisões em uma série de operações ao longo do último ano. A segurança é uma prioridade para o Discord, e seguimos comprometidos em oferecer um ambiente positivo e seguro para nossos usuários no Brasil"

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Golpistas conseguem usar suas fotos nas redes para burlar o reconhecimento facial?


Criminosos podem usar suas fotos nas redes para aplicar golpes financeiros? Para entrar no prédio, na academia, no consultório médico... o reconhecimento facial já faz parte da sua rotina. E a coleta dessas imagens em vários lugares diferentes preocupa especialistas, que alertam para o risco sobre vazamentos, se elas não forem armazenadas com os devidos cuidados. Mas será que fotos como as que são tiradas para entrar em condomínios e até as selfies nas redes sociais podem ser usadas para burlar sistemas de reconhecimento facial e pedir empréstimos em bancos, por exemplo? Especialistas ouvidos pelo g1 dizem que sim e a fraude pode ser mais fácil quando o sistema de verificação do aplicativo, por exemplo, não é do tipo "prova de vida" ("liveness detection", inglês), em que a pessoa precisa mexer o rosto para o reconhecimento (entenda mais abaixo). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça No entanto, apenas o "liveness" não é suficiente como mecanismo de proteção. Ele precisa ser combinado a outras formas de identificação para garantir que quem está acessando o serviço é, de fato, o titular. No caso do golpe envolvendo o gov.br, por exemplo, a TV Globo apurou que os suspeitos exploravam justamente essa tecnologia, usando fotos, vídeos e até máscaras para enganar o sistema e serem reconhecidos como rostos vivos. Os especialistas explicam que fotos comuns geralmente não são suficientes para um golpe. Mas, combinadas com dados como nome, CPF, e-mail, número de telefone, endereço e informações familiares, representam mais risco. Inclusive, o golpe mais comum envolvendo fotos extraídas das redes sociais é o do "número novo no WhatsApp", uma fraude muito conhecida por afetar vários brasileiros, lembra Rafael Zanatta, diretor do Data Privacy Brasil. É aquele em que a vítima recebe uma mensagem de alguém que se passa por um conhecido, mas aparece com um número desconhecido. O golpe geralmente começa com algo como "Anota meu número novo" e termina com um pedido de dinheiro. 'Prova de vida' é uma das soluções contra golpes Sistema de liveness detection. Divulgação/Microsoft Para evitar fraudes envolvendo reconhecimento facial, muitos apps e serviços adotaram o "liveness detection". Ele está presente principalmente em apps de bancos e pede para o usuário aproximar o rosto, piscar ou virar a cabeça diante da câmera, para confirmar que se trata de uma pessoa real. O objetivo é garantir que o sistema esteja interagindo com uma pessoa fisicamente presente e viva no momento da autenticação. Ele é importante para evitar que criminosos obtenham acesso ao sistema usando uma fotografia, vídeo, máscara ou outros meios para se passar por outra pessoa, segundo a Microsoft. De acordo com a Amazon, a tecnologia de reconhecimento facial funciona a partir do mapeamento da geometria do rosto. Entre os pontos analisados estão: a distância entre os olhos; a profundidade das cavidades oculares; a distância da testa até o queixo; o espaço entre o nariz e a boca; o formato das maçãs do rosto; além do contorno dos lábios, orelhas e queixo. Esses pontos do rosto são usados tanto para identificar e verificar a identidade da pessoa quanto para detectar tentativas de fraude, com o uso de fotos, vídeos ou máscaras — é nesse último que entra o recurso de liveness detection, explica Micaella Ribeiro, especialista em identidades e acessos da empresa de cibersegurança IAM Brasil. A especialista diz que tecnologias modernas de reconhecimento facial — como o Face ID, da Apple, e os sistemas da Amazon e da Microsoft, analisam entre 68 e mais de 100 pontos do rosto. "O número exato vai depender da tecnologia usada por cada empresa", afirma a especialista. Conheça as estratégias dos banidos e não caia no golpe da biometria facial Fantástico/ Reprodução "Apesar de o reconhecimento facial ser eficiente em muitos serviços, em ambientes sensíveis, como bancos, o ideal é sempre combiná-lo com outras ferramentas de autenticação", afirma Micaella Ribeiro. Ainda mais porque a popularização de softwares de inteligência artificial que geram vídeos sintéticos se tornou uma grande ameaça aos sistemas de reconhecimento facial, reforça Rafael Zanatta. "A tecnologia está avançando rápido e já permite criar vídeos a partir de uma única foto. O Google, por exemplo, lançou o Veo 3, que já faz isso. E os criminosos também vão se adaptando", afirma Rudolf Theoderich Buhler, professor de ciência da computação e IA do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). Segundo ele, se as empresas não investirem em tecnologias avançadas de autenticação, como prova de vida e multiplos sistemas de verificação, vídeos gerados com IA poderão ser usados para imitar pessoas e simular identidades, burlando sistemas de reconhecimento facial em fraudes. E como se proteger? Mulher fazendo uma selfie em seu celular. Social.Cut/Unsplash Golpes com uso da imagem do rosto têm se tornado cada vez mais comuns. Em maio, grupos suspeitos de fraudar contas do gov.br usaram técnicas de manipulação facial para burlar a autenticação biométrica e acessar dados pessoais das vítimas. Em junho, a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma operação contra uma quadrilha suspeita de aplicar golpes em aposentados do INSS. Segundo a investigação, o grupo tirava selfies das vítimas e, com acesso a seus dados pessoais, abria contas bancárias e contratava empréstimos consignados em nome delas. Nesses exemplos recentes, não há indícios de que as imagens tenham sido obtidas em redes sociais. É claro que não existe uma dica perfeita para se proteger nas redes, e os especialistas reconhecem que pedir para as pessoas simplesmente não usarem as plataformas ou não postarem selfies seria extremo demais. No entanto, eles compartilham algumas dicas que podem te ajudar a evitar que criminosos se aproveitem de suas fotos para aplicar golpes. Segundo Patricia Peck, advogada em direito digital, a principal recomendação é monitorar seu CPF no site do Banco Central para verificar se há contas bancárias ou empréstimos abertos indevidamente em seu nome. O serviço, chamado Registrato, é gratuito (acesse aqui). Outra forma simples de aumentar a segurança é ativar a autenticação de dois fatores em todos os serviços que oferecem essa camada de proteção. O recurso é importante para evitar que criminosos invadam suas contas, recomenda o professor Rudolf Theoderich Buhler. Por fim, especialistas recomendam tornar os perfis nas redes sociais privados. Essa prática pode oferecer uma proteção adicional para suas imagens e limitar o acesso de desconhecidos ao conteúdo que você compartilha. LEIA TAMBÉM: Golpe da loja online fake é a fraude de compras mais comum no Brasil, diz pesquisa Sou obrigado a fazer reconhecimento facial no meu prédio? Veja perguntas e respostas Como uma senha fraca permitiu que hackers falissem empresa de 158 anos Segurança digital: quem cuida dos dados de câmeras de reconhecimento facial? Reconhecimento facial: veja dilemas na implantação da tecnologia em condomínios Como criar uma senha forte, difícil de ser violada, e proteger suas contas

Reino Unido começa a exigir selfies e documentos para verificar idade de quem tenta acessar sites pornô


Redes sociais também devem implementar verificações para impedir crianças de acessarem conteúdo impróprio Alexandre Lago O Reino Unido começou a exigir nesta sexta-feira (25) novas medidas de verificação de idade para impedir que crianças acessem conteúdo impróprio na internet. As novas regras são consideradas como um "marco" por ativistas que batalham por regulamentações mais rigorosas. A partir de agora, quem tentar acessar conteúdo pornográfico ou outros que incluem temas sensíveis, como suicídio, automutilação e, transtornos alimentares, precisará comprovar que é maior de 18 anos. As caixas de seleção que permitem que qualquer pessoa alegue a maioridade serão substituídas por escaneamentos faciais para estimar a idade, envio de documentos de identidade, verificações de cartão de crédito e outras medidas de proteção. 📱 Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Cerca de 6 mil sites de pornografia, incluindo os mais populares como o Pornhub e o YouPorn, já declararam que vão acatar as novas regras. Plataformas de rede social como Bluesky, Reddit, Discord, Grindr e X também devem implementar verificações de idade para impedir que as crianças acessem conteúdo ilegal pornográfico, odioso e violento, afirmou Melanie Dawes, diretora executiva do Ofcom, o órgão regulador de mídia no Reino Unido. Multas podem superar R$ 130 milhões "Fizemos um trabalho que nenhum outro órgão regulador fez", disse Dawes em entrevista à rádio britânica BBC. "Esses sistemas estão aptos a funcionar. Nós estudamos isso", afirmou. Segundo o órgão, cerca de 500 mil jovens de 8 a 14 anos conseguiram encontrar pornografia online no mês passado no Reino Unido. As novas regras decorrem da Lei de Segurança Online de 2023. A norma impõe responsabilidades legais às empresas de tecnologia para proteger melhor crianças e adultos online e prevê sanções em caso de violações. Quem descumprir as regras poderá ser multado em até 18 milhões de libras esterlinas (R$ 134 milhões) ou 10% de sua receita global; "o que tiver valor maior", segundo o governo. Ações criminais também poderão ser tomadas contra administradores que não garantirem que as empresas sigam as solicitações de informação impostas pela Ofcom. 'Uma internet diferente' As crianças "experimentarão uma internet diferente pela primeira vez", disse o ministro britânico da Ciência, Inovação e Tecnologia, Peter Kyle, à emissora Sky News. Ele diz ter "expectativas muito altas" para as mudanças. Rani Govender, da entidade beneficente de proteção à criança NSPCC, disse se tratar de "um marco muito importante vermos finalmente as empresas de tecnologia tendo que assumir a responsabilidade de tornar seus serviços seguros para crianças", lembrando que elas frequentemente "tropeçam nesse conteúdo nocivo e perigoso". O governo do primeiro-ministro Keir Starmer também avalia introduzir um limite diário de duas horas para crianças em aplicativos de mídia social. Kyle disse que anunciará novos planos para regulamentar o setor para menores de 16 anos "em um futuro próximo". Reconhecimento facial: veja dilemas na implantação da tecnologia em condomínios

Musk mandou Starlink desligar internet durante operação da Ucrânia contra Rússia em 2022, diz agência


Elon Musk em um evento de luta livre que aconteceu na Filadélfia, nos Estados Unidos. Matt Rourke/ AP Foto Elon Musk ordenou que a Starlink desligasse o sinal de internet via satélite em uma região da Ucrânia, em setembro de 2022, interrompendo uma contraofensiva militar contra a Rússia, segundo informações obtidas pela Reuters. O bilionário forneceu o serviço de internet via satélite da Starlink no início da guerra para que as Forças Armadas da Ucrânia mantivessem comunicação no campo de batalha. A ação, no entanto, abalou a confiança de Kiev na Starlink. Segundo três pessoas ouvidas pela reportagem, Musk mandou um engenheiro sênior cortar o sinal em regiões como Kherson, ao norte do Mar Negro, que a Ucrânia tentava recuperar. A ordem foi dada no escritório da SpaceX, que controla a Starlink, na Califórnia. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "Temos que fazer isso", afirmou o engenheiro Michael Nicolls, aos colegas ao receber a ordem, segundo uma das fontes. As três fontes disseram que a ordem foi cumprida e que pelo menos 100 terminais foram desativados. No sistema interno da Starlink, os sinais em forma de hexágono ficaram escuras no mapa de cobertura. O corte de sinal também atingiu outras regiões ocupadas pela Rússia, como partes da província de Donetsk, no leste do país. Os horrores da guerra: histórias de brasileiros que se alistaram para lutar pela Ucrânia contra a Rússia Soldados em pânico Após a ordem de Musk, as tropas ucranianas enfrentaram um apagão repentino nas comunicações, de acordo com um oficial militar ucraniano, um assessor das Forças Armadas e duas outras pessoas que testemunharam a falha da Starlink na linha de frente. Os soldados entraram em pânico, os drones que monitoravam as forças russas ficaram às escuras e as unidades de artilharia de longo alcance, que dependiam da Starlink para apontar seus tiros, tiveram dificuldades para atingir os alvos. Segundo os dois militares, a falha impediu que as tropas cercassem uma posição russa em Beryslav, cidade próxima a Kherson. “O cerco foi totalmente interrompido. Fracassou”, afirmou um dos oficiais. Mais tarde, a Ucrânia conseguiu retomar Beryslav, Kherson e outros territórios que estavam sob ocupação russa. Essa foi a primeira vez que veio a público uma ordem direta de Musk para desligar o sinal da Starlink em um campo de batalha durante um conflito. A decisão chocou alguns funcionários da Starlink e reformulou a linha de frente dos combates, permitindo que Musk se apropriasse do resultado de uma guerra, segundo disse uma das fontes. O que dizem Musk e a Starlink O relato do comando contraria a narrativa do bilionário sobre como ele lidou com o serviço da Starlink na Ucrânia em meio à guerra. Em março, em uma publicação no X, Musk escreveu: "Nunca faríamos uma coisa dessas". Musk e o engenheiro Michael Nicolls não responderam aos pedidos de comentário da Reuters. Um porta-voz da SpaceX disse, por email, que a reportagem é "imprecisa" e encaminhou aos repórteres uma publicação da empresa no X. O post diz que a Starlink "está totalmente comprometida com o fornecimento de serviços para a Ucrânia". O porta-voz não especificou nenhuma imprecisão na reportagem e não respondeu a uma longa lista de perguntas sobre o incidente, o papel da Starlink na guerra da Ucrânia ou outros detalhes sobre os negócios da empresa. O que diz a Ucrânia O gabinete do presidente Volodymyr Zelensky e o Ministério da Defesa da Ucrânia não responderam aos pedidos de comentários. A Starlink ainda fornece serviços para a Ucrânia, e as Forças Armadas ucranianas dependem dela para alguma conectividade. Neste ano, Zelensky expressou publicamente sua gratidão a Musk pela Starlink. Não está claro o que teria motivado a decisão de Musk, ou o momento exato que ele teria dado a ordem. Também não se sabe exatamente quanto tempo a interrupção durou. As três pessoas familiarizadas com a ordem disseram acreditar que ela se originou das preocupações que Musk expressou posteriormente de que os avanços ucranianos poderiam provocar uma retaliação nuclear da Rússia. Uma das pessoas afirmou que o desligamento ocorreu em 30 de setembro de 2022. Os outros dois disseram que foi por volta dessa data, mas não se lembraram da data exata. Algumas autoridades de alto escalão dos EUA compartilhavam as preocupações de Musk de que a Rússia cumpriria as ameaças de escalada, declarou um ex-funcionário da Casa Branca à Reuters. A ordem de Musk foi um primeiro vislumbre do poder que o magnata agora exerce na geopolítica e na segurança global por causa da Starlink, um serviço de internet via satélite de rápido crescimento que mal existia no início desta década e agora fornece conectividade até mesmo em áreas remotas do mundo. Mesmo antes do breve papel de Musk como financiador e conselheiro do presidente dos EUA, Donald Trump, o sucesso da Starlink -- e a conectividade incomparável que ela oferece em todo o planeta -- deu a Musk uma influência cada vez maior junto a líderes políticos, governos e forças armadas em todo o mundo. A influência de Musk em assuntos militares em Washington e em outros países -- por meio do domínio da Starlink em comunicações via satélite e da influência da SpaceX em lançamentos espaciais -- atingiu uma dimensão anteriormente limitada a governos soberanos, alarmando alguns reguladores e parlamentares. "O atual domínio global de Elon Musk exemplifica os perigos do poder concentrado em domínios não regulamentados", disse Martha Lane Fox, membro da câmara alta do Parlamento britânico, durante um debate neste ano. A parlamentar é empresária e ex-membro do conselho do Twitter, o site de mídia social que Musk adquiriu em 2022 e rebatizou como X. "Seu controle", disse Lane Fox sobre a Starlink, "depende exclusivamente de Musk, permitindo que seus caprichos ditem o acesso à infraestrutura vital". A influência política de Musk e seus grandes negócios com o governo federal dos EUA estão agora sendo postos à prova. Desde que deixou sua função de assessor de Trump, Musk brigou publicamente com o presidente, anunciou planos de criar um novo partido político e criticou um projeto de lei de gastos que, segundo ele, aumentará o déficit orçamentário e destruirá empregos. Trump, por sua vez, ameaçou acabar com os contratos e subsídios do governo para as empresas de Musk, incluindo novos e lucrativos projetos de defesa. Seja qual for o motivo da decisão de Musk, o desligamento em Kherson e em outras regiões surpreendeu alguns envolvidos na guerra da Ucrânia -- desde as tropas em terra até os militares dos EUA e as autoridades de política externa, que, após a invasão em grande escala da Rússia em fevereiro, trabalharam para garantir o serviço Starlink para as forças ucranianas. Cinco pessoas familiarizadas com o incidente disseram que, durante a interrupção, as autoridades ucranianas entraram em pânico e pediram informações aos seus homólogos do Pentágono, mas receberam poucas explicações sobre o que poderia ter causado a interrupção. O Departamento de Defesa dos EUA não quis comentar. A Reuters não conseguiu determinar se as autoridades da Casa Branca ou do Pentágono, após a paralisação, tiveram alguma conversa com Musk sobre a interrupção.

'Qual é a minha bênção?': trend com o ChatGPT viraliza e divide opiniões nas redes sociais


'Qual é a minha bênção?': trend com ChatGPT viraliza e divide opiniões nas redes sociais Reprodução/X Uma nova trend com o ChatGPT tem viralizado e, ao mesmo tempo, gerado polêmica nas redes sociais. Usuários têm usado a IA para fazer duas perguntas curiosas: "Qual é a minha bênção?" e "Qual é a minha maldição?". A proposta pode soar estranha à primeira vista, mas são justamente as respostas do ChatGPT, muitas vezes enigmáticas ou impactantes, que têm chamado a atenção e impulsionado a tendência, especialmente no Instagram e no TikTok. Muitos usuários têm usado comandos acompanhados da expressão "sem explicar" — como em "Qual é a minha bênção? Sem explicar". O prompt deixa claro que o objetivo é apenas receber um retorno direto, aumentando o tom enigmático da interação. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Entre as interações compartilhadas nas redes, estão respostas como 'Sua maldição é esquecer o que mais queria lembrar", "Você sente tudo antes de acontecer", "Sua bênção é a sua intensidade" e "Sua bênção é transmutação". Apesar do sucesso, a trend também tem gerado críticas. Algumas pessoas alertam para os riscos de atribuir significados profundos demais às mensagens geradas por uma IA que, no fim, não conhece quem está do outro lado. "Perguntar por curiosidade, ok, mas postar e se emocionar com a resposta é loucura", criticou uma influenciadora no TikTok. Outro criador de conteúdo comentou: "Não é o ChatGPT que vai analisar quem você é e descobrir algo novo sobre você. É muito vago". Na rede social X, vários perfis têm feito piada com a tendência criando memes (veja abaixo). Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Em 5 anos, uso da internet no Brasil acelera e chega a 69% entre os idosos, diz IBGE O que se sabe sobre ataque hacker contra empresa que interliga bancos ao PIX Segurança digital: quem cuida dos dados de câmeras de reconhecimento facial?

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Chefe de RH flagrada com CEO em show do Coldplay também se demite, diz site

Chris Martin se surpreende com reação de casal em show do Coldplay Kristin Cabot, a diretora de RH da Astronomer que foi flagrada abraçada com o CEO em um show do Coldplay, se demitiu. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (24) pelo site TMZ, que disse ter confirmado com um representante da companhia. Pouco depois, a CNBC e o site Page Six também disseram ter recebido a confirmação da empresa sobre a demissão. Byron, o CEO, deixou o cargo três dias depois do show, no último sábado (19), conforme anunciou a Astronomer. A empresa não havia se pronunciado sobre Cabot em seus canais oficiais até a publicação desta reportagem. O que acontece quando uma traição no trabalho é exposta? Vale demissão por justa causa? 🔎 A Astronomer é uma empresa de tecnologia dos EUA especializada em ferramentas para orquestração de dados, com foco na automação de processos e no uso de inteligência artificial. Baseada no Apache Airflow, sua plataforma é usada por empresas que lidam com grandes volumes de dados e buscam eficiência em análises e operações digitais. Avaliada em até US$ 1 bilhão, a Astronomer é referência no setor de DataOps. Reação dos dois viralizou A cena com os dois, capturada pela tradicional "câmera do beijo", viralizou nas redes sociais na última semana por causa da reação deles. Byron e Cabot se assustam ao perceber que estavam sendo focalizados e, rapidamente, foi cada um para um lado. O comportamento chamou a atenção de Chris Martin, vocalista do Coldplay, que disse: "Ou eles estão tendo um caso ou são muito tímidos". Novo CEO diz que Astronomer ganhou holofotes, mas que nunca desejou isso É possível esperar privacidade em eventos? O seu cérebro quando você assiste a um vídeo em velocidade 1,5

Starlink, rede de satélites de Musk, apresenta instabilidade nesta quinta


Equipamento da Starlink, empresa de Elon Musk, exposta na Agrishow 2023 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 A Starlink, rede de satélites de Musk, apresenta instabilidade nesta quinta-feira (24). Usuários começaram a registrar problemas por volta das 16h, segundo o Downdetector, plataforma que monitora falhas em sites e redes sociais. O pico de reclamações aconteceu pouco antes das 17h, com 2.255 notificações. Em seguida, as queixas começaram a diminuir e às 18h caíram para menos de 1.000. Problemas com a Starlink reportados nas últimas 24 horas Reprodução/Downdetector Por volta das 17h, a Starlink divulgou um comunicado na rede social X, também de Elon Musk. "A Starlink está com a rede indisponível no momento e estamos implementando ativamente uma solução. Agradecemos a sua paciência e compartilharemos uma atualização assim que o problema for resolvido". Musk republicou a nota no seu perfil no X, reforçando a informação e disse que a SpaceX, sua empresa espacial, vai averiguar a raiz do problema para garantir que ele não se repita. Initial plugin text O que é e como funciona a Starlink, serviço de internet de Elon Musk

WhatsApp fora do ar? Aplicativo apresenta instabilidade nesta quinta


WhatsApp apresenta instabilidade nesta quinta REUTERS/Thomas White O WhatsApp apresenta instabilidade na tarde desta quinta-feira (24). O problema começou por volta das 16h30, segundo o Downdetector, plataforma que monitora falhas em sites e redes sociais. O pico de reclamações foi às 16h44, com 4.111 notificações. A partir de 15h, as queixas começaram a diminuir. Problemas com WhatsApp reportados nas últimas 24 horas Reprodução/Downdetector O g1 entrou em contato com a Meta, dona do WhatsApp, para comentar sobre o problema, e aguarda retorno. LEIA TAMBÉM: Flagra no quintal: Google é condenado por foto de argentino pelado no Street View Internet se populariza entre idosos e já é usada por 69% deles, diz IBGE O seu cérebro quando você assiste a um vídeo em velocidade 1,5

Em 5 anos, uso da internet no Brasil acelera e chega a 69% entre os idosos, diz IBGE


Em 5 anos, uso da internet no Brasil acelera e chega a 69% entre os idosos, diz IBGE O uso da internet entre os brasileiros com 60 anos ou mais deu um salto nos últimos cinco anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2019, apenas 44,8% dos idosos disseram ter usado a internet durante o ano; em 2024, esse percentual chegou a 69,4%. 🛜 No Brasil, 168 milhões de pessoas de 10 anos ou mais utilizaram a internet em 2024, o equivalente a 89,1% da população. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, feita no quarto trimestre de 2024 e divulgada nesta quinta-feira (24) pelo IBGE. Cerca de 210 mil domicílios brasileiros são visitados a cada trimestre. ↗️O IBGE aponta que esse crescimento entre os idosos está ligado à facilidade de uso da tecnologia e por sua presença cada vez maior no dia a dia, especialmente para comunicação e serviços. Acompanhando essa tendência, a posse de telefone celular para uso pessoal também avançou entre os idosos, chegando a 78% no ano passado. Apesar do avanço, as pessoas com 60 anos ou mais ainda são maioria entre os 20 milhões de brasileiros que não acessaram a internet em 2024. Entre os idosos, 66% afirmaram não saber usar a tecnologia. Idosos são maioria entre quem não usa a internet g1 Leia também: Golpistas usam antenas falsas para disparar golpes por SMS Emoji de rosto com olheiras é escolhido o mais representativo de 2025 Veja outros destaques do levantamento: Acesso digital a bancos salta em 2 anos: O percentual de usuários que disseram usar a internet para acessar bancos ou instituições financeiras pela internet subiu de 60,1% em 2022 para 71,2% em 2024. O IBGE aponta que a popularização do PIX pode ter contribuído para esse aumento. Norte e Nordeste ampliam acesso à internet: Desde 2019, essas duas regiões foram as que mais ampliaram o uso da internet entre suas populações, chegando a 87,2% no Nordeste e 88,2% no Norte. A diferença entre essas regiões e o restante do país é a menor já registrada. O maior índice foi no Centro-Oeste, com 93,1% da população conectada em 2024. Internet no campo se aproxima das cidades: A utilização da rede pela população rural aumentou e ficou mais próxima das cidades, saltando de 33,9% em 2016 para 81,0% no ano passado. Nas áreas urbanas, o índice foi de 71,4% para 90,2% no mesmo período. Decadência do telefone fixo: Em 2016, um terço dos domicílios brasileiros tinha um telefone fixo, índice que desabou para 7,5% (ou 6 milhões de residências) em 2024. Em contrapartida, o celular está presente em 97% dos lares. TVs de tubo ainda resistem: Enquanto isso, as antigas televisões de tubo vão desparecendo das casas do Brasil, mas ainda estão presentes em cerca de 5 milhões de domicílios (6,6%). Ao mesmo tempo, 71 milhões de residências (94,8%) possuem pelo menos uma TV de tela fina (veja no vídeo abaixo). A TV de tubo ainda está em 6,6% dos lares, cerca de 5 milhões de domicílios Windows decreta fim da temida 'tela azul'; veja como será nova versão Em 2024, 69,4% dos idosos brasileiros utilizaram a internet, segundo o IBGE Freepik

SpaceX quer abastecer Starship com nave reserva no espaço e fazer um lançamento por hora; entenda planos para chegar a Marte

SpaceX quer abastecer Starship no espaço para missões a Marte A SpaceX, empresa de foguetes do bilionário Elon Musk, quer fazer em 2...