Um quarto dos celulares vendidos no Brasil é irregular, diz associação de fabricantes de eletrônicos


Entidade culpa os marketplaces, dizendo que falta fiscalização contra produtos contrabandeados. Imagem de arquivo mostra pessoa usando celular Tânia Rêgo/Agência Brasil O volume de celulares vendidos ilegalmente no Brasil mais que dobrou em apenas um ano, diz a associação de fabricantes de produtos eletroeletrônicos (Abinee). Segundo dados divulgados pela entidade na última terça-feira (26), a quantidade de aparelhos ilegais passou de 10% do mercado total de telefones celulares no Brasil em 2022 para 25% no último trimestre de 2023, fechando o ano com um total de 6,2 milhões. O estudo cita levantamento da empresa de pesquisa de mercado IDC. A Abinee estima que 90% do total de smartphones contrabandeados hoje no Brasil sejam vendidos via marketplaces, com valor 38% abaixo do praticado no mercado oficial. E que, com isso, R$ 4 bilhões deixem de ser arrecadados em impostos em função da evasão fiscal com esses produtos. "O problema é que o modelo de venda dos marketplaces facilita a venda de produtos irregulares, uma vez que um site abarca diferentes vendedores, e muitos deles agem na ilegalidade", afirmou Humberto Barbato, presidente da associação, sem citar nomes de locais de venda. O que fazer se o celular cair na água? O que dizem as lojas Procurado pela Reuters, o Mercado Livre, maior marketplace do Brasil, disse atuar "proativamente" para coibir tentativas de mau uso de sua plataforma. "Assim que um produto irregular é identificado na plataforma, o anúncio é excluído e o vendedor notificado, podendo até ser banido definitivamente", afirmou a companhia em nota, reiterando que colabora com a Anatel e com fabricantes de celulares no combate a mercadorias irregulares. A Amazon disse que exige por contrato que todos os produtos ofertados no site possuam licenças, autorizações, certificações e homologações necessárias, e declarações de que cumprirão as leis aplicáveis. "A eventual infração dessas obrigações previstas em contrato pode acarretar a suspensão e interrupção das vendas dos seus produtos, a consequente destruição de qualquer inventário existente nos centros de distribuição da Amazon sem direito a reembolso, bem como o bloqueio da sua conta de vendedor", afirmou a empresa. A Aliexpress, outro gigante do comércio eletrônico, não respondeu de imediato a pedido de comentários da Reuters. VÍDEO: Saiba o que fazer se seu celular for roubado Saiba se está sendo vigiado: veja sinais um celular infectado com aplicativo espião

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Busca do Google vai liberar para todo mundo respostas feitas por IA; entenda as novidades

Globo promove encontro para universitários sobre segurança da informação

Ações da rede social de Trump sobem 40% no 1º dia de negociações nos EUA