quinta-feira, 30 de novembro de 2023

De onde surgiu o nome da Amazon?


Governador do Amazonas, Wilson Lima, cobrou contrapartida pelo uso da marca. Empresa foi fundada pelo empresário Jeff Bezos, que escolheu nome após pesquisa no dicionário. Homem passa em frente a logo da Amazon em Mumbai, na Índia. REUTERS/Francis Mascarenhas A disputa em torno do nome da varejista Amazon voltou à tona nesta quinta-feira (30), depois que o governador do Amazonas, Wilson Lima, cobrou uma contrapartida pelo uso da marca (veja o vídeo). Mas por que a empresa é chamada assim? Fundada em 1994 somente como uma loja de livros na internet, a Amazon se tornou uma gigante da tecnologia sob o comando de seu fundador Jeff Bezos. Foi ele quem decidiu batizar a empresa em referência à região, mais especificamente ao rio Amazonas. O nome foi escolhido após Bezos buscar palavras com a letra "A" no dicionário e ver que "Amazon" era descrito como o "maior rio da Terra", escreveu Brad Stone, autor do livro "A Loja de Tudo: Jeff Bezos e a era da Amazon". "Este não é apenas o maior rio do mundo, é muitas vezes maior que o maior rio seguinte. Ele destrói todos os outros rios", disse Bezos, segundo o autor do livro. "Isso se conectou instantaneamente com sua visão de curto prazo da empresa como a 'maior livraria da Terra'", diz Stone, no livro. Por que Bezos buscou palavras com "A"? O empresário queria uma marca que começasse com "A" porque, na época da criação da Amazon, os sites eram listados em ordem alfabética. Assim, o objetivo era que a empresa aparecesse entre os primeiros resultados. A história é parecida com a da escolha do nome da Apple. Segundo Walter Isaacson, biógrafo de Steve Jobs, o cofundador da empresa da maçã escolheu o nome quando estava em um período de dieta com frutas, mas porque sabia que o termo ficaria à frente de Atari na lista telefônica. Amazon substituiu Cadabra A escolha por Amazon fez a empresa abandonar o nome que usava inicialmente: Cadabra, referência à palavra "abracadabra". Segundo o Business Insider, um antigo advogado alegava que a referência era muito obscura e, muitas vezes, a palavra era confundida com "cadáver". Antes de escolher Amazon.com, Bezos cogitou usar outros nomes, como Awake.com e Browse.com. Os domínios foram comprados pelo empresário e até hoje redirecionam usuários à página da loja. Qual a disputa em torno do nome da Amazon? Os oito países da América Latina que têm territórios na Amazônia questionaram durante sete anos a aquisição do domínio ".amazon" pela empresa de Jeff Bezos. A alegação era de que o endereço deveria ser usado para designações na internet sobre a região amazônica. Esta disputa foi vencida pela Amazon em 2019, depois que os países não conseguiram chegar a um acordo com a Amazon, e a Corporação Global da Internet para Atribuição de Nomes e Números (ICANN) decidiu prosseguir com o pedido da empresa. Hoje, o site da ICANN informa que domínio ".amazon" é operado desde 19 de dezembro de 2019 pela Amazon Registry Services, subsidiária da companhia de Bezos. Amazon aparece como operadora de domínio ".amazon" no site do ICANN Reprodução Governador cobra contrapartida por uso do nome Amazon Amazonas apresenta agenda para a COP28

Elon Musk acusa de chantagem empresas que anunciam no X


Bilionário disparou ofensas em uma entrevista durante evento promovido pelo jornal The New York Times. Elon Musk Getty Images via BBC Em declarações explosivas nesta quarta-feira (30/11), Elon Musk criticou os anunciantes que deixaram o X (antigo Twitter), alertando que eles acabariam com a plataforma de rede social. Em um evento em Nova York, ele acusou empresas que aderiram a um boicote publicitário contra o site de tentar chantageá-lo. "Vão se *****", disse o bilionário em uma entrevista durante evento promovido pelo jornal The New York Times. Algumas empresas interromperam seus anúncios no X depois que Musk foi acusado de antissemitismo em uma postagem na própria rede social. O chefe da Tesla e da SpaceX pediu desculpas por essa postagem, dizendo que poderia ser a coisa “mais idiota” que ele já compartilhou online. Mas foi a sua resposta a uma pergunta sobre o boicote publicitário por parte de empresas como a Disney, a Apple e a Comcast que causou agitação durante o evento que reúne líderes dos mundos dos negócios, da política e da cultura. “Não quero que eles anunciem”, disse Musk no DealBook Summit do New York Times. "Se alguém vai me chantagear com publicidade ou dinheiro, vão se *****!." "Vá se *****. Está claro? Espero que esteja", diz Musk. "Ei, Bob, se você está na plateia, é assim que me sinto." Aparentemente, ele estava se referindo ao presidente-executivo da Disney, Bob Iger, que participou de um painel no evento no início do dia. No mesmo evento em que Musk falava, estava Linda Yaccarino, presidente-executiva da X, que foi acusada de tentar trazer de volta os anunciantes à plataforma. Em sua entrevista, Musk também disse que os anunciantes poderiam acabar com o X. “O que este boicote publicitário vai fazer é matar a empresa”, disse ele. “O mundo inteiro saberá que esses anunciantes mataram a empresa e documentaremos isso detalhadamente”, acrescentou. Yaccarino repostou a fala de Musk em sua conta no X, classificando o episódio como uma "entrevista sincera". A presidente-executiva disse ainda que o "X está permitindo uma independência de informação que é desconfortável para algumas pessoas". "Somos uma plataforma que permite que as pessoas tomem suas próprias decisões", escreveu. VÍDEO: como foi o novo teste da nave mais poderosa do mundo, criada por empresa de Musk Musk e Linda Yaccarino em um evento de marketing em abril, nos Estados Unidos Rebecca Blackwell/AP Musk visitou Israel depois de, no mês passado, parecer apoiar uma teoria da conspiração antissemita em sua conta no X. “Sinto muito por aquele tuíte… pode ser literalmente a pior e mais idiota postagem que já fiz”, disse ele nesta quarta. O boicote, porém, não está relacionado apenas a esse post. Antes mesmo do incidente, muitos anunciantes já haviam decidido gastar seu dinheiro em outro lugar. Em uma entrevista à BBC em abril, Musk disse que “quase todos eles [anunciantes] ou voltaram ou vão voltar”. Três meses depois, ele reconheceu em uma postagem no X que a receita publicitária havia caído 50%. Pouco antes, o grupo de monitoramento progressista Media Matters publicou um relatório que afirmava ter encontrado provas de que anúncios no X estavam sendo colocados ao lado de conteúdo nazista. O X diz que o relatório do grupo “deturpou a experiência real do usuário de X”, a fim de “minar a liberdade de expressão e enganar os anunciantes”. A plataforma entrou com uma ação judicial contra a Media Matters. É difícil imaginar que os comentários de Musk podem fazer com que os anunciantes recuem. Não está claro quanto da receita da X vem atualmente de anúncios, porque se trata de uma empresa privada que não publica mais relatórios trimestrais. Mas antes de Musk assumir o comando da empresa, a publicidade representava cerca de 90% da receita do Twitter. LEIA TAMBÉM: A mãe que denunciou o uso da foto de sua filha como meme R$ 24 mil de salário: a carreira em TI que deve bombar em 2024 VÍDEO: Os primeiros testes de 'carros voadores' em Nova York Entenda o rompimento de Elon Musk com filha Biógrafo de Elon Musk fala sobre rompimento do bilionário com filha

WhatsApp cria recurso de código secreto para proteger conversas; veja como vai funcionar


Até então, conversas ocultas do aplicativo só podiam ser protegidas pela mesma senha e biometria usadas para desbloquear a tela do celular. Com nova funcionalidade, é possível criar uma nova senha para esconder mensagens. WhatsApp criou recurso de código secreto exclusivo para esconder mensagens Divulgação/WhatsApp O WhatsApp agora permite esconder conversas com um código secreto próprio para isso, e não só com o método de desbloqueio do celular. O recurso será a ser liberado gradualmente a partir desta quinta-feira (30) e chega para todos os usuários nos próximos meses. A novidade é uma expansão das conversas ocultas, que tinham sido liberadas em maio. Até então, para proteger as conversas do WhatsApp, só era permitido usar a mesma senha e biometria (digital ou facial) usadas para liberar a tela do celular. O método não garante tanta privacidade nos casos em que alguém sabe a senha de desbloqueio do smartphone. Além disso, mesmo sem acessar mensagens ocultas, outra pessoa pode saber que há uma pasta secreta ao deslizar para baixo a lista de conversas do WhatsApp. Com o código secreto, é possível definir uma senha única diferente daquela usada para desbloquear o telefone. Os usuários também tem a opção de só exibir o atalho para as conversas ocultas depois de inserirem o código secreto na barra de pesquisa. O WhatsApp também deixará esconder um bate-papo ao pressionar e segurar sobre ela na lista de conversas do aplicativo. Segundo o WhatsApp, a ideia é criar uma amada extra de privacidade para dificultar o acesso às suas conversas confidenciais caso alguém tenha acesso ao seu telefone. "Acreditamos que todos têm direito à privacidade, quer estejam compartilhando seu telefone com outra pessoa ou se encontrem em uma situação vulnerável e precisem de proteções adicionais", diz a plataforma. Como criar código secreto de conversas no WhatsApp Para criar um código secreto, é preciso ter ao menos uma conversa oculta – se você ainda não tiver, abra uma conversa, toque no nome do seu contato no topo da tela, clique em "Conversas ocultas" e ative a opção para esconder o bate-papo; Deslize a lista de conversas do WhatsApp para baixo para exibir a aba de conversas secretas; Clique em "Conversas ocultas"; Nessa aba, toque no ícone de três pontinhos que aparecem no topo da tela; Clique em "Configurar as conversas ocultas" e selecione a opção de inserir o código secreto. Como tirar o 'online' do WhatsApp WhatsApp: veja como tirar o 'online' do status e aprenda a 'sair de fininho' dos grupos Como se proteger de golpes no WhatsApp Golpes no Whatsapp: saiba como se proteger

Estagiário de tecnologia foi um dos mais buscados pelas empresas em 2023; veja 'salários'


Atualmente, são 9,5 mil estagiários na área de tecnologia no país, de acordo com levantamento do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE). Estagiário de TI foi um dos mais buscados pelas empresas em 2023 Unsplash/Divulgação Alunos de Tecnologia da Informação (TI) ficaram entre os mais buscados pelas empresas para estágio em 2023, segundo um levantamento do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) divulgado nesta semana. Atualmente, são 9,5 mil estagiários na área de tecnologia no país, de acordo com a instituição. “Principalmente no pós-pandemia, a gente vem sentindo essa demanda dos clientes, tanto na área de programação, de desenvolvimento, de suporte”, destaca Patrícia Testai, gerente Nacional de Operações do CIEE. 📊 Todos os dados compartilhados pela instituição levam em conta os 19 estados que fazem parte da administração do CIEE-SP, além do Distrito Federal. Por isso, não entram no balanço os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Espírito Santo. Com base neste recorte, a média de "salário" (bolsa-auxílio) para os estagiários de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil foi de R$ 1.327. Esse valor pode variar de estado para estado. Em São Paulo, por exemplo, a média das bolsas foi de R$ 1.715, de acordo com o CIEE. Vinicius Marques Lopes cursa análise e desenvolvimento de sistemas e disse que encontrou um estágio na área mais rápido do que esperava. Ele estava no segundo semestre da faculdade. "No emprego que eu estava antes do estágio, eu não poderia aplicar o que estava aprendendo na faculdade, então no estágio eu teria como praticar e aprender também mais sobre a área com as demais pessoas", conta. O 'boom' na área de TI 📈 Não é só em relação a estágios que a área de tecnologia está em alta no Brasil. Um guia salarial divulgado recentemente pela recrutadora Robert Half listou uma série de profissionais do setor que estarão entre os mais buscados pelas empresas em 2024. Cargos ligados a ERP (planejamento de recursos empresariais), dados e segurança da informação foram citados como os mais procurados e mais difíceis de encontrar. A pesquisa também revelou as perspectivas de remuneração para o próximo ano. Em tecnologia, os salários dos cargos analisados variam de R$ 3,4 mil, para um analista de suporte júnior, a R$ 51,6 mil, para um diretor de tecnologia experiente. Veja aqui. O que faz um engenheiro de dados? Profissão tem salário alto e deve bombar em 2024 LEIA TAMBÉM: Segurança da informação tem salário de R$ 38 mil, mas não encontra profissionais; veja como entrar Programação ainda vale a pena? Dá dinheiro? Profissionais contam como está o setor (e dão dicas) Veja dicas para começar na carreira de TI: Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Programação em alta: veja como começar no setor  5 dicas para começar na carreira de TI

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Google chega a acordo com Canadá e pagará R$ 360 milhões por ano a empresas jornalísticas do país


Empresa ameaçava bloquear notícias em resultados de busca do país. Acordo põe fim ao entrave envolvendo a Lei de Notícias Online do país, que obriga gigantes da tecnologia a compartilharem suas receitas de publicidade com veículos de notícias canadenses. Google Andrew Kelly/Reuters/Arquivo O Canadá e o Google firmaram acordo para manter exibir notícias nos resultados de pesquisas do país. O buscador se comprometeu a pagar ao todo 100 milhões de dólares canadenses por ano (cerca de R$ 360 milhões) para veículos jornalísticos do país. Segundo fontes da agência France Presse, o governo de Justin Trudeau buscava obter 172 milhões de dólares canadenses (R$ 432 milhões). O acordo prevê que o Google negocie com um único grupo que representaria todos os meios, o que permitiria limitar os riscos de litígio, segundo a CBC/Radio-Canada. A decisão põe fim ao entrave envolvendo o Google, formalmente uma empresa da Alphabet, e a lei de notícias online do Canadá. A regra determina que grandes empresas de internet devem compartilhar sua receita de publicidade com veículos de notícias canadenses. "Após semanas de discussões produtivas, tenho o prazer de anunciar que encontramos um caminho a seguir com o Google para a implementação da Lei de Notícias Online", disse a ministra do Patrimônio, Pascale St-Onge, em comunicado. Parte de uma tendência global para as gigantes de internet pagarem por notícias, a Lei de Notícias Online foi aprovada pelo parlamento canadense em junho. Agora, o governo finaliza as regras para divulgá-las até o prazo final de 19 de dezembro. O Google havia afirmado que bloquearia as notícias em sua plataforma e que a lei canadense era mais rigorosa do que legislações da Europa e da Austrália. A empresa também havia alegado que poderia ficar exposta a uma responsabilidade potencialmente ilimitada com a nova regra. Em outubro, uma entidade setorial de notícias do Canadá apoiou algumas das preocupações do Google sobre a nova lei. A Meta, outra gigante de internet que é alvo da lei, já bloqueou o compartilhamento de notícias no Facebook e no Instagram em função de preocupações com a legislação. LEIA TAMBÉM: Veja quais países discutem se 'big techs' devem pagar por notícias exibidas no seu feed Casas de apostas invadem sites de prefeituras em busca de 'vitrine' na internet

Retrospectiva Spotify 2023: como saber que músicas você mais ouviu


Plataforma de streaming de áudio exibe um 'resumão' do ano musical do usuário no especial 'Spotify Wrapped 2023'. Recurso revela artistas, músicas, podcasts mais ouvidos e outras curiosidades. Retrospectiva Spotify 2023: como saber que músicas você mais ouviu Reprodução/Spotify O Spotify anunciou nesta quarta-feira (29) que os usuários da plataforma já podem verificar a retrospectiva musical de 2023 (o "Spotify Wrapped") no aplicativo. Tradicionalmente, o serviço revela as músicas, artistas e podcasts mais ouvidos pela pessoa ao longo do ano. A retrospectiva exibe os gêneros musicais favoritos e um top 5 com as músicas, artistas e podcasts mais ouvidos. Também é gerada a playlist "Your Top Songs 2023" com todas as faixas mais escutadas por você. Como verificar a sua retrospectiva O recurso está disponível para donos de aparelhos Android e iPhone (iOS) com a versão mais recente do app. Veja abaixo como verificar o seu ano musical: abra o app do Spotify e toque em "Retrospectiva", localizado no topo; depois, vá em "Sua Retrospectiva"; pronto! O app exibirá stories com todas as informações do seu ano musical. Ao final, é possível compartilhar no WhatsApp, Instagram (mensagens e stories), Facebook, Twitter, Mensagens (SMS) ou baixar no aparelho.

Casas de apostas invadem sites de prefeituras em busca de 'vitrine' na internet


Sites com endereços que terminam em 'gov.br' têm sido usados para promover páginas de jogos de azar. Em muitos casos, links adulterados são exibidos entre os primeiros resultados da busca. Sites de prefeituras são usados para promover indevidamente sites de casas de apostas Reprodução Sites com endereços que terminam em "gov.br" são exclusivos para veicular informações relevantes de organizações governamentais. Mas eles também têm sido usados indevidamente para promover casas de apostas. Basta uma pesquisa rápida sobre temas como "jogo do tigre", investigado por um suposto esquema de pirâmide, para encontrar conteúdos de cassinos online abrigados em sites de prefeituras e outros órgãos públicos. Quem clica no link é levado para o site do órgão público e, em seguida, redirecionado para um site de apostas. As páginas afirmam que os usuários têm direito a bônus para apostar em casas pouco conhecidas. Não há um levantamento de quantos órgãos são afetados por essa prática, mas o g1 identificou vários links adulterados exibidos entre os primeiros resultados dos buscadores Google e Bing. Veja um exemplo abaixo e outros ao final da reportagem. Busca no Google sobre 'jogo do tigre' leva usuários a página adulterada no site da prefeitura de Contagem (MG) Reprodução Como acontece a invasão aos sites? O ataque acontece por meio do "defacement" (desfiguração, em tradução livre), técnica que busca brechas em servidores de internet para adulterar o conteúdo de sites. O método pode ser usado para várias finalidades, como disseminar arquivos maliciosos e mensagens de protesto em sites de terceiros. Neste caso, o objetivo é publicitário: a adulteração serve para levar o usuário a páginas de casas de apostas. Mesmo sem ter acesso a senhas, cibercriminosos ainda conseguem mudar o conteúdo de páginas ao explorar falhas no servidor de internet ou no software do site, por exemplo. É o que explica o diretor de tecnologia da empresa de telecomunicações Sage Networks, Thiago Ayub. "Diante desse tipo de incidente, alterar senhas não é um remédio eficaz. É bem comum ela ter sido dispensada nessa ação de desfiguração do site. A vulnerabilidade, se não encontrada e corrigida, permitirá novas desfigurações", diz Ayub. Como se proteger de golpes com apps e sites falsos Clicar nos links falsos na busca é perigoso? Não. Como o objetivo é publicitário, os sites das casas de apostas não costumam representar riscos apenas por serem acessados. Mas é importante evitar clicar em links e inserir dados pessoais nestas páginas. "O risco está no ato de clicar na publicidade maliciosa e interagir com ela de qualquer forma, seja fazendo uma compra, uma aposta ou baixando algum arquivo advindo dela. O mero ato de aparecer na tela por si só não é um risco relevante", diz Ayub. A recomendação é sempre se atentar ao site que você está clicando no buscador. Neste caso, o ideal é se questionar se o site de uma prefeitura, uma agência pública ou outro órgão governamental teria por que publicar conteúdo sobre o assunto que você pesquisou. Falhas como esta chamam atenção para o fato de que sites sem manutenção se tornam vulneráveis, diz Ayub. Para ele, é comum pensar que sites não precisam de correções após serem desenvolvidos. "Mas os sites talvez exijam até mais manutenção que uma frota de carros. Um carro de pouco uso demanda pouca manutenção. Mas um site, independentemente de seu uso ou popularidade, é uma porta de entrada para incidentes de segurança como esses", afirma. AVALIADOR DE ROUPAS: Shein alerta para golpe em site promovido por influenciadores O que dizem os buscadores? O Google afirmou ao g1 que não comenta ações tomadas contra sites ou URLs específicos, mas que toma medidas adequadas ao identificar violações de suas políticas contra spam. De acordo com a empresa, seus sistemas de proteção bloqueiam 40 bilhões de páginas de spam diariamente. Leia a íntegra da nota do Google: "Nossos sistemas avançados de combate a spam nos permitem manter a Busca 99% livre de spams. Estamos melhorando de forma contínua esses sistemas para combater o crescente volume de conteúdo com esse tipo de ameaça, incluindo spam hackeado que pode aparecer quando há vulnerabilidades na segurança de um site. Também trabalhamos para notificar os sites quando nossos sistemas detectam que eles podem ter sido invadidos e fornecemos dicas para ajudar os proprietários a garantir e melhorar a segurança de suas páginas". O g1 entrou em contato com o Bing, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem. LEIA TAMBÉM: A mãe que denunciou o uso da foto de sua filha como meme O supercomputador brasileiro entre os mais rápidos do mundo R$ 24 mil de salário: a carreira em TI que deve bombar em 2024 VÍDEO: como foi o novo teste da nave mais poderosa do mundo Busca no Google sobre termos relacionados a apostas leva a links adulterados de órgãos de cidades como Pouso Alegre (MG), Bugre (MG), Americana (SP) e Santa Maria (RS) Reprodução Busca no Bing exibe link adulterado no site da Câmara de Santa Bárbara d'Oeste (SP) Reprodução) Busca no Google sobre 'jogo do tigre' leva a site de órgão governamental Reprodução Busca no Bing exibe links adulterados de órgãos públicos Reprodução Como denunciar posts nas redes sociais Como denunciar postagens no Instagram, TikTok e Kwai e em outras redes sociais

terça-feira, 28 de novembro de 2023

'Operação 404' mira sites e apps piratas que vendem assinaturas e acesso ilegal ao Campeonato Inglês

'Operação 404' reúne Brasil, Argentina, EUA, Peru e Reino Unido – e cooperação da própria Premier League. Equipes agem para bloquear 606 sites que violam direitos autorais. Polícia Civil do Rio cumpre mandados em condomínio em ação contra pirataria Policiais civis em todo o país cumprem mandados nesta terça-feira (28) contra suspeitos de organizar e vender serviços piratas de streaming e TV por assinatura – incluindo transmissões clandestinas de jogos do Campeonato Inglês de Futebol (Premier League). Segundo o governo brasileiro, a sexta fase da "Operação 404" envolve também órgãos de aplicação da lei de Argentina, Estados Unidos, Peru e Reino Unido. Além disso, a própria organização da Premier League colabora com as investigações. Ao todo, a operação inclui: cumprimento de 24 mandados de busca: 22 no Brasil, 1 na Argentina e 1 nos Estados Unidos. derrubada de 606 sites piratas, sendo mais de 300 deles no Peru e aproximadamente 100 ligados à pirataria dos jogos do Campeonato Inglês; retirada do ar de 19 aplicativos de streaming ilegal. O nome "Operação 404" faz referência ao código exibido por páginas em HTML quando o endereço virtual não foi encontrado ou não está disponível. E foi escolhido porque um dos principais objetivos da operação é, justamente, derrubar páginas que violam direitos autorais. "A pirataria é crime e traz diversos prejuízos no Brasil para a arrecadação de impostos, a geração de empregos. Afeta diretamente a indústria creativa. E as polícias, de maneira coordenada com o setor privado e as agências de aplicação da lei, estão atuando de maneira uniforme e dando o recado: pirataria é crime e precisa ser combatida", afirma o coordenador do Cyberlab do Ministério da Justiça, delegado Alesandro Barreto. Estimativas oficiais apontam que hoje, no Brasil, aproximadamente 47 milhões de usuários recorrem a algum serviço ilegal de streaming ou assinatura clandestina de TV – o que, também segundo entidades, gera um prejuízo de até R$ 12 bilhões ao ano. Segundo Barreto, esses criminosos ganham dinheiro principalmente de duas formas: transmitindo sinais ilegais pela internet, de graça – mas com banners de publicidade que rendem lucro ao dono do site; vendendo assinaturas clandestinas por um preço mais baixo que os serviços oficiais. Um dos alvos da operação desta terça no Mato Grosso, segundo o delegado, tinha em seus registros mais de 60 mil clientes que contratavam as transmissões ilegais. Além dos crimes contra a propriedade intelectual, as autoridades apuram possíveis práticas de associação criminosa e lavagem de dinheiro. Outros crimes podem ser adicionados ao inquérito durante a fase de investigação. Relembre no vídeo abaixo uma das fases anteriores da Operação 404, deflagrada em 2021: Combate à pirataria digital: terceira fase da Operação 404 sai às ruas em 9 estados

Como se fabrica leite em pó? Como a música sai do disco? Jovem viraliza fazendo perguntas (e o g1 foi atrás das respostas)

Julia Iorio, de 23 anos, está fazendo sucesso nas redes sociais de um jeito inusitado: gerando dúvidas. O g1 conversou com especialistas para responder algumas das questões mais polêmicas feitas pela atriz a seus seguidores. Bluetooth, disco de vinil e crescimento de cabelo: jovem viraliza com questionamentos Como funciona o bluetooth? Como se fabrica o leite em pó? Como sai música de um disco de vinil? E o cabelo - como ele cresce na nossa cabeça 🤯? "Coisas que eu não entendo e tenho preguiça de pesquisar". É assim que a carioca Julia Iorio, de 23 anos, começa os vídeos que estão fazendo sucesso nas redes sociais. Ela questiona o funcionamento de coisas básicas do nosso dia a dia e deixa os seguidores roendo as unhas sem respostas. O g1 conversou com a atriz, que contou que começou a gravar vídeos durante a pandemia e se animou vendo que o público estava curtindo. “Eu sou uma pessoa naturalmente curiosa. E quando eu conversava com as minhas amigas via que tem coisas na vida que a gente só aceita. A gente não sabe o porquê, o como. Por exemplo, o leite em pó. Nós, meros mortais, a gente não sabe como isso funciona. Então pra gente é mágica. Aparece na nossa mesa, a gente fala ‘uau, leite em pó, que delícia’. E aí eu resolvi compartilhar a minha ignorância no TikTok pra ver se tinha mais pessoas que concordavam comigo. E tem. E o mais legal disso tudo é que tem pessoas que respondem as minhas questões no próprio vídeo, comentando”, conta Julia. Nos próprios comentários os seguidores também revelam suas dúvidas, dando ideias de perguntas. Julia conta que tem uma lista de questões pra gravar. “Quanto mais eu pergunto, mais pergunta surge”. E ela conta também que a fama já saiu das telas e que já foi até tietada na rua. “Nunca pensei. Eu gravava como diversão. Os poucos seguidores que tinha no início gostavam muito, mas nunca imaginei que ia virar a febre que virou”. Alguns vídeos da Julia têm mais de 1,5 milhão de visualizações. “Eu acho uma loucura, mas fico muito feliz. Fico bobíssima. Mas eu acho uma grande de uma loucura”, brinca. A dúvida que mais causou entre os seguidores da Julia foi sobre o funcionamento do disco de vinil (veja a resposta abaixo). Ela conta que as dúvidas sobre carros também engajam muito. Agora, as respostas... 📶 Como funciona o Bluetooth? O técnico telecomunicações William Ferreira explica que a tecnologia Bluetooth é um tipo de comunicação sem fio, que permite a troca de informações, como áudio, dados e comandos, entre dispositivos eletrônicos próximos, como smartphones, fones de ouvido, alto-falantes e teclados, entre outros. A tecnologia elimina a necessidade de cabos e simplifica a interação entre dispositivos eletrônicos. Assim como em outras tecnologias do tipo, a comunicação é feita enviando pacotes de dados de um dispositivo para outro. No caso do Bluetooth, o transporte é feito por um dos 79 canais da banda 2,4 GHz ISM, a mesma usada por micro-ondas, telefones sem fio e walkie-talkie. Para evitar interferências, os canais podem ser trocados aleatoriamente. 💇‍♀Como funciona o crescimento do nosso cabelo? O crescimento capilar ocorre em três fases: anágena, catágena e telógena. O dermatologista Cássio Battisti Serafini conta que, aos seus pacientes, costuma comparar o processo com a nossa vida. Existe uma fase em que somos produtivos, experimentamos nosso crescimento profissional e pessoal, que comparamos com a fase do crescimento capilar que dura de dois a oito anos (anágena). Depois de muito contribuirmos chega a hora da aposentadoria, é o repouso capilar que dura três semanas (catágena). E a telógena é a etapa de finalização do ciclo. O ciclo de vida do cabelo dura em média de 2 a 7 anos, característica que herdamos geneticamente. O bulbo capilar, presente nos folículos capilares funciona como se fosse uma pequena fábrica, onde as células se dividem, se diferenciam e começam a ser empurradas para cima através do folículo a medida que novas células são formadas, dando origem à haste capilar. Após a fase de crescimento, um novo fio é formado, empurrando o antigo para fora do folículo, dando início a um novo ciclo. 🥛Como se fabrica o leite em pó? A Dra. Ana Carolina Sampaio Doria Chaves, pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos traz as informações sobre o processo de fabricação do leite em pó. São várias etapas, começando pelo leite cru resfriado, até o resultado final. O produto passa por uma filtração, padronização ou desnate parcial ou total, clarificação, homogeneização, tratamento térmico e concentração para eliminação de cerca de 50% do teor de água do leite in natura. Após a retirada parcial da água do leite por evaporação, ocorre a etapa de desidratação. Ne processo, o líquido é transformado em um produto seco. Após a evaporação da água, as partículas do leite em pó caem no fundo da câmara e seguem para etapa de resfriamento e de embalagem. 💿Como sai música de um disco de vinil? O co-fundador e engenheiro de áudio do Selo Graxasom, Paulo Maganinho, explica que o som é transmitido a partir de um processo de transdução, isto é, transformação de energias, no caso energia mecânica em elétrica. A agulha percorre os grooves, uma espécie de corredor sonoro popularmente chamado de sulcos no Brasil. Lado a lado, vibra conforme o espectro de frequências da música e traduz eletricamente aquele sinal, que passa por um sistema de amplificação até chegar em outro transdutor: o autofalante, que por sua vez transforma energia elétrica em mecânica provocando variações na atmosfera que conhecemos como som. A partir disso, pessoas dançam, se amam e se divertem. 🚗Quem é / o que é o Duda do Detran? O DUDA é nada mais nada menos do que a abreviação para Documento Único do Detran de Arrecadação. Ele é o documento para o pagamento de taxas cobradas para a realização de serviços junto ao Detran e é emitido para a quitação de diversas taxas relacionadas à carteira de motorista, e também a licenças relacionadas ao veículo, como vistoria, transferência, inserção de nova categoria, dentre outros (Fonte: Detran-RJ). LEIA TAMBÉM: Pneu, cartão do SUS, alianças e mais: jovem viraliza ao mostrar itens esquecidos em motel da família em Goiânia Loja faz sucesso após mulher viralizar ao contar que marido achou que o cartão de crédito havia sido clonado após ela usá-lo VÍDEO: Bebê viraliza na web após reconhecer que pedaço de papel dado pelo pai não era dinheiro ‘Não arranque a porta do meu freezer’: Jovem faz convite de aniversário com manual de instruções e viraliza na internet

Google vai excluir contas inativas nesta sexta; saiba como não perder fotos e documentos


Contas que forem excluídas perderão todo o seu conteúdo, incluindo e-mails e informações de Docs, Drive, Meet, Agenda e Fotos. Google vai excluir contas inativas nesta sexta; veja como não perder fotos e documentos Unsplash/Divulgação O Google informou que, a partir de 1º de dezembro de 2023, vai excluir contas inativas que não foram acessadas por seus titulares num período de dois anos. As contas do Google que forem excluídas perderão todo o seu conteúdo, incluindo e-mails e arquivos de Google Docs, Drive, Meet, Agenda e Fotos. A medida vale apenas para contas pessoais e não vai afetar cadastros na plataforma do Google para empresas, escolas ou outras organizações. Segundo a empresa, a exclusão vai começar por contas que foram criadas e nunca mais foram usadas. Como não perder a conta do Google? Para não perder a conta do Google por inatividade, é preciso fazer o login e realizar ao menos uma das atividades abaixo: Ler ou enviar um e-mail Usar o Google Drive Assistir um vídeo do YouTube Compartilhar uma foto Fazer o download de um app Usar a Pesquisa Google Usar o recurso "Fazer login com o Google" em um app ou serviço de terceiros A exclusão também não afetará contas que estiverem configuradas com alguma assinatura, como a de um serviço do Google ou de terceiros, ou que tenham algum vídeo cadastrado no YouTube. Por que o Google vai excluir contas? O Google diz que vai excluir contas inativas porque as chances de elas terem a segurança comprometida são maiores. Isso porque esses cadastros podem ter senhas que já apareceram em vazamentos de dados e, em geral, não contam com a proteção da autenticação de dois fatores. "Nossa análise interna mostra que as contas abandonadas têm pelo menos 10 vezes menos probabilidade do que as contas ativas de configurar a verificação em duas etapas", diz a empresa. LEIA TAMBÉM: Entenda a troca relâmpago que Sam Altman fez da criadora do ChatGPT pela Microsoft SpaceX lança Starship: veja como foi o novo teste da nave mais poderosa do mundo 'Perdi R$ 1.728 com golpe da renda extra': entenda o risco das pequenas tarefas pelo celular Como transformar uma foto em arquivo de texto no Android e no iPhone Como transformar uma foto em arquivo de texto no Android e no iPhone 'Treta do ChatGPT': entenda a troca relâmpago que Sam Altman fez da OpenAI pela Microsoft 'Treta do ChatGPT': entenda a troca relâmpago que Sam Altman fez da OpenAI pela Microsoft Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Como surgiu o gatinho preto com 'cara de deboche' que viralizou no TikTok Como surgiu o gatinho preto com 'cara de deboche' que viralizou no TikTok

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Na era do ChatGPT, 'autêntico' é a palavra do ano eleita por dicionário americano


Editores do 'Merriam-Webster' examinam as principais buscas ao longo dos últimos meses para eleger o termo campeão. Para Peter Sokolowski, que participou do levantamento, o que motivou o pico de pesquisas foi justamente a crise da autenticidade em meio ao 'boom' da inteligência artificial. Dicionário "Merriam-Webster's" elege sempre uma palavra do ano. Em 2023, foi "autêntico" Stephan Savoia/AP Será que foi o aluno que escreveu esta redação ou ele usou o ChatGPT? E a letra da música daquele cantor famoso? Foi mesmo plagiada? O post compartilhado pelo seu tio no Whatsapp é verdadeiro ou não passa de fake news? São questionamentos como esses que possivelmente motivaram um crescimento constante de buscas pelo termo "autêntico" em 2023, no dicionário americano "Merriam-Webster". Essa foi a palavra do ano, segundo os editores da obra afirmaram nesta segunda-feira (27). "Vimos em 2023 uma espécie de crise de autenticidade”, disse Peter Sokolowski, um dos representantes da pesquisa, ao divulgar o vocábulo vencedor. “O que percebemos é que, quando questionamos a autenticidade, a valorizamos ainda mais.” Para eleger a palavra do ano, o dicionário: examina quais termos foram mais pesquisados; elimina os mais genéricos, que sempre são buscados, como "amor"; também deixa de fora alguns mais aleatórios, de 5 letras, que são pesquisados por jogadores de "Wordle" (é um jogo on-line de adivinhação de palavras). Em 2022, a vencedora foi "gaslighting", que significa "o ato ou prática de enganar alguém grosseiramente, especialmente para [obter] vantagem pessoal". Neste ano, depois de "autêntico", apareceram na lista, não necessariamente nesta ordem: 🔴"X": novo nome da rede social Twitter; 🔴"EGOT": termo usado para quando um artista conquista os quatro principais prêmios do entretenimento: Emmy (TV), Grammy (música), Tony (teatro) e Oscar (cinema). Em 2023, Viola Davis obteve essa façanha e motivou o aumento das buscas. 🔴"Elemental": nome de um novo filme da Pixar; 🔴"Rizz": gíria usada principalmente no TikTok para quem tem charme ou carisma e consegue conquistar os outros. O "Merriam-Webster" adicionou a palavra ao dicionário em setembro. 🔴"Kibbutz": são comunidades agrárias coletivas em Israel. Elas foram atacadas pelo Hamas no início da guerra. Sem internet e biblioteca, escola da Colômbia ganha prêmio mundial de educação: mas como? O que diz o verbete de "autêntico"? Significado de "autêntico", palavra do ano de 2023 para dicionário americano Reprodução/Merriam-Webster's Segundo o dicionário americano, "autêntico" significa: 1- Digno de aceitação ou de crença, de acordo com fatos. Exemplo: "ele pinta uma imagem autêntica da nossa sociedade". 2- Em conformidade com algo original, reproduzindo suas principais características. Exemplo: "uma reprodução autêntica de uma fazenda colonial". 3- Feito da mesma forma que o original. Exemplo: "comida mexicana autêntica". 4- Que não é falso nem uma imitação. Exemplo: "um sotaque autêntico". 5- Fiel à própria personalidade, espírito ou caráter. Exemplo: "ela é uma pessoa sincera e autêntica". Vídeos

Viih Tube, Virginia, Kylie Jenner: chegada de filhos vira renda extra para influenciadoras


Elas aproveitaram a influência nas redes sociais para lançar marcas de produtos infantis. Apesar do grande número de seguidores, especialista explica que nem todos os influenciadores conseguem transformar essas iniciativas em lucros milionários. Marcas criadas pelas mães Vera Sidik, Kylie Jenner, Virginia Fonseca e Viih Tube Reprodução/ Instagram O boom dos influenciadores de comportamento, beleza e moda gerou oportunidade comercial: criadores de conteúdo viram uma boa chance para fazer negócios que exploram o potencial de compra de seus seguidores. E algumas influenciadoras-empreendedoras resolveram envolver os próprios filhos nesse mercado, com vendas de produtos infantis. Muitos deles participam das campanhas de publicidade. Na lista estão Kylie Jenner, Virginia Fonseca, Viih Tube e Vera Sidika, que chegou a lançar a filha como "Boss Baby" e espera que a pequena fique milionária com a marca em até 3 anos. "Os filhos também são uma extensão de marca e, diante das mudanças das plataformas de monetização, é natural buscar novos caminhos. A melhor publicidade é aquela que entra no lifestyle real. As crianças já nascem com milhões de seguidores nas suas redes sociais e isso favorece a ter, já de largada, um alcance na marca", explica João Finamor, professor de marketing digital da ESPM. Apesar de alguns mini-influenciadores já terem até linhas de produtos com seu nome, eles ainda não podem ser donos exclusivos da marca por conta da idade (veja abaixo o que dizem os especialistas). E para o especialista Arthur Ridolfo, nem todos os influenciadores conseguem transformar essas iniciativas em lucros milionários imediatos. "Isso é semelhante às tentativas passadas de artistas e atletas que lançaram suas próprias marcas sem sucesso financeiro. Além disso, há preocupações sobre a integridade das marcas e conflitos com publicidade", explica o professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP) da Fundação Getulio Vargas (FGV). 🍼 Saiba mais sobre os filhos das influenciadoras e as marcas infantis: Asia Brown (filha da Vera Sidika) Lançamento do primeiro negócio de Asia Brown ocorreu em junho de 2022 Reprodução/ Instagram "Ela será milionária quando tiver 5 anos." A frase é da empresária e influenciadora queniana Vera Sidika sobre a filha Asia, que completou 2 anos em agosto, mas já é conhecida como "Boss Baby" 👶🏽, por ser dona de uma empresa de produtos de beleza infantis. A família mora em Nairóbi, no Quênia, e a empresa "Asia Brown Baby Care" foi lançada em junho de 2022 durante uma festa luxuosa de "mesversário" 🎉. A administração do negócio fica por conta dos pais da menina, principalmente da mãe. O empreendimento, que foi um presente dos pais Vera e o músico Brown Mauzo, vende produtos orgânicos para cabelos e cuidados com a pele para bebês, por meio do WhatsApp e web. O negócio tem 7 opções de produtos, incluindo xampus, condicionadores e cremes, que são vendidos a partir de R$ 50, conforme anúncio que consta nas redes sociais em 2022. Durante os primeiros meses de operação, a empresa vendeu mais de 9 mil itens, segundo site do jornal britânico "The Sun". “Ela é uma das CEOs mais jovens do mundo, estou muito orgulhosa", afirmou Vera ao jornal e também projetou um futuro milionário para a criança. Para alcançar essa cifra, no entanto, os pais vão ter que driblar o mercado já consolidado das grandes marcas de cosméticos, afirma o professor da FGV. "Para ela ficar milionária, será necessário vender muito ou quem sabe despertar o interesse de investidores para vender a empresa", avalia Arthur Ridolfo. Em seu pequeno currículo, Asia também "trabalha" como modelo da própria marca. Já a mãe Vera é modelo plus size, estrela de um reality show, dona da empresa internacional Veetox e tem mais 2,5 mil seguidores no Instagram. Stormi (filha da Kylie Jenner) Kylie Jenner e a marca infantil 'Kylie Baby' Reprodução/ Instagram Em setembro de 2021, Kylie Jenner, dona de um império bilionário do mundo dos cosméticos e que reúne mais de 398 milhões de seguidores no Instagram, registrou a patente da marca "Kylie Baby". A linha tem produtos de banho, hidratação, toalhas e acessórios de bebês que custam a partir de R$ 85. “Eu estou tão animada para apresentar a Kylie Baby para vocês. Desde quando eu virei mãe, se tornou um sonho desenvolver produtos de cuidados para os bebês que fossem limpos, seguros, eficazes e conscientes. Eu sei que todos vocês querem o melhor para seus filhos, por isso, essa linha é completamente vegana e hipoalergênica“, escreveu a empresária. Em fotos de divulgação dos produtos, a empresária clã Kardashian aparece com a filha Stormi Webster, que tem 422 mil seguidores, e o filho Aire Webster. No lançamento, ela estava grávida do segundo filho. Maria Alice e Maria Flor (filhas da Virginia Fonseca) Virginia lançou em outubro de 2022 a "Maria’s Baby" Reprodução/ Instagram No Brasil, a influenciadora Virginia Fonseca lançou em outubro de 2022 a "Maria’s Baby", um dia após o nascimento da sua segunda filha. A marca vende cerca de 10 produtos, das linhas Maria Alice e Maria Flor. Nos kits estão itens de banho, hidratação, bichinhos de pelúcia e acessórios. Os produtos são vendidos a partir de R$ 34,90 até R$ 349. Na época, ela disse que tinha planejado desde o início do ano o desenvolvimento da marca. "Parece que tudo que fazemos para nossos filhos têm um peso muito maior, e essa marca é delas e para elas!! Lógico, com minha administração até elas conseguirem e quiserem tomar conta de tudo sozinhas!!", escreveu nas redes sociais. Por enquanto, a marca é administrada pelos pais, e não consta o nome das filhas como sócias. Lua (filha da Viih Tube) Recentemente, a influenciadora digital e ex-BBB Viih Tube revelou como tem administrado o dinheiro de sua filha de 7 meses. Ela disse que Lua já faturou R$ 1 milhão com publicidades (veja o vídeo abaixo). Viih Tube diz que a filha Lua já faturou R$ 1 milhão com publicidades Segundo a artista, o dinheiro da bebê, que é filha da influencer com o também ex-BBB Eliezer, está sendo guardado em uma conta bancária em nome da própria criança. Além de brilhar em campanhas publicitárias, a bebê é garota-propaganda da marca de roupas infantis "Baby Tube", empresa de Viih Tube criada em maio deste ano, no Dia da Mães. Os produtos vendidos pela internet custam a partir de R$ 79,90. Atualmente, Viih acumula mais de 30 milhões de seguidores no Instagram. Já o perfil da Pequena Lua tem 2 milhões. Apesar do sucesso nas redes sociais, a pequena também tem sofrido ataques na internet. Viih Tube e Eliezer contaram, em entrevista ao Fantástico, que chegaram a pensar em parar de postar fotos da menina após a onda de xingamentos. As quatro maneiras de ganhar dinheiro no TikTok ➡️ O que diz a lei no Brasil sobre os pequenos 'CEOs' Segundo a legislação brasileira, não há impeditivo legal para que uma criança, até mesmo um bebê recém-nascido, seja sócio de uma empresa. No entanto, a expressão "CEO Baby" ou "bebê chefe" deve ser compreendida dentro de um contexto lúdico, muito mais associado à marca do que à efetiva participação nas decisões da empresa, explica Rachel Ferraz, Advogada de Família, sócia de Ferraz & Alonso Advogados. O artigo 1.693 do Código Civil determina que a administração dos bens dos filhos menores de 18 anos é de responsabilidade dos pais da criança. "Até os 16 anos de idade, esses pequenos sócios deverão ser representados por seus pais ou representantes legais (portanto, não terão qualquer poder de administração) e, dos 16 aos 18 anos, deverão ser assistidos (ou seja, assinarão junto, mas não decidirão nada sozinhos)", explica. Apesar disso, os pequenos “CEOs” terão todos os direitos de um sócio, exceto o direito ao pró-labore (“salário”). "Já que não exercerá nenhuma atividade laboral que a justifique, mas terá direito à distribuição de lucros, competindo aos pais a administração destes valores, até que os mesmos completem a maioridade ou sejam emancipados", afirma. A advogada recomenda para as mães que estão construindo um negócio em nome dos filhos ou junto com eles, agir dentro da legalidade e garantir que a gestão do patrimônio dos pequenos esteja sendo feita no melhor interesse deles. "Quando chegar à maioridade, eles se tornarão, de fato e de direito, titulares de suas cotas sociais e do patrimônio acumulado ao longo dos anos, sendo plenamente possível que, à essa altura, já possam até aposentar, sem que nunca tenham, de fato, trabalhado em todo esse tempo", completa. VEJA TAMBÉM: Caso Larissa Manoela: entenda o que diz a lei sobre trabalho infantil envolvendo artistas mirins Os pais podem usar ou controlar o dinheiro dos filhos menores de idade? O ator que viralizou da noite para o dia no TikTok com mapas 'falantes' Conheça quem faz os mapas ‘falantes’ do TikTok Vanessa Lopes: a tiktoker que tem mais seguidores no app do que Anitta Conheça Vanessa Lopes, tiktoker que já tem quase 1 bilhão de likes

Como ter duas contas de WhatsApp no mesmo celular


Disponível para celulares Android com espaço para dois ou mais chips, o recurso pode ser útil para separar conversar profissionais e particulares, por exemplo. whatsapp no celular Divulgação O WhatsApp passou a permitir que o usuário tenha duas contas no mesmo celular. Para isso, o aparelho celular deve suportar dois chips. Atualmente, muitos celulares já permitem o uso de mais de um chip. O recurso de duas contas no mesmo aparelho pode ser útil se você tiver uma conta profissional e uma particular, por exemplo. No momento, essa funcionalidade está disponível somente para aparelhos Android. Confira abaixo como ter duas contas do WhatsApp no mesmo celular caso você já tenha um segundo chip configurado. Abra as "Configurações" do WhatsApp clicando no ícone de três pontinhos (⋮) da tela inicial; Clique na seta para baixo que aparece ao lado da sua foto de perfil; Selecione a opção "Adicionar conta"; Clique em "Concordar e continuar" e insira o número do segundo chip; Confirme o número e digite o código de verificação enviado por SMS. LEIA TAMBÉM: A mãe que denunciou o uso da foto de sua filha como meme O supercomputador brasileiro entre os mais rápidos do mundo R$ 24 mil de salário: a carreira em TI que deve bombar em 2024 VÍDEO: como foi o novo teste da nave mais poderosa do mundo Novo recurso do WhatsApp que possibilita ter duas contas Divulgação - WhatsApp Como se proteger de golpes no WhatsApp Golpes no Whatsapp: saiba como se proteger O que é e como se proteger do golpe do namoro virtual Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem

Golpe da falsa vaga de emprego no LinkedIn: como funciona e como se proteger


Suposto recrutador aborda o candidato em seu perfil na plataforma e manda um link para ele instalar no computador, mas que se trata de um vírus. Golpe geralmente envolve vagas de trabalho remoto em empresas no exterior. Rede social profissional LinkedIn ijeab/Freepik "Me candidatei para algumas vagas e uma 'recrutadora' me chamou no chat. Estranhei a agilidade, mas pensei que pudesse ser um texto automático. Ela fez algumas perguntas e me enviou um arquivo em PDF com links suspeitos e com uma apresentação em nome de uma empresa mundialmente conhecida." Este é o relato de Thaisy Pecsén no LinkedIn, que, no início do mês, resolveu usar a plataforma para denunciar um golpe aplicado por falsos recrutadores. A publicação recebeu centenas de reações e comentários com alertas de outros casos envolvendo vagas de trabalho remoto no exterior. O esquema conhecido como "phishing" (trocadilho com a palavra "fishing", que, traduzindo, significa "pesca") é considerado comum na internet. Assim como na pesca, o golpe de phishing consiste em jogar uma isca esperando que as vítimas "mordam" e caiam nele. O ataque só é bem-sucedido se, antes, o golpista consegue instalar um vírus (malware) no computador ou notebook da pessoa, explica o especialista Lucas Lago, membro do Instituto Aaron Swartz de Ciberativismo (veja abaixo como se proteger). Como funciona o golpe 🏴‍☠️ o golpe ocorre quando o suposto recrutador manda um link que precisa ser instalado no computador do candidato, segundo as vítimas; 💻 quando a pessoa clica nesse arquivo achando ser a apresentação detalhada da vaga, o computador é infectado com o vírus; 🚨 golpistas usam a mesma identidade visual de empresas reais e chegam a copiar nomes de cargos em aberto nas companhias, de acordo com os relatos das vítimas; 🆘 após a vítima notar que é um golpe e questionar o suposto recrutador, o candidato é bloqueado. Abordagem das vítimas Thaisy Pecsén se candidatou para uma vaga e foi abordada por um suposto recrutador Reprodução/ LinkedIn Thaisy estava em busca de uma oportunidade para trabalhar de forma remota para uma empresa no exterior quando se deparou com a falsa vaga. A profissional da área de marketing, do Rio de Janeiro (RJ), conta que foi abordada por um suposto recrutador no LinkedIn, e ele disse que outros detalhes sobre a vaga estavam disponíveis em um documento com links. "Precisava acessar um link para fazer o download de um arquivo no formato '.zip', que, por sua vez, tinha outros no formato '.exe'. Sabe-se lá que tipo de acessos eles [os golpistas] teriam no meu dispositivo", afirma. Isabella Penna também recebeu um arquivo suspeito após se candidatar para uma seleção de emprego Reprodução/ LinkdedIn A prática suspeita também ocorreu com Isabella Penna, de São Paulo (SP), que se candidatou para uma outra vaga na mesma área. Ela conta que recebeu uma mensagem no chat para marcar uma entrevista, mas que, antes, precisaria acessar alguns links para ver as condições da vaga. "Vi que era o site da empresa, mas o Instagram achei suspeito porque era uma empresa grande e não tinha um selo verificado. Quando cheguei nos dois últimos links, que era um falando sobre o novo projeto da empresa e outro sobre salário com descrição da vaga, o link não abria no celular. Fui para o computador, quando abri, era um arquivo em '.zip', que tinha arquivos em '.exe'", lembra. Nos dois casos, as candidatas disseram que resolveram não instalar os arquivos suspeitos e que posteriormente foram bloqueadas pelos supostos recrutadores. Elas explicaram que as vagas suspeitas tinham mais de 200 candidaturas. O LinkedIn confirmou ao g1 que, nos dois casos, os anúncios das vagas citados pelas profissionais foram removidos pela plataforma. "Utilizamos defesas automatizadas e manuais para detectar anúncios de emprego falsos e agimos rapidamente para removê-los", disse. A plataforma também afirmou que utiliza recursos, como a verificação de empresa e e-mail corporativo, para ajudar os usuários a se sentirem confiantes de que as pessoas e oportunidades são autênticas. Os usuários também podem fazer denúncias neste link. 'Golpe da renda extra me fez perder R$ 1.728', diz vítima; entenda o risco de aceitar fazer pequenas tarefas pelo celular Saiba como se proteger A pedido do g1, o especialista Lucas Lago e o LinkedIn compartilharam algumas orientações para as pessoas se protegerem do golpe: 📱 evite ao máximo o download de arquivos enviados diretamente por email/chat. "Isso porque é mais difícil checar a origem dos arquivos que são enviados", diz Lago; 🦠 use antivírus, no celular e no computador; 🤬 desconfie de publicações que parecem ser de empresas com boa reputação, mas que não apresentam um site oficial ou e-mail com domínio próprio; ⚠️ fique atento se receber uma resposta à candidatura que exija que você clique em um link para responder perguntas adicionais, especialmente se pedirem informações pessoais como números de documentos; 🔒 tenha cuidado se não conseguir conferir a identidade do anunciante. Um modo de confirmá-la é buscar no Google as informações de contato fornecidas pelo destinatário, como endereço, telefone comercial e e-mail. Caso não encontre, pode ser que o anonimato seja para enganar os candidatos. LEIA TAMBÉM: Shein alerta para golpe em site promovido por influenciadores para ganhar dinheiro avaliando roupas Novo golpe desvia PIX copia e cola em compras on-line pelo computador Veja 5 dicas para não cair em golpes de falsas vagas no LinkedIn Veja 5 dicas de como não cair em golpes de falsas vagas no LinkedIn Saiba mais sobre jargões usados no trabalho Conheça os jargões em inglês mais usados no ambiente de trabalho Por que Anitta, Lázaro Ramos e outros famosos estão no LinkedIn? Famosos no LinkedIn: g1 te explica o porquê Golpes em redes sociais crescem no Brasil; veja como não cair Especialistas dão dicas para evitar golpes digitais nas redes sociais

domingo, 26 de novembro de 2023

Viciados em redes sociais processam 'gigantes da tecnologia' nos EUA


Processos judiciais nos EUA tentam demonstrar que quatro das maiores empresas de mídia social expõem conscientemente crianças a produtos e conteúdos prejudiciais. Taylor Little diz que teve contato com conteúdos sensíveis aos 11 anos, sem receber nenhum aviso prévio BBC Centenas de famílias estão processando algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo — que, segundo elas, conscientemente expõem crianças a conteúdos e produtos prejudiciais. Uma das pessoas responsáveis pela ação explica por que estão tentando desafiar o poder do Vale do Silício. "Eu literalmente estava aprisionado pela dependência aos 12 anos. E não recuperei minha vida durante toda a adolescência." Taylor Little desenvolveu uma dependência das redes sociais que levou a tentativas de suicídio e anos de depressão. Little, que agora tem 21 anos e utiliza o pronome neutro "eles" (tradução direta do they/them no original em inglês), descreve as empresas de tecnologia como "monstros grandes e maus". Essas empresas, segundo Little, colocam conscientemente nas mãos das crianças com acesso à internet produtos altamente viciantes e prejudiciais. Por isso, Little e centenas de outras famílias americanas estão processando quatro das maiores empresas de tecnologia do mundo. REDES SOCIAIS: Mãe denuncia uso de foto da filha como meme Prejudiciais desde o projeto O processo contra a Meta — a empresa proprietária de Facebook e Instagram — além do TikTok, do Google e Snap Inc. (dona do Snapchat), é um dos maiores já movidos no Vale do Silício. Os autores da ação judicial incluem famílias comuns e distritos escolares de várias partes dos Estados Unidos. Eles alegam que as plataformas são prejudiciais de forma intencional. Quem posta memes com fotos de terceiros pode ser processado? Entenda o que diz a lei Os advogados das famílias acreditam que o caso da adolescente britânica Molly Russell, de 14 anos, serve como exemplo dos potenciais danos enfrentados pelos adolescentes relacionados ao uso das redes sociais. No ano passado, os advogados acompanharam a investigação sobre a morte de Russell via videoconferência de Washington, em busca de qualquer evidência que pudessem usar no processo movido nos Estados Unidos. O nome de Russell é mencionado dezenas de vezes na ação apresentada ao tribunal na Califórnia. Na semana passada, as famílias envolvidas no caso receberam um impulso poderoso quando uma juíza federal decidiu que as empresas não poderiam usar a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos — que protege a liberdade de expressão — para bloquear a ação judicial. Molly Russell teve acesso a grandes quantidades de material sobre automutilação, suicídio e depressão nas redes sociais Família Russell via BBC A juíza Gonzalez Rogers também decidiu que a Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações, que afirma que as plataformas não são editoras, não dava às empresas proteção total. A juíza considerou que, por exemplo, a falta de verificação "robusta" da idade dos usuários e os fracos controles parentais, como argumentam as famílias, não são questões de liberdade de expressão. Advogados das famílias classificaram as decisões de Rogers como uma "vitória significativa". As empresas afirmam que as alegações não são verdadeiras e que pretendem se defender vigorosamente. VÍDEO: Os primeiros testes de 'carros voadores' em Nova York 'Sentimento de abstinência' Little, que mora no Colorado, conta que antes de ter o primeiro smartphone, praticava esportes e participava de aulas de dança e teatro. "Se tirassem meu celular, era como ter abstinência. Era insuportável. Literalmente, quando digo que era viciante, não quero dizer que se tratava apenas de um hábito. Quero dizer que meu corpo e mente ansiavam por aquilo." Little lembra da primeira notificação de mídia social na qual clicou. Era uma página pessoal de automutilação de alguém, com imagens sensíveis de ferimentos e cortes. "Aos 11 anos, acessei uma página e vi isso sem aviso. Não procurei por esse tema. Tenho 21 anos e ainda consigo ver [aquelas imagens]." Little também enfrentou dificuldades com conteúdos relacionados à imagem corporal e distúrbios alimentares. "Isso era — e é — como um culto. Você é constantemente bombardeado com fotografias de um corpo que não pode alcançar sem morrer." "Não há como escapar disso." Como denunciar postagens no Instagram, TikTok e Kwai e em outras redes sociais Os advogados de Little e dos outros autores da ação adotaram uma abordagem inovadora para o processo, com foco em como as plataformas são concebidas e projetadas — e não apenas em postagens, comentários ou imagens individuais. A Meta publicou uma declaração em que afirma: "Nossos pensamentos estão com as famílias representadas nestas queixas. Queremos tranquilizar cada pai de que temos os interesses deles no trabalho que estamos fazendo para fornecer experiências online seguras e de apoio aos adolescentes." O TikTok se recusou a comentar sobre a ação. O Google afirmou: "As alegações nessas queixas simplesmente não são verdadeiras. Proteger as crianças em todas as plataformas sempre foi fundamental para o nosso trabalho." Já o Snapchat disse que sua plataforma "foi projetada para eliminar a pressão de ser perfeito". "Verificamos todo o conteúdo antes que possa atingir um grande público para evitar a propagação de qualquer coisa que possa ser prejudicial", afirmou a empresa. R$ 24 mil de salário: a carreira em TI que deve bombar em 2024 WhatsApp, Twitter, Facebook, Instagram e YouTube Alessandro Feitosa Jr/g1 Little conhece bem a história de Molly Russell, que morava no noroeste de Londres e tirou a própria vida após ser exposta a conteúdos com tom negativo e depressivo no Instagram. Uma investigação sobre a morte da menina concluiu que ela morreu "sofrendo de depressão e dos efeitos negativos do conteúdo online". Little diz que as histórias são muito parecidas. "Me sinto incrivelmente com sorte por ter sobrevivido. E meu coração se parte de maneiras que não consigo expressar por pessoas como Molly." "Sou feliz. Realmente amo minha vida. Estou em um lugar que não achei que viveria." Isso deixa Little com determinação para seguir adiante com a ação legal. "Eles sabem que nós estamos morrendo. E não se importam. Eles ganham dinheiro com a nossa morte." "Toda esperança que tenho para uma mídia social melhor depende inteiramente de nós vencermos [a ação] e forçá-los a fazer [as mudanças] — porque eles nunca, nunca, nunca escolherão fazer isso por conta própria." LEIA TAMBÉM: Google vai excluir contas inativas; veja como não perder acesso Por que a madeira é considerada o futuro da construção 'Perdi R$ 1.728 com golpe da renda extra': entenda o risco das pequenas tarefas pelo celular

sábado, 25 de novembro de 2023

Bill Gates vê possibilidade de semana de 3 dias de trabalho com avanço da IA


Cofundador da Microsoft disse em podcast que a tecnologia pode fazer com que as pessoas não tenham que 'trabalhar tanto'. Bill Gates durante o Fórum Econômico Mundial, em maio de 2022 Reuters/Arnd Wiegmann O experimento da semana de 4 dias de trabalho já é realidade em algumas empresas, mas, nesta semana, Bill Gates, um dos fundadores da Microsoft, levantou a possibilidade de uma jornada ainda menor, de três dias, com ajuda da tecnologia. Em entrevista ao podcast "What Now?", o bilionário respondeu a uma pergunta do entrevistador Trevor Noah, sobre a inteligência artificial (IA) poder fazer pessoas perderem seus empregos. "Se você diminuir o zoom, você sabe que o propósito da vida não é apenas trabalhar. Então, se você eventualmente conseguir uma sociedade onde você só tem que trabalhar três dias por semana ou algo assim, provavelmente está tudo bem se as máquinas puderem fazer toda a comida e outras coisas e não termos que trabalhar tanto", disse Bill Gates. Na conversa, Trevor Noah comentou o fato de a tecnologia também ajudar a gerar empregos: "O computador substituiu o que tantas pessoas estavam fazendo como seus empregos e, ainda assim, por causa do computador, milhões e milhões de pessoas têm empregos", citou. Bill Gates apontou que a relação da sociedade com o trabalho muda a cada geração e que, além do emprego, as pessoas podem usar seu tempo livre para outras ações positivas. Em março deste ano, o bilionário disse em seu blog que o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) é o avanço tecnológico mais importante em décadas e equiparou os recentes avanços à criação do microprocessador, do PC, da internet e do telefone celular. "Isso mudará a maneira como as pessoas trabalham, aprendem, viajam, obtêm assistência médica e se comunicam umas com as outras", escreveu. Overture: projeto de supersônico pode ter primeiro voo em avião de teste ainda este ano Semana de 4 dias no Brasil Empresas brasileiras testam semana de 4 dias No Brasil, 20 empresas brasileiras estão participando de um experimento da semana de 4 dias de trabalho. Nesta primeira fase, as empresas vão definir suas estratégias para se adaptarem diante da nova carga horária. A redução para a semana de 4 dias começa em seguida, em dezembro ou janeiro, mantendo o salário dos funcionários. A iniciativa, que começou em 2019 na Nova Zelândia, ganhou força na pandemia, e é conduzida pela ONG britânica 4 Day Week Global e pela brasileira Reconnect Happiness at Work. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) será responsável por avaliar de forma qualitativa o processo no Brasil. Adiar a segunda-feira ou 'sextar' mais cedo? Experimento avalia estratégias de empresas para semana de 4 dias no Brasil

Overture: projeto de supersônico pode ter primeiro voo em avião de teste ainda este ano


Fabricante Boom Supersonic vai usar modelo de demonstração XB-1 para projetar futura operação do Overture, que deverá ter o dobro da velocidade das aeronaves atuais. Avião XB-1 (foto) é modelo que será usado em testes antes da fabricação do supersônico Overture Divulgação/Boom Supersonic O projeto do avião supersônico Overture prevê o primeiro voo daqui a quatro anos, mas a fabricante Boom Supersonic tem outras metas até lá: a empresa quer fazer ainda este ano um teste com um modelo menor, mas com a mesma capacidade de ultrapassar a velocidade do som. O experimento será feito com o XB-1, modelo de testes com espaço apenas para o piloto. O avião foi certificado pela Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos e passou por testes no sistema de combustível e no motor. Ainda não há uma data exata para o voo do XB-1, mas a decolagem deverá ser feita do Porto Espacial e Aéreo de Mojave, na Califórnia. A pista é famosa por ter sido usada no primeiro voo supersônico da história, em 1947. O desenvolvimento do XB-1 permitiu à Boom Supersonic coletar dados que vão ajudar na produção do Overture, que tem quase três vezes o comprimento do modelo de testes. "O XB-1 também indicou como nós pensamos em segurança e nos ajudou a construir uma cultura de segurança forte e rigorosa na Boom", diz a empresa. Por que o voo de teste do XB-1 é importante? Se o experimento com o XB-1 for bem-sucedido, a Boom Supersonic poderá avançar na fabricação do Overture, o que está previsto para começar em 2025. Já a expectativa para o primeiro voo sem passageiros foi adiada de 2026 para 2027. Além da operação por companhias aéreas em mais de 600 rotas já planejadas por sua fabricante, o Overture também deverá ser usado para agilizar voos de políticos, militares e médicos. O Overture poderá ser um sucessor do Concorde, supersônico que voou durante 27 anos até sair de operação em 2003. Mas a nova aeronave não deverá transportar passageiros antes de 2029. "A tecnologia e os materiais avançaram o suficiente para que possamos construir aviões supersônicos mais rápidos e eficientes enquanto cuidamos do planeta. Além disso, as viagens de negócios e lazer continuaram a crescer, e os viajantes estão dispostos a pagar por velocidade", diz a fabricante. VÍDEO: como foi o novo teste da nave mais poderosa do mundo Avião supersônico XB-1, modelo de demonstração da fabricante Boom Supersonic Divulgação/Boom Supersonic Conceito do avião supersônico Overture Divulgação/Boom Supersonic Como será voar no Overture? O avião Overture deverá ter o dobro da velocidade das aeronaves atuais e alcançar 1.800 km/h quando estiver sobrevoando o mar. Em voos sobre o continente, a aeronave terá desempenho 20% superior, segundo a fabricante. A duração de um voo de Miami a Londres, que hoje é de cerca de 10 horas, cairia para cerca de 5 horas com o novo modelo. E a alta velocidade não deverá ser incômoda para quem estiver no avião: a Boom Supersonic diz que, como o Overture ficará acima da maioria das áreas de turbulências, o voo será mais suave do que os das aeronaves convencionais. Além disso, a empresa afirma que o avião não será tão barulhento para regiões habitadas. Em geral, este tipo de aeronave produz um estrondo quando ultrapassa a velocidade do som por conta da chamada pós-combustão, que não será usada pelo Overture. A mãe que denunciou o uso da foto de sua filha como meme Conheça o Overture, projeto de avião supersônico que pode chegar a 1.800 km/h A empresa também afirma diz que o seu avião oferecerá uma "experiência de passageiro elevada". A imagem de conceito divulgada pela empresa sugere que haverá bastante espaço entre os assentos e uma tela grande para passageiros assistirem filmes, por exemplo. Saiba mais sobre o que pode ser o jato supersônico mais veloz do mundo: 🏃 Velocidade máxima de 1,7 Mach (ou 1,7 vez a velocidade do som), o que na altitude de cruzeiro (60 mil pés ou cerca de 18 km) representa aproximadamente 1.800 km/h; ⛽ 7.867 km de autonomia; 💺 Capacidade para transportar até 80 passageiros; ️✈️ 61 metros de comprimento e 32 metros largura; 💰 130 unidades encomendadas por American Airlines, United Airlines e Japan Airlines. O Overture será fabricado a partir de 2025 em uma fábrica que a Boom Supersonic está construindo um aeroporto na Carolina do Norte. A empresa afirma que o espaço permitirá produzir até 33 unidades do supersônico por ano, mas é possível criar uma segunda linha de produção, que dobraria esta capacidade. LEIA TAMBÉM: VÍDEO: Os primeiros testes de 'carros voadores' em Nova York O supercomputador brasileiro entre os mais rápidos do mundo Por que a madeira é considerada o futuro da construção R$ 24 mil de salário: a carreira em TI que deve bombar em 2024 Conceito do interior do avião supersônico Overture Divulgação/Boom Supersonic Conceito do avião supersônico Overture Divulgação/Boom Supersonic As diferenças entre os aviões supersônicos Relembre o último voo do Concorde, em 2003

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

O que faz um engenheiro de dados? Profissão tem salário alto e deve bombar em 2024


Quem tem essa ocupação é responsável pela organização do sistema digital que gerencia os dados de uma empresa e deve ganhar até R$ 24,1 mil no ano que vem, segundo pesquisa da recrutadora. Cientista de dados tem visão estratégica na análise de informações para a tomada de decisão Toledo Prudente Você sabe o que faz um engenheiro de dados? Esse profissional de tecnologia será um dos mais procurados pelas empresas em 2024, além de um dos mais difíceis de encontrar. A informação é do Guia Salarial da recrutadora Robert Half, lançado neste mês, que aponta tendências de recrutamento e remuneração para o próximo ano no Brasil. Os cargos de tecnologia chamam atenção no levantamento, com salários de até R$ 51,6 mil para diretores. No caso do engenheiro de dados, a remuneração média mensal para um profissional experiente deve ser de R$ 24,1 mil (veja a tabela abaixo). Em resumo, o engenheiro de dados é responsável pela organização do sistema digital que gerencia os dados de uma empresa, explicam os especialistas ouvidos pelo g1. Ele pode trabalhar em diversos segmentos, não apenas em empresas de tecnologia, e atua em conjunto com outros profissionais da área, como o cientista de dados. Muitas vezes, as funções até acabam se misturando. O trabalho dos profissionais de dados vai ajudar a empresa a tomar decisões importantes, como definir quais clientes do banco merecem mais crédito no cartão, por exemplo, ou saber quantos medicamentos a farmácia precisa comprar no próximo mês. E, para se tornar um engenheiro de dados, não é necessário fazer uma faculdade específica, mas tem que ter um excelente domínio de estatística e matemática, além de programação, alerta Ricardo Galiardi, profissional com 17 anos de experiência na área. Nesta reportagem, você vai ver: As diferenças dos cargos de dados, com exemplos; Quanto esses profissionais devem ganhar em 2024; Quais conhecimentos são necessários para entrar no mercado. Programação ainda vale a pena? Dá dinheiro? Profissionais contam como está o setor (e dão dicas) Quem são os profissionais de dados (e onde atuam) Ricardo Galiardi é arquiteto de dados, engenheiro de dados e cientista de dados. Há 33 anos no mercado de software, ele explicou ao g1 a diferença entre esses três cargos e as funções de cada um dentro de uma empresa. O arquiteto de dados, segundo ele, é o profissional que monta a estrutura para gerenciar os dados da companhia. É ele quem vai pesquisar o custo de armazenamento desses dados no ambiente virtual e garantir que o processo seja feito de forma segura. Já o engenheiro faz a coleta dos dados, seja em sites, fontes governamentais ou dentro das próprias empresas. A partir disso, organiza as informações dentro da estrutura que o arquiteto criou. O cientista de dados, por sua vez, analisa os dados coletados e organizados no sistema para recomendar ações à empresa. “Ele faz aquela mágica dos dados, vê se vai vender mais, vender menos, qual produto é melhor”, afirma Galiardi. Ricardo Galiardi tem 17 anos de experiência na área de dados Arquivo pessoal As empresas que vão liderar as contratações de profissionais de tecnologia em 2024 são bancos, seguradoras, indústrias, de agronegócio, saúde e educação, de acordo com o levantamento da Robert Half. Mas, para Elisa Rodrigues, especialista em recrutamento da companhia, o engenheiro de dados “existe ou deveria existir em toda empresa em grande porte”. “E mesmo em empresas menores que lidam com um grande volume de dados. Elas precisam de uma pessoa para colocar ordem na casa, organizar esses dados em um local específico”, diz. 💳 BANCO - O Wesley Soares de Abreu tem 32 anos e trabalha como cientista de dados em um banco brasileiro. O trabalho dele é fazer modelos de crédito. Ele explica um exemplo: "Eu tenho o histórico do cliente e sei que ele utiliza o cartão duas ou três vezes no mês, gastando uma média de tantos reais. Eu não tenho como analisar cliente por cliente, então vou atrás das bases que têm essas informações." “Aí tem muito tratamento de dados e depois parto para análise do comportamento dos clientes. Eu vou pegar cada variável que eu tenho ali para entender se ele pode ter mais ou menos limite.” 💊 SAÚDE - Já o Galiardi trabalha para uma consultoria indiana que presta serviços para uma grande indústria farmacêutica no Reino Unido. Ele trabalha de casa e começa o expediente ainda na madrugada. “Nossa missão é coletar dados de operação da indústria. Temos várias planilhas e um time que roda 24 horas por dia, 7 dias por semana, para processar esses dados. Temos informações dos consumidores, de servidores, operações de campo, máquinas, etc, e provemos relatórios para a diretoria da empresa tomar decisões”, conta. Um dos objetivos desse trabalho, segundo ele, é tornar os dados acessíveis para todas as áreas da empresa, para que elas possam utilizá-los para melhorar os serviços. “E não adianta mandar as informações só em forma de dados. Usamos relatórios, gráficos. O analista de negócio monta relatórios visuais com todos esses dados e oferece para o diretor que pediu a informação. Ele vai ter o dado de uma forma mais lúdica e dinâmica.” 🏛️ POLÍTICAS PÚBLICAS - O pesquisador Gabriel Gomes de Oliveira, que trabalha no Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer, vinculado ao governo federal, também citou o uso da ciência de dados nas políticas públicas. “O andamento da Covid em cada região, adotar ações para minimizar os impactos… Isso foi feito através da análise de dados do Data SUS. Outra possibilidade é verificar a incidência de queimadas na Amazônia, como está o andamento, etc.” O pesquisador Gabriel Gomes de Oliveira trabalha no Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer Arquivo pessoal E paga bem mesmo? O levantamento da recrutadora Robert Half constatou que a remuneração mensal média de um especialista/cientista de dados deverá ser da seguinte forma em 2024: Salário de especialista/cientista de dados A pesquisa divide a faixa salarial das profissões em três possibilidades, sendo a primeira (“salário inicial”) para o candidato que é novo no trabalho ou ainda está desenvolvendo habilidades relevantes, e a última (“salário final”) para o profissional mais experiente, com especializações e certificações. Dessa forma, o “salário médio” não representa a média salarial daquele cargo e, sim, o quanto ganha, em média, um candidato considerado intermediário nesses quesitos de qualificação e experiência. O guia não citou especificamente o salário de um engenheiro de dados, mas segundo a Elisa Rodrigues, do recrutamento da empresa, a remuneração desses cargos costuma ser bastante parecida. O cientista de dados Wesley Soares, que trabalha em banco, fez uma ressalva sobre os salários e disse que, em início de carreira, as vagas para cientista de dados costumam pagar entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, metade do que é estimado na pesquisa da recrutadora. “Em caso de PJ, pode até ganhar o dobro, mas é para compensar os benefícios da CLT”, comenta. Segundo a especialista de recrutamento, os salários podem ser mais baixos do que os apresentados na pesquisa porque um profissional em início de carreira normalmente não começa em uma empresa já como engenheiro de dados e, sim, em cargos mais “júnior” relacionados à área, como o de analista de dados. No caso de gerente de dados, citado na pesquisa com salários de R$ 21,6 mil a R$ 36,1 mil, a função no dia a dia é mais relacionada à liderança executiva. “Ele tem toda a área de dados abaixo dele e monta toda a estratégia daquela área. Ele tem que ter um viés técnico, mas vai ter um time focado nos dados. Em muitas empresas grandes, que é onde muitos engenheiros de dados estão, provavelmente esse profissional vai responder a um gerente”, explica Elisa Rodrigues. Para Ricardo Galiardi, da indústria farmacêutica, a área de dados paga bem e os profissionais quase não ficam desempregados. “Mas tem um ‘porém’: ou você está em constante aprendizagem, entendendo que o mercado está evoluindo, ou cai fora”, ressalta Ricardo, que diz fazer uma nova certificação a cada três ou quatro meses. Segurança da informação tem salário de R$ 38 mil, mas não encontra profissionais; veja como entrar Vai além de saber programar O Gabriel, do CTI do governo, é formado em engenharia civil. O Wesley, do banco, é engenheiro de aeroespacial. E o Ricardo, da empresa estrangeira, se formou em engenharia elétrica. “Hoje em dia você pode se formar em qualquer área e ir para a ciência de dados. Já vi gente formada em culinária no ramo, mas é claro que o curso que você faz ajuda”, comenta Wesley. Para Ricardo, o primeiro caminho é aprender linguagem de programação, como Python e Java. Ter domínio de estatística e matemática também é essencial, além de conhecer a língua inglesa. “Hoje existem inúmeros cursos para se tornar todos esses cargos da área de dados. Microsoft, Google, Amazon têm treinamentos pagos e não pagos. Algumas universidades também têm formação específica para engenheiro, cientista e arquiteto de dados”, orienta Ricardo. Ele também disse que alguns provedores de ferramentas de dados fornecem certificados para quem domina aquele sistema e que “isso é muito exigido no mercado”. “Às vezes, o projeto também precisa de um conhecimento extra”, pontua Gabriel. “Tem projeto de ciências de dados que envolve área química, de petróleo, então vai precisar de um engenheiro químico especializado em ciência da computação para atuar.” De acordo com a especialista em recrutamento da Robert Half, o fato de não ser necessária uma formação específica para o engenheiro de dados contribui para a escassez do profissional no mercado. “É uma profissão muito nova e cada vez mais pedida assim porque agora as empresas estão se deparando com um cenário onde elas precisam controlar os dados delas. [...] E a pessoa tem que querer entrar nessa área, tem que fazer cursos, saber programar. São muitos ‘poréns’ e você não encontra isso tudo num lugar só”, conclui. LEIA TAMBÉM: Novo golpe no cartão: criminosos bloqueiam pagamento por aproximação; saiba como se proteger 'Golpe da renda extra me fez perder R$ 1.728', diz vítima; entenda o risco de aceitar fazer pequenas tarefas pelo celular Veja dicas para começar na carreira de TI: Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Programação em alta: veja como começar no setor  5 dicas para começar na carreira de TI

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Dois reais ou um presente misterioso? Entenda o que está por trás da trend com desconhecidos


Influenciadores escolhem locais públicos para a fazer a brincadeira. A ideia é filmar toda a reação de quem topa participar após a proposta — o dinheiro ou um presente aleatório? Prática pode render dinheiro, se viralizar. Responda rápido: dois reais ou um presente presente misterioso? Fazer essa escolha sem pensar muito é a premissa de uma trend nas redes sociais, famosa já há alguns meses, principalmente no TikTok e no Instagram. Pode ser no shopping, na rua, na praia, no parque. Um desconhecido aborda alguém e, munido de um celular, que funciona como um microfone, faz a pergunta, na lata, enquanto alguém filma. 🤝 O passo seguinte depende da interação da outra parte. Em geral, os vídeos que mais fazem sucesso são os que os participantes escolhem o presente misterioso, que fica a cargo de quem fez a proposta. Pode ser qualquer coisa, mas o mais comum é chocolate. 🤔 E alguém escolhe os dois reais? É raro, mas acontece, como explica Lucas Uller, influenciador de Santa Catarina que tem 1,5 milhão de seguidores no TikTok e mais de 150 mil no Instagram. "Aí eu fico com cara de tacho", brinca. E tem também quem olhe feio e não queria participar da brincadeira. Uller já fazia vídeos desde 2015, por hobby, mas foi a trend do presente misterioso que fez o engajamento do perfil e o número de seguidores de Uller explodir. O primeiro vídeo de Uller com a trend foi feito de forma combinada, com uma amiga. Ela postou despretensiosamente e começou a dar certo, o que o impulsionou a fazer mais, mas sem combinar, ele garante. A primeira "vítima" real foi uma senhora que, no susto, achou que estava sendo assaltada. Explicada a confusão, ela escolheu o presente misterioso — e ganhou um pequeno buquê de flores. Influenciador Lucas Uller faz trend do presente misterioso em shopping Reprodução TikTok/lucasuller 🎁 Em seguida, quando a pessoa aceita o presente, quem faz a brincadeira segue dando alguns comandos: abre, come, chuta a bola, por exemplo. É um estilo conhecido como NPC, quando o intuito é se manter sério durante toda a abordagem e não reagir, aumentando o mistério sobre o que se trata. 🌀 E acaba aí? Geralmente, não. Em alguns casos, a brincadeira pode se estender, a depender do influenciador: "dois reais ou um presente bônus?", costuma perguntar Uller. Aí, é mais comum que o influenciador entre em alguma loja ou algum restaurante, onde lhe é dada a possiblidade de escolher. A senhorinha, por exemplo, foi levada a uma loja de cosméticos (e escolheu um creme). Ao, final, Uller sugeriu que a mulher pedisse, no vídeo, para que a marca patrocinasse o influenciador. E ele conseguiu — o que explica outro ponto desta reportagem. 💰Os influenciadores ganham? Sim, é possível, em alguns casos. Além de o TikTok monetizar os criadores de conteúdo, a marca pode patrocinar, pagando um cachê mesmo, ou bancando os presentes, se o perfil for grande e tiver alcance. No caso da marca de cosméticos, depois de pagar do próprio bolso o presente, Uller fechou uma espécie de parceria para um vídeo futuro. Aí, seguindo roteiro pré-determinado e sinalizando que a parceria era paga, ele gravou um vídeo publicitário mais ou menos ao estilo da trend. Em um outro vídeo da trend, Uller abordou uma jovem em uma loja de departamentos. Ela ganhou uma caixa de chocolates, também de uma marca que tem parceria com Uller, e, então, foi levada a uma rede de fast food, onde ganhou um lanche. Foi a partir desses vídeos que Uller, hoje com 23 anos, passou a ser mais reconhecido na rua, até fora da bolha do seu público, que vai da faixa dos 14 aos 24 anos, segundo ele. Entenda o que é live NPC, nova trend do TikTok Inspiração A trend tem inspiração lá de fora. Há vários vídeos em inglês exatamente no mesmo estilo: uma pessoa com um celular na mão aborda outra e faz a proposta: "one dollar or a mystery gift?" Aqui no Brasil, Uller já tem parcerias e é reconhecido nas ruas pela trend, mas não é o único. Um dos maiores expoentes do viral é um influenciador que Uller tem como referência: Bruno Guilherme, do Paraná, que tem mais de 3,5 milhões de seguidores no TikTok e, com a brincadeira, já abordou até a cantora Luisa Sonza — que garantiu assistir aos vídeos de Bruno e que "sempre quis participar disso". Influenciador Bruno Guilherme faz trend 'dois reais ou um presente misterioso' com a cantora Luisa Sonza Reprodução TikTok/ibrunoguilherme 🧐 E por que a trend pegou tanto? Ainda que não tenha uma resposta exata, o fato de a abordagem ser curiosa, a proposta parece irresistível. Afinal, se não gostar do presente, basta desfazer dele — ou embolsar dois reais. Não saber o que vai receber 📦A trend também tem raízes em um outro tipo de viral: vídeos de influenciadores abrindo caixas, mas sem saber o que compraram. Mais comum lá fora, as séries de vídeos com "unclaimed mail" (correspondência não reclamada, em tradução livre) atraem quem quer descobrir, junto com o influenciador, as tranqueiras que podem vir em uma encomenda deste tipo. A americana Stephanie Grime é uma das percussoras deste segmento. Ela faz sucesso no TikTok descobrindo o que comprou, segundo ela por um dólar, itens embalados em nome de outra pessoa. Ela já encontrou de brinquedo erótico a copo do Starbucks. Influenciadora americana Stephanie Grime compra encomendas não reclamadas Reprodução TikTok/@stephaniegrime A influenciadora brasileira conhecida como Kanade, que mora nos Estados Unidos, também viralizou abrindo caixas assim. Os itens não parecem ter tanta utilidade (são perucas, pelúcias, roupas gigantes, por exemplo). Mas vale o engajamento para os seus mais de 3 milhões de seguidores no TikTok. Influenciadora Kanade abre caixa de encomenda não reclamada nos EUA Reprodução TikTok/kaanade No Brasil, há uma marca que vende caixas surpresas com promessas de brindes como iPhone e PlayStation. Custam em torno de R$ 25,00 e costumam ficar expostas em máquinas de shopping, ao estilo das que vendem snacks e bebidas. Influenciadores comprar box com presente secreto Reprodução TikTok Em busca de visualizações e likes, influenciadores fazem testes dessas máquinas: compram e gravam vídeos abrindo a caixa misteriosa. Para além da promessa de itens mais caros, os brindes costumam ter coisas como pincel de maquiagem, ring light, caixinha de som... A promessa é de que itens maiores e de mais valor, como um videogame, apreçam em vales (aí a pessoa troca pelo prêmio no local indicado). Mas o conteúdo da caixa importa menos. O que vale mesmo é prender a atenção de seguidores nas redes sociais e viralizar.

De ar-condicionado a tapete gelado para pets: a influência do calorão nas buscas para a Black Friday 2023


Levantamento do Google mostra disparada na procura por itens relacionados às altas temperaturas. Pessoas caminham e se protegem do sol e calor em via com termômetro marcando 41°C graus da zona sul de São Paulo BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Se em 2022 a Copa do Mundo foi destaque de buscas “atípicas” na Black Friday, este ano o responsável por mexer com os ânimos dos consumidores é o calorão. Segundo dados do Google, itens como ar-condicionado e ventilador estão entre os dez mais buscados nos últimos três dias – reta final para a Black Friday, que acontece nesta sexta-feira (24). A alta não é à toa: o país vem enfrentando uma onda de calor sem precedentes, com máximas superando os 40ºC em diversas cidades e sensação térmica perto da casa dos 60ºC, como registrado no Rio de Janeiro. No caso do ar-condicionado, houve um aumento de 535% na procura pelo item no início desta semana em comparação com a média diária de outubro — mês sem a sazonalidade da Black Friday. Para efeito de comparação, o avanço no mesmo período em 2022 foi de 25%. "Eletrodomésticos, de maneira geral, são itens muito buscados na Black Friday. Mas o nível de crescimento de categorias dentro de ar e ventilação, como ar-condicionado, ventilador e climatizador, tem se destacado este ano. Não é comum", diz Ana Fritoli, especialista de insights para o varejo do Google. Cabe observar que a procura dos consumidores tem ido além dos produtos considerados tradicionais, de acordo com os dados do Google. Na categorias Pets, por exemplo, tapete gelado foi o termo mais clicado ao longo da semana, além de registrar um crescimento de 25% de terça (21) para quarta-feira (22). Já no início desta semana, o efeito Black Friday gerou um aumento de 6.546% nas buscas pelo termo em relação à média diária de outubro, ante alta de 33% no mesmo período de 2022. Enquanto isso, em Cama, Mesa e Banho, o cobertor de resfriamento foi o produto mais clicado de terça para quarta-feira, ao passo que o desodorante avançou 23% nas buscas. Já nas últimas 24 horas, a procura por protetor solar subiu 32%, segundo o Google. Vale ressaltar que, tradicionalmente, itens eletrônicos, como celulares e videogames, seguem sendo os mais buscados. Veja abaixo os 10 termos mais clicados no Google Shopping de domingo (19) a quarta (22): Domingo (19) Ar-condicionado portátil Ar-condicionado Ventilador Climatizador de ar Iphone 13 Ar-condicionado inverter PS5 Geladeira Air fryer iPhone 14 Segunda-feira (20) iPhone 13 PS5 Ar-condicionado iPhone 14 Air fryer Geladeira Ventilador Ar-condicionado portátil Playstation 5 Guarda-roupa casal Terça-feira (21) iPhone 13 iPhone 14 Air fryer PS5 Geladeira Ar-condicionado Ventilador iPhone 11 Playstation 5 Guarda roupa casal Quarta-feira (22) iPhone 13 iPhone 14 Air fryer Ventilador Geladeira PS5 Ar-condicionado iPhone 11 Playstation 5 Ar-condicionado portátil

‘Sofri preconceito da minha própria família’, diz vítima do golpe do 0800


Falsa central de atendimento se passa por bancos para tirar dinheiro das vítimas; veja como o golpe funciona na prática. ‘Sofri preconceito da minha própria família’, diz mulher vítima do 'golpe do 0800' O Profissão Repórter desta terça-feira (21) mostrou como funciona o golpe da falsa central eletrônica 0800, onde bandidos se passam por atendentes de bancos idôneos para aplicar tirar dinheiro de suas vítimas. Funciona assim: os criminosos enviam mensagens de texto para as pessoas dizendo que uma compra foi aprovada no cartão dela e que é preciso entrar em contato com um número 0800 para contestar. A equipe do Profissão Repórter conversou com uma dessas vítimas. Uma mulher que foi enganada pelos criminosos, mas que preferiu não se identificar. Ela conta que sente vergonha de ter caído no golpe. "Eu sofri preconceito da minha própria família. Segundo eles, pessoas esclarecidas não caem nesse golpe, mas depois eu soube muitas pessoas caem, inclusive pessoas que trabalham em banco já caíram", diz. Mulher foi vítima do golpe da falsa central telefônica. TV Globo/Reprodução Os golpistas são treinados para parecer funcionários do banco. No caso dela, o homem disse que já tinham feito três operações. Ela acabou fazendo um PIX para os golpistas no valor de R$ 7.800 e conta como isso a prejudicou financeiramente. "Eu não tinha saldo no meu cartão, então eu fiz um empréstimo. Agora pensando, parece ridículo... Mas é muito automático, tu vai fazendo, confia e está naquele estado de medo. Já foi roubado, está no estado de pânico e fala: tem que resolver", relata. Golpe do aluguel, da maquininha, do 0800, da venda de carro: veja como os bandidos se reinventam para fazer novas vítimas Policial explica o golpe e a rotatividade do dinheiro Uma operação da Polícia Civil monitora os criminosos que operam na falsa central de atendimento bancário. Foram identificados 28 golpistas e ao menos 12 vítimas. O investigador Wellington Campos explica como funciona o golpe. "Sai da conta da vítima e é encaminhado para essa pessoa que se chama 'conteiro', que no jargão popular é o laranja ou testa de ferro. Daí esse 'conteiro' faz a distribuição desse valor para outras contas. Esse processo é chamado de 'pulada', ou seja, é feita uma pulada do dinheiro de uma conta para outra". No total, 15 pessoas foram presas e os policiais conseguiram apreender diversos cartões e celulares utilizados nos golpes. LEIA TAMBÉM: ‘A senhora tá esperta’, diz falso atendente para repórter ao tentar aplicar golpe do 0800 Criminosos fingem ser donos de apartamento e aplicam golpe do falso aluguel; veja como funciona Novo golpe desvia PIX copia e cola em compras on-line pelo computador; veja como se proteger WhatsApp clonado: o que fazer se for vítima e como prevenir golpes Veja a íntegra do programa: Edição de 21/11/2023 Confira as últimas reportagens do Profissão Repórter abaixo:

Celulares topo de linha: g1 testa 4 smartphones que são objetos de desejo


iPhone 15, Moto Edge 40 Neo, Realme 11 Pro+ e Galaxy S23 FE oferecem ótimo desempenho, câmeras muito boas e baterias que duram bastante. Veja os resultados. G1 testa 4 celulares topo de linha le Os celulares topo de linha são objetos de desejo na época da Black Friday. Têm câmeras de alta resolução com zoom, não travam e baterias de longa duração, que carregam muito rápido. É uma categoria à parte entre os smartphones – e, se tiverem bastante armazenamento, telas incríveis e forem bonitos, melhor. Só tem um problema: o preço costuma ser bem maior que nos modelos de entrada e intermediários. ✅ Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp O Guia de Compras testou quatro aparelhos lançados em 2023 que cumprem bem esses requisitos. Foram avaliados desempenho, tela e design, câmeras e duração da bateria. Na conclusão, a relação custo-benefício também foi considerada (leia mais sobre como foram feitos os testes ao fim da reportagem). Os aparelhos avaliados foram: Apple iPhone 15 Motorola Edge 40 Neo Realme 11 Pro+ Samsung Galaxy S23 FE Os preços dos aparelhos variavam de R$ 2.800 a R$ 7.300 nas lojas on-line consultadas em novembro. Para comparação, os celulares premium do teste feito em 2022 começavam em R$ 3.500 e iam até R$ 10.500. Veja os resultados a seguir e, ao final, a conclusão. Apple iPhone 15 O iPhone 15 tira excelentes fotos, tem uma tela boa e conta com uma bateria que dura bastante. Mas não é o aparelho mais avançado da marca – esse é o iPhone 15 Pro/Pro Max, que não foi avaliado neste comparativo. A Apple não tinha um modelo disponível do iPhone mais avançado para empréstimo. Também é o primeiro aparelho da marca a utilizar o conector USB-C, que substitui o antigo padrão Lightning. Desse modo, qualquer cabo usado para recarregar a maioria dos aparelhos Android também serve para o iPhone. O modelo com 128 GB de armazenamento era vendido nas lojas da internet em novembro por R$ 7.300 – é o celular mais caro da lista. A Apple ainda oferece versões com 256 GB (R$ 8.100) e 512 GB (R$ 9.600). Desempenho Na comparação com os demais aparelhos do teste, o iPhone 15 foi o mais veloz entre os quatro modelos, seja na avaliação de performance ou de vídeo. Os aplicativos rodaram muito bem e o celular não travou durante o uso. Tela e design A tela de 6,1 polegadas do iPhone 15 é a única entre os modelos do teste com taxa de atualização de 60 Hz, algo encontrado em celulares Android de entrada. Os demais smartphones da avaliação têm 144 Hz (Motorola) e 120 Hz (Realme e Samsung). A diferença, para quem não está acostumado com esse tipo de tela mais rápido, é bastante sutil e pode parecer imperceptível. Esse número significa quantas vezes a tela “pisca” para atualizar uma imagem e, quanto maior, mais rápido aparece a informação para quem está usando o aparelho. Isso é um diferencial na hora de ver vídeos e jogar. A tela do iPhone 15 é a única com o recurso Dynamic Island, que mostra notificações rápidas no topo da tela. O recurso, lançado pela Apple em 2022 apenas para a linha iPhone 14 Pro, agora chega ao iPhone “normal” – veja na imagem abaixo. iPhone 15 ganhou recurso Dynamic Island Divulgação/Apple O acabamento do iPhone 15 é feito com vidro fosco colorido na parte traseira, com tons claros. As cores disponíveis são azul, verde, roxo, amarelo, branco, preto e vermelho. Bateria A bateria do iPhone 15 durou em torno de 11h40, a segunda maior entre os quatro aparelhos do teste. Ficou atrás apenas do Realme 11 Pro+, que atingiu 12h56 longe da tomada. Esses números não significam que, após esse período, o aparelho irá desligar, mas dá uma ideia de quanto tempo pode ficar longe do carregador. Vale ressaltar que o iPhone 15 vem sem o carregador de tomada na caixa do produto, apenas com o cabo de carregamento USB-C. A Apple indica a compra de um carregador USB-C rápido de 20W. O modelo oficial custa em torno de R$ 220. Os demais aparelhos do teste vieram com cabo e carregador na caixa. Câmeras O iPhone 15 conta com uma câmera dupla na traseira, com resolução de 48 megapixels no sensor principal e 12 mp na secundária, chamada de ultragrande angular. Como ocorre com o Moto Edge 40 Neo, o iPhone 15 consegue fotografar com zoom de 2x, que aproxima as imagens. Mas não é um zoom óptico, e sim um recorte na imagem de 48 megapixels (50 mp no Motorola) que deixa a cena mais próxima. Os resultados, porém, são muito bons. As fotos em modo retrato também são um destaque na comparação com os outros aparelhos. As imagens com o fundo desfocado podem ser capturadas em qualquer modo de câmera, não necessariamente no modo Retrato. Veja nos exemplos abaixo: u É possível desfocar o fundo depois, na edição de imagem, se o fotógrafo quiser. No geral, as fotos feitas com o iPhone 15 são bastante nítidas e com cores mais saturadas que as dos concorrentes do teste. As imagens capturadas à noite também são muito boas na comparação com as outras câmeras. O recurso do “retrato em qualquer modo” serve também para a câmera de selfie. O sensor frontal do iPhone 15 tem 12 megapixels e tira fotos com as cores bem "quentes", puxando para tons mais avermelhados na imagem, como dá para ver na sequência: Moto Edge 40 Neo O Moto Edge 40 Neo é um dos poucos aparelhos topo de linha que a Motorola lançou em 2023 – o foco da fabricante foi para os celulares dobráveis neste ano. É um aparelho com bom desempenho, design diferente e uma ótima câmera. Também é o celular mais barato entre os modelos do teste: custava R$ 2.800 nas lojas da internet consultadas em novembro. Desempenho Nos testes de desempenho, o Moto Edge 40 Neo ficou em terceiro lugar, atrás do iPhone e do Galaxy S23 FE e um pouco à frente do Realme 11 Pro+. Na avaliação gráfica, os resultados foram similares, com Apple e Samsung à frente e uma ligeira liderança na comparação com o Realme. Tela e design A tela de 6,5” do Moto Edge 40 Neo é a mais “rápida” entre os modelos do teste. Tem uma taxa de atualização de 144 Hz – contra 120 Hz de Samsung e Realme e 60 Hz da Apple. Isso significa que a navegação no aparelho da Motorola é a mais fluida e veloz, mas isso causa um impacto no consumo de bateria. Motorola, Realme e Samsung permitem ajustar a taxa de atualização da tela para um modo automático, que adapta esse recurso de acordo com o uso do aparelho – vai aumentar para games e vídeos e reduzir para navegação na web ou mensagens, por exemplo. O display do Moto Edge 40 Neo é curvado nas bordas, dando um efeito visual diferente. O modelo da Realme também tem a tela curvada. O acabamento traseiro é feito com couro vegano, com opções coloridas em azul claro, azul escuro e preto. O tal "couro" é um material sintético. Bateria O celular da Motorola ficou em último lugar nos testes de bateria, com 9h37 de duração – 12 minutos a menos que o modelo da Samsung. O carregador rápido do produto é de 67W, um dos mais velozes entre os aparelhos avaliados – perde para os 100W do Realme e está à frente dos 25W da Samsung e 20W da Apple. Câmeras O Moto Edge 40 Neo conta com uma câmera dupla na traseira, com resolução de 50 megapixels no sensor principal e 13 mp na grande angular, que também funciona como uma câmera macro, para tirar fotos de perto. O zoom do Motorola é de 2x, similar ao do iPhone 15. Os resultados – diferente de outros testes com câmeras da Motorola – foram fotos com bastante contraste, até um pouco exagerado, e com tons mais quentes que os encontrados em outros aparelhos da marca. Veja abaixo: s As fotos diurnas e com grande angular ficaram muito boas, e os tons quentes são perceptíveis também nas ótimas imagens noturnas. O foco da lente macro é muito bom, mas em algumas fotos de perto (que não foram em macro)– como as do gato abaixo – o aparelho se confundiu um pouco com a zona de foco. As selfies têm 32 megapixels de resolução – junto com a câmera frontal do Realme 11 Pro+, as maiores definições entre os aparelhos do teste. Os resultados são similares à câmera traseira, com cores mais quentes e um bom desfoque do fundo. Realme 11 Pro+ O Realme 11 Pro+ é um celular topo de linha com design diferente e mais câmeras que os concorrentes, além de contar com um carregador de bateria muito veloz. O smartphone custava na faixa de R$ 3.100 nas lojas on-line pesquisadas em novembro. Desempenho A performance do Realme 11 Pro+ ficou em último lugar nos testes, pouco atrás do Moto Edge 40 Neo e com uma boa distância do iPhone 15 e Galaxy S23 FE. Nos testes gráficos, os resultados foram similares. Tela e design O celular da Realme também conta com uma tela curvada nas bordas, como o modelo da Motorola. O display, de 6,7 polegadas, conta com taxa de atualização de 120 HZ – similar à do Galaxy S23 FE. A semelhança com o Motorola também se dá pelo uso de couro vegano no acabamento traseiro, com uma costura no meio. As opções de cores são mais restritas – o Realme 11 Pro+ está disponível em bege e verde. Bateria A bateria do Realme 11 Pro+ foi a que durou mais nos testes, com 12h56 longe da tomada. Ficou à frente de todos os outros celulares do comparativo. O aparelho vem com um carregador de 100W – a fabricante promete recarregar a bateria em 26 minutos. Em teste informal, o processo levou pouco mais de 30 minutos. Câmeras Assim como o Galaxy S23 FE, o Realme 11 Pro+ tem uma câmera tripla na sua parte traseira. O sensor principal tem 200 megapixels de resolução, o maior entre os aparelhos do teste e é usado também para dar zoom nas imagens. A lente grande angular tem 8 mp de resolução e a terceira é uma lente macro de 2 mp para tirar fotos de perto. Os resultados, como nos outros modelos, são muito bons nas imagens diurnas e noturnas. e As cores são um pouco mais neutras na comparação com o Motorola e ficam bastante similares ao resultado encontrado na Samsung e na Apple, principalmente nas fotos feitas durante o dia. O zoom de 4x é muito bom, aproximando bastante a cena. Veja no exemplo abaixo: t As selfies têm 32 megapixels de resolução, como no modelo da Motorola. Vale notar que o Realme foi o único a inverter a imagem da câmera frontal, para tentar dar uma maior sensação de naturalidade à foto. Samsung Galaxy S23 FE O Samsung Galaxy S23 FE é um smartphone premium diferente – ele é uma versão repaginada (e recém-lançada) do Galaxy S23 (veja o teste), que chegou às lojas no começo de 2023. As diferenças são internas, que deixam o S23 FE deixam um pouco mais em conta que o irmão mais velho – o Galaxy S23 "oficial" tem uma tela e capacidade de bateria menores, mas um processador mais veloz e um acabamento mais refinado que o S23 FE. O Galaxy S23 FE era vendido em novembro por R$ 3.600 nas lojas consultadas na internet – contra R$ 5.800 do Galaxy S23. Desempenho O Galaxy S23 FE ficou atrás do iPhone 15 e à frente dos aparelhos da Motorola e Realme nos testes de desempenho. Na avaliação gráfica, também ficou em segundo lugar. Vale ressaltar que apenas o iPhone 15 e o Galaxy S23 FE rodaram um novo teste de games – os demais não tinham “capacidade” para isso, de acordo com o aplicativo utilizado (veja no final como é feito o teste). Tela e design A tela de 6,4” do Galaxy S23 FE segue o padrão dos outros modelos da Samsung na linha S23, com um display plano, sem a curvatura adotada pela Motorola, por exemplo. A taxa de atualização é de 120 Hz, como a do Realme 11 Pro+. O acabamento do produto é feito em alumínio nas bordas e vidro na parte traseira, deixando o S23 FE muito parecido com a maioria dos celulares da marca em 2023, com as lentes traseiras da câmera ressaltadas. As opções de cores são verde, branco, grafite e azul. Bateria A bateria do celular da Samsung durou 9h49, um pouco a mais que a do Moto Edge 40 Neo, e menos que as quase 13h da Realme e 11h40 do iPhone 15. O aparelho vem com carregador rápido de 25W. Câmeras A câmera tripla do Galaxy S23 FE conta com um sensor principal de 50 megapixels, um de 12 mp para a lente grande angular e um de 8 mp para o zoom de 3x. As fotos feitas com o aparelho ficaram muito boas, com destaque para as imagens noturnas e as com zoom. Veja exemplos feitos à noite: m Detalhe para os tons de verde, que ficaram mais naturais nas fotos diurnas. O zoom do Galaxy S23 FE também funciona do modo híbrido, e consegue aproximar até 30x. Mas o resultado fica borrado – aproximar até 10x com boas condições de luz até produz fotos aceitáveis. Depois disso, fica manchado. A câmera frontal é a de menor resolução do teste, com 10 megapixels apenas. Mas resultados foram tão bons quanto os dos concorrentes. Conclusão Os testes mostraram que todos os celulares avaliados são muito bons, com ótimo desempenho, duração de bateria e câmera. O destaque na relação custo/benefício vai para o Moto Edge 40 Neo, que tem o menor valor nas lojas consultadas em novembro, na faixa dos R$ 2.800. Porém, entre os três aparelhos que rodam sistema Android (Motorola, Realme e Samsung), o Galaxy S23 FE – que custava em torno de R$ 3.600 – tem um desempenho melhor, mais recursos de câmera e uma melhor garantia de atualização de sistema pela fabricante. Compensa pelo “conjunto da obra", mas é mais caro. O celular da Apple segue como objeto de desejo. É um aparelho bem mais caro que os demais do teste, cheio de funcionalidades diferentes da concorrência, e com uma câmera excelente. Mas que se diferencia muito no preço – R$ 7.300 ainda é distante demais do preço dos concorrentes com Android. Como foram feitos os testes O Guia de Compras selecionou smartphones da categoria premium lançados no segundo semestre de 2023, com conectividade 5G e disponíveis nas lojas on-line em novembro. Os produtos foram cedidos para o teste e serão devolvidos. A Apple não tinha o iPhone 15 Pro ou o iPhone 15 Pro Max disponíveis para empréstimo. A Xiaomi optou por não enviar um aparelho. Para os testes de desempenho, foram utilizados três aplicativos: PC Mark e 3D Mark, da UL Laboratories, e o GeekBench 6, da Primate Labs. Eles simulam tarefas cotidianas dos smartphones, como processamento de imagens, edição de textos, duração de bateria e navegação na web, entre outros. Esses testes rodam em várias plataformas – como Android, iOS, Windows e MacOS – e permitem comparar o desempenho entre elas, criando um padrão para essa comparação. Para os testes de bateria, as telas dos smartphones foram calibradas para 70% de brilho, para poder rodar o PC Mark. Isso nem sempre é possível, já que nem todos os aparelhos permitem esse ajuste fino. Os testes foram feitos com as telas com taxa de atualização máxima de cada aparelho (144 Hz no Motorola, 120 Hz no Realme e Samsung e 60Hz no da Apple). A bateria foi carregada a 100% e o teste rodou por horas até chegar ao final da carga. Ao atingir 20% ou menos de carga, o teste é interrompido e mostra o quanto aquele smartphone pode ter de duração de bateria, em horas/minutos. Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. 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