sábado, 30 de março de 2024

'Videogames podem estimular a criatividade das crianças', diz milionário da inteligência artificial


Demis, uma criança prodígio do xadrez, projetou e programou um jogo multimilionário chamado Theme Park na adolescência, antes de ir para a Universidade de Cambridge. Demis quer ver as crianças abraçarem a capacidade de adaptação num 'mundo em rápida mudança' Getty Images/via BBC Os pais que "arrancam os cabelos" porque os filhos passam horas no videogame deveriam, em vez disso, encorajar o uso criativo da tecnologia, defende um milionário inglês, que é referência em inteligência artificial (IA), à BBC. 💻Sir Demis Hassabis avalia que as crianças deveriam ser encorajadas a criar e a fazer programação no computador. ♟️O cofundador e chefe do DeepMind do Google joga xadrez e videogame desde a infância. O Google comprou a empresa dele por £ 400 milhões (R$ 2,5 bilhões) em 2014. Demis disse ao programa Today, da Radio 4 da BBC, que os jogos o ajudaram a ter sucesso. "É importante alimentar a parte criativa, não apenas jogar", disse. "Você nunca sabe onde as paixões podem te levar, então eu apenas encorajaria os pais a deixarem seus filhos realmente apaixonados pelas coisas e, então, desenvolverem habilidades por meio disso." Ele acredita que as crianças precisam estar prontas para se adaptarem ao que será um "mundo em rápida mudança" e "abraçar essa adaptabilidade". Demis, uma criança prodígio do xadrez, projetou e programou um jogo multimilionário chamado Theme Park ainda na adolescência, antes de ingressar na Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Depois de se formar, ele fundou uma empresa de videogames, completou um doutorado em neurociência e foi cofundador da DeepMind em Londres no ano de 2010, que posteriormente foi vendida ao Google. Na quinta-feira (28/3), ele postou no X (o antigo Twitter) que estava "encantado" em receber o título de cavaleiro britânico pelos serviços prestados à IA. Ele disse à BBC que o título de cavaleiro foi o reconhecimento do que ele e sua equipe fizeram para "semear todo o campo e a indústria da IA", além de sua contribuição para a vida britânica. Demis disse que não se arrependia de ter vendido a DeepMind há 10 anos, pois considerava o Google a empresa certa, com o poder computacional necessário para assumir o negócio. "À época, não havia capacidade no Reino Unido para angariar as centenas de milhões de dólares que seriam necessários para assumir as coisas do ponto de vista global", disse ele. Demis Hassabis (à direita) participou de evento sobre segurança da IA com Rishi Sunak, o primeiro-ministro do Reino Unido Getty Images/via BBC O uso da IA para imitar pessoas em vídeos deepfake tem causado preocupação, incluindo o uso de rostos e vozes de pessoas da vida real em vídeos de sexo gerados pelas ferramentas mais avançadas. Christopher Doss, pesquisador da Rand Corporation, um centro de pesquisa em política internacional, disse que detectar vídeos deepfake se transformou em "uma corrida armamentista entre aqueles que estão tentando detectá-los e aqueles que estão tentando evitar a detecção". Há também preocupações de que a forma como a IA é treinada, usando dados disponíveis publicamente, possa levar a um "viés de algoritmo". Esta é uma preocupação particular, pois é implementada para automatizar a tomada de decisões, como a escolha dos currículos relevantes para os candidatos a uma determinada vaga de emprego. À medida que essa indústria se desenvolve rapidamente, o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak realizou a primeira conferência sobre a segurança da IA em 2023, onde disse reconhecer que havia uma "ansiedade" sobre o impacto que as novas ferramentas poderiam ter no trabalho, mas disse que elas aumentariam a produtividade ao longo do tempo. Neste evento, Demis assinou uma declaração que diz: "Mitigar o risco de extinção por causa da IA deveria ser uma prioridade global, juntamente com outros riscos, como as pandemias e a guerra nuclear". Em declarações ao editor de negócios da BBC, Simon Jack, Demis disse que não se via como um Robert Oppenheimer, o criador da bomba nuclear. Ele disse que a atual geração de cientistas está ciente dos "alertas" sobre o poder da tecnologia e "os riscos" envolvidos se tal poder não for "administrado corretamente". Ele acrescentou que a IA tem um "impacto positivo inacreditável" que é "mais amplo que o [poder] nuclear".

sexta-feira, 29 de março de 2024

Trend do 'Clique aqui': entenda como recurso de acessibilidade está sendo usado para mensagens ocultas nas redes sociais


Imagem de seta com o texto 'clique aqui' viralizou no X, antigo Twitter, mas muitos usuários não entenderam sobre o que se trata. Ferramenta 'ALT' de transcrição de imagem traz possibilidade de incluir mensagens ocultas. Imagem de fundo branco com uma seta e o texto "Clique Aqui" viralizou no X. Reprodução/X Quem abriu o X, antigo Twitter, nesta sexta-feira (29) deu de cara com várias contas oficias de influencers, usuários comuns e até empresas que postaram a mesma imagem: um fundo branco com uma seta e o texto "Clique Aqui". Mas nem todo mundo entendeu como funciona essa nova "trend", que usa um recurso de descrição de imagem originalmente criado para a acessibilidade de pessoas com deficiência para deixar mensagens ocultas. "Do nada minha timeline cheia de clique aqui", "que p*** é essa de clique aqui?" e "não aguento mais esse clique aqui" foram alguns dos comentários dos usuários confusos. Print de post no X com a mensagem: "A rede social X amanheceu assim no dia 29/03". Reprodução/X Descrição de imagem A descrição de imagem, também chamada de texto alternativo, é uma forma de aumentar a acessibilidade para pessoas cegas, com baixa visão, ou que usam programas de leitura de texto. No X, ela é representado pelo selo "ALT" que aparece ao clicar sobre uma imagem, e não foi criada agora. Na página oficial da rede social há um tutorial que ensina como utilizá-la. Por exemplo, se o usuário posta uma foto de uma flor, há a possibilidade de acrescentar uma legenda acessível que descreva aquela imagem, como algo do tipo: "Foto mostra a mão de uma pessoa segurando um botão de rosa vermelha sobre um fundo escuro". Mas a trend do "Clique aqui" usa o recurso para escrever mensagens não relacionadas à imagem. Páginas de empresas usaram para fazer propaganda de produtos ou serviços, influencers usaram para divulgar horários em que fariam transmissões ao vivo, e muitos usuários publicaram palavrões ou piadas. O movimento gerou críticas de quem considera que as pessoas com deficiência estão sendo prejudicadas. "As marcas entrando nessa de Clique Aqui desvirtuando o real propósito da aplicação que é permitir que as pessoas com deficiência visual 'vejam' o que tem na imagem 🤡", escreveu o usuário da conta @STENl0. Já o jornalista Rodrigo Alves, do perfil "Vida de Jornalista", usou o próprio recurso ALT para fazer a crítica. "Se você é uma pessoa cega, a imagem da trend é a frase Clique Aqui e uma seta apontando para o ALT. Se você não é uma pessoa cega e clicou no ALT só pela trend, faz favor de tomar vergonha e passar a usar a ferramenta pra descrever as imagens, assim pessoas com deficiência visual também conseguem saber o que você postou 😉", escreveu. Post do perfil "Vida de Jornalista" critica a trend que usa o ALT para fins que não sejam descrição de imagem. Reprodução/X

quinta-feira, 28 de março de 2024

O imigrante ex-lavador de pratos que fundou a Nvidia, gigante dos microchips que vale mais que Google e Amazon


Tendo imigrado para os Estados Unidos aos 9 anos sem falar inglês, Jensen Huang acabou fundando a Nvidia, uma das empresas de tecnologia mais valiosas do mundo. Jensen Huang chegou aos EUA quando tinha 9 anos e não sabia falar inglês Getty Images via BBC No nome da Nvidia, a empresa fundada por Jensen Huang em 1993, misturam-se três elementos reveladores: NV, para "nova/próxima visão" (a visão do que está por vir); VID, uma referência a vídeo — pois a empresa começou focando no desenvolvimento de placas gráficas para computadores —; mas também a palavra "invidia", que é usada em latim para se referir à inveja. E, julgando pelos resultados surpreendentes que essa empresa tecnológica teve no último ano, é provável que esse seja realmente o sentimento que tanto a empresa quanto seu fundador despertaram em seus concorrentes. Entre março de 2023 e março de 2024, o valor das ações da Nvidia saltou de US$ 264 para US$ 886, levando sua avaliação total para mais de US$ 2 trilhões e tornando-a a terceira empresa de capital aberto mais valiosa do mundo, ultrapassando a Alphabet (Google), Amazon e Meta; e ficando atrás apenas da Microsoft e da Apple. A rápida multiplicação do valor da Nvidia é explicada pela febre em torno da inteligência artificial e pelo fato de esta empresa ser fornecedora de mais de 70% dos chips que tornam essa tecnologia possível. Chips em alta: por que a Nvidia está crescendo mais do que 'big techs' Mas estes, por sua vez, não existiriam se não fosse pela visão de Huang, que apostou neste mercado quando ele praticamente ainda não existia e, dessa forma, contribuiu para torná-lo realidade. Hoje, como recentemente declarou a revista Wired, Huang é considerado "o homem da hora, do ano e talvez da década"; enquanto Jim Cramer, analista de investimentos da rede americana CNBC, afirmou que o fundador da Nvidia supera Elon Musk como visionário. A história de Huang, no entanto, não foi isenta de dificuldades, riscos e muito trabalho, incluindo muitas horas gastas lavando banheiros e servindo mesas como garçom. Infância no reformatório Jensen Huang nasceu em Taipei, capital de Taiwan, em 1963. Ele passou parte da infância no próprio país e na Tailândia, até que seus pais decidiram enviá-lo com seu irmão para os Estados Unidos. Os meninos não falavam inglês e foram recebidos pelos tios, também imigrantes, que os mandaram para estudar no Instituto Oneida Baptist, em Kentucky. Na época, o instituto parecia mais um reformatório do que uma escola comum. Segundo um boletim publicado pela escola em 2016, os dois irmãos receberam permissão para morar, comer e trabalhar na instituição que, na época, só oferecia cursos de bacharelado. Eles frequentavam as aulas da Escola Primária Oneida. O pequeno Jensen Huang foi encarregado de lavar os banheiros. "Os meninos eram realmente difíceis", comentou o empresário em entrevista à rádio pública americana NPR em 2012. "Todos tinham navalhas no bolso e, quando havia brigas, não era bonito de se ver. Os meninos ficavam feridos." Apesar de todas essas dificuldades, Huang sempre declarou que aquela foi uma grande experiência e que ele apreciou seu tempo no instituto. Em 2016, ele e sua esposa, Lori, doaram US$ 2 milhões (cerca de R$ 10 milhões) para a construção de um edifício com classes e dormitórios para meninas naquele centro educativo. Tirando a sorte grande Poucos anos depois, os meninos se mudaram para Oregon. Eles se reuniram com os pais, que também migraram para os Estados Unidos. Huang frequentou a Universidade Estadual de Oregon, onde estudou Energia Elétrica. Ele conta que foi ali que seus olhos se abriram para "a magia por trás" dos computadores. E também foi ali que a "sorte" o levou a conhecer sua esposa Lori, sua companheira de práticas de laboratório. Lori era uma das três alunas que frequentavam um curso com 80 estudantes. Em uma palestra ministrada na universidade em 2013, Huang destacou como ele também ele conhecido por acaso os dois cofundadores da Nvidia, Chris Malachowsky e Curtis Priem. "De forma geral, estou dizendo que o acaso é muito importante para o sucesso", afirmou ele. Os três fundadores da Nvidia tiveram a ideia de criar a empresa durante um café da manhã em uma lanchonete da rede de fast food Denny's em San José, na Califórnia. A lanchonete recebeu uma placa que recorda o ocorrido, depois que, em 2023, a empresa de tecnologia chegou a ser cotada pela primeira vez no valor de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5 trilhões). Os microchips da Nvidia estão desempenhando um papel protagonista na revolução em IA Getty Images via BBC Huang tem uma relação de longa data com a Denny's. Foi em uma lanchonete daquela rede em Portland que ele conseguiu seu primeiro emprego com 15 anos de idade, lavando pratos, limpando mesas e trabalhando como garçom. "Excelente escolha trabalhista", declarou ele. "Recomendo encarecidamente a todos que tenham seu primeiro emprego no setor de restaurantes, que ensina a ser humilde e trabalhar duro." Huang costuma comentar que era bom nas tarefas do restaurante. "Meu primeiro trabalho antes de ser CEO [diretor-executivo] foi lavar pratos e me saí muito bem", destacou ele recentemente, em uma palestra na Escola de Graduação em Negócios de Stanford. O empresário declarou também que trabalhar no Denny's o ajudou a superar sua extrema timidez. "Eu ficava horrorizado com a possibilidade de precisar falar com as pessoas", contou ele ao jornal The New York Times. Apostando no desconhecido Huang se formou engenheiro em 1984. "Um ano perfeito para me formar", segundo ele. Foi naquele ano que começou a era dos computadores pessoais, com o lançamento dos primeiros computadores Mac. Ele fez mestrado em Engenharia Elétrica na Universidade de Stanford. O curso levou oito anos. Paralelamente, ele trabalhou em diversos cargos em empresas de tecnologia, como a Advanced Micro Devices (AMD) e a LSI Logic, que abandonou pouco antes de fundar a Nvidia. Em palestra ministrada em 2013 na Universidade Estadual de Oregon, ele contou que, antes de criar a empresa, os três fundadores se fizeram três perguntas: Este trabalho é algo que "realmente adoraríamos" fazer? Vale a pena realizar este trabalho? Este trabalho é algo "realmente difícil" de realizar? "Hoje me faço essas mesmas perguntas o tempo todo", disse ele. "Porque você não deveria fazer nada que não adore. E só deve trabalhar nas coisas que importam na sua vida." Parte da sua filosofia de trabalho se baseia em apostar nessas coisas importantes, mesmo quando não existe um mercado claro estabelecido. "Não encontramos inspiração no tamanho do mercado, mas na importância do trabalho, pois a importância do trabalho é um indicador precoce do mercado futuro", afirmou ele, na Escola de Graduação em Negócios de Stanford. Jensen Huang, fundador da empresa de tecnologia Nvidia Reprodução/Instagram/NVIDIA Huang também recomendou que as pessoas retornem constantemente aos princípios básicos. Ele garantiu que isso cria muitas oportunidades. Aplicando este tipo de ideias, Huang criou uma empresa com estrutura bastante horizontal. Nela, mais de 40 pessoas se reportam diretamente a ele. E Huang também incentiva a comunicação transversal e de baixo para cima. Ele explicou que esta é uma forma de facilitar o fluxo de ideias e informações – e também se manter atualizado sobre as melhores sugestões da equipe. "Liderar as pessoas para que elas consigam fazer grandes coisas, inspirar, empoderar e ajudar os outros – estas são as razões da existência da equipe gerencial, para servir a todos os demais trabalhadores da empresa", indicou ele, na palestra em Stanford. A julgar pelos resultados da Nvidia, esta filosofia funciona. Mas é claro que não evitou que a empresa passasse por momentos difíceis. O primeiro deles chegou muito rapidamente. Depois de passar os dois primeiros anos da Nvidia procurando soluções tecnológicas para evitar o alto preço da memória DRAM, seu preço caiu em 90%. Esta redução fez com que todo o esforço investido se tornasse inútil e ainda abriu as portas para dezenas de outras empresas começarem a concorrer no desenvolvimento dos melhores chips gráficos. Mas a Nvidia conseguiu redirecionar seus esforços e, em 1999, lançou a Unidade de Processamento Gráfico (GPU, na sigla em inglês), um tipo de microprocessador que redefiniu os jogos por computador. A partir dali, a empresa continuou trabalhando no desenvolvimento da computação acelerada por GPU, um modelo que aproveita o uso em massa dos processadores gráficos paralelos e permite acelerar o trabalho de programas que exigem grande poder de computação, como a análise de dados, simulações, visualizações e a inteligência artificial. A aposta na IA fez disparar o preço das ações da Nvidia, fazendo com que a fortuna pessoal de Huang atingisse US$ 79 bilhões (cerca de R$ 395 bilhões). Com isso, segundo a revista Forbes, ele se tornou o 18º homem mais rico do mundo. E Huang pode ainda ir mais além, graças à posição de quase monopólio da Nvidia na produção desses superchips. As previsões são de que sua demanda siga crescendo no futuro próximo. Como destacou um analista de Wall Street mencionado na revista The New Yorker, "existe uma guerra em andamento no campo da inteligência artificial e a Nvidia é o único vendedor de armas". Ao que parece, a sorte de Jensen Huang pode continuar melhorando no futuro. Primeiro paciente da Neuralink mostra como chip cerebral funciona Neuralink faz demonstração com 1º paciente a receber seu chip cerebral

quarta-feira, 27 de março de 2024

Vendedora chinesa viraliza mostrando produtos por apenas 3 segundos em lives


Mas ela teve que mudar a técnica depois que uma rede social impôs restrições. Especialistas explicam quais são os pontos problemáticos e o que pode ser aproveitado no método. Influenciadora chinesa viraliza ao mostrar produtos à venda por apenas 3 segundos em lives Três segundos. Esse era o tempo máximo que a influenciadora chinesa Zheng Xiang Xiang costumava usar para divulgar cada um de seus produtos à venda em uma rede social. As transmissões ao vivo eram feitas no Douyin, a versão chinesa do TikTok , mas trechos das "lives" extravasaram a rede local e têm viralizado há alguns meses em outras plataformas mundo afora. Neles, a vendedora mostra os objetos num ritmo que mais parece o de uma caixa de supermercado passando produtos pelo leitor de código de barras. Ela segura o item por alguns segundos, diz apenas o preço e passa para o próximo (veja no vídeo acima). Os produtos vão de roupas a calçados, secadores de cabelo e até cabides, adquiridos pela influenciadora e sua equipe diretamente de distribuidores para revenda. Em entrevistas na imprensa chinesa, Xiang Xiang disse ter arrecadado de 75 milhões de yuans (cerca de R$ 51,6 milhões) em uma série de "lives" durante um feriado chinês. 'Live shopping': o método que fez Virgínia comemorar faturamento de R$ 22 milhões Em todos os vídeos, ela mantém um mesmo padrão visual: vestido e luvas pretos, cabelo preso, batom vermelho, produtos em caixas laranja que lembram as da marca de luxo francesa Hermès. Para especialistas em marketing e negócios, esta é uma das características adotadas pela influenciadora que podem ser aproveitadas por outros empreendedores (leia mais abaixo). O ponto mais problemático, claro, é o fato de que ela não dava quase nenhuma informação sobre os produtos. Tanto que a Xiang Xiang se viu obrigada a mudar a tática quando o Douyin entendeu que esse "método" prejudicava a experiência de compra e impôs restrições. A vendedora então, passou mostrar os itens por um pouco mais de tempo: 18, 20 e até 60 segundos. E, agora, explica como utilizar o produto e o material de que ele é feito, entre outros detalhes. Influenciadora chinesa mostra produtos por apenas 3 segundos em lives Zheng Xiang Xiang/Kuaishou Por que fez sucesso? Para especialistas de marketing e negócios ouvidos pelo g1, a estratégia da chinesa deu resultado porque estimula a compra por impulso, além de gerar conexão com os consumidores a partir de "lives" repetitivas e previsíveis. Segundo eles, a influenciadora também aproveitou uma tendência bastante apreciada na internet, de vídeos cada vez mais curtos e diretos. E, ao apresentar os produtos rapidamente, Zheng Xiang Xiang trabalha com uma técnica muito poderosa em vendas: o princípio de escassez. "Essa estratégia mexe com a cabeça das pessoas de maneira inconsciente, tipo: 'É bom você comprar logo porque vai ficar sem. Mostrei o produto por 3 segundos. Não quis? Teve alguém que quis'", diz Fernando Moulin, especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente. Para a publicitária Emilia Rabello, que é fundadora do Nós, uma empresa que apoia empreendedores da periferia, essa estratégia é uma forma de levar para o mundo digital o dinamismo que já é muito observado no comércio popular brasileiro. Como se inspirar? O "live shopping" (ou "live commerce"), modelo de vendas por meio de transmissões ao vivo pela internet, é um mercado consolidado na China, mas ainda precisa amadurecer em países como o Brasil, afirma Moulin, que também dá aulas na ESPM, no Insper e na Live University. “A China se adaptou a esse tipo de comércio, principalmente depois da pandemia. Mas, no Brasil, isso nem sempre emplaca", observa. "E não tem resposta certa, tem que testar com seu consumidor. Pode ser que tenha uma resposta positiva ou negativa, dependendo do seu público-alvo.” A influenciadora Virgínia Fonseca é uma das adeptas mais famosas da técnica. Em 2023, ela disse ter faturado R$ 22 milhões em uma "live" de 13 horas. No caso, a brasileira detalhava bem mais os produtos do que a chinesa. Para Moulin, as "marcas têm que ser criativas e ousadas, tentando novos formatos de venda para o público mais jovem". "É uma geração muito antenada, que usa as redes sociais o tempo inteiro, e a gente ainda é muito conservador. Esses consumidores mais jovens já fazem mais buscas dentro do TikTok do que do próprio Google. Então, tem muita coisa mudando rápido e o empreendedor precisa testar." Como fazer seu negócio bombar com vídeos na web: empresários influencers dão 10 dicas práticas Outros pontos destacados pelos especialistas: 👉 Ter um padrão para os vídeos: aparecer sempre com o mesmo visual e no mesmo ambiente ajuda a criar uma sensação de consistência, familiaridade e confiança, ensina a professora de marketing Maiara Kososki, da PUC-PR. “É uma pessoa completamente desconhecida, mas parece que está se tornando uma amiga sua. Você já espera como ela vai se vestir, se comportar, o que facilita o processo de compra”, diz. "As pessoas acham que têm que ficar mudando o tempo todo nas redes sociais, mas a repetição é o que faz dar certo. Sempre ter a mesma aparência ou um cenário, um jargão, algo que a pessoa se familiarize para gerar confiança." 👉 Ser rápido e prático: “Nessa guerra por atenção na internet, quanto mais sucinto você é mais sucesso você tem. Por isso, cada vez mais, os vídeos são menores”, afirma a publicitária Emilia Rabello. Para ela, Zheng Xiang Xiang teve sucesso com a técnica da venda rápida por fazer um conteúdo simples, que resume o que o consumidor quer saber sobre o produto. "Mostra a cor, o tamanho real na frente de uma pessoa e os principais aspectos", diz. Não demorar demais em um item também é o conselho de Maiara Kososki. “Quanto mais produtos você apresentar, maior a probabilidade de uma pessoa comprar." Mas Moulin reforça o risco embutido se o vendedor for rápido demais, como era Xiang: "Se o consumidor comprar por impulso e acabar achando que levou gato por lebre, pode haver um volume de devolução de produtos muito grande. E isso mata qualquer negócio". A dica dele é "ter bons produtos para que, ao comprar, o consumidor não se sinta lesado por não ter tido informações suficientes". 'Dá um Google' está com os dias contados? Entenda por que jovens preferem o TikTok na hora de fazer pesquisas

terça-feira, 26 de março de 2024

Um quarto dos celulares vendidos no Brasil é irregular, diz associação de fabricantes de eletrônicos


Entidade culpa os marketplaces, dizendo que falta fiscalização contra produtos contrabandeados. Imagem de arquivo mostra pessoa usando celular Tânia Rêgo/Agência Brasil O volume de celulares vendidos ilegalmente no Brasil mais que dobrou em apenas um ano, diz a associação de fabricantes de produtos eletroeletrônicos (Abinee). Segundo dados divulgados pela entidade na última terça-feira (26), a quantidade de aparelhos ilegais passou de 10% do mercado total de telefones celulares no Brasil em 2022 para 25% no último trimestre de 2023, fechando o ano com um total de 6,2 milhões. O estudo cita levantamento da empresa de pesquisa de mercado IDC. A Abinee estima que 90% do total de smartphones contrabandeados hoje no Brasil sejam vendidos via marketplaces, com valor 38% abaixo do praticado no mercado oficial. E que, com isso, R$ 4 bilhões deixem de ser arrecadados em impostos em função da evasão fiscal com esses produtos. "O problema é que o modelo de venda dos marketplaces facilita a venda de produtos irregulares, uma vez que um site abarca diferentes vendedores, e muitos deles agem na ilegalidade", afirmou Humberto Barbato, presidente da associação, sem citar nomes de locais de venda. O que fazer se o celular cair na água? O que dizem as lojas Procurado pela Reuters, o Mercado Livre, maior marketplace do Brasil, disse atuar "proativamente" para coibir tentativas de mau uso de sua plataforma. "Assim que um produto irregular é identificado na plataforma, o anúncio é excluído e o vendedor notificado, podendo até ser banido definitivamente", afirmou a companhia em nota, reiterando que colabora com a Anatel e com fabricantes de celulares no combate a mercadorias irregulares. A Amazon disse que exige por contrato que todos os produtos ofertados no site possuam licenças, autorizações, certificações e homologações necessárias, e declarações de que cumprirão as leis aplicáveis. "A eventual infração dessas obrigações previstas em contrato pode acarretar a suspensão e interrupção das vendas dos seus produtos, a consequente destruição de qualquer inventário existente nos centros de distribuição da Amazon sem direito a reembolso, bem como o bloqueio da sua conta de vendedor", afirmou a empresa. A Aliexpress, outro gigante do comércio eletrônico, não respondeu de imediato a pedido de comentários da Reuters. VÍDEO: Saiba o que fazer se seu celular for roubado Saiba se está sendo vigiado: veja sinais um celular infectado com aplicativo espião

Ações da rede social de Trump sobem 40% no 1º dia de negociações nos EUA


Ação foi cotada a US$ 66,36 até as 12h55 (horário de Brasília) na Nasdaq, uma das principais bolsas de valores do mundo. Donald Trump REUTERS As ações da (TMTG) Trump Media e Technology Group subiram 40% nesta terça-feira (26) na Nasdaq, uma das principais bolsas de valores do mundo, que fica em Nova York, nos Estados Unidos. O valor atingiu US$ 66,36 até as 12h55 (horário de Brasília), marcando o primeiro dia de negociações da rede social Truth Social, lançada por Donald Trump. Pouco depois da abertura das operações na bolsa, as ações, muito procuradas, tiveram que ser suspensas por alguns minutos. A estreia da TMTG no mercado acontece após fusão com a Digital World Acquisition, que levou 29 meses. Com isso, ele entrou, pela primeira vez, no grupo das 500 pessoas mais ricas do mundo. A participação maioritária de Trump na empresa foi avaliada US$ 5,89 milhões. Ele detém cerca de 60% das ações. Juntas, as empresas subiram mais de 700% desde que o acordo foi anunciado, consolidando o status da TMTG como gigante do setor de tecnologia. Essa abertura de capital representa um alívio financeiro para o ex-presidente (2017-2021), que enfrenta várias acusações judiciais em diferentes frentes.

O que fazer se o celular cair na água?


Deixar o telefone no arroz? Nem pensar. Tem que secar bem o aparelho com um pano e deixar em um local com bastante fluxo de ar. Aprenda também a identificar o quão protegido é o seu smartphone. Celular dentro d'água Sergey Meshkov/Pexels O celular caiu na água ou, por algum acidente, ficou encharcado. Mas, calma, dá para tentar salvar o smartphone. O Guia de Compras reuniu as indicações dos fabricantes com as melhores recomendações para tentar resolver o problema. Nada de colocar o aparelho dentro de um pote com arroz, hein? ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp Veja a seguir o que fazer e o que não fazer no caso de derrubar água (ou algum outro líquido) no telefone. E entenda quão protegido é o seu aparelho. O que fazer: Desligue o aparelho imediatamente. "A umidade no dispositivo pode causar sérios danos ou corrosão na placa-mãe", orienta a Samsung. Talvez precise dar um banho: as fabricantes também indicam que pode ser necessário remover impurezas que tenham entrado no telefone – como água do mar (que tem sal), da piscina (com cloro) ou resíduo de alguma bebida. Nesse caso, a recomendação das marcas é mergulhar o celular em água limpa por 1 a 3 minutos e enxaguar. Use um pano seco para remover o excesso de líquido na parte externa. Sem excesso: Tente remover o líquido restante batendo de leve no topo do aparelho, com o conector USB apontado para baixo. Bote para secar: Coloque o telefone em um local seco e com bastante fluxo de ar – pode ser perto de um ventilador. A água irá evaporar aos poucos. Será que está pronto para usar? Caso surja na tela um alerta de umidade – que aparece em iPhones e alguns modelos Samsung Galaxy –, ainda pode ter um resto de água no conector ou nos pinos do cabo. Continue com o telefone em uma área seca, com bastante fluxo de ar, entre 24 horas (na recomendação da Apple) e 48 horas (de acordo com o site da Motorola). Use um carregador sem fios: se for preciso recuperar alguma informação urgente do celular e ele estiver descarregado, uma alternativa – caso seja compatível – é utilizar um carregador sem fios, para evitar o uso de cabos. Não se esqueça de secar a traseira do telefone antes. Nem toda situação de exposição à água é igual. Se o problema não for resolvido, é recomendável procurar a assistência técnica do fabricante do celular para uma avaliação técnica. O que não fazer: Nada de arroz: Não coloque o smartphone em um recipiente ou saco de arroz. "Pequenas partículas de arroz podem causar danos", diz a Apple, em nota em seu site de suporte. Não use o cabo com o aparelho molhado. Com isso, os pinos do conector ou do cabo podem ser corroídos e causar dano permanente ou interromper o funcionamento, ressalta a Apple. Não use acessórios: Nem pense em usar uma fonte externa de calor, como secador de cabelos, ou de ar comprimido para tentar remover o líquido. O vento quente do secador pode, por exemplo, descolar a tampa traseira do equipamento e outros componentes internos. Nada de cotonete: Sempre existe a tentação de usar um cotonete ou palito para enxugar o celular: os resíduos de algodão (ou outro material) podem ficar presos dentro dos orifícios dos alto-falantes ou do conector USB-C (no caso dos Androids e do iPhone 15) ou Lightning (para iPhones 14 e anteriores). E aí é mais um estrago em potencial. Quão protegido é o seu aparelho? Telefones mais antigos tinham partes móveis, como tampas, gavetas para cartões de memória e baterias removíveis. E eram mais suscetíveis a danos por umidade. Os aparelhos mais modernos têm poucas partes móveis e fica tudo “travado” em uma única peça. Esse tipo de projeto ajuda a impedir entrada de água, mas ainda deixa alguns espacinhos livres: as aberturas dos alto-falantes, do microfone, da gaveta para o cartão SIM da operadora e o conector do cabo de energia. Os fabricantes de smartphones passaram a certificar os equipamentos pela classificação IP. Esse é um código criado pela IEC (Comissão Eletrotécnica Internacional, em inglês) que ajuda a identificar a proteção e a resistência dos aparelhos contra poeira, impacto e líquidos. O primeiro dígito da classificação informa a proteção contra objetos sólidos. O segundo dígito, a proteção contra água: O que significam os números na proteção IP? Aparelhos mais caros são resistentes à água, com a classificação IP67 (profundidade máxima de 1 metro por até 30 minutos) ou IP68 (profundidade máxima de 1,5 metro por até 30 minutos). Ou seja, dá pra dar um mergulho rápido para tirar uma foto embaixo da piscina sem ficar com medo de danificar o aparelho. Mas, se passar do tempo, esse mesmo “mergulho" pode estragar mesmo o aparelho e levar à perda da garantia. "O dispositivo pode ficar encharcado”, complementa a Samsung. "A exposição a condições fora desses parâmetros não está coberta pela garantia”, comenta a Motorola. Celulares mais básicos contam com a classificação IP53 ou IP54, que garante proteção contra poeira, borrifos ou respingos de água. Um exemplo com essa proteção é a linha Redmi, da Xiaomi– mas esses não podem mergulhar. iPhone 'antigo': até qual versão ainda vale a pena comprar? Veja a seguir uma lista com sete smartphones com proteção IP68 disponíveis nas lojas da internet. Os preços dos aparelhos começavam em R$ 2.200 e chegavam até R$ 11.000 nos vendedores on-line consultados em março. Apple iPhone 14 Apple iPhone 15 Pro Max Asus Zenfone 10 Motorola Edge 40 Motorola Edge 40 Neo Samsung Galaxy A55 Samsung Galaxy S24 Ultra Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável. Duelo de celulares: Galaxy S24 x iPhone 15

Apple Pay e Carteira do Google: como pagar por aproximação com iPhone e Android


Carteiras digitais permite armazenar cartões de crédito e débito no celular, além de guardar documentos e outras informações importantes, como ingressos de shows e passagens aéreas. Aplicativos de carteira digital do Google e da Apple podem ser usados para fazer pagamento por aproximação e compras online Naipo.de/Unsplash A Apple e o Google oferecem aplicativos que funcionam como carteiras digitais. Eles são usados principalmente para guardar dados de cartões de crédito e débito, mas também permitem armazenar documentos e informações sobre ingressos de shows e passagens aéreas, por exemplo. Como o nome indica, o Apple Pay só está disponível para aparelhos da Apple. A Carteira do Google pode ser usada apenas no Android. Em ambos, o celular precisa ter NFC (sigla para "comunicação por campo de proximidade"), presente na maioria dos dispositivos lançados nos últimos anos. Veja a seguir detalhes sobre as carteiras digitais do Google e da Apple: O que é uma carteira digital? As carteiras digitais são seguras? Como usar a carteira digital? Quais são os cartões compatíveis? O que mais dá pra guardar na carteira digital? 🛜 O que é uma carteira digital? Uma carteira digital é um aplicativo que permite armazenar dados de pagamento, como cartões de crédito e débito, que podem ser usados em lojas físicas ou na internet. Em lojas físicas, basta seguir o procedimento do aplicativo e aproximar o celular da maquininha de pagamento (veja mais abaixo). Nas compras online, é possível inserir no formulário de pagamento os dados sobre cartões que estão armazenados na sua conta. Em alguns casos, a loja virtual também pode exibir um botão para pagar com o Apple Pay ou a Carteira do Google. 🔒 As carteiras digitais são seguras? As duas carteiras usam várias camadas de segurança para proteger as informações financeiras dos usuários. As principais medidas presentes em ambas as ferramentas incluem: ➡️ Criptografia: as informações nas carteiras são criptografadas nos bastidores do aplicativo, ou seja, elas são embaralhadas e transformadas em uma sequência de código. Essa ação dificulta a leitura do dado por pessoas não autorizadas. ➡️ Token: em vez do número real do cartão, os serviços criam um código virtual para representá-lo. É o token que é enviado para o estabelecimento em que você faz a compra. Assim, o número real do cartão nunca é compartilhado. ➡️ Senhas: as plataformas exigem senhas para liberar o acesso do usuário ao aplicativo. Elas variam entre PIN (sequência numérica), impressão digital ou até reconhecimento facial. 📲 Como usar a carteira digital? Carteira do Google: pode ser baixada na loja de aplicativos Play Store, por meio deste link. Siga as instruções para instalar e conectar o aplicativo à sua conta do Google. Para cadastrar um cartão ou documento, siga os passos abaixo: Na tela inicial da Carteira do Google, toque em "Adicionar à Carteira"; Em seguida, selecione a opção "Cartão de débito ou crédito"; Alinhe a câmera do celular ao cartão físico, como indicado, ou insira os dados manualmente; Clique em "Salvar"; Aceite os termos do emissor do cartão; Conclua a verificação no aplicativo do banco. Para pagar, basta desbloquear a tela do celular, aproximá-lo da maquininha por alguns segundos (não é preciso abrir o aplicativo Carteira do Google) e, se necessário, seguir as instruções que aparecerão na tela. Carteira do Google Divulgação/Google No Apple Pay: o Carteira (também conhecido como Wallet) é o app que para permite guardar dados como cartões de crédito e débito, ingressos, cartões de embarque e comprovantes de vacinação. Os cartões salvos na Carteira podem fazer pagamentos pelo Apple Pay, seguindo esse passo a passo: Toque no botão "Adicionar +"; Escolha "Cartão de Débito ou Crédito"; Toque em "Continuar"; Posicione o cartão na moldura ou selecione "Inserir Dados Manualmente"; Aceite os termos do emissor do cartão; Conclua a verificação no aplicativo do banco. Para pagar, clique duas vezes no botão à direita (se o iPhone tiver Face ID) ou no botão Home (se o celular tiver Touch ID). Depois, aproxime o aparelho próximo do leitor de pagamentos até que ele mostre um "OK" e um sinal de verificação na tela. Como adicionar cartão na Carteira (Wallet) da Apple Reprodução/Apple 💳 Quais são os cartões compatíveis? Os modelos de carteira digital aceitam as principais bandeiras, como Mastercard e Visa, e bancos, como Caixa, Bradesco, Itaú, Nubank e Banco do Brasil, entre outros. Desde que foram lançadas no Brasil, as plataformas têm ampliado o número de cartões aceitos. É possível consultar a lista completa de bancos aceitos no site do Apple Pay e da Carteira do Google. 📄 O que mais dá pra guardar na carteira digital? Sim. Também é possível usar as carteiras da Apple e do Google para armazenar passagens aéreas, ingressos, certificados de vacinação e controles de acesso a espaços com fechaduras inteligentes. O Google destaca que, em algumas cidades, seu aplicativo pode ser usado no transporte coletivo. Já a Apple afirma que sua carteira serve para guardar dados de algumas redes de vale-alimentação. Leia também: Você sabe identificar uma imagem que foi manipulada com inteligência artificial? Foto de Kate: clique e veja detalhes que despertaram desconfiança sobre a imagem Lei da União Europeia que regula big techs entra em vigor; entenda Golpe do cartão por aproximação: veja como agem os criminosos

segunda-feira, 25 de março de 2024

VÍDEO: avião supersônico XB-1 faz primeiro voo, como teste para futuro sucessor do Concorde


Aeronave alcançou 440 km/h, ainda abaixo da velocidade do som. Fabricante Boom Supersonic diz que modelo fará voos supersônicos nos próximos testes, como parte do desenvolvimento de seu principal projeto, o Overture. Avião supersônico XB-1 faz primeiro voo, ainda abaixo da velocidade do som A fabricante Boom Supersonic informou que seu avião supersônico XB-1 completou o primeiro voo na sexta-feira (22). A aeronave serve como modelo de teste para o principal supersônico da empresa, o Overture, que deve fazer o primeiro voo somente em 2027. Neste teste, o XB-1 alcançou altitude de 7.160 pés (cerca de 2.200 metros) e atingiu velocidade de 440 km/h, ainda abaixo da velocidade do som (Mach 1, ou cerca de 1.230 km/h). Agora, a equipe da Boom Supersonic pretende realizar novos testes para confirmar o desempenho do XB-1 e fazer voos ainda mais rápidos, em que a aeronave atingirá velocidade supersônica. A empresa disse que o avião atingiu os objetivos de velocidade, altitude e estabilidade que estavam previstos. Essa verificação foi feita com a ajuda da T-38, uma aeronave de perseguição que seguiu o avião durante o voo. O XB-1 decolou e pousou em uma pista na cidade de Mojave, na Califórnia. Este foi o local em que o avião Bell XB-1 fez o primeiro voo supersônico da história, em 1947. Avião supersônico XB-1 durante seu 1º voo de teste, em 22 de março de 2024 Divulgação/Boom Supersonic O primeiro voo do XB-1 é mais um passo para o retorno dos aviões supersônicos civis, já que ele serve como base para o desenvolvimento do Overture, um avião maior que é apontado como o sucessor do Concorde, que operou até 2003. Segundo a Boom Supersonic, o avião de teste tem sido usado para validar itens que serão usados no Overture, como um sistema de câmeras no nariz da aeronave e o acabamento em fibra de carbono. Concorde e Overture: quais as diferenças entre os aviões supersônicos Avião supersônico XB-1 toca o solo após seu 1º voo, em 22 de março de 2024 Divulgação/Boom Supersonic Como será voar no Overture? O avião Overture deverá ter o dobro da velocidade das aeronaves atuais e alcançar 1.800 km/h quando estiver sobrevoando o mar. Em voos sobre o continente, a aeronave terá desempenho 20% superior, segundo a fabricante. A duração de um voo de Miami a Londres, que hoje é de cerca de 10 horas, cairia para cerca de 5 horas com o novo modelo. Quem é o dono do TikTok e por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA Conheça o Overture, projeto de avião supersônico que pode chegar a 1.800 km/h E a alta velocidade não deverá ser incômoda para quem estiver no avião: a Boom Supersonic diz que, como o Overture ficará acima da maioria das áreas de turbulências, o voo será mais suave do que os das aeronaves convencionais. Além disso, a empresa afirma que o avião não será tão barulhento para regiões habitadas. Em geral, este tipo de aeronave produz um estrondo quando ultrapassa a velocidade do som por conta da chamada pós-combustão, que não será usada pelo Overture. Saiba mais sobre o que pode ser o jato supersônico mais veloz do mundo: 🏃 Velocidade máxima de 1,7 Mach (ou 1,7 vez a velocidade do som), o que na altitude de cruzeiro (60 mil pés ou cerca de 18 km) representa aproximadamente 1.800 km/h; ⛽ 7.867 km de autonomia; 💺 Capacidade para transportar até 80 passageiros; ️✈️ 61 metros de comprimento e 32 metros largura; 💰 130 unidades encomendadas por American Airlines, United Airlines e Japan Airlines. As diferenças entre os aviões supersônicos Conceito do avião supersônico Overture Divulgação/Boom Supersonic Relembre o último voo do Concorde, em 2003

Apple, Google e Meta viram alvo de investigações da União Europeia


Segundo a Comissão Europeia, essas empresas não estão em conformidade com a Lei de Mercados Digitais, implementadas em 7 de março. Violações podem resultar em multas de até 10% do faturamento anual global das empresas. Apesar de Le Pen não mencionar mais a saída da França da União Europeia, já que isso havia comprometido seu desempenho na eleição de 2017, ela afirma querer "reformar o bloco europeu por dentro" Reuters Apple, Google e Meta serão investigadas por possíveis violações da Lei dos Mercados Digitais, disseram órgãos reguladores da União Europeia nesta segunda-feira, o que pode resultar em multas pesadas para as empresas. A lei, em vigor desde 7 de março, exige que seis grandes empresas de tecnologia - que fornecem serviços como mecanismos de busca, redes sociais e aplicativos de bate-papo usados por outras empresas - cumpram as orientações a fim de garantir a igualdade de condições a seus rivais e oferecer mais opções aos usuários. As violações podem resultar em multas de até 10% do faturamento anual global das empresas. A Comissão Europeia disse que suspeita que as medidas adotadas por essas corporações não estão em conformidade efetiva com a lei. A autoridade de concorrência da UE investigará as regras da Alphabet sobre direcionamento no Google Play e autopreferência no Google Search, as regras da Apple sobre direcionamento na App Store e a tela de escolha do Safari e o "modelo de pagamento ou consentimento" da Meta. Perguntado se a Comissão estava apressando o processo, o chefe do setor na UE, Thierry Breton, disse que as investigações não deveriam ser uma surpresa. "A lei é a lei. Não podemos simplesmente sentar e esperar", disse ele a jornalistas. Breton disse que a Meta - que introduziu um serviço de assinatura sem anúncios na Europa em novembro do ano passado - deveria oferecer opções alternativas gratuitas. Da mesma forma, o Google e a Apple introduziram novas taxas para alguns serviços. Um porta-voz da Meta disse que a empresa está se esforçando para cumprir a orientação da lei. O Google, que afirmou ter feito mudanças significativas em seus serviços, disse que defenderá sua abordagem nos próximos meses. A Apple disse estar confiante de que seu plano está em conformidade com a nova lei. Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Vestido que muda de cor: roupa digital desenvolvida pela Adobe altera o visual com toque

Conheça a estudante da UFG que é a 1ª mulher do Brasil a se formar em Inteligência Artificial


Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, fez seis meses de odontologia quando decidiu se aventurar no curso de AI. Ela e mais 14 estudantes concluíram o bacharelado na Universidade Federal de Goiás (UFG). Conheça a estudante da UFG que é a 1ª mulher do Brasil a se formar em Inteligência Artificial Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, é a 1ª mulher do Brasil a se formar em Inteligência Artificial, em Goiânia. Natural de Ceres, ela chegou a fazer seis meses de odontologia, mas segunda ela, não era o que queria de verdade. “Fiquei sabendo da criação do curso de AI na colação de grau da minha irmã. Pesquisei sobre o mercado de trabalho e me agradou muito, vi que a área correspondia com a que sempre tive facilidade, exatas, e resolvi me aventurar”, disse Heloisy. Ela começou o curso em 2020 e terminou no fim de 2023 na Universidade Federal de Goiás (UFG), no instituto de Informática do Campus Samambaia, em Goiânia. No país todo, o curso de graduação em IA só é oferecido pela UFG, e a estudante foi a única mulher da turma de 15 formandos. LEIA TAMBÉM Goiás sedia debate internacional sobre ética no setor público e Inteligência Artificial Evento no Grupo Jaime Câmara com psicanalista Jorge Forbes discute inteligência artificial e seus impactos Heloisy conta que o curso, de bacharelado em Inteligência Artificial, além de ser chamado de IA, em inglês, artificial intelligence, é também chamado carinhosamente de BIA pelos bacharéis. Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, é a primeira mulher do Brasil a se formar em Inteligência Artificial, na UFG Acervo pessoal “É um curso totalmente diferente dos outros. Ele trabalha a mentalidade empreendedora, resolução de problemas e tudo aliado à técnica. É promovido o contato com empresas privadas, por meio de projetos de pesquisa e desenvolvimento (p&d), o que contribui muito com o nosso crescimento profissional no decorrer do aprendizado”, disse Heloisy. Ao g1, ela contou que em relação as áreas de IA, gosta mais de processamento de linguagem natural, que é fazer a máquina entender as falas humanas. “Um dos desafios pode ser um pouco de matemática, mas nada impossível. É se manter sempre atualizado, pesquisar e buscar conhecimento constante. Recomendo fazer, é um curso que podemos aplicar os conhecimentos em qualquer área como na saúde, agro, varejo, call center, etc”, contou ela. 1ª mulher formada em AI no Brasil Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, durante graduação em Inteligência Artificial Acervo pessoal Heloisy disse que o contato com as empresas durante o curso contribui e ajuda os alunos a conhecer o mercado de trabalho antes mesmo de se formar. Além disso, possibilita que os estudantes ganhem bolsas bem remuneradas em projetos desenvolvidos na universidade. “É um sentimento muito bom, principalmente de gratidão e alegria. Saber que eu consegui finalizar e poder ser inspiração para outras mulheres é muito gratificante. A tecnologia é uma área de mulheres também, devemos cada vez mais conquistar esses espaços”, contou Heloisy. Ela avaliou que falta incentivo para meninas jovens se aventurarem nesta área. Desde criança são os meninos que mexem no computador, entram em games no pc e acabam se atraindo mais pela área. “As meninas não são incentivadas a jogar no computador, ainda não possuem muitas referências de mulheres que mexem com isso, então é mais difícil quererem algo que desconhecem, mas p espaço está lá, só é necessário querermos acessá-lo. Somos capazes de chegar longe”, afirmou Heloisy. Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, e a família durante colação de grau em Inteligência Artificial Acervo pessoal Ela contou que é importante a formação na área devido à grande possibilidade de resolver problemas da sociedade, de diversas áreas, contribuindo para um mundo melhor. “A minha percepção é que a IA vem para nos ajudar a sermos mais humanos, voltarmos para tarefas que são mais subjetivas, que requerem nossos pensamentos e entendimentos, e não fazermos tarefas maçantes e repetitivas. Alguns empregos serão extintos, mas com certeza precisaremos de novos empregos, mais especializados, e você tem que saber se adaptar às novas possibilidades”, disse Heloisy. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. 📱 Participe dos canais do g1 Goiás no WhatsApp e no Telegram. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

sábado, 23 de março de 2024

WhatsApp atualiza visual; veja o que mudou e quais são as críticas


Plataforma alterou o tom de verde da marca, o desenho dos botões e a posição do menu, que passou a ser exibido na parte de baixo da tela em aparelhos Android e incomodou alguns usuários. WhatsApp mudou posição dos botões no Android e recebeu críticas dos usuários Reprodução O WhatsApp tem feito mudanças em seu visual que vão desde o tom de verde da sua marca até o estilo dos botões do aplicativo. As alterações são pequenas, mas não deixaram de ser percebidas e até criticadas, por alguns usuários (veja todas abaixo). Nas redes sociais, há várias reclamações sobre os ajustes, principalmente o que em passou a mostrar os botões do menu na parte debaixo da tela em celulares com sistema Android – até então, as opções "Conversas", "Atualizações", "Comunidades" e "Ligações" apareciam na parte superior do app. O novo visual será implementado de forma gradual para todos os usuários e não poderá ser revertido, segundo o WhatsApp. "Essas mudanças foram feitas para proporcionar uma experiência mais moderna no WhatsApp, além de deixar o app mais acessível e fácil de usar", disse a plataforma. Veja abaixo as mudanças no visual do WhatsApp: as abas, que costumavam ficar na parte superior da tela, agora aparecem na parte inferior nos celulares Android. o tom de verde do logotipo foi alterado e as cores do aplicativo ficaram mais intensas, para ajudar os usuários a focarem nas áreas mais importantes da tela, diz a empresa. o modo escuro agora é ainda mais escuro, e o modo claro tem mais áreas na cor branca, para facilitar a leitura, segundo o WhatsApp. ícones e botões ganharam formatos e cores diferentes. informações e textos agora possuem um espaçamento maior entre eles. o logotipo do WhatsApp passa a ser exibido na aba "Conversas". LEIA TAMBÉM: WhatsApp passa a não permitir fazer 'print' da foto de perfil em celulares Android Câmara dos EUA aprova projeto de lei que pode banir TikTok no país As mulheres que são vítimas de 'stalking': 'Tenho medo de sair de casa e não voltar' Initial plugin text Initial plugin text O Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Primeiro paciente da Neuralink mostra como chip cerebral funciona Neuralink faz demonstração com 1º paciente a receber seu chip cerebral Veja primeiras impressões sobre o Apple Vision Pro Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

sexta-feira, 22 de março de 2024

Apple perde US$ 113 bilhões em valor de mercado após processo nos EUA, diz agência


Gigante da tecnologia é acusada de usar seu poder no mercado de celulares para obter mais dinheiro dos consumidores nos EUA. Por sua vez, empresa diz que processo está 'errado nos fatos e na lei'. Tim Cook, CEO da Apple, apresenta o iPhone 11 Pro durante evento no Steve Jobs Theater, em Cupertino, Califórnia Stephen Lam/Reuters O processo do Departamento de Justiça dos EUA e de mais quinze estados americanos contra a Apple fez com que a dona do iPhone perdesse US$ 113 bilhões em valor de mercado na quinta-feira (21), segundo informações da Bloomberg. A big tech vem sendo acusada de monopolizar ilegalmente o mercado de smartphones no país. Na quinta, as ações da empresa caíram 4,1%, fazendo com que o seu valor de mercado despencasse em bilhões, registrando uma perda acumulada em 2024 em 11%, segundo a Bloomberg. Ela também teve um desempenho inferior ao Nasdaq 100 (bolsa de valores americana que reúne empresas de tecnologia) e ao S&P 500, que tem as 500 maiores empresas do mundo que estão listadas na bolsa de Nova York e na Nasdaq. As ações da Apple, cujo valor de mercado atingiu um pico de US$ 3,081 trilhões em dezembro de 2023, encerraram o ano passado com um ganho de 48%. Junto da Microsoft, elas estão entre as empresas mais valiosas do mundo. Processo contra a Apple A Apple se junta a uma lista de grandes empresas de tecnologia processadas pelos reguladores dos EUA, incluindo Google, Meta e Amazon, durante as administrações do ex-presidente Donald Trump e do presidente Joe Biden. O Departamento de Justiça alega que a Apple usa seu poder de mercado para obter mais dinheiro de consumidores, desenvolvedores, criadores de conteúdo, artistas, editores, pequenas empresas e comerciantes. "Os consumidores não deveriam ter que pagar preços mais altos porque as empresas violam as leis antitruste", disse o procurador-geral Merrick Garland , em comunicado. "Se não for contestada, a Apple apenas continuará a fortalecer o seu monopólio dos smartphones". Segundo a Bloomberg, a Apple disse que o processo está "errado nos fatos e na lei". Disse ainda que ele pode "abrir um precedente perigoso" e que irá se defender. LEIA TAMBÉM: As mulheres que são vítimas de 'stalking': 'Tenho medo de sair de casa e não voltar' VÍDEO: paciente que recebeu 1º implante da Neuralink mostra como chip cerebral funciona 'Carro voador' chinês aguarda liberação para fazer testes no Brasil; conheça o projeto Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA Duelo de celulares: Galaxy S24 x iPhone 15 Duelo de celulares: Galaxy S24 x iPhone 15

Como a inteligência artificial pode facilitar a semana de trabalho de 4 dias


À medida que a inteligência artificial é incorporada ao fluxo de trabalho das empresas, algumas delas estão dando aos funcionários um dia a mais para descansar. Empresas estão dando aos funcionários um dia extra de descanso Getty Images – via BBC Trabalhar quatro dias e receber pagamento por cinco é um sonho de muitos profissionais. Um sonho que parecia inatingível, mas que virou realidade em algumas empresas depois das mudanças radicais do ambiente de trabalho causadas pela pandemia. E, à medida que novos dados e informações sobre o assunto vão surgindo, cada vez mais empresas consideram adotar esse novo modelo — principalmente depois dos resultados positivos de testes realizados em países como o Reino Unido, a Islândia e Portugal. E os experimentos continuam. Na Alemanha, por exemplo, começou recentemente um teste com 45 empresas. E, em paralelo, um outro fator entrou nessa equação. A inteligência artificial (IA) vem ganhando espaço no ambiente de trabalho – e alguns especialistas acreditam que ela poderá acelerar a adoção da semana de trabalho de quatro dias em muitas empresas. Mais de 90% das empresas que usam IA consideram adotar a semana de quatro dias de trabalho Getty Images – via BBC Dados coletados no final de 2023 pelo portal de notícias e eventos Tech.co, sediado em Londres, confirmam essa possibilidade. A empresa consultou mais de mil gestores norte-americanos para seu relatório de 2024 sobre o Impacto da Tecnologia sobre o Ambiente de Trabalho. Os pesquisadores concluíram que 29% das empresas com semanas de trabalho de quatro dias fazem amplo uso da IA nas suas operações, implementando ferramentas como o ChatGPT e outros programas para agilizar as operações. Como comparação, apenas 8% das empresas que mantêm a semana de trabalho de cinco dias empregam a IA dessa maneira. Além disso, 93% das companhias que adotaram a IA disseram estar abertas à semana de trabalho de quatro dias. E, entre as que não usam inteligência artificial, menos da metade pensa em trabalhar um dia a menos. Menos faltas e mais foco: o que diz quem passa pelo teste da semana de 4 dias no Brasil Na agência de design digital Driftime, com sede em Londres, adotar a IA foi fundamental para que a empresa migrasse para a semana de trabalho flexível de quatro dias. "Delegando as tarefas simples às ferramentas de IA, ganhamos um tempo precioso que antes era perdido nas partes mais lentas do processo", afirma um dos fundadores da empresa, Abb-d Taiyo. Taiyo acredita que faz sentido adotar a semana mais curta, tanto para o bem-estar dos seus funcionários quanto para os resultados da empresa. "Em vez de uma queda na produtividade, observamos uma qualidade incrivelmente alta na entrega, aliada a um ótimo retorno na satisfação dos funcionários", ele conta. "A saúde e a felicidade da nossa equipe têm correlação direta com o alto padrão de trabalho produzido." Getty Images – via BBC Empresas estão automatizando tarefas que antes eram feitas manualmente, permitindo que os funcionários se dediquem a atividades mais complexas Shayne Simpson, diretor da empresa britânica de Recursos Humanos TechNET IT Recruitment, também acredita que a IA tem sido fundamental para o sucesso da semana de quatro dias na sua companhia. A empresa descobriu que as ferramentas de IA economizam 21 horas por semana dos seus consultores de contratação, principalmente ao automatizar tarefas que, antes, eram manuais — como a introdução de dados, e-mails de confirmação, seleção de currículos e contato com os candidatos. Isso reduziu o tempo de preenchimento de cargos vagos na empresa em 10 dias. "Essa economia de tempo permite que a nossa equipe atinja seus objetivos mais cedo durante a semana e que nossos consultores tenham um merecido descanso às sextas-feiras", conta Simpson. Além de estimular a produtividade e a aumentar motivação, a semana de trabalho reduzida também foi importante para atrair novos profissionais para a companhia, segundo ele. "Profissionais experientes são atraídos pela eficiência dos nossos processos e os iniciantes estão ansiosos para adotar as novas ferramentas", explica Simpson. Semana de 4 dias: o que experiências mostram sobre futuro do trabalho As ferramentas de IA certamente estão abrindo caminho para a semana de trabalho de quatro dias em alguns setores, mas a tecnologia não pode gerar a mudança sozinha. A cultura organizacional também é fundamental, segundo a professora de gestão de recursos humanos Na Fu, da Escola de Negócios Trinity, na Irlanda. "Estar aberto para estruturas de trabalho inovadoras, para fazer experiências e, o mais importante, ter uma cultura baseada em altos níveis de confiança são pontos importantes para adotar a semana de trabalho de quatro dias com sucesso", orienta ela. A professora também destaca que, à medida que a transformação digital com a IA avança, os próprios funcionários também devem estar dispostos a se aprimorar. "Em vez de se tornar meros servidores ou cuidadores de máquinas, os profissionais humanos precisam desenvolver novas técnicas que possam promover, complementar e comandar a IA, alcançando resultados melhores", orienta ela. Alguns setores terão mais benefícios com a IA do que outros, principalmente os que conseguirem usar as ferramentas para tarefas que incluem o desenvolvimento de software, criação de conteúdo, marketing e serviços legais, segundo Fu. Getty Images – via BBC Em vários experimentos, funcionários que tiveram um dia a mais para estar com a família e se divertir relataram ficar mais produtivos e felizes com o trabalho Na maioria dos casos, a inteligência artificial ainda terá um longo caminho pela frente até conseguir reduzir substancialmente as horas de trabalho humano. Mas, de qualquer forma, para que a incorporação da IA ao fluxo de trabalho das empresas de fato leve à adoção da semana de quatro dias, é preciso que os executivos comprem a ideia. E a adoção desse modelo pelos gestores irá variar dependendo do propósito e dos valores gerais de cada um, segundo Fu. Algumas empresas poderiam, por exemplo, usar a IA para executar tarefas simples e liberar seus funcionários não para que tenham um dia a mais de folga, mas simplesmente para que assumam novos projetos nesse tempo "livre". Ainda assim e mesmo com reservas, cada vez mais gestores veem a semana de trabalho reduzida como um futuro inevitável graças à tecnologia – incluindo os executivos de algumas das empresas mais rentáveis do mundo. Em outubro de 2023, por exemplo, o CEO (diretor-executivo) da JPMorgan Chase & Co., Jamie Dimon, declarou à Bloomberg TV que "seus filhos irão viver até os 100 anos e provavelmente irão trabalhar três dias e meio por semana." Agora, é esperar para ver. Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Worklife. Veja mais em: O que diz quem passa pelo teste da semana de 4 dias no Brasil

As mulheres que são vítimas de 'stalking': 'Tenho medo de sair de casa e não voltar'


Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontam para uma média de cerca de 155 casos de stalking registrados por dia nas delegacias brasileiras. Pedido de amizade nas redes sociais foi o início de stalking que virou caso de polícia, conta atriz Getty Images via BBC Quando a atriz Fernanda Antoniassi aceitou em 2020 uma solicitação de amizade de um perfil falso com a foto do ator britânico Henry Cavill, que deu vida ao Super-homem no cinema, ela não imaginava que começaria a ser perseguida por um desconhecido. Fernanda conta que, logo depois, a pessoa por trás do perfil falso passou a interagir com a atriz. “Sabia que era golpe, mas resolvi dar trela para juntar provas e fazer uma denúncia seguindo o conselho de uma amiga advogada.” Passados sete dias, Fernanda resolveu bloquear o perfil em suas redes sociais. “Foi quando ele passou a criar outros perfis e a me mandar solicitação sem parar. Para piorar, em alguns, ele até tentava fazer chamada de vídeo”. Fernanda estava sendo vítima de stalking, termo em inglês que designa o crime de perseguição no qual alguém invade repetidamente a vida privada da vítima presencialmente ou na internet. “Vivi essa situação durante semanas. Ele parava e, depois, voltava. Até que um dia, resolvi atender uma das ligações”. Foi quando, pela primeira vez, Fernanda conseguiu ver seu perseguidor: um homem que ela diz nunca ter visto antes. “Perguntei o que ele queria e disse que já tinha procurado a polícia", conta ela. "Foi quando ele me exigiu dinheiro para não matar minha mãe, porque ele dizia saber onde morava, mesmo sem eu nunca ter lhe falado.” Ao desligar a chamada, a atriz levou as gravações para a polícia. Mas ninguém foi formalmente acusado do crime até agora. “Nesse meio tempo, minha casa passou a ser rondada por carros, meu imóvel foi assaltado e já gravei dois drones a noite rondando a casa onde vivo com meus pais”, diz Fernanda. Stalking: como identificar e o que fazer quando se é vítima de perseguição A atriz que teve que passar a fazer tratamento para ansiedade após o caso: “Tenho medo dele estar mais próximo do que imagino”. Fernanda diz que a última tentativa de contato do perseguidor aconteceu no final de 2023. “Depois que publiquei um relato nas redes sociais, alertando outras mulheres, ele meio que parou, mas ainda sinto receio”, afirma a atriz. "Hoje, tenho medo de sair de casa e não voltar, pois não sei quando estou ou não sendo perseguida.” 'Mudei de endereço para ter paz': os relatos de vítimas de 'stalking', que pode dar 3 anos de prisão Stalking: entenda o que é esse crime, saiba identificar e veja como denunciar 155 casos por dia Histórias como a de Fernanda são mais comuns do que se imagina. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontam para uma média de cerca de 155 casos de stalking registrados por dia nas delegacias brasileiras. Para se ter uma ideia, apenas em 2022, 56.560 casos do tipo foram registrados no país. São Paulo (17.019), no Rio Grande do Sul (5.424) e no Paraná (4.801) são os que concentram a maior parte dos registros policiais de stalking no Brasil. Em geral, a maioria dos casos registrados envolvem vítimas mulheres, entre 16 e 24 anos, e homens como perseguidores. "Mas também existem registros de mulheres que perseguem homens”, diz Juliana Brandão, pesquisadora sênior do FBSP. No mundo, o termo stalking começou a ser usado no final da década de 1980 para descrever a perseguição insistente a celebridades pelos seus fãs. No entanto, foi apenas em 1990, na Califórnia, Estados Unidos, que a conduta passou a ser criminalizada pela primeira vez. Atualmente, países como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Austrália já possuem legislações específicas para lidar com o stalking. A lei que criminaliza o stalking no Brasil é de 2021 e prevê prisão de seis meses a dois anos e multa para esse tipo de conduta.  A pena pode ser aumentada quando a vítima é criança, adolescente, idoso ou mulher. O crime é definido como perseguição reiterada por qualquer meio, como a internet, que ameaça a integridade física e psicológica de alguém, interferindo na liberdade e na privacidade da vítima. Brandão explica que, por ser um crime novo na legislação brasileira, muitos casos ainda não são registrados, porque muitas vítimas não sabem que esse tipo de atitude é um crime. “Na maioria dos casos, o stalking acontece com o fim de um relacionamento, porém temos notado um crescimento de casos de desconhecidos que passam a perseguir mulheres pelas redes sociais, principalmente, quando estas se recusam a ter contato”, diz Brandão. “Nesse caso, falamos de cyberstalking, cuja perseguição acontece no ambiente virtual e acaba até tendo mais impactos na vida da vítima do que atos presenciais.” Solano de Camargo, presidente da Comissão de Privacidade, Proteção de Dados e Inteligência Artificial da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo, explica que o stalking se diferencia dos demais crimes contra a mulher pelo seu foco na perseguição persistente e indesejada. "Enquanto outros crimes, como a violência doméstica ou o assédio sexual, podem envolver atos isolados ou específicos de violência ou coerção, o stalking caracteriza-se pela repetição e pela persistência do comportamento persecutório”, diz Camargo. Pesquisadores ouvidos pela BBC News Brasil classificam o stalking em três níveis: Leve: inclui comportamentos como seguir a vítima nas redes sociais, enviar mensagens não solicitadas ou e-mails, e outras formas de comunicação indesejada. Embora possa ser perturbador, esse nível de stalking pode não representar uma ameaça física imediata. Moderado: pode envolver ações mais intrusivas, como seguir a vítima em público, aparecer repetidamente em lugares frequentados por ela, realizar ligações telefônicas frequentes ou enviar presentes não solicitados. Esse nível de stalking começa a ter um impacto mais significativo na sensação de segurança da vítima. Grave: caracteriza-se por comportamentos que representam uma ameaça direta à segurança da vítima, como perseguição física, invasão de propriedade, vandalismo, ameaças explicitas ou até mesmo violência física ou moral. Esse nível de stalking requer atenção imediata das autoridades e medidas de proteção para a vítima. Camargo ressalta que o stalking é um crime progressivo, o que significa que pode escalar de um nível mais leve para um mais grave ao longo do tempo. "Por isso, é absolutamente imprescindível que as vítimas de stalking busquem ajuda logo nos primeiros sinais de perseguição, para prevenir a escalada do comportamento abusivo do criminoso”, alerta. Em geral, maioria dos casos envolvem vítimas mulheres entre 16 e 24 anos, aponta especialista Getty Images via BBC 'Tremia de medo' A radialista sul-matogrossense Verlinda Robles começou a ser vítima de stalking em 2017. Tudo começou com uma ligação na rádio. Na época, ela apresentava um programa, e um ouvinte da cidade de Costa Rica, no interior do Mato Grosso do Sul, passou a ligar todos dias oferecendo uma música para Verlinda. “Sempre fui simpática com todos os ouvintes, mas fui percebendo que aquilo não era normal", diz ela. "Agradecia o carinho pelo meu trabalho, mas dizia que aquilo já estava fugindo do normal e pedia para ele parar de ligar.” Mas o pedido não surtiu efeito. O homem voltou a ligar para a rádio e a pedir para falar com a radialista. Verlinda voltou a pedir que ele parasse, mas ela diz que seu perseguidor "não queria entender”. Ela conta que a situação fugiu do controle quando o perseguidor que conseguiu seu número de telefone particular. “Era impressionante, não tinha hora. Ele me ligava no trabalho, a tarde e até de madrugada", diz. "Chegou em um ponto em que eu não atendia mais telefonemas, porque sempre era ele. Eu bloqueava um número, ele me ligava de outro.” Foi quando o perseguidor passou a fazer contato com Verlinda de outras formas e a ligar nos telefones de seus amigos. O homem passou a comprar presentes e a deixar na rádio, mas ela conta que recusava todos e pedia para devolver. "Mas ele continuava. Eu me sentia ofendida, porque já não bastasse a perseguição ele achava que podia me comprar. Lembro que, quando via ele, eu tremia de medo.” Em meio à perseguição, Verlinda resolveu se mudar em busca de novas oportunidades de trabalho. Do norte do Mato Grosso do Sul, a radialista foi morar no sul do Estado, onde acreditava estar livre do seu perseguidor. Passado alguns dias, um colega da rádio onde ela estava trabalhando falou para ela que tinha um homem que estava ligando todo dia me mandando um abraço. Era o perseguidor de Verlinda. Na mesma semana, ela entrou no site da operadora de telefonia para pegar um boleto para pagar sua conta. Foi quando Verlinda viu que já estava paga. "Na hora, achei estranho, pois sabia que não tinha feito o pagamento. Quando fui averiguar com a operadora, descobri que o endereço de entrega da conta tinha sido trocado e quem tinha pago era quem estava me perseguindo.” A radialista resolveu então denunciar o caso em suas redes sociais. A publicação feita em 2019 viralizou. 'Eu vivia com medo de alguém me fazer mal e nem sabia de quem tinha que correr na rua': um relato de quem sofreu com stalking Print de conversa entre Fernanda e perfil que utiliza o nome de ator e a perseguiu Reprodução via BBC "Não sei até hoje como ele conseguiu alterar meu endereço de pagamento. Para eu voltar para o meu endereço, foi uma odisseia.” A radialista também fez um boletim de ocorrência contra o homem e se tornou uma das primeiras vítimas de stalking no Brasil a conseguir uma medida protetiva contra um perseguidor. Verlinda diz que muita gente até hoje pergunta porque ela não o denunciou antes. "Sentia tanta vergonha de chegar na delegacia e os policias acharem que estava querendo aparecer que fui querendo fugir dele, sem procurar ajuda.” Com a medida protetiva, a perseguição cessou, conta Verlinda. Ela soube que, alguns meses depois, seu perseguidor morreu por problemas de saúde, mas os traumas ficaram. “Confesso que até hoje olho embaixo da cama ao chegar em casa por medo de ter alguém me perseguindo", diz. "Não alugo casa sem ter grades na janela; e até para me relacionar com as pessoas tenho dificuldade. É uma sombra que, infelizmente, levo na minha vida.” Como reagir e denunciar Daniel Barros, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP), explica que, quando a vítima de stalking é uma pessoa famosa, o perseguidor tem na maioria das vezes um transtorno mental. “O stalking com anônimos, na maior parte dos casos, não tem a ver com transtorno mental, tem a ver com gênero, do sujeito simplesmente não aceitar o fim do relacionamento ou ser rejeitado por alguém”, explica o psiquiatra. Um estudo publicado em 2009, no periódico Law and Human Behavior, que fez um perfil de 200 pessoas condenadas por stalking constatou que, em média, apenas 25% dos casos de perseguição duram mais de um ano. Segundo a pesquisa, o fator que levou à perseguição duradoura foi o vínculo que a vítima tinha com o autor. Assim, no caso de ex-maridos ou ex-namorados perseguidores, o stalking tende a durar mais. “O mais importante é não falar com o perseguidor", afirma Barros. "Não troque mensagem, não fale, não tenha nenhum contato e leve a sério a situação, pois falar com ele tende a aumentar esse comportamento, porque o perseguidor entende que conseguiu o que queria: sua atenção.” Jamila Ferrari, delegada coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) do estado de São Paulo diz que o principal sinal de que uma pessoa é vítima de stalking é passa a se sentir ameaçada pelas constantes investidas do perseguidor. “O enfrentamento sem dúvida é feito com informação. Informar constantemente às pessoas de que existe esse crime e punição para quem comete é uma das medidas mais importantes de prevenção”, diz a delegada. Atualmente, a vítima de stalking no Brasil pode procurar ajuda em qualquer delegacia de polícia. Contudo, especialistas dizem ser aconselhável que, em casos mais graves, que a pessoa perseguida busque apoio também de advogados, serviços de assistência psicológica e grupos de apoio. Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil recomendam algumas medidas que podem ajudar a diminuir as chances de ser vítima de stalking: Manter as informações pessoais privadas; Ajustar as configurações de privacidade nas redes sociais; Evitar compartilhar detalhes sobre rotina e localização; Estar atento a comportamentos suspeitos ou pessoas que pareçam estar seguindo ou monitorando de forma persistente. “Nessas situações, mediante provas e identificação do autor, a vítima pode obter na Justiça uma ordem de restrição contra o perseguidor, obrigando-o a manter distância da vítima, sob pena de ser preso em flagrante em caso de violação da ordem”, ressalta Solano. Veja como e quando denunciar o 'stalking', crime de perseguição Daniel Ivanaskas/G1

quinta-feira, 21 de março de 2024

Instagram desconecta contas de usuários e causa preocupação


Internautas acharam que tiveram seus perfis hackeados nesta quinta-feira (21). Usuários reclamam de instabilidade no Instagram na noite desta quinta-feira (21) Reprodução / Downdetector * O Instagram desconectou as contas de milhares de pessoas nesta quinta-feira (21). Foram 1.873 ocorrências registradas no site Downdetector. Os internautas desconfiaram de que tinham sido hackeados. Ao abrir o aplicativo pelo celular ou desktop, o usuário da rede social recebeu a seguinte mensagem: "Você foi desconectado. Entre novamente". Ao clicar no botão "entrar", o login era concluído. As ocorrências foram para: acessar o aplicativo móvel (66%); login (30%); postagem (4%). Procurada pelo g1, a Meta, empresa do Instagram, não retornou até a publicação da matéria. A instabilidade ocupou o topo dos assuntos mais comentados do X (antigo Twitter). Poucos minutos de instabilidade geraram repercussão e até memes: Instabilidade no Instagram gera repercussão no X (antigo Twitter) Reprodução/X Memes gerados após instabilidade do Instagram Reprodução/X Memes após Instagram desconectar contas dos usuários Reprodução/X Memes após o Instagram deslogar perfis dos usuários Reprodução/X Instagram e Facebook fora do ar e... PM procurado por morte de advogado se entrega Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

EUA processam Apple por monopólio no mercado de smartphones


Apple iPhone 15 Pro Max Divulgação O Departamento de Justiça dos EUA e mais quinze estados americanos processaram nesta quinta-feira (21) a Apple, alegando que a empresa monopolizou os mercados de smartphones. A Apple se junta a uma lista de grandes empresas de tecnologia processadas pelos reguladores dos EUA, incluindo Google, Meta e Amazon nas administrações do ex-presidente Donald Trump e do presidente Joe Biden. “Os consumidores não deveriam ter que pagar preços mais altos porque as empresas violam as leis antitruste”, disse o procurador-geral Merrick Garland em comunicado. “Se não for contestada, a Apple apenas continuará a fortalecer o seu monopólio dos smartphones.” O Departamento de Justiça, que também se juntou ao Distrito de Columbia no processo, alega que a Apple usa seu poder de mercado para obter mais dinheiro de consumidores, desenvolvedores, criadores de conteúdo, artistas, editores, pequenas empresas e comerciantes. A ação civil acusa a Apple de monopólio ilegal sobre smartphones mantido pela imposição de restrições contratuais e pela retenção de acesso crítico aos desenvolvedores, detalhou a agência de notícias Reuters. “Este processo ameaça quem somos e os princípios que diferenciam os produtos da Apple em mercados ferozmente competitivos. Se for bem sucedido, prejudicaria a nossa capacidade de criar o tipo de tecnologia que as pessoas esperam da Apple – onde hardware, software e serviços se cruzam”, afirmou Apple, em um comunicado.

Página falsa anuncia 'ingressos' para show esgotado de Caetano e Bethânia em SP


Site 'Aos fatos' afirma que o link chegou a aparecer entre os patrocinados na busca do Google, acima do endereço oficial de venda dos ingressos. Reclame Aqui também registra queixas. Maria Bethânia e Caetano Veloso em foto de divulgação da turnê conjunta Divulgação Uma página falsa anunciava na noite da última quarta-feira (20) supostos ingressos para o show esgotado de Caetano Veloso e Maria Bethânia que acontecerá no dia 14 de dezembro, em São Paulo. O site aparecia nos resultados na busca do Google por "ingressos Caetano e Bethânia" por volta das 21h e, durante o dia, chegou a figurar entre os anúncios da plataforma (links patrocinados), acima do endereço da página oficial de vendas, a Ticketmaster Brasil, conforme reportou o site "Aos fatos". Consumidores também deixaram relatos sobre o site falso no "Reclame Aqui", que reúne queixas contra empresas. "Procurei no Google por ingresso Caetano e Bethânia e o primeiro endereço localizado foi o caetanoebethania-ticketmaster.com", descreveu um comprador, mencionando o falso domínio. Ele afirmou que não recebeu nenhum tipo de confirmação pelos dois supostos ingressos que adquiriu, o que também foi relatado por outras pessoas que disseram ter comprado no site falso. Site falso anuncia ingressos para show esgotado de Caetano e Bethânia no dia 14 de dezembro, em São Paulo Reprodução Os ingressos para o show do dia 14 de dezembro acabaram ainda durante a manhã desta quinta-feira, pouco depois da abertura das vendas para o público geral. Na página oficial, a Ticketmaster Brasil divulgava na noite desta quinta que a data está esgotada e que informações serão divulgadas "em breve" sobre uma segunda data anunciada para São Paulo, dia 15 de dezembro. Já no site falso, que usa o nome da Ticketmaster no endereço e copia o visual da página oficial, era possível colocar no carrinho "ingressos" para a data esgotada, na noite desta quinta. De acordo com o "Aos fatos", o anúncio do site falso no Google informava o nome de uma pessoa física como responsável pelo impulsionamento e dizia que a identidade do anunciante tinha sido “verificada pelo Google". O que diz o Google Procurado pelo g1, o Google não confirmou se aquele anúncio específico chegou a ser veiculado e, posteriormente, derrubado. A empresa citou que "quando identificamos uma violação às nossas políticas, agimos imediatamente, suspendendo o anúncio e, até mesmo, bloqueando a conta do anunciante". E que tem "políticas robustas que delimitam a forma como pessoas e empresas podem anunciar produtos por meio do Google Ads, incluindo a proibição de anúncios que tentem confundir usuários e de produtos e serviços que induzam comportamento desonesto". "Se algum consumidor suspeitar ou for vítima de golpe, oferecemos uma ferramenta para denunciar violações de nossas políticas", finalizou o Google. Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes

quarta-feira, 20 de março de 2024

Neuralink revela paciente que recebeu 1º implante de chip cerebral


Nolan, um homem tetraplégico de 29 anos, recebeu o chip no fim de janeiro. Em transmissão no X (antigo Twitter), ele mostrou como está usando o equipamento para controlar seu computador. Neuralink faz demonstração com 1º paciente a receber seu chip cerebral A Neuralink revelou nesta quarta-feira (20) o paciente que recebeu o primeiro implante de chip cerebral da empresa, no fim de janeiro. Em uma transmissão ao vivo no X (antigo Twitter), ele demonstrou como usa o equipamento para controlar seu computador. Noland Arbaugh, um homem de 29 anos, disse que ficou tetraplégico em um acidente de carro oito anos atrás. "Não tenho sensação ou movimento abaixo da área da lesão, abaixo dos ombros", afirmou. Durante a transmissão, conduzida por Bliss Chapman, chefe de software da Neuralink, Nolan contou que uma das coisas que não conseguia fazer com frequência desde o acidente era jogar xadrez. "Agora, tudo está sendo feito com o meu cérebro", disse Nolan. Neuralink faz demonstração com paciente que recebeu 1º implante de chip cerebral Reprodução/Neuralink O vídeo mostrou o ponteiro de um mouse se mexendo na tela do computador, algo que, de acordo com Nolan, estava sendo feito a partir dos seus pensamentos. "Eu tenho muita sorte de fazer parte disso", afirmou. Ele também destacou que o implante não é perfeito e que ainda há alguns problemas. "Não quero que as pessoas pensem que é o fim da jornada, ainda há muito trabalho a ser feito. Mas já mudou a minha vida". Como é o chip cerebral implantado pela empresa de Elon Musk em uma pessoa 1º implante da Neuralink Nolan recebeu o primeiro chip cerebral da Neuralink, mas a empresa ainda não havia revelado o seu nome. O experimento aconteceu oito meses após autorização da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês). Antes de realizar o implante, a empresa abriu inscrições para voluntários, um processo exclusivo para pessoas com paralisia decorrente de lesão da medula espinhal cervical ou esclerose lateral amiotrófica. Biohacking: como e por que seres humanos estão implantando chips no próprio corpo Empresa de Elon Musk implanta chip em cérebro humano pela primeira vez Musk tem a ambição de, mais à frente, usar o chip para alcançar a telepatia, mas especialistas adiantam que a prática não é viável Arte/g1

França multa Google em 250 milhões de euros por usar conteúdos de jornais sem autorização


Órgão do país europeu alega que a gigante das buscas não vem cumprindo acordos firmados em 2019 de remuneração a veículos de imprensa. Por sua vez, empresa diz que valor da multa é 'desproporcional'. França multa Google em 250 milhões de euros por usar conteúdos de mídias Andrew Kelly/Reuters/Arquivo A Autoridade da Concorrência Francesa multou o Google em 250 milhões de euros (R$ 1,36 bilhão) por não cumprir um acordo que obriga a empresa a pagar aos meios de comunicação por utilizar seus conteúdos na internet. Em comunicado, a agência alega que o Google "descumpriu alguns dos seus compromissos assumidos em junho de 2022" no que diz respeito aos direitos da imprensa definidos pelo órgão. Em nota, o Google classificou a multa como "desproporcional" (leia o posicionamento abaixo). Os direitos foram estabelecidos em 2019 por uma diretriz europeia e permitem que jornais, revistas ou agências de notícias recebam pagamentos quando o seu conteúdo é utilizado em buscadores on-line, como o Google, que exibe trechos de notícias da imprensa nas páginas de resultados. A Autoridade critica a big tech por "não ter respeitado quatro dos sete compromissos" e, em particular, por "não ter negociado de boa-fé" com as editoras de imprensa para avaliar a remuneração com base nos direitos. Também destacou que o grupo americano utilizou "conteúdos de editoras e agências de notícias" sem alertá-las, com o objetivo de capacitar seu aplicativo de inteligência artificial Bard, atualmente chamado Gemini. O que diz o Google Em nota, o Google afirmou que considera o valor da multa "desproporcional" em "relação às infrações" apresentadas pela autoridade francesa. "Assumimos um compromisso porque é hora de virar a página e, como provam os nossos muitos acordos com as editoras, desejamos (...) trabalhar de forma construtiva com as editoras francesas", afirma o Google em um comunicado. CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes

Qual notebook escolher: básico, para estudar, gamer, 2 em 1 ou topo de linha?


Saiba quais são as configurações mínimas recomendadas na hora de pesquisar por um novo computador portátil em várias categorias. Pessoa digitando no teclado de um notebook Cottonbro Studio/Pexels Na hora de escolher um novo notebook, faz muita diferença entender termos como SSD, RAM e até mesmo saber qual é a geração do processador – a parte que cuida das tarefas do computador, como rodar programas e navegar na internet. A escolha correta desses componentes pode levar a ter uma máquina de desempenho melhor. ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp 💻 O Guia de Compras destacou as principais características de cinco categorias de notebooks: básicos, para estudar e trabalhar, para gamers, 2 em 1 (com telas sensíveis ao toque e que também podem ser usadas como tablets) e topo de linha. Veja abaixo: Guia de Compras: como escolher notebook Barbara Miranda/g1 O que significa cada termo: PROCESSADOR: Quanto mais poderoso e eficiente o processador – o “cérebro” do notebook – mais rápido e suave será o desempenho do notebook em tarefas como navegar na web, rodar programas e jogos. Então, um notebook para estudar não precisa de um chip tão poderoso quanto o de uma máquina para jogar, que exigirá mais desempenho para rodar o game sem travar. As fabricantes de processadores mais utilizadas em notebooks com Windows são a AMD e a Intel. A Apple produz seus próprios chips para computadores, que rodam o sistema operacional Mac OS. Vale notar a geração do chip Intel: a mais recente é a 14ª (identificada apenas como Core 3, 5, 7 ou 9). As gerações anteriores para prestar atenção são a 11ª, 12ª e 13ª (identificadas como Core i3, i5, i7 ou i9). Para AMD, as máquinas com chip Ryzen são as mais recentes (3, 5, 7 e 9). Tanto para chips Intel como AMD, quanto maior o número da família (3, 5, 7 e 9), maior será o desempenho do processador – internamente ele tem mais núcleos para executar tarefas simultâneas, para ficar em um exemplo. Essa diferença também se reflete no preço do notebook: um modelo com Core i3 ou Ryzen 3 será mais barato que um com Core 7 ou Ryzen 7. Para Apple, as classificações são, respectivamente, M3, M2 e M1. RAM: é o local onde os aplicativos e o sistema operacional acessam informações rápidas. A regra aqui é: quanto mais RAM, melhor. As máquinas mais baratas vêm com 4 GB de RAM, mas o mínimo recomendável para qualquer categoria é 8 GB ou mais. Grande parte dos notebooks pesquisados nas lojas on-line já vem com 8 GB de RAM. ARMAZENAMENTO INTERNO: O aconselhável é ter um notebook com SSD, um disco de estado sólido, que é mais rápido que o HD convencional. O mínimo de capacidade é 128 GB (que será ocupado em grande parte pelo sistema operacional Windows), mas também vale a regra de "quanto maior, melhor" para guardar fotos, vídeos, documentos e aplicativos. PLACA DE VÍDEO: Também conhecida como placa gráfica ou GPU (sigla para "unidade de processamento de gráficos", em inglês), é a responsável por toda a parte de processamento visual em um computador: gráficos, vídeos e efeitos – ou tudo que um game utiliza ao rodar. A placa de vídeo pode ser do tipo integrada – que compartilha recursos da máquina – ou dedicada, que não compartilha processamento com o resto do computador. E, conforme mais avançada a placa de vídeo, mais caro fica o notebook. A GPU será indicada pela marca do fabricante: Intel Xe, AMD Radeon ou NVidia GTX ou RTX. TELA: O tamanho de tela importa pelo tipo de uso – um modelo de 15 polegadas cabe na mochila e pode não ser muito pesado, sendo indicado para trabalhar e estudar. Já um notebook com display de 17” é mais difícil de levar por aí, mas tem mais "espaço" para rodar vídeos em alta definição e games em tela cheia. O recomendável é que a tela tenha resolução Full HD (1.920 x 1.080 pixels) para mais ter detalhes na visualização. Máquinas mais baratas virão com resolução HD (720p). Os notebooks gamers têm telas com altas taxas de atualização (120Hz, 144Hz ou superior). Isso corresponde a quantas vezes a tela "pisca" para atualizar por segundo. Quanto maior o número, mais rápido o notebook recarrega as informações demonstradas e deixa a sensação de uso com maior fluidez nos games. CHEQUE AS ESPECIFICAÇÕES: as marcas muitas vezes vendem os notebooks com o mesmo nome e configurações técnicas distintas – e isso pode ter uma variação no preço nas lojas on-line. Outros guias: 2 EM 1: g1 testa quatro modelos do portátil PARA ESTUDAR E TRABALHAR: avaliação de 6 notebooks GAMER: como escolher uma máquina para jogar TODOS OS GUIAS DE COMPRAS ATENÇÃO AO SISTEMA OPERACIONAL: alguns fabricantes oferecem versões mais baratas dos seus notebooks com sistema operacional Linux – principalmente nas configurações mais simples. Isso não é um problema para quem precisa apenas editar textos e navegar na web, mas pode ser para quem precisa de aplicativos específicos para Windows ou rodar jogos. Na hora da compra, verifique se tem Windows 11 – a versão mais recente – pré-instalada no computador. Veja a seguir uma lista de notebooks selecionados pelo Guia de Compras, por categoria: Básicos Os modelos de notebooks mais básicos custavam entre R$ 2.100 e R$ 3.000 nas lojas on-line consultadas em março. Acer Aspire 3 ASUS Vivobook Go E1504FA Dell Inspiron Core i3 HP 240 G8 Lenovo Ideapad 3i Para estudar/trabalhar Os notebooks para trabalhar e estudar eram vendidos, em março, na faixa entre R$ 3.500 e R$ 4.400 nas lojas da internet pesquisadas. Acer Aspire 5 Avell B.on Lite New Dell Inspiron 15 LG UltraSlim Samsung Galaxy Book2 Vaio Fe15 2 em 1 Os modelos 2 em 1, com tela dobrável e sensível ao toque, eram vendidos entre R$ 4.800 e R$ 7.900 nas lojas on-line pesquisadas em março. Acer Aspire 5 Spin Touch Lenovo Yoga Slim 6i Samsung Galaxy Book3 360 Para gamers Os notebooks gamers são os modelos com a maior variação de preço, por conta de configurações mais simples ou mais avançadas. O modelo da Lenovo custava na faixa de R$ 5.000 em março, o da Dell, R$ 12.000 e o da Asus, R$ 29.000. Os valores foram consultados nas principais lojas on-line no meio de março. Asus ROG Strix G17 Dell Alienware M16 Lenovo LOQ Topo de linha Notebooks topo de linha, ou premium, oferecem as configurações e recursos mais avançados – é a única categoria que dá para encaixar um modelo recente da Apple. Os preços iam de R$ 12.500 a R$ 16.000 nas lojas on-line pesquisadas em março. Apple MacBook Pro 14" Asus Zenbook 14X OLED Samsung Galaxy Book3 Ultra Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável. Guia de compras: como escolher um tablet

Enviar foto de pênis não solicitada é motivo de prisão no Reino Unido


Homem admitiu ter enviado imagens pornográficas a jovem de 15 anos e a uma outra mulher. WhatsApp, Twitter, Facebook, Instagram e YouTube Alessandro Feitosa Jr/g1 Um homem foi condenado por pedofilia após enviar uma foto de seu pênis ereto a uma jovem de 15 anos. Ele se tornou a primeira pessoa presa por cyberflashing na Inglaterra e no País de Gales. O agressor sexual identificado como Nicholas Hawkes, de 39 anos, da cidade inglesa de Basildon, no condado de Essex, também enviou fotos não solicitadas a uma mulher. A mulher tirou prints da imagem do WhatsApp enviada em 9 de fevereiro e denunciou à polícia no mesmo dia. Hawkes, que admitiu as duas acusações, está preso há pouco mais de 15 meses. O crime praticado por ele foi tipificado de acordo com a Lei de Segurança Online, que entrou em vigor em 31 de janeiro na Inglaterra. Ao anunciar a sentença, a juíza Samantha Leigh disse que Hawkes estava "perturbado" e tinha uma "visão distorcida de si mesmo e de sua sexualidade". O cyberflashing é um ato que normalmente envolve um infrator que envia uma imagem explícita não solicitada a pessoas por meio de uma plataforma online, como aplicativos de mensagens e redes sociais. Celular pode ser aliado para descobrir câmeras escondidas em quartos; veja como se proteger 'Indivíduo perigoso' Hawkes já era fichado como agressor sexual após ter sido denunciado no ano passado por exposição e atividade sexual com uma jovem menor de 16 anos. Agora ele foi condenado a 66 semanas de prisão por dois crimes de envio de fotografia ou filme de órgãos genitais para causar choque, angústia ou humilhação, e por violar ordens judiciais anteriores. Hawkes deve cumprir uma ordem de restrição de 10 anos e estará sujeito a uma ordem de prevenção de danos sexuais de 15 anos, que pode, por exemplo, limitar o acesso dele à internet. James Gray, da Polícia de Essex, disse que o réu "provou ser um indivíduo perigoso". "Os criminosos podem pensar que, ao ofenderem online, têm menos probabilidades de serem pegos, mas esse não é o caso", acrescentou. Hannah von Dadelszen, vice-procuradora-chefe do Leste da Inglaterra, elogiou a rapidez da justiça no caso e disse que a nova legislação é uma ferramenta "realmente importante" para os promotores. "O cyberflashing é um crime grave que deixa um impacto duradouro nas vítimas, mas muitas vezes pode ser descartado como uma 'brincadeira' impensada ou uma piada inofensiva." "Assim como aqueles que cometem atentados ao pudor no mundo físico podem esperar enfrentar as consequências, o mesmo acontece com os infratores que cometem seus crimes online; se esconder atrás de uma tela não o esconde da lei." Como denunciar postagens no Instagram, TikTok e Kwai e em outras redes sociais Foto de Kate: clique e veja detalhes que despertaram desconfiança sobre a imagem "O cyberflashing é um crime degradante e angustiante que não pode ser tolerado ou normalizado", disse o secretário da Justiça, Alex Chalk. "Mudamos a lei para que aqueles que cometem esses atos vis passem algum tempo atrás das grades, e a sentença de hoje é um recado claro de que tal comportamento terá consequências graves." A professora Clare McGlynn, autora de Cyber-flashing: Recognizing Harms, Reforming Laws ("Cyberflashing: reconhecendo danos, reformando leis", em tradução literal), disse ao programa Today da BBC Radio 4 que temia que ainda permanecessem lacunas na lei. Ela disse que era um "limiar difícil" para os promotores provarem se um réu pretendia causar choque, angústia ou humilhação. "Eles dizem que foi uma forma de brincadeira ou que estavam fazendo isso apenas para rir e não tinham intenção de fazer mal", disse McGlynn, da Universidade de Durham. "Mesmo que saibamos que não é o caso, temos que provar a intenção de causar sofrimento." A atriz, apresentadora e comediante Emily Atack Little Gem Productions/BBC TikTok sob pressão: por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA A questão do cyberflashing foi explorada em um documentário da BBC Two no ano passado chamado Emily Atack: Asking for It? Atack, a atriz, apresentadora e ativista compartilhou sua experiência pessoal de cyberflashing e assédio online. Em declarações ao programa Today, Atack disse que estava "sofrendo em silêncio" depois de ter recebido "milhares e milhares" de imagens não solicitadas online. "Eu estava recebendo mensagens de diferentes homens, diferentes imagens, vídeos — qualquer coisa que você possa imaginar", disse ela, de 34 anos. "Descobri que isso estava realmente destruindo quem eu era como pessoa e questionando todo o meu ser, tudo o que eu era como mulher." "Esses comportamentos foram normalizados desde o início dos tempos e isso é algo que realmente precisamos observar." LEIA TAMBÉM: Teve um nude vazado? Saiba como juntar provas, denunciar e pedir remoção da internet 'Ele quis me aniquilar viva': saiba o que é pornografia de revanche e conheça histórias de vítimas STALKING: saiba quando a perseguição na internet se torna crime Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como denunciar

IA no celular: o que vale a pena usar? g1 testou funções no iPhone 16e, Moto Razr 60 Ultra e Galaxy S25 Edge

Cada marca diz que as funções de inteligência artificial do seu smartphone é algo imprescindível de usar. Mas é mais comum esquecer ...