domingo, 30 de novembro de 2025

Quarto privativo, cama e TV de 32": como é o avião que fará voo mais longo do mundo


Avião pode superar recorde de voo mais longo do mundo O recorde de voo comercial mais longo do mundo poderá ser superado por um novo avião: o A350-1000ULR, da fabricante europeia Airbus. A aeronave poderá cruzar o mundo em viagens de 22 horas sem precisar de escalas, informou a companhia aérea australiana Qantas. A empresa encomendou 12 aviões desse modelo e divulgou novas imagens da primeira unidade, que deve ficar pronta em 2026. O voo comercial de estreia está previsto para o primeiro semestre de 2027. Segundo a Qantas, pela primeira vez, será possível conectar a Austrália com Londres e Nova York em voos sem paradas. Na prática, passageiros economizarão até quatro horas nessas viagens. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O investimento faz parte do que a empresa chamou de Projeto Sunrise ("nascer do Sol"). Ele ganhou esse nome porque, devido à diferença do fuso horário entre a Austrália e o restante do mundo, os passageiros poderão ver o nascer do sol duas vez nos voos mais longos. O modelo comprado pela Qantas é uma versão de alcance ultralongo do A350-1000. Uma das diferenças é um tanque adicional com capacidade para mais 20 mil litros de combustível. Para oferecer mais conforto, a companhia levará no máximo 238 passageiros por voo, abaixo dos cerca de 300 lugares da versão padrão da aeronave. Avião A350-1000ULR, fabricado pela Airbus, foi encomendado pela companhia aérea australiana Qantas Divulgação/Qantas O projeto da Qantas inclui uma zona de bem-estar com opções para passageiros alongarem as pernas, se alimentarem e se hidratarem. Além disso, todos terão acesso a Wi-Fi durante o voo. O avião terá 6 assentos na primeira classe, 52 na classe executiva, 40 na classe econômica premium e 140 na classe econômica. Saiba mais sobre cada uma delas: Primeira classe com quarto privativo com poltrona reclinável, cama, TV de 32", seis áreas para armazenar objetos, guarda-roupa e espaço para trabalhar e comer; Classe executiva com poltrona larga que vira cama de 2 metros de comprimento, TV de 18", mesa de apoio, carregador sem fio, área de armazenamento e opção para fechar cabine; Classe econômica premium com apoio para as pernas e para a cabeça, tela de 13,3" e porta-luvas pessoal; Classe econômica com suporte para apoio para a cabeça, espaço extra para as pernas, tela de 13,3". Primeira classe do avião do projeto Sunrise Divulgação/Qantas A empresa também disse ter trabalhado com especialistas em sono para reduzir os efeitos do jet lag ao adotar iluminação e horários de refeição mais adequados. A companhia aérea já tinha anunciado o plano de comprar os novos aviões da Airbus em 2019, mas, por conta da pandemia, o negócio só foi oficializado em 2022. No início de novembro de 2025, a empresa informou que a primeira aeronave estava na linha de montagem da Airbus em Toulouse, na França. Componentes como as seções frontal, central e traseira, bem como asas, cauda e trem de pouso já foram instalados. Neo: quanto custa robô que pode lavar, dobrar e passar suas roupas Robô humanoide da empresa de Elon Musk luta Kung Fu; veja vídeo Curso gratuito de IA e nuvem da Amazon tem 150 mil vagas; veja como se inscrever Avião A350-1000ULR na fábrica da Airbus em Toulouse, na França Divulgação/Qantas Zona de bem-estar do avião do projeto Sunrise Divulgação/Qantas Avião A350-1000ULR na fábrica da Airbus em Toulouse, na França Divulgação/Qantas Classe executiva do avião do projeto Sunrise Divulgação/Qantas Classe econômica premium do avião do projeto Sunrise Divulgação/Qantas Classe econômica do avião do projeto Sunrise Divulgação/Qantas Neo: conheça robô que pode lavar, dobrar e passar suas roupas Agentes de IA viram aposta das empresas, e quem domina a tecnologia pode ganhar até R$ 20

#casadaaos14: meninas expõem rotina de casadas no TikTok; 'romantização do casamento infantil', diz especialista


Meninas expõem rotina de casadas no TikTok “Montando a marmita do marido”, diz uma garota aparentemente menor de idade em um vídeo de 2023 com mais de 2 milhões de visualizações no Tiktok. Na postagem, ela marca a hashtag #casadaaos14, que reúne ao menos 213 vídeos na plataforma. O perfil, com mais de 190 mil seguidores, publica vídeos de uma rotina de dona de casa, atualizando a hashtag de acordo com a sua idade, mostrando receitas, limpeza e tarefas domésticas, com menções ao suposto marido. Outro perfil, na mesma hashtag, mostra a legenda "mini rotina, casada e grávida aos 14 anos". O vídeo aparece acompanhado de hashtags como #cuidandodolar e #donadecasaporamor. Há também outros 582 vídeos com #casadaaos15 e 32 com #casadaos13. Em comum entre eles, meninas que relatam a rotina de uma vida de casal – em alguns, os companheiros aparecem ou são mencionados pelas jovens. O TikTok removeu alguns desses conteúdos e um dos perfis citados após ser procurado pela reportagem do g1. A plataforma informou que os conteúdos compartilhados foram removidos porque violam Diretrizes da Comunidade. Leia nota ao final da reportagem. 🔞A postagem dos vídeos, hoje, não é ilegal. No entanto, o presidente Lula sancionou em setembro o que ficou conhecido como PL da Adultização, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Digital, que define obrigações para provedores de serviços digitais (confira abaixo). Para Mariana Zan, do Instituto Alana e membro da Coalizão de Direitos nas Redes, mesmo com o ECA Digital, esses conteúdeos podem não ser considerados uma violação. Mas, independentemente da legalidade, esse conteúdo "romantiza" o casamento infantil. A pesquisadora afirma que a presença desse fenômeno nas redes coloca como “aceitável, bonito ou romântico” uma adolescente ou criança estar casada. “Isso reforça estereótipos de gênero, estereótipos de idade. E, ao mesmo tempo, retira o caráter de violência”. No Brasil, os dados do Censo Demográfico do IBGE, mostraram que 34 mil crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos viviam em união conjugal em 2022, sendo 77% meninas. Embora os técnicos do instituto afirmem que o número pode estar superestimado, especialistas ressaltam que a existência desses casos não é surpresa. ⚖️ Pela legislação brasileira, é proibido casar antes dos 16 anos, mesmo com consentimento dos pais. Na apuração do g1, foram encontradas contas que são de crianças de fato e outras que são de pessoas fora dessa faixa etária, mas que utilizam das hashtags para ganhar destaque. Para Zan, isso indica o grande apelo midiático do tema. “A romantização do casamento infantil e infantojuvenil, como tem sido colocada nas redes, é uma das razões pelas quais, em alguns momentos, esse tema aparece de forma impensada, ou até mesmo com outra conotação. Existe um apelo midiático do tema e que gera like. Porque, no geral, é isso: conteúdos que envolvem crianças e adolescentes têm um grande potencial de gerar engajamento”. De acordo com Raquel Saraiva, presidente do Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife (IP.rec), os jovens utilizam essas postagens principalmente para viralizar, mas também há um interesse em mostrar suas experiências e receber validação. "De forma geral, existe uma necessidade das pessoas se mostrarem nas redes sociais e tentar viralizar algum tipo de conteúdo. E isso entre parcela mais jovem da população é até um pouco mais frequente, porque existe essa ideia de que a rede social vai transformar elas em pessoas famosas, e assim elas vão conseguir ganhar dinheiro com isso". Para a pesquisadora, os perfis mostram uma necessidade de afirmação perante uma decisão dos envolvidos. "É como se tivesse sido uma decisão delas. Tem umas que dizem: 'Ah, fugi de casa e me casei' ou 'porque eu realmente decidi casar aos 14 anos', 'as pessoas deviam julgar menos e apoiar mais'. Só que um casamento abaixo de 16 anos é nulo pela lei, nem devia acontecer", diz Raquel. A pesquisa por hashtags exibe não somente vídeos de adolescentes que dizem ser casadas, como também vídeos relacionados. O TikTok explica em seu site que "a página de hashtags exibe os vídeos que começaram a tendência e depois outros vídeos populares relevantes à hashtag popular". Entre as hashtags associadas, estão #donadecasa, #casamento, #gravideznaadolescencia e #mulherdepreso. “Montando a marmita do marido” Nos vídeos analisados, é possível ver meninas muito jovens exibindo atividades atribuídas à vida conjugal: preparando refeições, mostrando a casa onde moram, falando em “marido” e até dando conselhos para outras adolescentes. Em alguns casos, a família aparece apoiando a união; em outros, há alusão a relacionamentos com homens mais velhos. Nos comentários, outras adolescentes contam suas experiências sobre a união conjugal ou sobre o desejo de saírem de casa para viver com o namorado uma "vida de casados". Meninas expõem rotina conjugal em vídeos de TikTok Arte/g1 Raquel explica que o conteúdo divulgado pelas jovens é o chamado lifestyle, que mostra um modo de vida e rotina. "Ele acaba sendo até mais fácil de produzir porque a pessoa tá compartilhando ali o seu próprio dia a dia". O que diz a legislação A união estável, apesar de não ter idade mínima definida em lei, não é reconhecida quando envolve menores de 16, pois implica em estabelecer uma relação de caráter conjugal incompatível com a proteção integral prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Organizações que atuam no combate ao casamento infantil afirmam que essas uniões, quando ocorrem, estão frequentemente ligadas à vulnerabilidade econômica, evasão escolar, gravidez precoce e violência. Casamento é considerado infantil quando ao menos um dos cônjuges tem 18 anos ou menos Reprodução/Globo News Segundo Viviana Santiago, diretora executiva na Oxfam Brasil, “até bem pouco tempo, o Brasil era o quinto país do mundo em casamentos infantis. Como a maioria dessas uniões são informais, era muito difícil ter dados sobre casamento infantil”. Santiago explica que o casamento infantil pode ser considerado como um fenômeno invisível com múltiplas causas. Invisível, por ser evidente em diferentes bases de dados públicas, como as administradas pelo Ministério da Saúde (como registros de nascidos vivos e notificações de violência) e as do IBGE (o Censo Demográfico e as estatísticas do registro civil), mas ainda ser alvo de dúvidas pela sociedade brasileira. "O casamento infantil é um fenômeno invisível porque na verdade ele é considerado uma solução moral. Aquilo que leva uma menina a estar casada, embora isso seja um processo de violação de direitos, é algo que não é entendido dessa forma". Ela explica que a união conjugal aparece como uma "solução" para algumas situações como a gravidez não planejada na adolescência, a pobreza, a violência intrafamiliar e as imposições de gênero. Moderação das plataformas "Do ponto de vista das redes sociais, existe uma falha de moderação de conteúdo”, comenta Saraiva. “Porque se o casamento aos 14 anos é proibido por lei, um conteúdo dessa natureza devia ser considerado também um conteúdo sensível. Então uma atitude mais proativa das redes sociais seria esperada nesse sentido." Segundo ela, as ferramentas utilizadas para moderação hoje são automáticas e mais efetivas para conteúdos explícitos (como nudez e pornografia). E as meninas supostamente casadas não estão fazendo algo explícito. "Vários vídeos, por exemplo, mostram uma menina cozinhando. Lavando a louça, fazendo a janta, fazendo o almoço. Isso não é explícito, mas passa uma mensagem que fica escrita na tela: 'Casada aos 14'. E isso tem um impacto. Não é o vídeo dela estar cozinhando, isso é perfeitamente normal, aceitável". O artigo 227 da Constituição Federal é a referência para a proteção de crianças e adolescentes no Brasil, dentro e fora do ambiente digital, pois reconhece esses grupos como sujeitos de direitos e também determina que a garantia desses direitos deve ter prioridade absoluta, colocando crianças e adolescentes no topo das agendas social e política. Além disso, a Constituição estabelece a responsabilidade compartilhada: garantir direitos é dever do Estado, das famílias e da comunidade como um todo. “Isso implica, portanto, também na responsabilidade das plataformas. Elas estão inseridas nessa comunidade e têm o dever de garantir direitos de crianças e adolescentes no ambiente digital”, conclui Zan. PL da Adultização 🔞Em setembro, o presidente Lula sancionou o que ficou conhecido como PL da Adultização, o ECA Digital, que define obrigações para provedores de serviços digitais, como a exigência de vincular contas de crianças e adolescentes a um responsável e remover conteúdos considerados inadequados para esse público. 👧 A movimentação surgiu após o influenciador Felca denunciar em um vídeo a prática de fazer com que crianças adotem comportamentos ou responsabilidades que não correspondem à idade delas nas redes sociais. No vídeo, Felca mostra casos de adultização que aconteceram em publicações do influenciador Hytalo Santos, preso após repercussão do tema e investigação do Ministério Público. 📱 O objetivo da lei é assegurar a proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital, aplicando-se a qualquer produto ou serviço de tecnologia da informação que possa ser utilizado por eles. Segundo Mariana Zan, no caso do casamento infantil, não é possível afirmar que o ECA digital possa barrar. "Diferentemente, por exemplo, de uma cena explícita de violência em que a gente compreende socialmente, a gente tem uma compreensão mais social de que isso é uma violência. Esses outros casos em que essas violações ficam mais numa linha tênue de compreensão social de que não se trata de uma violência, pode ser que não seja barrado", diz a pesquisadora. Leia nota do TikTok: Os conteúdos compartilhados foram removidos da plataforma por violarem as nossas Diretrizes da Comunidade. Não permitimos mostrar, promover ou se envolver em abuso ou exploração sexual de jovens, incluindo relacionamentos românticos entre um adulto e um jovem. Dados da aplicação das nossas diretrizes No Centro de Transparência, publicamos trimestralmente relatórios de moderação. O mais recente, referente ao segundo trimestre de 2025, aponta que 99,1% dos vídeos com violações foram removidos proativamente, e 94,4% deles foram retirados do ar em menos de 24 horas. Esse mesmo relatório aponta que conteúdos identificados com potenciais riscos de abuso físico ou sexual de crianças, assim como aqueles com exposição significativa do corpo de menores, tiveram 99,8% de remoção proativa na plataforma, antes mesmo de qualquer denúncia. Dispomos de diretrizes específicas para menores entre 13 e 18 anos Usuários entre 13 e 18 anos têm configurações específicas para preservar sua segurança e seu bem-estar, como limite de tempo de tela e restrição de recursos. As contas de adolescentes no TikTok contam com mais de 50 recursos e configurações específicas, projetadas para que possam explorar sua criatividade, se conectar com amigos e aprender de forma segura. Nossas diretrizes de Segurança e bem-estar dos jovens não permitem seu acesso a uma série de conteúdos, incluindo os que contenham beijos íntimos, enquadramento ou comportamento sexualizado. Restrições por faixa etária: jovens de 13 a 15 anos não têm seus vídeos recomendados no feed Para Você, e mensagens diretas estão disponíveis apenas para maiores de 16 anos, entre outras configurações de privacidade e segurança de adolescentes. As contas de menores de idade são definidas como privadas por padrão, e não autorizamos a monetização de contas de menores.

sábado, 29 de novembro de 2025

Vem aí uma bolha de IA? Entenda o receio do mercado com as ações de big techs e o que esperar à frente


Vem aí uma bolha de IA? Entenda o receio do mercado com as ações de big techs O debate está aberto no mercado financeiro global: até onde as bolsas americanas podem subir impulsionadas pelas ações de tecnologia? Nos últimos anos, as big techs e as empresas de inteligência artificial (IA) têm dominado os principais índices dos Estados Unidos, acumulando recorde após recorde. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Há algum tempo, esse movimento deixou de interessar apenas analistas e investidores institucionais e passou a despertar entusiasmo também entre pessoas físicas e iniciantes. Sempre que um fenômeno assim surge, uma clássica dúvida retorna: estamos diante de uma bolha nas empresas de IA? Uma pesquisa global recente do Bank of America (BofA) mostra que mais da metade dos gestores do mercado financeiro consultados (54%) acredita que os investimentos nas chamadas “Sete Magníficas” estão lotados. 🔎 As Sete Magníficas são as sete maiores empresas de tecnologia do mundo: Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla. Na prática, isso indica que esses gestores veem muitos investidores fazendo a mesma aposta na valorização das companhias de tecnologia — o que pode elevar o risco de uma correção mais intensa no mercado, com perdas relevantes para quem não souber identificar o momento de vender. Ainda assim, 45% apontam o risco de cauda — ou seja, de baixa probabilidade — de formação de uma bolha de IA no mercado. Outros 53% afirmam que as ações do setor já estão, de fato, em uma bolha. De onde vêm os temores de uma bolha de IA? De maneira geral, alguns fatores têm alimentado esse receio no mercado, como o número cada vez maior de investidores no setor e o volume elevado de recursos que algumas empresas de tecnologia vêm destinando à expansão de seus negócios. Entenda esses pontos abaixo: Maior número de investidores O aumento no número de investidores apostando nesse mercado pode levar a uma valorização excessiva dessas companhias nas bolsas. Em linhas gerais, quanto maior a procura por certos ativos, maior tende a ser sua alta. Com isso, a alta das cotações muitas vezes ocorre sem os fundamentos necessários para sustentá-la no longo prazo — ou seja, a valorização passa mais pela dinâmica de oferta e demanda do que pelo desempenho das empresas e o valor entregue aos acionistas. Investimentos elevados e receios de “efeito cascata” A pesquisa do BofA também mostra que, pela primeira vez em 20 anos, investidores acreditam que as empresas estão destinando recursos demais à expansão de seus negócios, movimento conhecido no mercado como “boom de capex”. Esses investimentos estão ligados à inteligência artificial — como a construção de data centers, a aquisição de equipamentos e a compra de chips — e podem pressionar as companhias caso os resultados fiquem abaixo do esperado. Isso também deixa a valorização mais vulnerável a correções, enquanto investidores seguem avaliando o potencial de monetização desses investimentos e a sustentabilidade do atual ciclo de gastos voltados à expansão dessas empresas. Além disso, há dúvidas no mercado sobre o quanto fatores externos — como a necessidade de maior capacidade energética — conseguem avançar no ritmo exigido para acompanhar a evolução dessas empresas. Esses receios já começam a se refletir nas bolsas. Um levantamento da Elos Ayta aponta que as Sete Magníficas perderam mais de US$ 1,7 trilhão em valor de mercado em menos de um mês. O valor conjunto dessas empresas caiu de US$ 22,24 trilhões em 29 de outubro para US$ 20,49 trilhões em 20 de novembro. Mesmo assim, no longo prazo, essas companhias seguem acumulando forte valorização. Diante desses pontos, esse temor é justificado? Não há dúvida de que essas empresas seguem em trajetória de crescimento. O problema, porém, está nos múltiplos que vão além do lucro. 🔎 Múltiplos são indicadores que relacionam o preço da ação de uma empresa com informações financeiras presentes em seus balanços. Eles costumam ser usados por analistas para comparar uma empresa com outras do mesmo setor e decidir se o preço daquela ação está justo. Segundo Maria Irene Jordão, estrategista global da XP, diversos ajustes são necessários para identificar se o preço de uma ação está caro ou barato. No mercado, é relativamente comum que uma ação fique cara durante períodos de forte expansão. Para a especialista, porém, a incerteza sobre a sustentabilidade desse crescimento ajuda a explicar as quedas recentes das big techs. “Precisamos diferenciar as empresas de inteligência artificial. Podemos questionar o ritmo de crescimento da Nvidia? Sem dúvida. Mas há muitas outras companhias de IA que ainda não dão lucro e se sustentam em ideias e promessas futuras”, afirma Jordão. Para Roberto Padovani, economista-chefe do banco BV, ainda não é possível afirmar que o setor de tecnologia vive uma bolha hoje. O mercado, porém, está sensível aos dados — tanto dos balanços corporativos quanto da economia dos EUA — e cresce a percepção de que uma bolha de IA pode estourar adiante. Ele lembra que, nas últimas bolhas — a da internet no fim dos anos 1990 e a do mercado imobiliário nos anos 2000 — houve um período mais longo de “expansão da bolha” antes do estouro. “No caso da internet, foram seis anos de uma expansão quase contínua dos mercados acionários. E foi a mesma história dos anos 2000, que teve expansão da bolsa por cinco anos. Então me parece que há um fôlego maior nessas duas referências”, diz Padovani. E quem tem (ou quer ter) investimentos em tecnologia? Apesar de o setor de tecnologia ainda ser considerado um dos segmentos com potencial de bons retornos no médio e longo prazo, a recomendação é de cautela para evitar os “excessos do mercado”. “É importante buscar empresas que entregam valor e que estão, de fato, bem posicionadas”, afirma Jordão. A especialista explica que a IA atravessa, neste momento, uma fase de infraestrutura — a construção das bases físicas e tecnológicas que permitirão seu funcionamento. Isso inclui, por exemplo, a criação de data centers, a ampliação de linhas de transmissão, a geração de energia e a implantação de estruturas para conexão de alta velocidade. “Olhando para essas empresas [que fornecerão a infraestrutura necessária para IA], temos talvez a possibilidade de surfar um pouco mais nesse rali”, afirma a estrategista da XP. “Mas é preciso lembrar sempre que esse é um tema volátil e que sempre podem existir correções de mercado, o que é natural. Então é importante diversificar, entender que está sujeito à volatilidade e que estamos apenas no início de um ciclo muito longo”, acrescenta. * Colaborou Raphael Martins O presidente da empresa de computação de inteligência artificial Nvidia, Jensen Huang, fala em palestra na feira de tecnologia CES, em Las Vegas Rick Wilking/Reuters

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Black Friday 2025 rende memes nas redes: 'Tudo pela metade do dobro'


Black Friday gera memes nas redes sociais Reprodução/X A Black Friday 2025 chegou nesta sexta-feira (28) — e, além das ofertas, os memes estão movimentando movimento as redes sociais. Usuários aproveitaram a data para brincar com o consumismo, as promoções duvidosas e o clássico arrependimento pós-compra. Tem quem diga que está animado para aproveitar os descontos, quem garanta que não vai gastar um centavo (à la Julius, da série Todo Mundo Odeia o Chris), e até quem ironize as promoções que parecem “metade do dobro”. A internet respondeu do jeito que mais gosta: com humor. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 Abaixo, alguns dos melhores memes do dia. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text

Aplicativo do Bradesco tem instabilidade em dia de Black Friday e gera reclamações nas redes sociais


O aplicativo do Bradesco enfrenta instabilidade nesta sexta-feira (28), gerando uma série de reclamações de clientes nas redes sociais. Entre os principais problemas relatados, usuários afirmam não conseguir acessar o app nem realizar transações via PIX. De acordo com o site Downdetector, que monitora falhas em serviços digitais, foram registradas pelo menos 1.000 reclamações até as 12h44. A interrupção ocorre em um dia movimentado para o setor financeiro, marcado pelo pagamento da do décimo terceiro salário e pela Black Friday, evento global que registra alto volume de transações e descontos expressivos no comércio. Veja os vídeos em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1 Aplicativo do Bradesco apresentava instabilidade nesta sexta-feira (28) Reprodução/Arquivo pessoal Nas redes sociais, diversos clientes relataram problemas com o aplicativo. Em resposta às menções no X, o Bradesco pediu que os usuários tentassem acessar o app novamente mais tarde: "Estamos trabalhando para corrigir o quanto antes. Por favor, acesse mais tarde", informou o banco. Confira abaixo: Initial plugin text Ilustração de logo do Bradesco. Reuters

Empresa russa diz ter criado ‘biodrones’ com pombos controlados por chip cerebral; veja como funciona


Empresa russa anuncia ‘biodrones’ com pombos guiados por chip cerebral Uma empresa de tecnologia russa anunciou ter criado pombos com chips implantados no cérebro que, segundo ela, permitem controlar o voo das aves à distância. As informações foram publicadas pela agência estatal RIA Novosti, na quarta-feira (26). ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp De acordo com o comunicado divulgado pela imprensa estatal, os chamados “biodrones” usam aves reais e foram criados pela "Neiry". A empresa afirma que o operador consegue direcionar o voo do animal por meio de um chip que estimula regiões do cérebro ligadas ao movimento. A RIA disse que os pombos se diferenciam pouco de aves comuns, exceto por um fio que sai da cabeça da ave e por um pequeno equipamento preso às costas, além do chip cerebral. A empresa afirma ainda que os animais podem ser usados em monitoramento ambiental, industrial e em operações de busca. ⚙️ Como funciona? Em informações publicadas pela própria Neiry, a empresa diz que o biodrone PJN-1 usa pequenos eletrodos implantados no cérebro do pombo para ajudar a direcionar o movimento. Esses eletrodos são ligados a um estimulador e a um controlador que ficam em uma espécie de mochila presa às costas da ave. O sistema envia impulsos que influenciam o sentido do voo, como virar para a direita ou para a esquerda. O equipamento é alimentado por painéis solares instalados nas costas do pombo. A empresa garante que, após a cirurgia, os animais vivem normalmente. Imagem mostra o que seria um pombo controlado por chip cerebral Neiry/Divulgação 📷 Câmeras nas aves: Segundo a Rússia, as aves também carregariam um sistema de filmagem instalado no equipamento preso ao corpo, com a câmera posicionada abaixo do pescoço. Segundo a empresa, essas câmeras operam de forma semelhante aos sistemas de vigilância instalados em locais públicos na Rússia. A companhia diz que rostos e dados pessoais são borrados por inteligência artificial. O uso seguiria as normas de cada região onde as aves forem empregadas. “A principal diferença entre um biodrone e um animal treinado está na ausência de necessidade de treinamento: após a implantação, qualquer animal se torna controlado à distância”, diz um relatório da companhia, segundo a RIA. A empresa informou que o sistema poderia ser adaptado para outras aves — como corvos para levar cargas maiores, gaivotas para monitoramento de áreas costeiras e albatrozes para regiões marítimas. A companhia diz ainda que o custo desses biodrones seria parecido com o de drones convencionais da mesma categoria, mas com autonomia maior por serem animais vivos. O projeto ainda está em fase de testes. A mesma empresa já apresentou outros projetos envolvendo animais, como uma “rata inteligente” e a instalação de chips em vacas para aumento de produção leiteira. LEIA TAMBÉM Trump afirma que ofensivas terrestres na Venezuela devem começar 'muito em breve' VÍDEO: Militares de Israel matam palestinos aparentemente rendidos na Cisjordânia; Exército investiga o caso Morre militar que foi baleada em ataque perto da Casa Branca, diz Trump VÍDEOS: em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

'Salário de CEO' e benefícios turbinados: as estratégias de empresas na disputa por talentos em IA no Brasil


Luís Henrique Martins não está procurando emprego, mas recebe mensagens de recrutadores praticamente todos os dias perguntando se ele tem interesse em trocar de empresa. "São dezenas mensalmente, com excelentes oportunidades", comenta. Ele é engenheiro de inteligência artificial (IA), uma das novas profissões ligadas à IA generativa. Essa é a área da inteligência artificial focada na geração de conteúdo, que tem se popularizado desde o fim de 2022, quando a OpenAI lançou o ChatGPT. Em menos de três anos, a IA generativa passou a fazer parte da rotina de muita gente — o ChatGPT já soma 800 milhões de usuários — e de muitas empresas, que passaram usar essas ferramentas para automatizar e otimizar tarefas e reduzir custos. Veja os vídeos em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1 No Brasil, companhias de diferentes setores têm buscado incorporar a IA aos seus processos e produtos, mas encontrar mão de obra com experiência para fazer isso não tem sido fácil. Em busca de talentos, muitas empresas têm oferecido salários significativamente maiores do que a média do mercado aos profissionais mais experientes, têm flexibilizado a obrigatoriedade do trabalho presencial e turbinado benefícios — chegando a oferecer em alguns casos parte da sociedade, como aconteceu com Martins na startup brasileira em que trabalha. "Esse foi um outro atrativo que me ofereceram, uma fatia de empresa, o que me garante todos os benefícios da sociedade. Mas essas opções são mais raras", ele conta. Recrutadores ouvidos pela BBC News Brasil disseram ainda que, no cenário atual, há oportunidades inclusive para quem tem menos tempo de carreira, já que, diante da falta de mão de obra, alguns empregadores estão dispostos a desenvolver talentos. Procuram-se engenheiros de IA Por ser muito nova e ter um campo de atuação amplo, a função de engenheiro ou engenheira de IA não tem uma definição estabelecida. "É quase um time de profissionais em uma pessoa só", diz Martins. "Geralmente, tem uma base forte na ciência de dados, incluindo estatística e modelagem, bom conhecimento de programação e entende de infraestrutura de software e de serviços de computação em nuvem." São eles que integram as ferramentas dos modelos de IA disponíveis no mercado aos produtos e serviços das empresas, funcionando como uma espécie de elo entre a tecnologia e o negócio. Exemplo: o engenheiro de IA pode criar um chatbot personalizado para atender clientes a partir do ChatGPT. Ou usar a IA para ler planilhas de vendas e gerar relatórios de forma automatizada, para facilitar a análise do desempenho das atividades da empresa. Ou ainda programá-la para colher e processar dados das redes sociais e sites de avaliação para entender melhor a concorrência. Os engenheiros de IA também podem estar mais focados em pesquisa e inovação, atuando na criação, treinamento e ajuste fino de modelos de inteligência artificial. Nos Estados Unidos, onde estão as big techs por trás de plataformas como ChatGPT (OpenAI), Gemini (Google) e Claude (Anthropic), a briga por talentos com foco em pesquisa tem inflacionado os salários, levando alguns à casa dos milhões. No Brasil, um país que é mais usuário do que desenvolvedor de tecnologias ligadas à IA generativa, as cifras não chegam a esse patamar — mas quem está no mercado relata demanda bastante aquecida. Relatos como o de Martins, que é abordado constantemente por recrutadores, são comuns entre profissionais de tecnologia em plataformas como o Reddit: "Fiz cinco entrevistas nessas últimas três semanas e nem estou procurando nada. Para sênior é ridículo a quantidade de vagas", dizia um comentário recente em uma comunidade. E também reflete a experiência de quem está do outro lado do balcão, como o recrutador Jonathan Yung, que há 20 anos trabalha buscando profissionais de tecnologia para cargos executivos e estratégicos em empresas no Brasil e no exterior. "Está muito difícil achar engenheiro de IA. Primeiro, você aborda. Poucos respondem. Os que respondem já estão em mais uma ou outras duas vagas", diz ele, que é sócio-fundador da Vertico. "Está todo mundo brigando pelos mesmos talentos." Um dos efeitos dessa dinâmica se reflete na remuneração, em média maior para engenheiros de IA com experiência quando comparada, por exemplo, à de desenvolvedores de software, que já são conhecidos no setor pelo salário médio alto. Yung diz que alguns chegam a ser contratados com salários compatíveis com as de posições mais altas dentro da empresa, como a de diretor-executivo (CEO). "Você pode dizer que isso é uma bolha, correto. Mas as empresas estão dispostas a pagar", comenta. Especialmente porque a competição por talentos não acontece só entre empresas brasileiras. Yung também faz recrutamento para companhias americanas e diz que é comum que elas procurem profissionais no Brasil. "Aqui o custo é menor, e o fuso horário é favorável [para trabalhar para empresas de países como os EUA]", pontua. Essa tendência também tem chamado a atenção da recrutadora Vanessa Cobas, que trabalha há anos com profissionais de tecnologia e é parceira de negócios em RH da Ratto Software. "Já é difícil encontrar esses profissionais com experiência. Quando a gente consegue achar, essas pessoas estão trabalhando para fora", ela ressalta. Nesses casos, além do salário em dólar, geralmente maior que a média paga em reais no Brasil, o chamariz é trabalho remoto, hoje preferido por muita gente. Na briga pelos talentos da IA, os incentivos não financeiros têm se tornado cada vez mais importantes, especialmente para empresas que não conseguem competir com a remuneração em dólar paga internacionalmente. Yung conta que algumas das companhias com as quais trabalhou recentemente reduziram a exigência relacionada ao trabalho presencial, diminuindo os dias obrigatórios no escritório. Outras apostaram na retórica do propósito — na área de saúde, por exemplo, a estratégia foi vender ao candidato a ideia de trabalhar em uma empresa nacional que ajudaria a salvar vidas. No caso de Luís Henrique Martins, o trabalho remoto foi um dos principais atrativos — "Me permite uma qualidade de vida que não poderia nem considerar em qualquer outro regime" —, mas terem lhe oferecido uma fatia da empresa como sócio também contou na decisão. Ele é engenheiro sênior de IA da Vox Radar, que usa inteligência artificial para monitorar redes sociais e tirar conclusões a partir do material coletado. Martins diz que, das propostas de trabalho que recebe, uma em cada quatro é para "receber em dólar remotamente, e em ótimas empresas". "Para o profissional que tem o inglês em dia, é definitivamente possível ganhar em dólar", ele pontua, fazendo a ressalva que essa é uma aposta com algum nível de risco, já que ser um estrangeiro trabalhando remotamente pode colocar o profissional em "posição frágil". E alerta que, apesar do assédio, os processos seletivos por trás das vagas para engenheiros de IA são "longos, com cinco ou mais fases, o que requer muito estudo e dedicação". A trajetória dele reforça a visão comum no setor de que não existe uma formação única que habilite um profissional a trabalhar com IA. Martins é apaixonado por programação desde a adolescência, mas não começou a carreira na computação — formou-se em História. Aplicando visão computacional e processamento de linguagem natural (PLN) ao trabalho nas ciências humanas, ele acabou migrando para a área de ciência de dados e, a partir daí, passou a se aprofundar nos métodos de PLN e, depois, nos modelos generativos. "A necessidade da empresa surgiu e eu assumi essa função." Boom da IA começa no fim de 2022, com lançamento do ChatGPT Getty Images via BBC Dois empregos e jornada das 7h às 20h A demanda aquecida por profissionais qualificados não se restringe aos engenheiros de IA. Ela é ampla e engloba diferentes especializações entre os profissionais de tecnologia. A recrutadora Vanessa Cobas levou seis meses até achar o candidato ideal para preencher uma vaga de desenvolvedor de software com foco em IA a pedido de uma empresa de comunicação. O contratado foi Robson Júnior, que já estava empregado em regime CLT em uma multinacional brasileira e, depois de ser abordado pelo LinkedIn, de participar do processo seletivo e de receber uma oferta de contrato PJ, resolveu acumular os dois trabalhos. Júnior tem 28 anos e é de Bangu, no Rio de Janeiro. Fez computação no Instituto Federal de Santa Catarina e trabalhou como suporte técnico de uma empresa de contabilidade tributária antes entrar, em 2023, para a área de inovação de uma multinacional que presta consultoria de software. Foi lá que ele começou a trabalhar com inteligência artificial, produzindo ferramentas de IA para auxiliar desenvolvedores de outras empresas a criarem softwares. Com o novo trabalho na empresa de comunicação — onde desenvolve soluções com inteligência artificial para gerar roteiros e áudios para podcasts —, ele hoje faz uma jornada de 7h às 20h, prestando serviço de forma remota para as duas empresas. "É difícil, mas no fim é bom, porque eu consigo conciliar os dois. Essa é a realidade hoje no Brasil para os desenvolvedores, de carga de trabalho de mais de 12 horas, por conta das diferentes oportunidades que surgem o tempo inteiro", ele conta à BBC News Brasil. 'Salário mínimo' de R$ 7 mil e CLT O déficit de mão de obra também acaba abrindo também oportunidades para quem não tem tanta experiência na área. As empresas muitas vezes consideram contratar profissionais com menor qualificação e dar espaço para que eles se desenvolvam, pondera Mariangela Cifelli, recrutadora que atuou no setor de tecnologia no Brasil e hoje está nos Estados Unidos. Ela ressalta que essa é uma dinâmica clássica dos ciclos do mercado de tecnologia: o surgimento de inovações adotadas em larga escala aumenta a demanda por determinados profissionais, inflaciona salários e acaba indiretamente beneficiando também funcionários com perfil mais "júnior". "A gente precisa fazer escolhas. Ou vai pagar um salário bem alto para uma pessoa mais robusta ou vai dar oportunidade para quem tem interesse e a prática pessoal e desenvolver essa pessoa", concorda Vanessa Cobas. O exercício de desenvolver talentos internamente é política de muitas empresas de tecnologia brasileiras e tem sido reforçada no ambiente da corrida pela IA. No iFood, por exemplo, que tem 3 mil dos 8 mil funcionários alocados na área de tecnologia, muitos dos engenheiros e engenheiras de software têm migrado para a área de inteligência artificial incentivados pela empresa, que oferece treinamento, cursos e um orçamento específico destinado ao chamado "plano de desenvolvimento individual". Hoje, 80% dessa verba está direcionada para capacitações em IA, diz Raphael Bozza, vice-presidente de pessoas, ressaltando que, desde 2018, o iFood tem buscado construir um time "forte e qualificado" nessa área. A Cloudwalk, que atua no setor de pagamentos com a marca InfinitePay, é outra que cultiva o hábito de desenvolver talentos dentro de seus próprios quadros de funcionários. "Muito do que a gente construiu aqui dentro foi com o conhecimento que a gente já tem", afirma Gabriel Bernal, que supervisiona um time de 140 pessoas da área de engenharia de suporte ao cliente, responsável por muitas das inovações relacionadas à IA implementadas na empresa recentemente. Uma delas é um chatbot de suporte desenvolvido por ele "e dois meninos que nunca tinham mexido com programação" a partir do ChatGPT 3.5, com a ajuda de vídeos compartilhados por usuários em uma comunidade de profissionais de tecnologia do Discord e muita experimentação. O exemplo ilustra bem a cultura do "aprender fazendo" praticada na empresa, razão que Bernal aponta para explicar a rotatividade baixa entre funcionários, apesar da competição por talentos no setor. Ele menciona ainda como atrativos as oportunidades constantes de crescimento dentro da empresa e o salário de entrada, elevado a R$ 7 mil no início deste ano, chegando a R$ 10 mil com benefícios, com a contratação em regime CLT. Questionado pela reportagem sobre a discussão em torno da possível rejeição dos jovens à CLT, que surgiu a partir de vídeos nas redes sociais em que adolescentes debocham do regime, Bernal diz que não observa esse desprezo na prática: "As pessoas que trabalham aqui gostam". Profissão de 'engenheiro de IA' ainda não tem definição precisa, mas tem campo de atuação amplo Getty Images via BBC

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Celulares na Black Friday: veja os 20 aparelhos que o g1 testou em 2025


Pessoa fotografando um prato de comida com o celular Helena Lopes/Pexels Celulares, airfryers e TVs são alguns dos itens que o brasileiro mais gosta de procurar por ofertas na época da Black Friday. 📱 O Guia de Compras testou 20 aparelhos de diversas categorias em 2025 para ajudar na escolha. Durante o ano, foram comparados: 3 aparelhos da "invasão chinesa" de novas marcas, com preços entre R$ 4.000 e R$ 4.600. 6 modelos intermediários com preços entre R$ 2.000 e R$ 4.700. 2 celulares bem fininhos (e caros) entre R$ 6.300 e R$ 10.500. 4 smartphones dobráveis com valores entre R$ 8.000 e R$ 35.000. 5 celulares topo de linha vendidos entre R$ 4.800 e R$ 8.000. Os valores foram pesquisados nas lojas on-line na semana de 25 de novembro. 📋 Veja a lista a seguir com os links para os testes de cada smartphone. "Invasão chinesa" Quem são os novos fabricantes chineses que vendem celulares no Brasil? Marcas novas vindas da China lançaram celulares no Brasil em 2025, para concorrer com Samsung, Motorola, Apple e Xiaomi na preferência do consumidor. Destaques do Honor Magic7 Lite, Jovi V50 e Oppo Reno 13 são a grande duração da bateria e as boas câmeras, mas o preço é mais alto que o dos concorrentes. Veja o resultado dos testes. Honor Magic7 Lite Jovi V50 Oppo Reno 13 Celulares intermediários Diferenças entre o iPhone 16e e o iPhone 16 A categoria dos smartphones intermediários, sempre dominada por aparelhos com sistema Android, este ano ganhou a companhia de um modelo da Apple, o iPhone 16e. Leia a comparação do 16e com o iPhone 16 e o iPhone 13. Celulares intermediários: g1 testa 5 modelos com bom desempenho e custo-benefício Nos Androids, foram comparados 5 modelos: Moto G86, Galaxy A56, Oppo Reno 13F, Jovi V50 Lite e Redmi Note 14 Pro. iPhone 16e Moto G86 Jovi V50 Lite Oppo Reno 13F Samsung Galaxy A56 Xiaomi Redmi Note 14 Pro Celulares fininhos (e caros) Celulares muito finos: g1 testou o iPhone Air e o Galaxy S25 Edge Uma das tendências de design no ano foi ver marcas como Apple e Samsung deixando seus aparelhos cada vez mais finos, criando uma nova categoria de celulares premium. O iPhone Air ganhou uma prévia no seu lançamento brasileiro e depois foi comparado ao Galaxy S25 Edge. A diferença de espessura entre os dois é de apenas 0,2 milímetro. Os dois smartphones também foram testados para demonstrar os recursos de atendimento automático de ligações e da tradução automática usando inteligência artificial. iPhone Air Galaxy S25 Edge Celulares dobráveis Celulares dobráveis em 2025: mais opções, mas bem mais caros Além dos intermediários, as marcas chinesas também estão investindo nos celulares dobráveis para concorrer com Motorola e Samsung. Foram comparados Huawei Mate XT Ultimate Design, Honor V3 Magic, Motorola RAZR 60 Ultra e Samsung Galaxy Z Fold7. Vale ressaltar que o dobrável da Huawei, na época da avaliação, era o celular mais caro à venda no país, custando R$ 39 mil. Segue com o primeiro lugar, vendido em novembro por R$ 25 mil. Honor V3 Magic Huawei Mate XT Ultimate Design Moto Razr 60 Ultra Samsung Galaxy Z Fold7 Celulares topo de linha 5 diferenças entre o iPhone 17 e o iPhone 16 Os celulares topo de linha são aqueles com os recursos mais avançados que tem câmeras com zoom. Também são os mais caros, perdendo apenas para os dobráveis. Os comparativos entre os smartphones foram: Galaxy S25 x iPhone 16 Galaxy S24 Ultra x Galaxy S25 Ultra iPhone 16 x iPhone 17 iPhone 16 Configurações iPhone 17 Samsung Galaxy S24 Ultra Samsung Galaxy S25 Samsung Galaxy S25 Ultra Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.

Quem é o milionário da tecnologia que já recorreu a anel peniano e a terapia de choque para não envelhecer


Milionário que persegue juventude eterna agora aposta em boné anti-calvície Bryan Johnson, de 48 anos, ficou conhecido nos últimos anos por tomar medidas extravagantes — e questionadas por médicos — para tentar ter a saúde de um jovem de 18 anos. Entre uma longa lista de experimentos já divulgados por Johnson está o anel peniano usado durante a noite, que monitora ereções noturnas — um sinal de saúde, segundo ele. O empresário também já testou ingerir mais de 100 comprimidos por dia, fazer a última refeição ainda pela manhã e usar um boné com luz vermelha para estimular o crescimento capilar. Ele também recebeu transfusões de plasma do sangue de seu filho, o que não trouxe benefícios. Além disso, Johnson já se submeteu a terapia com ondas de choque. Em maio, ele afirmou receber 4.500 choques pelo corpo três vezes por semana. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Bryan Johnson Magdalena Wosinska Leia também: 'Conversar' com quem já morreu? IA que revive familiares viraliza e gera polêmica Cofundador do Google supera Bezos e se torna a 3ª pessoa mais rica do mundo após anúncio do Gemini 3 Quem é Bryan Johnson Bryan Johnson é um empresário de tecnologia e tem patrimônio avaliado em US$ 400 milhões (R$ 2,2 bilhões), segundo dados de 2023 da Fortune. Ele se tornou conhecido por ter criado a plataforma de pagamentos Braintree em 2007. Seis anos depois, ela foi vendida por US$ 800 milhões (cerca de R$ 4 bilhões, na cotação atual) para o PayPal. Em 2016, ele fundou a Kernel, que cria interfaces cérebro-máquina. A empresa diz ser capaz de acelerar e baratear tratamentos neurológicos com a ajuda de um capacete que consegue "ler" o cérebro. Kernel vende capacete de US$ 50 mil (R$ 250 mil) que consegue ler sinais cerebrais Divulgação/Kernel O empresário disse ter enfrentado depressão e compulsão alimentar depois de ter sucesso no Vale do Silício e que se tornou mais feliz após deixar a Braintree. Johnson ganhou fama ao decidir transformar seu corpo em um experimento vivo, guiado por um polêmico método de longevidade que ele batizou como protocolo Blueprint. O que é o protocolo Blueprint? O protocolo Blueprint envolve medições diárias de peso e índice de massa corporal, além do uso de luz infravermelha no rosto para simular a luz solar, e a regulação do relógio biológico. Johnson realiza as medições na clínica que ele criou em sua casa. Ele também já tomou dezenas de comprimidos diariamente e fez a última refeição do dia às 11h. Entre outras coisas, o protocolo Blueprint inclui: ⏰ acordar às 4h30 e ir dormir às 20h30; 🏋️ fazer exercícios durante uma hora todas as manhãs; 🧖 realizar sessões de sauna; ⚡ receber ondas de choque ao redor do corpo; 🧢 usar um boné com luz vermelha para fortalecer o cabelo; 🚫 não ingerir bebidas alcoólicas e não comer gordura ou doces; 🍴 manter uma alimentação vegana que não ultrapasse 2.250 calorias por dia; 🕚 comer a terceira e última refeição do dia às 11h – um tipo de dieta que a ciência já disse que não funciona; 💊 tomar 54 comprimidos por dia, incluindo vitaminas e medicamentos. Bryan Johnson Magdalena Wosinska As atualizações sobre a saga, incluindo as práticas que foram interrompidas por não darem resultado, são compartilhadas nas redes sociais do empresário, que tem 2,1 milhão de seguidores no Instagram e 1,9 milhão de inscritos em seu canal no YouTube. Ele também criou uma marca com o mesmo nome, Blueprint, para vender produtos que prometem “prolongar a vida”. Um dos itens é um azeite de oliva que custa US$ 35 (cerca de R$ 195). Método questionado Muitas das medidas do protocolo Blueprint são questionadas por médicos devido ao uso de tantos comprimidos por dia e à rigidez da dieta defendida pelo empresário. O próprio Johnson já admitiu que uma substância testada teve efeito contrário e acelerou seu envelhecimento. O plano virou tema do documentário Don't Die (“não morra”, em inglês), que também dá nome ao movimento criado por Johnson com seus seguidores mais fiéis. No filme, de 2023, Johnson afirma que sua idade biológica tinha sido reduzida em 5,1 anos. No entanto, estudos citados pelo jornal The New York Times apontam que, entre 2022 e 2024, seu envelhecimento foi equivalente a 10 anos. Segundo o New York Times, Oliver Zolman, ex-médico de Johnson, deixou a Blueprint por temer os efeitos dos alimentos e suplementos vendidos pela marca. Documentos obtidos pelo jornal revelam que uma pesquisa interna com 1.700 pessoas apontou reações adversas em mais de 60% dos casos, incluindo pré-diabetes. Médicos também apontam que o uso de muitos suplementos ao mesmo tempo pode causar mais danos do que benefícios. E alertam que dietas muito rígidas podem não trazer o benefício esperado, por serem muito difíceis de serem seguidas. Empresário americano de 45 anos gasta US$ 2 milhões ao ano para 'voltar a ter 18' Milionário enfrentou ex-mulher na Justiça Johnson foi casado com a cineasta Taryn Southern, ex-funcionária de uma de suas empresas. Eles se separaram em 2019, após ela ser diagnosticada com câncer, segundo o New York Times. Ela o processou, alegando que ele não cumpriu a promessa de ajudá-la financeiramente após o divórcio e que sofreu manipulação emocional — o que Johnson nega. O empresário venceu a ação e processou Taryn de volta por uma suposta violação de um acordo de confidencialidade que ela tinha assinado durante a separação. Ela foi condenada a pagar US$ 584 mil. Veja mais: Como a China venceu corrida global das baterias para veículos elétricos Robô humanoide da Rússia leva tombo e cai de cara ao ser apresentado; veja VÍDEO

EUA investigam Amazon após drone de entrega romper cabo de internet no Texas


Drone que será usado em entregas da Amazon Divulgação/Amazon A agência de aviação dos Estados Unidos (FAA) está investigando a Amazon depois que um dos drones de entrega da companhia derrubou um cabo de internet no centro do estado norte-americano do Texas na semana passada. "Um drone MK30 atingiu uma linha em Waco, Texas, por volta das 12h45, horário local, na terça-feira, 18 de novembro", disse o regulador em um comunicado à Reuters, acrescentando que "está investigando" esse incidente. Em 18 de novembro, após concluir uma entrega, um drone cortou um cabo de internet fino e suspenso e, em seguida, realizou um "pouso seguro contingente", conforme projetado, disse um porta-voz da Amazon à Reuters em uma resposta por e-mail, acrescentando que "não houve feridos ou interrupções generalizadas no serviço de internet". Veja os vídeos que estão em alta no g1 Drones podem espionar pessoas em suas casas? Veja as regras e o que fazer se for vítima Imagens de vídeo analisadas pela CNBC, que relatou o incidente pela primeira vez, mostraram um dos drones MK30 da Amazon subindo do quintal de um cliente quando uma de suas seis hélices ficou presa em um cabo. Em seguida, os motores do drone foram desligados, resultando em uma descida controlada. Isso ocorreu depois que a FAA disse em outubro que investigará um incidente separado no qual dois drones da Amazon Prime Air colidiram com um guindaste no Arizona. A Amazon começou a usar drones para fazer entregas de medicamentos em College Station, Texas, em 2023. A empresa de comércio eletrônico pretende entregar 500 milhões de pacotes anualmente por drones até o final de 2030.

OpenAI cita 'uso indevido' e nega que ChatGPT tenha levado adolescente ao suicídio


ChatGPT AP Photo/Matt Rourke A OpenAI, dona do ChatGPT, afirmou que sua tecnologia não foi responsável pelo suicídio de um adolescente de 16 anos e atribuiu o caso ao "uso indevido" da ferramenta, segundo informações do jornal britânico The Guardian. A declaração foi feita em resposta ao processo movido pela família do menor. Adam Raine morreu em 11 de abril após conversar por meses sobre suicídio com o ChatGPT. A ação judicial quer responsabilizar a OpenAI por homicídio culposo e violações das leis de segurança de produtos, além de buscar indenizações monetárias não especificadas, segundo a agência Reuters. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo pais de Raine, a empresa priorizou o lucro em detrimento da segurança ao lançar a versão GPT-4o de seu chatbot no ano passado. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Os responsáveis alegam que o ChatGPT validou os pensamentos suicidas de Raine, forneceu informações detalhadas sobre métodos letais de automutilação e o instruiu sobre como roubar álcool do armário de bebidas de seus pais e esconder evidências de uma tentativa fracassada de suicídio. "As lesões e os danos de Raine foram causados ou tiveram contribuição direta e imediata, total ou parcial, pelo uso indevido, não autorizado, não intencional, imprevisível e/ou inadequado do ChatGPT", afirmou a OpenAI no processo. Na terça-feira (25), a empresa também publicou um post em seu blog em que lamenta a morte de Raine e afirma considerar "importante que o tribunal tenha o quadro completo para avaliar plenamente as alegações feitas". Ao comentar como pretende agir em casos semelhantes, a OpenAI afirmou que vai se defender "de forma respeitosa, consciente da complexidade e das nuances de situações que envolvem pessoas e vidas reais". Mais de um milhão de usuários ativos em uma semana conversam com o ChatGPT sobre suicídio, mostraram dados divulgados em outubro pela OpenAI. Após o caso de Raine vir à tona, a OpenAI aprimorou os controles parentais para seu chatbot e introduziu outras medidas de segurança. Entre elas: maior acesso a linhas diretas de ajuda, o redirecionamento automático de conversas delicadas para modelos mais seguros e lembretes sutis para que os usuários façam pausas durante sessões prolongadas. IA que 'revive' familiares mortos viraliza e acende debate sobre tecnologia do luto Agentes de IA viram aposta das empresas, e quem domina a tecnologia pode ganhar até R$ 20

VÍDEO: robô cozinheiro prepara comida em 4 minutos e lava pratos sozinho


Robô cozinheiro prepara comida e lava pratos sozinho Com um simples toque em um botão, um novo dispositivo prepara comida, lava louça e entrega o prato para clientes, substituindo humanos e funcionando como um robô cozinheiro. Batizado de CA-1 Series 4, ele foi lançado pela empresa alemã Circus Group em abril e começou a ser usado comercialmente em outubro, em um escritório da Meta e em um supermercado, ambos na Alemanha. Os pratos ficam prontos em até 4 minutos e custam a partir de 6 euros (cerca de R$ 37, na cotação de segunda, 24). A fabricante afirma que o CA-1 é o primeiro robô do mundo capaz de preparar comida de forma autônoma. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Robô cozinheiro CA-1 Series 4 Divulgação/Circus Group Após o cliente selecionar o prato desejado em um dos botões na área frontal, o robô separa os ingredientes com seus braços robóticos que também servem para colocar panelas na lava-louças e entregar a comida para clientes. Em sua área central, ele conta com quatro estações de trabalho para preparar pratos. A operação acontece graças ao CircusOS, sistema operacional da empresa, e a um sistema de visão computacional. A promessa com o robô é reduzir o trabalho humano para apenas 1 hora por dia. Esse tempo é usado, por exemplo, para repor compartimentos de até 36 ingredientes que permitem à máquina preparar até 500 pratos. Segundo a Circus Group, o CA-1 prepara a comida na quantidade e no tempo certo para evitar desperdícios. O dispositivo ocupa 7 m² e é apresentado como uma solução para locais de grande circulação de pessoas, como lojas, aeroportos, hotéis, hospitais e faculdades. Neo: quanto custa robô que pode lavar, dobrar e passar suas roupas Robô humanoide da empresa de Elon Musk luta Kung Fu; veja vídeo Curso gratuito de IA e nuvem da Amazon tem 150 mil vagas; veja como se inscrever Robô cozinheiro CA-1 Series 4 Divulgação/Circus Group Robô cozinheiro CA-1 Series 4 Divulgação/Circus Group Robô cozinheiro CA-1 Series 4 Divulgação/Circus Group

HP vai demitir cerca de 6 mil funcionários até 2028 por adoção de IA


Empresa HP Divulgação A empresa americana HP anunciou, nesta terça-feira (25), que pretende reduzir entre 4 mil e 6 mil funcionários até o fim de 2028, em um plano de adoção de inteligência artificial (IA) destinado a aumentar a produtividade. A redução pode representar pouco mais de 10% do quadro de funcionários do grupo, que conta com cerca de 58 mil empregados, de acordo com seu relatório anual. A medida da HP reflete uma tendência mais ampla no setor tecnológico, no qual as empresas estão investindo fortemente no desenvolvimento de IA, ao mesmo tempo em que usam a ferramenta para reduzir custos operacionais. Grandes empresas como Google, Microsoft e Amazon anunciaram reduções em seus quadros nos últimos dois anos ao citarem a necessidade de realocar recursos, incluindo postos de trabalho, para iniciativas relacionadas à inteligência artificial. Analistas do setor afirmam que a automação por IA está afetando especialmente cargos nas áreas de atendimento ao cliente, moderação de conteúdo, entrada de dados e certas tarefas de programação. A HP afirmou que seu plano de IA busca gerar aproximadamente US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,38 bilhões) em economias anuais até o fim do ano fiscal de 2028. A empresa vem trabalhando para transformar seu modelo de negócios em meio à mudança nos padrões da demanda por PCs e impressoras no mercado. O presidente-executivo da HP, Enrique Lores, disse ao Wall Street Journal que a empresa planeja elevar os preços de seus computadores e trabalhar com novos fornecedores para ajudar a compensar os altos custos da computação baseada em IA. No último trimestre, a HP registrou um lucro de 795 milhões de dólares (aproximadamente 4,3 bilhões de reais), comparado a 906 milhões de dólares (cerca de 4,9 bilhões de reais) no ano anterior. A receita aumentou 4,2%, para US$ 14,6 bilhões (cerca de R$ 78,8 bilhões), superando as estimativas dos analistas, com as vendas de PCs compensando a queda na comercialização de impressoras.

terça-feira, 25 de novembro de 2025

Curso gratuito de IA e nuvem da Amazon tem 150 mil vagas; veja como se inscrever


Agentes de IA viram aposta das empresas, e quem domina a tecnologia pode ganhar até R$ 20 A Amazon e a Refuturiza, plataforma de ensino e empregabilidade, anunciaram nesta quarta-feira (26) a abertura de 150 mil vagas para um curso gratuito de inteligência artificial generativa e computação em nuvem no Brasil. As aulas são pré-gravadas, com alguns encontros online ao vivo, e incluem certificado ao final do curso. Os treinamentos vão abordar noções básicas de IA, aprendizado de máquina, fundamentos de computação em nuvem e temas de transformação digital. O curso é oferecido em português. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça As inscrições devem ser feitas no site da AWS Treina Brasil e ficarão abertas até o "final de 2026" (neste link). "Qualquer pessoa interessada em IA e computação em nuvem pode se inscrever. O conteúdo das aulas contempla tanto quem busca iniciar uma carreira na área quanto profissionais que desejam atualização ou transição profissional", explica a Refuturiza. A iniciativa faz parte do programa AWS Treina Brasil, da Amazon, que busca "capacitar brasileiros em áreas que podem impulsionar e tornar mais eficiente a indústria nacional". A meta da big tech é treinar 1 milhão de brasileiros até 2027. LEIA TAMBÉM: 'Minha família achou que não dava dinheiro': o trabalho de quem cria agentes de IA Agentes de IA são aposta de empresas; quem domina a área pode ganhar até R$ 20 mil Vale a pena trabalhar com IA? Veja dicas de brasileiros que já estão na área Área tem salário de quase R$ 30 mil, segundo consultoria Logotipo da Amazon Web Services (AWS) durante evento na capital da Índia em 8 de outubro de 2025. REUTERS/Anushree Fadnavis/Foto de arquivo Especialistas em tecnologia ouvidos pelo g1 afirmam que trabalhar com IA continua sendo um bom negócio e que os salários seguem em alta. No Brasil, a remuneração média na área começa em R$ 3,5 mil e pode chegar a R$ 20 mil em regime CLT, segundo levantamento da Catho feito a pedido do g1 neste mês. O Guia Salarial 2026 da consultoria Robert Half mostra que um especialista em IA e "machine learning" (quando as máquinas aprendem analisando grandes quantidades de dados) ganha de R$ 17,9 mil a R$ 23,5 mil. E um engenheiro de IA pode receber entre R$ 19,5 mil e R$ 27,1 mil (CLT). Apesar dos salários altos, a área ainda enfrenta um grande desafio: a falta de profissionais qualificados. "A demanda por especialistas em IA só cresce há mais de cinco anos, com média anual acima de 20%. No cenário global, pode passar de 30%", diz Cleber Zanchettin, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e estudioso de IA. Ainda segundo ele, muitas pessoas que implementam IA ainda não têm formação de base suficiente, reforçando a necessidade de profissionais capacitados. "Mesmo que a IA esteja automatizando algumas tarefas, ela também cria novos desafios complexos, que exigem pessoas especializadas para resolver", completa Zanchettin. Data centers de IA podem consumir energia equivalente à de milhões de casas Criminosos podem usar suas fotos nas redes para aplicar golpes financeiros? Como criar uma senha forte, difícil de ser violada, e proteger suas contas

Como funciona a IA que cria 'reencontros' virtuais com pessoas que já morreram


IA que 'revive' familiares mortos viraliza e acende debate sobre tecnologia do luto Um aplicativo que usa inteligência artificial para criar avatares de pessoas já falecidas tem gerado polêmica na internet. Chamado de 2Wai, o app permite recriar alguém virtualmente para interações ao vivo. Por enquanto, está disponível apenas nos Estados Unidos. Antes, é preciso gravar um vídeo da pessoa diretamente no app, que servirá para criar o avatar digital. O processo dura cerca de três minutos (entenda mais abaixo). Um vídeo que demonstra a tecnologia viralizou no X. Nele, uma mulher grávida aparece conversando com a própria mãe, que já morreu. A história avança e mostra a avó contando uma história para o bebê e, em seguida, a criança já crescida usando o app para interagir com ela. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Calum Worthy cofundador d 2Wai. Reprodução/X O vídeo da 2Wai, de quase dois minutos, foi publicado pelo cofundador da startup, Calum Worthy, e já ultrapassou 40 milhões de visualizações. Worthy, para quem não sabe, também é ator e ficou conhecido pela série "Austin & Ally", do Disney Channel, em que interpretou "Dez". O post logo recebeu uma enxurrada de comentários, a maioria críticos. "Essa é uma das coisas mais vis que já vi", escreveu uma pessoa. "Mais uma forma de as pessoas perderem completamente o contato com a realidade e evitarem o processo normal do luto", afirmou outra. 🤖 'Deathbots': testamos os robôs de IA que permitem 'conversar com os mortos' Como funciona o 2Wai? 2Wai cria "gêmeos digitais" de pessoas falecidas. Reprodução/2Wai O 2Wai é um aplicativo para criar "HoloAvatars", como a empresa chama os avatares, que não se limitam a pessoas já falecidas. A startup afirma que é possível gerar um "HoloAvatar" de "personagens", como um personal trainer, escritor, agente de viagem ou até astrólogo. Quando é de alguém que já faleceu, ele só pode ser criado se houver um vídeo gravado antes da morte — com a pessoa falando e se movimentando. A partir dessas imagens, a IA amplia o repertório do "gêmeo digital", que, segundo o 2Wai, consegue falar como a pessoa real, reconhecer o usuário e lembrar informações passadas. A empresa afirma que o app suporta mais de 40 idiomas, mas não diz se o português do Brasil está disponível. Por enquanto, o 2Wai está funcionando apenas para iPhone (iOS) nos EUA, mas chegará "em breve" a modelos Android. O serviço é totalmente gratuito atualmente, mas eles dizem que "assinaturas e compras dentro do app podem ser incluídas no futuro". Página do 2Wai na App Store. Reprodução/App Store Especialista ouvida pelo g1 alerta para o risco de dependência e para a "ilusão de realidade" ao usar IAs, especialmente durante o processo de luto. "A mesma tecnologia que oferece companhia pode gerar confusão entre o real e o simulado, criar dependência afetiva e, em alguns casos, amplificar a angústia", analisa Mariana Malvezzi, psicóloga e psicanalista da faculdade ESPM. 🔎 Grief tech: a técnica de replicar alguém que já morreu de forma digital com IA é conhecida como grief tech ("tecnologia do luto", em português). Plataformas desse tipo criam o que chamam de "clones digitais" ou "gêmeos digitais" que permitem conversar e interagir com versões virtuais de pessoas que já morreram. "Essa ilusão da IA pode minar a autonomia emocional, afastar o enlutado de rituais do luto e dificultar o movimento de simbolização, que é reconhecer a morte e, aos poucos, ressignificá-la", completa a especialista. Um em cada quatro brasileiros se imagina usando inteligência artificial para conversar com familiares já falecidos, aponta uma pesquisa da ESPM realizada neste mês para ao Dia de Finados. O levantamento ouviu 267 participantes que perderam entes queridos nos últimos dois anos. Tecnologia do tipo se espalha Inteligência Artificial já promete recursos para amenizar a dor de quem enfrenta o luto O uso de IA para "reviver" pessoas falecidas tem se tornado cada vez mais comum. Em maio, o g1 mostrou o caso de uma versão de inteligência artificial de uma vítima de homicídio que "marcou presença" em um julgamento no Arizona, nos EUA. A versão da vítima criada por IA disse ao atirador que lamentava que eles tivessem se encontrado no dia do crime, naquelas circunstâncias, e afirmou que, em outra vida, os dois poderiam ter sido amigos, segundo a agência Associated Press. Em outro caso polêmico, o jornalista Jim Acosta, ex-âncora da CNN norte-americana, "entrevistou" um avatar criado por IA de Joaquin Oliver, jovem de 17 anos morto no massacre em uma escola de Parkland, na Flórida, em 2018. O vídeo, publicado no YouTube, mostra Acosta ao lado da versão digital de Joaquin, recriada pelos pais a partir de uma foto antiga, com voz e movimentos gerados por IA. Data centers de IA podem consumir energia equivalente à de milhões de casas Criminosos podem usar suas fotos nas redes para aplicar golpes financeiros? Por que a nova IA do Google virou a queridinha dos vídeos bizarros e bobos no TikTok

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Black Friday: veja como se proteger das lojas online falsas da Shopee e Havan


Golpistas criam lojas falsas da Shopee e Havan para a Black Friday; veja como se proteger Divulgação/ESET Páginas fake da Shopee e da Havan, com o potencial de enganar o consumidor na semana da Black Friday, foram identificadas recentemente por pesquisadores da empresa de segurança digital ESET. Os sites imitam o visual das lojas oficiais, oferecem produtos com descontos de até 70% e aceitam apenas pagamento via PIX. A página que finge ser da Shopee, por exemplo, anunciava, na semana passada um videogame por R$ 2 mil, abaixo do valor de R$ 3 mil cobrado pelo mesmo modelo em lojas confiáveis. Outro lado: Ao g1, a Shopee disse que "sempre que suspeitas de fraude são detectadas, atua imediatamente junto às autoridades competentes" (leia o comunicado mais abaixo). A Havan não retornou ao contato do g1. Black Friday: madrugada é período mais visado por golpistas, diz Serasa 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 ➡️ Veja abaixo alguns elementos presentes nesse tipo de fraude e como se proteger: 🌎 Observe o endereço (URL): o site de grandes empresas brasileiras geralmente termina em ".com.br". Alguns usam apenas ".com", mas vale conferir se não há nada estranho na URL. Um dos links falsos identificados terminava, por exemplo, em ".app". No caso da loja fake da Shopee, o endereço aparecia como "Shope" em vez de "Shopee" (nome oficial). Sempre prefira digitar o endereço diretamente no navegador do celular ou computador, ou acessar pelo aplicativo oficial da marca. Anúncios em redes sociais eventualmente podem levar a páginas fraudulentas. 🦹‍♂️ Analise a estrutura do site: golpistas costumam copiar páginas oficiais, mas sempre há inconsistências visuais. No caso da loja fake da Havan, por exemplo, os ícones de redes sociais não direcionavam para lugar algum. 📣 Desconfie de mensagens que criam senso de urgência: páginas falsas costumam exibir alerta de "tempo esgotando" ou "últimas unidades" para pressionar a vítima a clicar e concluir a compra rapidamente. 🤑 Atenção a preços muito abaixo do mercado: criminosos frequentemente anunciam produtos por valores bem menores do que os praticados por lojas confiáveis. Desconfie sempre. 💳 Desconfie quando só houver uma forma de pagamento: em muitos golpes, o PIX é a única opção disponível. "E mesmo quando os descontos não sejam tão exagerados, esse é um sinal típico de fraude", alerta Daniel Barbosa, pesquisador de segurança da ESET. ⚠️ Caiu em um golpe? Entre em contato com o banco imediatamente e acione o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para tentar reverter o Pix. Páginas falsas de loja que imita a Shopee. Divulgação/ESET Golpistas aproveitam alta demanda De acordo com a ESET, os links falsos da Havan e Shopee têm sido divulgados por anúncios nas redes sociais, além de e-mails e mensagens SMS. Ao acessar os sites, surge outro padrão dos golpes: a urgência. As páginas exibem contagem regressiva, quantidade limitada de produtos ou mensagens como "últimas unidades" para pressionar o consumidor a comprar rapidamente. Na tela de pagamento, os sites falsos solicitam dados pessoas da vítima, como nome, e-mail e telefone. Essas informações também podem ser usadas em fraudes posteriores, alerta Daniel Barbosa, da ESET Segundo o especialista, os criminosos também utilizam técnicas de engenharia social para atrair as vítimas e aplicar os golpes, especialmente no período de alta demanda da Black Friday. Celulares fininhos: g1 testa Galaxy S25 Edge e iPhone Air O que disse a Shopee “A informação sobre uma página externa que seria da Shopee com ofertas de Black Friday é falsa. Reforçamos que as promoções e as comunicações do marketplace são feitas pelo aplicativo, site oficial ou nas redes sociais proprietárias, e que todas as compras devem ocorrer somente dentro da plataforma. A Shopee leva muito a sério a segurança de seus usuários e realiza monitoramento contínuo para identificar possíveis golpes ou usos indevidos da marca. Sempre que suspeitas de fraude são detectadas atuamos imediatamente junto às autoridades competentes e aos provedores para solicitar a retirada de qualquer página irregular.” Criminosos podem usar suas fotos nas redes para aplicar golpes financeiros? Anatel tira obrigatoriedade do prefixo 0303 em ligações de telemarketing Como criar uma senha forte, difícil de ser violada, e proteger suas contas

iPhone 14, 15, 16, 16e: Qual modelo 'antigo' comprar?


Qual iPhone antigo vale mais a pena em 2025? O iPhone 17, lançado em setembro, é o celular mais recente da Apple. Cá entre nós, segue caro, não? Mas qual modelo "antigo" compensa comprar agora na Black Friday? As melhores escolhas para quem procura um aparelho novo, na caixa, com boa relação custo-benefício, são o iPhone 15 e o iPhone 16e (o "intermediário" da Apple). O Guia de Compras testou os lançamentos da Apple nos últimos anos e pode ajudar nessa escolha, considerando o custo-benefício. Em novembro, o iPhone 15 era encontrado por cerca de R$ 4.700, enquanto o iPhone 16 custava R$ 5.200. O iPhone 16e saía por volta de R$ 3.800, contra R$ 4.200 do iPhone 14, que é um modelo mais antigo e que já saiu de linha. O iPhone 16 só vale a pena na Black Friday se o preço estiver abaixo de R$ 5.000. iPhone 15 e 16e: custo-benefício e recursos atualizados iPhone 15 iPhone 16e iPhone 15 e 16e rodam o sistema iOS 26, o mais recente, mas só o iPhone 16e é compatível com a Apple Intelligence, a inteligência artificial da fabricante. A linha "e" (novo nome do iPhone SE) traz o chip mais avançado da marca, o A18 Bionic, e uma duração de bateria enorme. Mas tem só uma câmera e a tela é mais básica. É um iPhone mais simples, mas ainda potente. Vale notar que é um aparelho fabricado no Brasil. Entre seus recursos estão edição de fotos com remoção de pessoas e objetos, integração da Siri com o ChatGPT, revisão de textos, gravação e transcrição de ligações e criação de imagens artificiais. O celular atende sozinho: g1 testa a função no iPhone e no Galaxy O iPhone 15, mesmo sem a inteligência artificial, é uma boa escolha em relação aos modelos antigos por ser o primeiro da marca com conector USB-C, substituindo o padrão Lightning. O que muda do iPhone 15 para o iPhone 16? Assim, qualquer cabo usado para recarregar a maioria dos Androids também serve para o iPhone. É possível usar acessórios USB-C, como microfones e SSDs externos, para backup de fotos e vídeos. A longevidade do sistema operacional também conta. Quanto mais antigo o lançamento, mais rápido o celular pode ficar obsoleto e perder acesso a novos recursos do iOS. A Apple costuma atualizar seus celulares com novas versões do iOS por cinco ou seis anos após o lançamento. O iPhone 15, lançado em 2024, deve receber atualizações até 2028 ou 2029. O iPhone 16e, lançado em 2025, deve ser atualizado até 2030 ou 2031. Por que iPhone 14 e 16 não compensam agora? O iPhone 16, apesar de mais recente, ainda custa mais que outros modelos. Em novembro, era vendido por cerca de R$ 5.200, bem mais que o 15 ou o 16e. Tem câmeras parecidas com as do iPhone 15, o mesmo conector USB-C e a vantagem de rodar a Apple Intelligence. Já o iPhone 14 segue caro para o que oferece, em torno de R$ 4.200 – dele, é mais comum encontrar aparelhos usados nas lojas. Em novembro, custava mais que o iPhone 16e, que tem mais recursos (R$ 3.800) e tempo estimado de atualização de sistema. iPhone 16 iPhone 14 Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável. iPhone 15 (à frente) e iPhone 16e: melhor custo-benefício na Black Friday Henrique Martin/g1 5 diferenças entre o iPhone 17 e o iPhone 16 Mais finos que um lápis: g1 testa o iPhone Air e o Galaxy S25 Edge

Amazon investirá US$ 50 bilhões em IA e supercomputação para o governo dos EUA


Logo da Amazon, gigante da tecnologia. REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo A Amazon anunciou nesta segunda-feira (24) que vai investir até US$ 50 bilhões, a partir de 2026, para ampliar os serviços de inteligência artificial e supercomputação usados por órgãos do governo dos Estados Unidos. O aporte representa um dos maiores já feitos em infraestrutura de nuvem voltada ao setor público. O projeto prevê adicionar quase 1,3 gigawatt de capacidade de IA e computação de alto desempenho nas regiões AWS Top Secret, AWS Secret e AWS GovCloud da Amazon Web Services (AWS). Um gigawatt de poder computacional é suficiente para abastecer cerca de 750 mil casas nos EUA. A expansão será feita por meio de novos data centers com tecnologias avançadas de processamento e rede. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Nuvem da Amazon sofre apagão e derruba serviços no mundo todo Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 As regiões de nuvem da para o governo dos EUA são organizadas conforme o nível de sensibilidade dos dados. Hoje, a empresa atende mais de 11 mil agências governamentais no país. Empresas como OpenAI, Alphabet (Google) e Microsoft também vêm investindo bilhões de dólares em infraestrutura de IA, o que aumenta a demanda por mais capacidade computacional. "Este investimento elimina as barreiras tecnológicas que têm impedido o governo de avançar", disse Matt Garman, presidente-executivo da AWS. A empresa não informou o cronograma dos gastos. As agências federais terão acesso ao conjunto completo de serviços de IA da AWS, como o Amazon SageMaker (para treinar e personalizar modelos) e o Amazon Bedrock (para implantar modelos e agentes). O pacote também inclui modelos básicos, como Amazon Nova e Anthropic Claude. Questionada pela Reuters, a Casa Branca não respondeu ao pedido de comentário. O governo dos EUA quer usar essa capacidade ampliada da AWS para criar soluções de IA personalizadas e reduzir custos de forma significativa. O anúncio ocorre num momento em que os Estados Unidos e países como a China ampliam os esforços para desenvolver IA e disputar a liderança global na tecnologia. Nuvem da Amazon cai e derruba serviços no mundo todo

Oppo Reno 13F é bom? Veja comparação com 4 celulares intermediários


Celulares intermediários: g1 testa 5 modelos com bom desempenho e custo-benefício O Oppo Reno 13F faz parte da categoria de celulares intermediários lançados neste ano. Esses aparelhos lembram muito seus "primos" mais caros, com muitas funcionalidades integradas e a promessa de um preço menor (mas nem todos). 📲 Eles rodam apps com inteligência artificial – já vêm com o Gemini, do Google, pré-instalado, tiram boas fotos e, no geral, têm uma boa desempenho com grande duração da bateria. O Guia de Compras testou 5 modelos com sistema Android. São eles: Jovi V50 Lite (R$ 2.500) Moto G86 (R$ 2.000) Oppo Reno 13F (R$ 2.500) Samsung Galaxy A56 (R$ 2.200) Xiaomi Redmi Note 14 Pro (R$ 4.600) Os valores foram consultados nas lojas da internet no meio de novembro. Foram avaliados o design, o desempenho em tarefas cotidianas e em jogos, a duração da bateria e as câmeras dos celulares. Veja os resultados a seguir e, ao final, a conclusão. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Jovi V50 Lite Moto G86 Oppo Reno 13F Samsung Galaxy A56 Xiaomi Redmi Note 14 Pro Design Vistos de frente, os celulares intermediários testados são bastante parecidos. Todos têm telas na faixa das 6,7 polegadas, com taxa de atualização de até 120Hz. A taxa de atualização significa quantas vezes a tela “pisca” para trocar uma imagem e, quanto maior, mais rápido aparece a informação para quem está usando o aparelho. Isso é um diferencial na hora de ver vídeos e jogar. Celulares intermediários vistos de frente: Jovi, Motorola, Oppo, Samsung e Xiaomi Henrique Martin/g1 O Jovi V50 Lite, como o nome diz, é uma versão mais básica do Jovi V50 (veja o teste), com acabamento em plástico e câmeras ressaltadas na traseira. O flash acende como um “ring light” para iluminar as fotos, como no outro modelo da marca. O aparelho vem nas cores ouro ou preto. Conta com proteção IP65 contra água e poeira (saiba quais são as diferenças entre os tipos de proteção). O Moto G86 segue uma proposta mais ousada, com uma espécie de couro falso na traseira e câmeras menos evidentes. As bordas metálicas acompanham a cor do celular, disponível em grafite ou vermelho. A proteção é IP68 e IP69 (água, poeira e jatos de alta pressão). O Oppo Reno 13F lembra muito o modelo mais avançado da marca, o Reno 13 (leia o teste). A versão em preto é bastante tradicional, mas a na cor lavanda chama a atenção por ter um padrão no plástico, como se fosse uma flor rabiscada ou uma explosão. Celulares intermediários vistos por trás: Jovi, Motorola, Oppo, Samsung e Xiaomi Henrique Martin/g1 Como no Moto G86, a proteção é do tipo IP68 e IP69, com o diferencial de que a Oppo permite tirar fotos embaixo d’água, com algumas restrições (somente água doce, nada de mar ou piscina, a 2 metros de profundidade até 30 minutos). A função subaquática da câmera funciona e utiliza vibrações para expelir a água quando a sessão de fotos acaba. Com traseira em vidro e bordas em alumínio, o Samsung Galaxy A56 até parece o topo de linha Galaxy S25. Ele segue o mesmo padrão do irmão mais caro, com as câmeras alinhadas na traseira. É o celular com mais opções de cores do teste, disponível em rosa, verde, preto e cinza. A proteção é do tipo IP67. O Redmi Note 14 Pro, da Xiaomi, tem as bordas curvas, com a tela acompanhando a lateral do aparelho, que tem estrutura em alumínio. É um diferencial aos demais, que seguem o padrão mais “chapado” dos smartphones. Seu display é um pouquinho menor (6,67”) na comparação com os outros celulares do teste. Tem proteção do tipo IP68. As cores disponíveis são preto, roxo e verde. Desempenho e bateria As configurações dos cinco intermediários estão dentro do esperado para a categoria, com: Processadores da Samsung (Galaxy A56), Qualcomm (Reno 13F) e MediaTek (Jovi, Motorola e Xiaomi), fabricados no processo de 4 nanômetros, com exceção do Jovi V50 Lite, feito em 6 nm. Para comparação, os topo de linha estão em 3 nanômetros; quanto menor o número, mais "poderoso" é o chip do celular. 8 ou 12 GB de RAM. Armazenamento generoso, com 256 GB em todos os modelos. Tanto o Motorola quanto o Xiaomi vêm com uma entrada para cartões de memória padrão microSD, algo raro de encontrar nos celulares em 2025. Nos testes de desempenho (veja ao final como são feitos), os melhores resultados vieram do Moto G86, seguido por Galaxy A56 e Redmi Note 14 Pro (quase empatados) e Oppo Reno 13F. Na avaliação de performance gráfica, que indica como o smartphone lida com gráficos como vídeos e games, o Galaxy A56 ficou na frente, seguido por Redmi Note 14 Pro, Moto G86 e Reno 13F. O da Jovi ficou na última posição nos dois testes. A duração da bateria variou bastante entre os celulares do teste por conta das distintas capacidades de cada um deles. O Jovi V50 Lite teve a maior duração (17h48) por conta da maior capacidade de bateria (6.500 mAh). O aparelho foi seguido pelo Oppo Reno 13F (12h40 com 5.800 mAh de capacidade) e Galaxy A56 (12h30 com 5.000 mAh). O Redmi Note 14 Pro atingiu 11h27, com bateria de 5.100 mAh. O último lugar do teste ficou com o Moto G86, com 9h32 e 5.200 mAh. Vale ressaltar que a duração da bateria varia conforme o uso individual e não significa que será igual para todos. No dia a dia, caso a bateria acabe antes do previsto, os smartphones avaliados vieram com carregadores rápidos. O da Motorola é o mais “lento”, com 33W de potência. Oppo, Samsung e Xiaomi têm carregadores de 45W. O da Jovi é de 90W e promete carregar a bateria de 0 a 100% em 52 minutos. Para comparação, o carregador padrão dos iPhones é de 20W. Câmeras Tirar fotos com celular intermediário em 2025 significa ter ótimas imagens. Agradeça ao trabalho quase mágico que ocorre graças à interação entre os sensores da câmera, o processador do celular e um pouco de inteligência artificial. Jovi V50 Lite, Moto G86, Oppo Reno 13F e Galaxy A56 têm um sensor principal de 50 megapixels. O Redmi Note 14 Pro, de 200 MP. Os resultados são excelentes para todos – com pouquíssimas mudanças entre eles. Dá para notar mais mudanças no tom do céu, nas fotos a seguir. Ou nas cores da orquídea: Mas não muito nas cores dos gatos. Além disso, todos têm uma grande angular de 8 MP – o Samsung tem 12 MP. Veja abaixo: e Os aparelhos da Oppo, Samsung e Xiaomi contam ainda com uma lente macro de 2 MP (5 MP no Samsung), para tirar fotos de detalhes. Todos permitem dar um zoom, também com bons resultados. Nas fotos feitas à noite, as diferenças aparecem bastante no equilíbrio de áreas escuras e claras. Os celulares da Jovi e da Samsung foram melhores nessa tarefa que os demais. A Motorola informou que o G86 terá uas atualizações de sistema. As selfies também são de alta resolução: 32 megapixels no Jovi, Motorola e Oppo, 20 MP no Xiaomi e 12 MP no Samsung. Conclusão Todos os celulares testados têm um bom desempenho no geral e tiram ótimas fotos. A duração da bateria variou bastante na avaliação, mas não são aparelhos que vão deixar seus donos sem energia no meio do dia. Na comparação pela melhor relação custo/benefício, o Moto G86 e o Samsung Galaxy A56, ambos na faixa de preço de R$ 2.200, são a melhor escolha. Além do valor, ambos têm boas câmeras e um ótimo desempenho. Na duração de bateria, o Jovi V50 Lite liderou com folga, com quase 18h de uso, seguido por Oppo, Samsung (ambos na faixa das 12h30) e Xiaomi (11h30). O Moto G86 teve a menor duração nos testes, com 9h32. Mas o da Jovi foi mais lento que os demais no desempenho. O tempo que a fabricante promete atualizar o sistema Android dos celulares é um ponto a levar em consideração na hora da compra. Com mais tempo de atualizações, mais durável pode ser o aparelho. O sistema, desenvolvido pelo Google, está hoje na versão 15, apesar de a versão 16 já estar disponível nos modelos mais caros, como os dobráveis. A Jovi informa que o V50 Lite contará com duas atualizações de Android e três anos de atualizações de segurança. A Motorola informou que o G86 terá duas atualizações de sistema e quatro anos de updates de segurança. No Oppo Reno 13F, serão seis anos de atualizações de segurança e cinco upgrades de Android. A Samsung diz que o Galaxy A56 tem seis anos de atualizações de segurança e que o produto terá suporte para até seis gerações de upgrade do Android. Para o Redmi Note 14 Pro, serão 3 atualizações de Android e quatro anos de updates de segurança. Como foram feitos os testes Os aparelhos foram emprestados pelas fabricantes e serão devolvidos. Para os testes de desempenho, foram utilizados três aplicativos: PC Mark e 3D Mark, da UL Laboratories, e o GeekBench 6, da Primate Labs. Eles simulam tarefas cotidianas dos smartphones, como processamento de imagens, edição de textos, duração de bateria e navegação na web, entre outros. Esses testes rodam em várias plataformas – como Android, iOS, Windows e MacOS – e permitem comparar o desempenho entre elas, criando um padrão para essa comparação. Para os testes de bateria, as telas dos smartphones foram calibradas para 70% de brilho, para poder rodar o PC Mark. Isso nem sempre é possível, já que nem todos os aparelhos permitem esse ajuste fino. Os testes foram feitos com as telas com taxa de atualização padrão (60 Hz). A bateria foi carregada a 100% e o teste rodou por horas até chegar ao final da carga. Ao atingir 20% ou menos de carga, o teste é interrompido e mostra o quanto aquele smartphone pode ter de duração de bateria, em horas/minutos. Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável. Quem são os novos fabricantes chineses que vendem celulares no Brasil? Celulares dobráveis em 2025: mais opções, mas bem mais caros

domingo, 23 de novembro de 2025

Meta escondeu provas de que Facebook causa danos à saúde mental, diz processo judicial nos EUA


Composição de imagens com os logos do Facebook e da Meta Dado Ruvic/Reuters A Meta encerrou uma pesquisa sobre os efeitos do Facebook na saúde mental após encontrar evidências de que seus produtos prejudicavam os usuários, segundo um processo movido por distritos escolares dos EUA contra a empresa e outras plataformas de mídia social. A ação cita um estudo da Meta de 2020 chamado "Projeto Mercury", onde cientistas da empresa descobriram que pessoas que desativaram o Facebook por uma semana se sentiram menos deprimidas, ansiosas e solitárias. O resultado foi obtido em parceria com a empresa de pesquisas Nielsen. No entanto, em vez de publicar os resultados ou dar continuidade ao estudo, a Meta cancelou o projeto. Internamente, a empresa teria alegado que as conclusões negativas foram "contaminadas pela narrativa da mídia existente" contra ela, afirmam os documentos. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 De forma reservada, porém, funcionários teriam insistido que as conclusões eram válidas. "O estudo da Nielsen mostra um impacto causal na comparação social (emoji de rosto triste)", teria escrito um pesquisador não identificado. Outro funcionário comparou o silêncio da empresa à indústria do tabaco, que "fez pesquisas, sabia que cigarros faziam mal e guardou essa informação para si". O processo alega que, apesar de ter esses dados, a Meta disse ao Congresso dos EUA que não tinha como quantificar se seus produtos eram prejudiciais para meninas adolescentes. Empresa responde: O porta-voz da Meta, Andy Stone, afirmou que o estudo foi interrompido porque sua metodologia era falha. Ele acrescentou que a empresa trabalha para melhorar a segurança de seus produtos. "O registro completo mostrará que, por mais de uma década, ouvimos os pais, pesquisamos os problemas que mais importam e fizemos mudanças reais para proteger os adolescentes", disse. A Meta também disse que o processo deturpa os esforços da empresa na construção de recursos de segurança para adolescentes (veja mais abaixo). Google e TikTok também são citados A alegação sobre a pesquisa da Meta encerrada é apenas uma de várias feitas no processo movido pelo escritório de advocacia Motley Rice em nome de distritos escolares. A ação também mira o Google, o TikTok e o Snapchat. De modo geral, os autores acusam as empresas de esconderem intencionalmente os riscos de seus produtos de usuários, pais e professores. TikTok, Google e Snapchat não responderam imediatamente ao pedido de comentário feito pela Reuters. O processo detalha ainda outras acusações graves contra as empresas, como: Incentivar, ainda que de forma indireta, o uso das plataformas por crianças menores de 13 anos; Falhar no combate a conteúdos de abuso sexual infantil; Buscar expandir o uso dos aplicativos por adolescentes durante o horário escolar; Tentar pagar organizações de proteção à infância para que defendessem publicamente a segurança dos produtos. O processo também acusa o TikTok de patrocinar a National PTA (associação nacional de pais e mestres dos EUA) e, depois, se gabar internamente de sua influência. Segundo o documento, funcionários do TikTok disseram que a PTA "fará o que quisermos... Eles anunciarão coisas publicamente, o CEO deles dará declarações à imprensa para nós". As alegações contra a Meta são mais detalhadas. Os documentos internos citados no processo afirmam que: A empresa, intencionalmente, projetou que seus recursos de segurança para jovens fossem ineficazes, e raramente usados, e bloqueou testes de novas ferramentas que poderiam prejudicar o crescimento da plataforma. A Meta exigia que um usuário fosse pego 17 vezes tentando traficar pessoas para fins sexuais antes de remover sua conta. A empresa reconhecia que otimizar seus produtos para aumentar o engajamento de adolescentes resultava na exibição de mais conteúdo prejudicial para esses usuários, mas ainda assim adotou essa prática. A Meta adiou por anos os esforços para impedir que predadores infantis contatassem menores de idade, por receio de prejudicar o crescimento, e pressionou a equipe de segurança a produzir argumentos que justificassem sua decisão de não agir. Em uma mensagem de texto de 2021, o próprio CEO Mark Zuckerberg teria dito que a segurança infantil não era sua principal preocupação em um momento que tinha "várias outras áreas" em que estava mais focado, "como construir o metaverso". Zuckerberg também teria derrubado ou ignorado pedidos de Nick Clegg, então diretor de políticas públicas globais da Meta , para melhorar o financiamento do trabalho de segurança infantil. Meta diz que processo deturpa ações da empresa Andy Stone, porta-voz da Meta, contestou as acusações, dizendo que as medidas de segurança para adolescentes são eficazes e a política atual da empresa é remover contas imediatamente após serem sinalizadas por tráfico sexual. Ele disse que o processo deturpa os esforços da empresa para construir recursos de segurança para adolescentes e pais, e disse que o trabalho de segurança das plataformas é “amplamente eficaz”. “Discordamos veementemente dessas alegações, que se baseiam em citações pinçadas a dedo e opiniões mal informadas”, disse Stone. Uma audiência sobre o processo está marcada para 26 de janeiro em um tribunal distrital da Califórnia.

sábado, 22 de novembro de 2025

Redes sociais proibidas para menores de 16 na Austrália: como vai funcionar


Adolescente utilizando o telefone celular Liam Shaw/Unsplash A partir do dia 10 de dezembro, empresas de redes sociais na Austrália vão ter que tomar "medidas razoáveis" para impedir que menores de 16 anos criem contas em suas plataformas e garantir que perfis já existentes sejam desativados ou removidos. O governo diz que a medida — uma política inédita no mundo e popular entre muitos pais — visa reduzir "pressões e riscos" a que crianças estão expostas nas redes sociais, decorrentes de "recursos que as encorajam a passar mais tempo diante das telas, enquanto oferecem, ao mesmo tempo, conteúdos prejudiciais à saúde e ao bem-estar". Um estudo encomendado pelo governo australiano no começo do ano apontou que 96% das crianças de 10 a 15 anos usam redes sociais e que 7 em cada 10 delas já foram expostas a conteúdo ou comportamentos nocivos, que vão de material contra mulheres a vídeos de brigas e conteúdos que promovem distúrbios alimentares e suicídio. Uma em cada 7 crianças também relatou ter sido alvo de assédio por adultos ou crianças mais velhas, e mais da metade disse ter sofrido cyberbullying. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 Quais plataformas foram afetadas? O governo australiano nomeou até agora dez plataformas incluídas na proibição: Facebook, Instagram, Snapchat, Threads, TikTok, X, YouTube, Reddit e as plataformas de streaming Kick e Twitch. Também há pressão para expandir a medida a jogos online. Temendo serem alvo, plataformas como Roblox e Discord passaram a adotar verificações de idade em alguns recursos. O governo australiano informou que continuará revisando a lista de plataformas atingidas pelas restrições e que vai considerar três critérios ao fazê-lo. São eles: se o único ou "significativo" objetivo da plataforma é permitir interação social online entre dois ou mais usuários; se permite que usuários interajam com todos ou parte dos demais; e se permite postagem de conteúdo. YouTube Kids, Google Classroom e WhatsApp não foram incluídos por não atenderem a esses critérios. Crianças ainda poderão acessar a maior parte do conteúdo em plataformas como o YouTube, que não exigem conta. LEIA MAIS: Golpistas criam lojas online falsas da Shopee e Havan para Black Friday Cofundador do Google supera Bezos e se torna o 3º mais rico do mundo Como a proibição será fiscalizada? Crianças e pais não serão penalizados pelo descumprimento da medida. A responsabilidade é das empresas de redes sociais, que podem ser multadas em até 49,5 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 170,3 milhões) em caso de infrações graves ou repetidas infrações. O governo australiano exige que as empresas adotem "medidas razoáveis" para manter menores de idade fora das plataformas, usando tecnologias de verificação de idade (sem especificar quais). Entre as possibilidades, estão o uso de documentos oficiais, reconhecimento facial ou de voz com inferência de idade. Essa segunda utiliza informações online além da data de nascimento, como comportamento ou interações na internet, para estimar a idade de uma pessoa. O governo australiano recomenda que as plataformas utilizem múltiplos métodos para verificar a idade dos usuários. Segundo as regras, não será permitido confiar apenas na declaração dos próprios menores ou na confirmação dos pais. A Meta, dona das plataformas Facebook, Instagram e Threads, anunciou que começará a encerrar contas de adolescentes a partir de 4 de dezembro. Usuários removidos por engano poderão comprovar idade usando documento oficial ou um vídeo selfie, informou a empresa. As outras plataformas afetadas não detalham como irão cumprir a proibição. Jovem usa o celular Freepik Vai funcionar? Sem uma ideia clara sobre os métodos que serão adotados, é difícil prever se a proibição será eficaz, mas há temores de que tecnologias de verificação de idade falhem em detectar menores de idade ou bloqueiem usuários por engano. Relatórios do próprio governo australiano apontou, por exemplo, que tecnologias de reconhecimento facial são menos confiáveis para o público-alvo da medida. O valor das multas também foi questionado. Segundo Stephen Scheeler, ex-executivo do Facebook, disse à agência de notícias Australian Associated Press (APP), "a Meta leva cerca de uma hora e 52 minutos para gerar US$ 50 milhões [cerca de R$ 264 milhões] em receita". Críticos argumentam que a proibição, mesmo se aplicada corretamente, não reduzirá efetivamente os riscos online para crianças, já que sites de relacionamento, plataformas de jogos e chatbots de inteligência artificial não foram incluídos. Chatbots recentemente ganharam destaque na mídia por supostamente incentivarem crianças ao suicídio e por manterem conversas "sensuais" com menores de idade. Outros alertam que adolescentes que dependem das redes sociais para interações sociais podem ficar isolados, defendendo que educar as crianças sobre o uso seguro das plataformas seria mais eficaz. A ministra das Comunicações, Annika Wells, reconheceu que a medida pode não ser "perfeita". "O processo vai parecer um pouco desorganizado no início. Grandes reformas sempre são assim", afirmou em novembro. Existem preocupações relacionadas à proteção de dados? Críticos também questionam a coleta e armazenamento em grande escala de dados necessários para a verificação de idade, e os riscos de uso indevido dessas informações. Nos últimos anos, a Austrália — como grande parte do mundo — registrou uma série de vazamentos de dados de grande repercussão, incluindo casos em que informações pessoais sensíveis foram roubadas e vendidas ou divulgadas. O governo, porém, afirma que a legislação inclui "fortes proteções" para dados pessoais. Essas medidas determinam que as informações só podem ser usadas para verificação de idade e devem ser destruídas após esse processo, com "penalidades severas" em caso de violação. A lei também estabelece que as plataformas devem oferecer alternativas ao uso de documentos oficiais para a verificação de idade. Como as empresas de redes sociais reagiram? As empresas de redes sociais reagiram com preocupação à proibição anunciada em novembro de 2024. Elas alegaram que a medida seria difícil de implementar, fácil de contornar, trabalhosa para os usuários, além de representar riscos à privacidade. Também afirmaram que a proibição poderia levar crianças a áreas perigosas da internet (onde não há controles) e privar os jovens de contato social. A Snap, proprietária do Snapchat, e o YouTube chegaram a negar que fossem empresas de redes sociais. A controladora do YouTube, Google, ainda avalia se entrará com ação legal contra a inclusão da plataforma. A empresa não respondeu ao pedido de comentário da BBC. Mesmo ao anunciar que implementaria a proibição de forma antecipada, a Meta afirmou que a medida deixaria os adolescentes com "proteções inconsistentes entre os diversos aplicativos que usam". Em audiências parlamentares em outubro, TikTok e Snap disseram que ainda se opõem à proibição, mas que irão cumpri-la. A Kick, a única empresa australiana incluída na medida, afirmou que adotará uma "série de medidas" e continuará a se engajar "de forma construtiva" com as autoridades. Outros países têm proibições semelhantes? A proibição do uso de redes sociais por menores de 16 anos é inédita no mundo, e outros países acompanharão a medida de perto. Diversas abordagens já foram testadas em outros lugares para limitar o tempo de tela e o acesso de crianças a conteúdos nocivos, mas nenhuma adotou uma proibição total nas plataformas envolvidas. No Reino Unido, novas regras de segurança introduzidas em julho preveem multas elevadas ou até prisão de executivos caso empresas não implementem medidas para proteger jovens de conteúdos ilegais ou prejudiciais. Outros países europeus permitem o uso de redes sociais por menores apenas com consentimento dos pais. Em setembro, uma investigação parlamentar francesa recomendou a proibição para menores de 15 anos, além de um "toque de recolher" digital para adolescentes de 15 a 18 anos. A Dinamarca anunciou planos para proibir redes sociais para menores de 15 anos, enquanto a Noruega estuda proposta semelhante. O governo da Espanha enviou ao parlamento um projeto de lei exigindo autorização dos responsáveis legais para menores de 16 anos. Nos Estados Unidos, uma tentativa no estado de Utah de impedir o acesso de menores de 18 anos às redes sociais sem consentimento dos pais foi bloqueada por um juiz federal no ano passado. No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou em setembro deste ano o Estatuto Digital da Criança e do Adolescente (conhecido como "ECA Digital"), que estabelece a responsabilidade de empresas de tecnologia de proteger menores de 18 anos de conteúdos prejudiciais. Além disso, determina que contas de menores de 16 anos em plataformas devem ser vinculadas à conta de um responsável legal. A regulação da lei, prevista para entrar em vigor em março de 2026, ficará a cargo da Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Poucos meses antes, em junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro ampliou a regulamentação de plataformas digitais, definindo que empresas podem ser responsabilizadas por conteúdos criminosos postados por terceiros. Conteúdos graves, como mensagens antidemocráticas, pornografia infantil e incentivo ao suicídio, devem ser removidos ativamente, enquanto outros só precisam ser apagados após notificação. Adolescentes tentarão driblar a proibição? Adolescentes entrevistados pela BBC disseram que estão criando novas contas com idades falsas antes da entrada em vigor da proibição, embora o governo tenha alertado as redes sociais de que espera que detectem e removam esses perfis. Na internet, jovens também têm recomendado aplicativos alternativos e dado dicas para tentar contornar a medida. Alguns adolescentes, incluindo influenciadores, passaram a usar contas conjuntas com os pais. Além disso, alguns também preveem o aumento no uso de VPNs — que ocultam o país de acesso à internet — como ocorreu no Reino Unido após a implementação das regras de controle de idade.

É #FAKE vídeo de mulher sendo levada por ventania; cena foi criada com inteligência artificial

É #FAKE vídeo que mostra mulher sendo levada pela ventania; cenas foram criadas com IA Reprodução Circula nas redes sociais um vídeo...