quarta-feira, 31 de julho de 2024

'Aceito', diz Elon Musk, depois de Maduro perguntar se ele 'quer briga'


Bilionário afirmou ainda que o presidente da Venezuela 'vai amarelar'. Maduro acusa dono do X de querer desestabilizar o país após sua reeleição ser questionada pela comunidade internacional. Maduro e Musk Maduro (Reuters) e Elon Musk (Agência Brasil) Um dia depois de o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, perguntar se Elon Musk "quer briga", o bilionário postou um "aceito", nesta quarta-feira (31), em seu perfil no X. Musk, que é o dono da rede social, ainda comentou em outra postagem que repercutia o assunto: "Ele vai amarelar". "Quer controlar o mundo, já controla a Argentina (...) Você quer briga, Elon Musk? Estou pronto, sou filho de (Simón) Bolívar e (Hugo) Chávez, não tenho medo de você", disse Maduro, na última terça, segundo a agência France Presse. O presidente da Venezuela tem acusado Musk de estar por trás de um suposto ataque hacker que atrasou a divulgação do resultado das eleições venezuelanas no domingo passado (28). E de ser um dos que promovem uma tentativa de desestabilização do país. Maduro se encaminha para um terceiro mandato consecutivo, com o qual ficaria por 18 anos no poder. Mas o país vive uma onda de protestos liderados pela oposição, que questiona a reeleição do presidente e pede transparência para o resultados das urnas. A Organização dos Estados Americanos (OEA) também não reconheceu o resultado das eleições. Nesta quarta, Musk respondeu à provocação do venezuelano e disse ainda que "Maduro é um cara grande e que provavelmente sabe lutar". Musk já 'desafiou' Zuckerberg e Putin Colecionador de polêmicas, Musk, que comprou o antigo Twitter em 2021 e o transformou em X, já propôs duelos para outras figuras públicas. Há menos de um ano, chamou para uma luta o presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, dona de WhatsApp, Instagram e Facebook. Musk disse que a disputa aconteceria em um cage ("jaula", em inglês"), que são palcos de combate de artes marciais mistas ou MMA. E O "rival" reagiu com a frase "Me passa o local". E a possibilidade do duelo alimentou por semanas as redes sociais, mas nunca foi além dos posts. Em 2022, Musk desafiou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para um "duelo" pelo "controle" da Ucrânia.

Rebeca Andrade é alvo do golpe do 'falso familiar' no WhatsApp; veja como se proteger


Em seu Instagram, a atleta denunciou que criminosos estão se passando por ela no app de mensagens para pedir dinheiro a familiares e amigos. Rebeca Andrade é alvo do golpe do 'falso familiar' no WhatsApp; veja como se proteger Reprodução/Instagram Poucas horas depois de conquistar o bronze na ginástica artística por equipes nas Olímpiadas de Paris, a ginasta Rebeca Andrade usou o Instagram para informar que está sendo vítima do golpe do "falso familiar" no WhatsApp (veja como se proteger). 📱 Golpes no Whatsapp: saiba como se proteger "Gente, eu já estava dormindo, mas acordei com mensagem dos meus familiares dizendo que tem alguém se passando por mim e pedindo dinheiro no WhatsApp! Por favor, não mandem dinheiro pra ninguém", escreveu Rebeca em um story. No print, é possível ver que o golpista que se passa por ela pede uma transferência de R$ 300 para pagar a conta de uma comemoração após a vitória em Paris (veja na imagem abaixo). Veja como se proteger 📢 ao perceber que você é uma vítima do "falso familiar" no WhatsApp, entre em contato com seus amigos e familiares para que eles fiquem cientes que estão se passando por você; 🚨 registre um boletim de ocorrência (BO); 🔐 entre em contato com o suporte do WhatsApp para denunciar o golpe envolvendo o seu nome; 📞 se conseguir identificar a operadora, fale com a empresa para informar que aquele número vem sendo usado para golpes; 📱 como método de prevenção, limite quem pode visualizar a sua foto e status do WhatsApp. Nas configurações do app, em "privacidade", mude a visualização para "apenas meus contatos" em vez "todos". ➡️ Como funciona a ação dos criminosos Esse é um dos golpes mais comuns no WhatsApp. Os criminosos criam uma conta no app de mensagens com um novo número, e utilizam nome, foto de perfil e até o status da vítima. Em seguida, eles entram em contato com familiares, dizendo que "trocou de número" e pedem dinheiro "emprestado". Em setembro de 2023, investigadores do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) explicou que esses golpistas geralmente buscam por imagens de um familiar do alvo nas redes sociais, criam contas bancárias para receber as transferências e pedem PIX que variam entre R$ 1 mil e R$ 5 mil. Rebeca Andrade é alvo do golpe do 'falso familiar' no WhatsApp; veja como se proteger Reprodução/Instagram Brasil manda 4x mais áudios no WhatsApp do que outros países Brasil manda 4x mais áudios no WhatsApp do que outros países, diz Zuckerberg Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético? Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético? Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

Como limpar a tela do celular?


Marcas de dedos, sujeira, poeira... fazer a higienização do smartphone não requer muitos passos, mas é preciso tomar cuidado com os materiais utilizados. Mulher limpa a tela do seu celular com um pano macio Tirachardz/Freepik A tela do celular é um "ímã" de impressões digitais. Por mais que o dono do aparelho tente manter o display limpo, é uma tarefa quase impossível. 👉 Além das marcas de dedos, tem um monte de vírus e bactérias que habitam o smartphone. ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp 👍 O que fazer A limpeza eficiente da tela do celular é feita de maneira simples. 🧽 Os materiais necessários são um pano macio sem fiapos, como os de microfibra, e álcool isopropílico. Esse é o álcool mais indicado para uso em produtos eletrônicos. A Samsung informa que água destilada ou álcool etílico (aquele usado em casa para limpeza) também funcionam. Produtos conhecidos como "limpa telas" até podem ser utilizados, mas verifique antes os componentes e dê preferência aos com álcool isopropílico em sua composição. 🔌 O primeiro passo é desligar o celular antes do procedimento e remover a capinha, se tiver. Depois, de acordo com os fabricantes, umedeça levemente o pano com o álcool isopropílico e limpe as partes externas do celular. Tenha cuidado para não deixar entrar umidade nas aberturas – como o encaixe para o carregador de energia e as pequenas frestas do aparelho. 👎O que não fazer ❌ Outros produtos de limpeza, incluindo alvejantes, não são recomendados para limpar a tela do celular, de acordo com a Apple. Caso o produto que você vai usar seja em spray, nunca espirre direto na tela, ressalta a Motorola. Como limpar a tela do celular, de acordo com a Samsung Reprodução E a tela de um celular dobrável? Nos aparelhos com telas que dobram ao meio, o recomendado pelos fabricantes de celulares é utilizar somente um pano de limpeza macio sem fiapos na parte interna dos aparelhos. ❌ Nada de usar líquidos nesses aparelhos. A limpeza deve ser suave, sem pressionar o display, que pode ser danificado sob pressão forte dos dedos ou de objetos. Veja a seguir uma lista com sugestões de smartphones e também de produtos para limpar a tela do celular. Os itens de limpeza custavam entre R$ 15 e R$ 50 nas lojas on-line pesquisadas no final de julho. Os celulares saíam entre R$ 2.300 e R$ 6.000. Álcool isopropílico Implastec 250 ml Pano de microfibra Laune Haus 30 x 30 cm Rolo com 25 panos de microfibra Lyor 20 x 40 cm Kit com 3 panos de microfibra Tramontina 40 x 40 cm Celulares Apple iPhone 15 Plus Moto G85 Samsung Galaxy M55 Poco X6 Pro Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável. Saiba o que fazer se o celular cair na água

Ministério da Fazenda publica portaria que determina regras para jogos de aposta online


Texto era o mais esperado pelo setor de apostas porque, segundo Magnho José, presidente do Instituto Jogo Legal (IJL), os jogos online representam mais de 60% do faturamento desse mercado. Foto de um aplicativo de apostas Joédson Alves/Agência Brasil O Ministério da Fazenda publicou uma portaria nesta quarta-feira (31) que autoriza o funcionamento de jogos de aposta online. A pasta definiu quais serão as regras que as plataformas precisarão seguir para oferecerem esses jogos. A portaria: Define o que são jogos online, estúdios de jogo ao vivo, jogos multiapostador, fantasy sports, jogos de habilidade, jogos P2P (peer-to-peer) Define regras para fatores de multiplicação de ganhos dos apostadores e tabelas de pagamentos. Define requisitos técnicos para que jogos online e estúdios de jogos ao vivo sejam ofertados O texto era o mais esperado pelo setor de apostas porque, segundo Magnho José, presidente do Instituto Jogo Legal (IJL), os jogos online representam mais de 60% do faturamento desse mercado. "E, a depender do que estivesse escrito, os sites iriam decidir se prediriam licença para operar no país". 🎰 Até o momento, apenas cinco empresas pediram autorização: Kaizen (dona da marca Betano), MMD Tecnologia, Ventmear Brasil, Big Brazil Tecnologia e SPRBTBR. 🐯 Portaria autoriza jogo do tigrinho? Há cerca de 15 dias, integrantes do Ministério da Fazenda (MF) afirmaram ao g1 que o jogo do Tigrinho poderia ser oferecido pelas plataformas, caso sofresse algumas adaptações na estrutura – que não foram detalhadas na época. O g1 entrou em contato com a Secretaria de Prêmios e Apostas e com a pasta para entender quais serão os ajustes necessários, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem. Os integrantes do MF justificaram que as mudanças precisarão ser feitas, mas que o jogo do tigrinho poderá ser oferecido porque tem quota fixa, ou seja, o apostador sabe quanto ganhará a depender de quanto apostar, e o resultado é determinado de forma aleatória, a partir de um gerador randômico de números, símbolos, figuras ou objetos. Os dois conceitos são reconhecidos como legais pela lei 14.790/2023. Por ora, o debate segue em aberto. De todo modo, os integrantes do Ministério da Fazenda informaram que a pasta não vai intervir nos jogos que estiverem fora da legislação, pois o prazo de adaptação termina em dezembro e a lei passa a valer efetivamente em janeiro de 2025.

Secretaria Nacional do Consumidor define novas regras de transparência para dados e anúncios em plataformas digitais

Novas regras estipulam que cada plataforma deve manter uma "Application Programming Interface" (API), espécie de repositório digital, que possa ser acessado para busca de informações sobre o conteúdo veiculado, incluindo informações sobre anúncios. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom) publicou uma nota técnica nesta terça-feira (30) com novos critérios de transparência para plataformas digitais. As plataformas terão um prazo de quatro meses para adequar seus anúncios aos critérios estabelecidos e um ano para os dados em geral veiculados em seus domínios. As novas regras estipulam que cada plataforma deve manter uma "Application Programming Interface" (API), espécie de repositório digital, que possa ser acessado para busca de informações sobre o conteúdo veiculado, incluindo informações sobre anúncios. A plataforma precisará publicar na internet a documentação para o uso desse repositório, que não poderá demandar cadastro e login para acesso. Ou seja, a pesquisa deverá ocorrer de forma livre e transparente por qualquer pessoa. Por meio dessa interface, as plataformas precisarão garantir a possibilidade de recuperação de dados de quaisquer anúncios feitos, bem como os textos exibidos e links para mídias. A plataforma deve garantir a recuperação de dados recém-publicados quase em tempo real à publicação, permitindo o acesso aos dados em até uma hora após a publicação do conteúdo na plataforma digital. Anúncios fraudulentos veiculados em redes sociais usam indevidamente a imagem de ministros do Supremo O repositório de dados deve conter informações sobre a idade e o gênero do público atingido pelos anúncios veiculados no último ano, além da localização geográfica das pessoas que tiveram contato com o anúncio. As plataformas deverão ser transparentes também sobre os promotores dos anúncios, apontando quem pagou pelo impulsionamento e os dias em que os anúncios foram veiculados. Leia também: Falta de legislação sobre conteúdo dos anúncios nas redes sociais gera ambiente inseguro para as mulheres, mostra pesquisa Anúncios fraudulentos veiculados em redes sociais usam indevidamente a imagem de ministros do Supremo "As plataformas digitais não são agentes neutros e passivos em relação aos conteúdos que nelas transitam, na medida em que exercem atividade de mediação dos conteúdos exibidos para os seus usuários, definindo o que será exibido, o que pode ser moderado, o alcance das publicações e o direcionamento das recomendações de conteúdos e de contas", diz o documento assinado pelo Secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous. Ainda que um anúncio seja excluído, o dado sobre ele deve ser mantido na base de dados, com a sinalização do motivo da exclusão e da data da remoção. A diretora do Netlab, Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais da UFRJ, Marie Santini, considera que as novas regras colocam o Brasil no patamar do que já é exigido na União Europeia. "Nós consideramos as medidas importantes, especialmente porque o que está sendo exigido é algo que essas plataformas oferecem em outros países, como os da União Europeia, e deveriam oferecer no Brasil também." Segundo ela, as gigantes digitais precisam tratar os consumidores de forma isonômica, garantindo o mesmo nível de transparência. "É preciso tratar os consumidores brasileiros com a mesma transparência que tratam os consumidores europeus. Ainda não existe uma regulamentação específica para plataformas no Brasil, mas existe o Código de Defesa do Consumidor, que estabelece as regras para as relações de consumo. E os usuários têm uma relação de consumo com as plataformas", afirma Santini. IA e interações O repositório também deve sinalizar, de forma clara e inequívoca, conteúdos produzidos por Inteligência Artificial. No caso de anúncios que permitem interações, a interface do repositório de anúncios da plataforma ou da rede de publicidade deve permitir a recuperação de dados atualizados referentes ao total de interações realizadas por usuários, como curtidas, comentários, compartilhamentos e cliques.

terça-feira, 30 de julho de 2024

Lula recebe Plano Brasileiro de Inteligência Artificial em cerimônia em Brasília


Prévia do projeto foi entregue nesta terça, durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Lula recebe Plano Brasileiro de Inteligência Artificial Beatriz Borges/g1 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta terça-feira (30) uma prévia do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). A entrega foi feita durante a cerimônia de abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que aconteceu no espaço Brasil 21, em Brasília. Com três dias de debate, o evento tem como objetivo definir ações do governo no setor de ciência e tecnologia e construir uma nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para ser implementada até 2030. Inteligência artificial: regulamentação a passos lentos O PBIA foi encomendado por Lula em março deste ano e aprovado pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) nesta segunda-feira (29). "Sempre disse que uma democracia não é um pacto de silêncio, é uma sociedade brigando e exigindo coisas que ela ainda não tem", disse Lula na ocasião. O presidente destacou o momento como importante para a história do Brasil. "O que vocês fizeram hoje de me entregar um documento sobre uma inteligência artificial pensada pelos cientistas brasileiros é um marco para este país", afirmou. Segundo Lula, na semana que vem, ele vai apresentar o plano numa reunião ministerial. "Eu vou ter uma reunião com ministros para apresentar a proposta e, a partir daí, vamos tomar decisão para saber como vamos fazer essa coisa acontecer", prosseguiu Lula. De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o plano tem entre seus objetivos promover o desenvolvimento tecnológico nacional e promover a “liderança global” do Brasil na área de Inteligência Artificial. O plano foi organizado com base em cinco eixos: Infraestrutura e Desenvolvimento de IA; Difusão, Formação e Capacitação; IA para Melhoria dos Serviços Públicos; IA para Inovação Empresarial; Apoio ao Processo Regulatório e de Governança da IA. O plano de ação prevê um investimento de R$ 23,03 bilhões em ações no setor somando todas as medidas previstas (ações de impacto imediato e os cinco eixos de atuação) entre os anos de 2024 e 2028. O plano traz várias fontes de financiamento, entre elas, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e investimentos da iniciativa privada. Durante o discurso, Lula falou sobre como surgiu a ideia de criação do mecanismo. Ele disse que já estava cansado de tanto ouvir tanto sobre inteligência artificial e se questionou: "se essa coisa é tão boa, porque ela é artificial? E pode ser manipulada pela inteligência humana?" Nesse mesmo contexto, Lula voltou a criticar as "big techs", como são conhecidas Apple, Microsoft, Meta (dona de Facebook, Instagram e WhatsApp), Alphabet (dona do Google) e Amazon. "No fundo no fundo, é a inteligência humana que pode aperfeiçoá-la, porque [a IA] nada mais é que a capacidade de fazer a coletânea de todos os dados e a gente tem as 'big techs' que fazem isso sem pedir licença, sem pagar imposto e ainda cobram dinheiro e ficam ricad por conta de divulgar coisas que não deveriam ser divulgadas", disse o presidente. "E eu fiquei pensando: será que nós, um país com 200 milhões de habitantes, um país que já completou 524 anos, (...) que tem uma base intelectual respeitada no mundo, que tem um povo tão generoso, que vive na diversidade tão extraordinária, esse país não pode criar seu próprio mecanismo ao invés de esperar vir de outros países. Porque não podemos ter a nossa?", completou. Diversas autoridades compareceram ao evento, entre elas, a ministra Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), o ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência da República), a ministra Nísia Trindade (Saúde), o ministro Camilo Santana (Educação) e o ministro Marcos Antônio Amaro dos Santos (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República). Defesa da regularização No início do mês, Lula disse que cientistas brasileiros precisavam "criar vergonha" e desenvolver uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) brasileira. Na ocasião, o presidente afirmou ainda que se reuniu com o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e pediu apresentação do Plano Brasileiro para Inteligência Artificial. O conselho reúne cientistas de todo país e está vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pasta chefiada pela ministra Luciana Santos. A declaração foi feita durante a Cerimônia de premiação das Olimpíadas Brasileiras de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), no Rio de Janeiro. No começo do ano, o presidente Lula chegou a afirmar que o Brasil não precisava de Inteligência Artificial, mas seria necessário regularizar o uso da ferramenta. Congresso No Congresso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) apresentou um projeto para regular a inteligência artificial no país. O texto está sob análise da comissão temporária sobre inteligência artificial. A relatoria é do senador Eduardo Gomes (PL-TO).

Google vai permitir pagamento por PIX em sua carteira digital


Função será disponibilizada em parceria com o C6 Bank e com o Picpay. Google funcionará como um iniciador de pagamentos, com acesso às contas por meio do open finance. Escritório do Google em São Paulo. Divulgação/ Google O Google vai permitir o pagamento por PIX em sua carteira digital. O lançamento foi anunciado nesta terça-feira (30), em parceria com o C6 Bank e com o PicPay. Segundo a diretora de operações de pagamentos do Google Pay para a América Latina, Elisa Joia, as transações por meio do PIX poderão ser feitas de três maneiras: Transferência via chave de pagamento; Transferência via leitura de QR Code; e Transferência por meio do PIX Copia e Cola. A executiva explica que, inicialmente, a modalidade só estará disponível para alguns usuários da carteira digital do Google e terá, a princípio, um limite de transação pequeno. "A ideia de o lançamento ser pequeno é podermos entender como é o comportamento do usuário em relação ao limite. Então estamos trabalhando, nesse momento, com um limite fixo", disse a executiva, sem especificar de quanto será esse limite. Segundo Joia, o lançamento acontecerá de forma gradativa e ainda não há previsão de quando a modalidade estará disponível para o público geral. A ideia é que o Google funcione como um iniciador de pagamentos, ou seja, ele será responsável por autorizar a transação entre duas instituições, diminuindo, assim, o que o mercado chama de "fricção" — quando o usuário precisa acessar o aplicativo do banco para conseguir realizar a transação. A disponibilidade do PIX como meio de pagamento na carteira digital do Google acontece por meio do open finance, um sistema de compartilhamento de dados financeiros supervisionado pelo Banco Central e que visa facilitar a criação de serviços mais customizados para os clientes. Segundo o diretor de produtos para pessoas físicas do C6 Bank, Maxnaun Gutierrez, o PIX tem tido um papel "importantíssimo" no mercado financeiro brasileiro. Atualmente, de acordo com o executivo, 25 milhões de estabelecimentos aceitam PIX — número mais de 60% maior do que o total de lojas que aceitam cartões (15 milhões). "O que esperamos agora é que a gente tenha escala na experiência e adoção do cliente, principalmente no e-commerce", disse o executivo, reiterando que é justamente a redução da fricção na operação que deve trazer escala para a nova modalidade. "Hoje, para usar PIX do e-commerce, há uma dificuldade porque o cliente precisa sair do ambiente de compra, ir para o ambiente da instituição financeira e depois voltar. Já com a jornada sem direcionamento, o cliente vai conseguir resolver tudo ali no momento em que ele está efetivando a compra, de forma mais fluida, fácil e simples", completou Gutierrez. Entenda as novas regras do Pix, que valem a partir de 1º de novembro Segurança O Google ainda reforçou uma série de medidas voltadas para a segurança do usuário que quiser utilizar o PIX com meio de pagamento em sua carteira digital. De acordo com Joia, além do vínculo de compra — que obriga o usuário a ter a instituição financeira instalada no aparelho, para verificação — há soluções de criptografia e de reporte de fraude e um "rigoroso processo de verificação e autenticação". "A instituição financeira pode tomar a decisão de aprovar ou não a transação, sempre usando ferramentas de autenticação. A tecnologia sempre vai garantir que é aquele usuário usando aquele aparelho para fazer transação", disse a executiva, reiterando que ainda há soluções na carteira com alternativas para casos de roubo. "Se o aparelho foi roubado, temos alternativas como o 'encontre a minha conta', que permite retirar a conta Google do aparelho, além de funcionalidade de Android que permitem garantir mais segurança em caso de roubo do usuário", afirmou. Joia ainda indicou que o Google, como participante do open finance, segue especificações técnicas de segurança definidas e chanceladas pelo sistema financeiro.

Fundador do Telegram diz ter mais de 100 filhos biológicos em 12 países


Pavel Durov revelou que, há 15 anos, começou a doar seu esperma para casais anônimos. Agora, ele planeja tornar seu DNA 'público' para que esses filhos possam se conhecer. Pavel Durov, fundador do aplicativo de mensagens Telegram Reprodução/Instagram O russo Pavel Durov, fundador e CEO do aplicativo de mensagens Telegram, disse nesta segunda-feira (29) ter mais de 100 filhos biológicos graças à doação de seu esperma. A informação foi revelada pelo próprio Durov em seu canal oficial no app. "Acabei de saber que tenho mais de 100 filhos biológicos. Como isso é possível para um cara que nunca foi casado e prefere viver sozinho?", escreveu o empresário aos seus seguidores. No texto seguinte, ele explica que, há 15 anos, um de seus amigos disse que ele e a esposa seriam incapazes de ter filhos devido a um problema de fertilidade. "Esse amigo meu me abordou com um pedido estranho: ele me pediu para doar esperma em uma clínica para que eles tivessem um bebê. Eu ri muito antes de perceber que ele estava falando sério", completou Durov. [Quando fui atrás de mais informações], o chefe da clínica me disse que 'material de doador de alta qualidade' estava em falta e que era meu dever cívico doar mais esperma para ajudar anonimamente mais casais. Isso soou louco o suficiente para me fazer inscrever para doação de esperma", disse. Mensagem enviada pelo CEO do Telegram sobre ter mais de 100 filhos biológicos Reprodução/Telegram Segundo ele, as suas doações ao longo dos últimos anos ajudaram mais de 100 casais em 12 países. O empresa ainda disse que, hoje, uma clínica de fertilização in vitro com sede na Rússia, país de Durov, ainda tem seu esperma congelado "para uso anônimo por famílias que querem ter filhos". O empresário ainda revelou que planeja tornar seu DNA "em código aberto" para que seus "filhos" possam se conhecer futuramente. "Eu também quero ajudar a desestigmatizar toda a noção de doação de esperma e incentivar mais homens saudáveis ​​a fazê-lo, para que as famílias que lutam para ter filhos possam desfrutar de mais opções", completou. Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético? Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético? Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Como bloquear o ‘Jogo do tigrinho’ no Whatsapp Como bloquear o ‘Jogo do tigrinho’ no Whatsapp

segunda-feira, 29 de julho de 2024

SearchGPT: Dona do ChatGPT entra no mercado de buscas, que é dominado pelo Google


Nova ferramenta ainda está em fase de testes para poucos usuários e vai apresentar resultados de pesquisa resumidos com links de origem. SearchGPT: OpenAI, dona do ChatGPT, entra no mercado de buscas, que é dominado pelo Google Reprodução/OpenAI a A OpenAI, dona do ChatGPT, está se aventurando em um território dominado pelo Google com o lançamento restrito do SearchGPT, um mecanismo de busca com inteligência artificial e acesso em tempo real a informações da internet. A novidade também coloca a gigante da IA em competição com seu maior patrocinador, a Microsoft, que é dona da ferramenta de busca Bing. O SearchGPT fornecerá resultados de pesquisa resumidos com links de origem em resposta a consultas de usuários, disse a OpenAI em uma postagem em seu blog. Os usuários também poderão fazer perguntas de acompanhamento e receber respostas contextuais. A OpenAI disse que abriu inscrições para a nova ferramenta, que está atualmente em estágio de testes e está sendo testada com um pequeno grupo de usuários e editores. A empresa disse que planeja integrar os melhores recursos da ferramenta de busca ao ChatGPT no futuro. A empresa dará aos editores acesso a ferramentas para gerenciar como seu conteúdo aparece nos resultados do SearchGPT. News Corp e The Atlantic são parceiros de publicação do SearchGPT. SearchGPT, nova ferramenta de buscas da OpenAI Divulgação/OpenAI O Google domina o mercado de mecanismos de busca com uma participação de 91,1% em junho, de acordo com a empresa de análise da web Statcounter. O SearchGPT sinaliza uma colaboração mais próxima entre editores e OpenAI, após acordos de licenciamento de conteúdo com grandes organizações como Associated Press, News Corp e Axel Springer. O Google não respondeu a uma consulta da Reuters sobre o potencial impacto do SearchGPT em seus negócios. LEIA TAMBÉM: X coleta dados de usuários sem permissão para treinar sua inteligência artificial Golpistas enviam mensagens falsas sobre entregas em nome dos Correios Instagram: como desativar notas temporárias de seus amigos que fazem posts 'inundarem' seu feed Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético? Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético? Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas da dona do ChatGPT Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas da dona do ChatGPT Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes

iPhone: veja 5 dicas para melhorar o uso e a segurança do celular da Apple


Copiar textos de fotos, escanear documentos e até ajudar a ler etiquetas de lavagem de roupas estão entre as funcionalidades que parecem estar "escondidas" no sistema operacional iOS 17. iPhone: recursos "escondidos" ajudam a facilitar o uso do aparelho Bagus Hernawan/Unsplash O iPhone conta com alguns segredos escondidos – e outros nem tanto. 📱Além de servir para mandar e receber ligações e rodar aplicativos diversos, o sistema operacional iOS permite realizar algumas tarefas diferentes, úteis e muitas vezes pouco conhecidas. ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp O Guia de Compras separou algumas dessas dicas, que funcionam em todos os aparelhos da Apple com iOS 17, a versão mais recente. Veja a seguir. 🛠️ Copiar texto de imagens A câmera do iPhone permite tirar uma foto e copiar qualquer texto escrito. Basta abrir a imagem na galeria e clicar no símbolo [=] no canto inferior esquerdo da tela. Também funciona direto da câmera, sem tirar a foto. A câmera do iPhone consegue identificar e copiar textos Reprodução O texto inteiro será selecionado de forma automática. Se quiser, pode escolher apenas as partes que quiser para copiar. Depois, é só colar em um e-mail, mensagem ou nota. Se a informação selecionada for um número de telefone, basta tocar nela e o discador abrirá automaticamente para fazer a ligação. 📸 Escanear documentos O aplicativo Notas vai um pouco além desse recurso de copiar texto das imagens. Ao criar uma nota, clique no botão da câmera para ver as opções – entre elas, a possibilidade de escanear documentos e textos. A informação será copiada diretamente da imagem para a nota, em formato de texto que pode ser editado. iPhone 'antigo': até qual versão ainda vale a pena comprar? ⚠️ Proteger dispositivos roubados O recurso Proteção de Dispositivo Roubado impede o acesso a partes sensíveis do iOS em caso de furto ou roubo (veja como proteger seus dados), como trocar a senha do ID Apple. A funcionalidade cria um “adiamento de segurança” protegido por reconhecimento facial ou impressão digital. Para conseguir alterar fora de um local considerado seguro pelo dono do aparelho (como a casa ou o escritório), é preciso autenticar por biometria (Face ID ou Touch ID) ou adicionar uma espera de 1 hora para poder fazer modificações. Ative em Ajustes > Face ID/Touch ID e código > opção Proteção de Dispositivo Roubado. Nessa parte, são duas opções: “Longe de locais familiares”, para ativar somente fora dos lugares marcados como seguros, ou “sempre”. Se a opção "sempre" for selecionada, será preciso desativar o recurso nos ajustes do sistema para poder acessar o ID Apple, por exemplo. 🕺Balance para apagar Ao digitar alguma coisa e errar uma palavra, é só dar uma leve sacudida no iPhone para apagar o que estava escrito. Antes, pode aparecer a mensagem “desfazer digitação”. Se sacudir o aparelho de novo, a palavra apagada volta a surgir na tela. 🗣️Digite para falar O iPhone permite usar uma voz predefinida no sistema para falar o que você digita – seja por alguma questão de acessibilidade ou não – ativando a Fala ao Vivo. Para ativar, só ir a Ajustes > Acessibilidade > Fala ao vivo. Tudo que for digitado será lido pelo sistema. Em português, o iOS utiliza vozes predefinidas. Se mudar para inglês, é possível usar a própria voz – parece esquisito, mas funciona. Para funcionar, é preciso gravar 150 frases com a própria voz, em um quarto silencioso, e esperar algumas horas pelo processamento das informações. A voz em inglês também pode ser usada em outros aparelhos da Apple, como iPads e MacBooks. ✅ Dica bônus, mas só funciona em inglês. As fotos feitas com o iPhone também podem ser usadas em buscas visuais, porém o recurso funciona somente se o sistema estiver em inglês. Entre as funcionalidades, estão: Ajudar a lavar roupa – a busca visual identifica os símbolos de lavagem de uma peça (saiba quais são) e mostra as instruções corretas. Identificar coisas – como bichos, plantas, obras de arte e monumentos históricos. iPhone consegue reconhecer uma joaninha e dar dicas de lavagem de roupas Reprodução Com o iOS em inglês, basta ir à galeria de fotos, o botão “i” (de informações) vai mudar para um ícone diferente – como um bicho ou uma fachada de museu. Clique nele e vai aparecer uma sugestão de busca. Veja a seguir uma lista com iPhones selecionados pelo Guia de Compras. Os produtos custavam entre R$ 3.800 e R$ 8.800 nas lojas on-line pesquisadas no final de julho. iPhone 13 iPhone 14 iPhone 15 iPhone 15 Plus iPhone 15 Pro Max Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável. Como deixar o celular mais acessível

sexta-feira, 26 de julho de 2024

X coleta dados de usuários sem permissão para treinar sua inteligência artificial; veja como desativar


Autorização foi dada automaticamente pela plataforma com o objetivo de aprimorar o Glok, IA semelhante ao ChatGPT. X, rede social de Elon Musk REUTERS/Dado Ruvic O X está usando dados dos usuários para treinar o Grok, sua inteligência artificial (IA) generativa que concorre com o ChatGPT. A empresa de Elon Musk atualizou a página de configurações para usuários decidirem se posts e interações podem ser usados para treinar a IA, mas deixou a opção ativada por padrão. Segundo o X, esses dados serão usados para “treinamento e ajuste fino” da IA. A mudança provocou reação negativa em alguns usuários, que reclamaram da falta de transparência do X (veja ao final). Como impedir o X de coletar dados para IA Logar no X no computador — só é possível realizar esse procedimento no formato web; Selecionar a opção “Configurações”, localizada na parte de baixo da aba no lado esquerdo da tela; Clicar em “Privacidade e Segurança”; Selecionar a opção “Grok”, na parte de baixo do menu do lado direito da tela; Desabilitar o “Compartilhamento de dados” ao clicar em cima da flechinha que está preenchendo essa opção. O caso da Meta Os usuários da Meta — dona do Instagram, Facebook e WhatsApp — passaram por uma situação semelhante em junho. Na época, a plataforma autorizou o uso dos dados abertos dos brasileiros para treinar sistemas de inteligência artificial (IA) generativa por meio de uma atualização na sua política de privacidade. No mês seguinte, contudo, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), autarquia ligada ao Ministério da Justiça, mandou a Big Tech suspender a prática, sob o risco de multa de R$ 50 mil por dia de descumprimento. O órgão justificou a decisão com “risco iminente de dano grave e irreparável ou de difícil reparação aos direitos fundamentais dos titulares afetados" A medida ocorreu após o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) falar que a forma como empresa estava usando dados viola leis brasileiras porque os usuários não foram avisados de antemão, a opção que permite se opor à prática é "pouco intuitiva", e pode haver uma vantagem excessiva para a empresa. A Meta, por outro lado, disse que a mudança estava em conformidade com a legislação brasileira e que ficou “desapontada com a decisão”. X volta a usar o emoji de arma real em vez da pistola d'água 5G no Brasil: guia explica o que vai mudar com a nova tecnologia Tim, Vivo e Oi são multadas em quase R$ 5 milhões por propaganda enganosa sobre 5G Initial plugin text Initial plugin text Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético? Como bloquear o ‘Jogo do tigrinho’ no Whatsapp 'Tela azul': entenda o que provocou o apagão global em computadores

Golpistas enviam mensagens falsas sobre entregas em nome dos Correios; veja como se proteger


As mensagens fraudulentas afirmam que os produtos estão retidos e induz a vítima a enviar um PIX para que o item seja liberado. A empresa informou que acionou a Polícia Federal assim que teve ciência do caso. Golpistas enviam mensagens falsas sobre pedidos em nome dos Correios; veja como se proteger Reprodução Criminosos estão se passando pelos Correios para enviar SMS sobre produtos retidos pela fiscalização aduaneira. O golpe induz a vítima a realizar um pagamento por PIX para que o suposto item seja liberado (veja abaixo como se proteger). Nas redes sociais, os Correios confirmaram que essa abordagem é golpe. Segundo a empresa, os falsos contatos também vêm sendo feitos pelo WhatsApp. Em nota ao g1, os Correios disseram que acionaram a Polícia Federal assim que tiveram ciência do golpe. "A empresa também registrou denúncia formal à Meta, proprietária do WhastApp, uma vez que essas mensagens falsas também estão sendo enviadas pelo aplicativo de mensagens". As tentativas de contato geralmente usam textos como:"CORREIOS: Seu pedido foi temporariamente retido. Para saber mais, clique no link" ou "Informamos que seu pedido foi barrado pela fiscalização alfandegaria. Para mais informacoes, acesse". Golpe envolvendo os Correios Reprodução/X O g1 verificou que o site fraudulento usa os mesmos elementos visuais dos Correios. Ele induz a pessoa a verificar o status do pedido sem precisar digitar o número do rastreio e dá um prazo de três dias para que a pessoa realize o pagamento. Na tela do pagamento, os golpistas ainda pedem dados pessoais, como nome completo, e-mail, telefone e CPF. Ao final da operação, é emitido um QR code para que a pessoa realize o pagamento. Como se proteger? Há alguns indícios que apontam se uma mensagem é falsa e podem te ajudar a não cair em um golpe. Antes, vale lembrar que todas as informações da logística do pedido são exibidas no site oficial dos Correios com o código de rastreio (neste link). Pagamentos pendentes de compras feitas em sites estrangeiros também serão exibidos nesse site. Veja abaixo alguns elementos presentes neste tipo de fraude: 🌎 Observe o endereço (URL) do site, pois o portal on-line de uma grande empresa brasileira geralmente termina em ".com.br". Algumas, porém, podem ter apenas ".com", mas ainda vale observar para ver se não tem algo estranho nessa URL; 📣 Os golpistas tentam trazer um senso de urgência ao dizer que o prazo está prestes a vencer, induzindo a vítima a clicar no link e seguir as instruções; ✍️ Texto não segue padrão de mensagens oficiais, ficando, às vezes, sem acentuação e pontuação corretas; 🌎 O link usado pelos criminosos é diferente do oficial dos Correios (www.correios.com.br); Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético? Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético? Brasil manda 4x mais áudios no WhatsApp do que outros países, diz Zuckerberg Brasil manda 4x mais áudios no WhatsApp do que outros países, diz Zuckerberg Os bastidores, as estratégias e a rotina de quem ganha a vida vendendo vídeos de sexo Os bastidores, as estratégias e a rotina de quem ganha a vida vendendo vídeos de sexo

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Celular dobrável: g1 testa 2 modelos com recursos de inteligência artificial


Motorola Razr 50 Ultra e Samsung Galaxy Z Fold6 têm propostas diferentes no tamanho e em algumas funcionalidades. Veja os resultados. Para que serve um celular dobrável? Celular dobrável passa aquela sensação de que é um produto vindo do futuro. As fabricantes de smartphones vêm tentando convencer que vale a pena migrar do formato em barra para essas novas telas. Vale a pena usar um telefone com essa tecnologia? O desempenho já é bastante parecido com o dos celulares mais caros que não dobram. A proteção da tela também evoluiu, mas ainda é a parte mais frágil desses aparelhos. O Guia de Compras testou dois desses telefones recém-lançados, o Samsung Galaxy Z Fold6 e o Motorola Razr 50 Ultra. São aparelhos com propostas bastante diferentes: o Z Fold6 é um modelo grande, voltado à produtividade. Está mais para um tablet que para um smartphone. O Razr 50 Ultra, menor, lembra um telefone convencional dobrado ao meio, direcionado a quem quer um design diferente com cara de acessório de estilo pessoal. ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp Em comum, os preços altos. O da Motorola custava na faixa dos R$ 7.200 e o da Samsung, R$ 13.800 nas lojas da internet pesquisadas em julho. Veja os detalhes dos aparelhos a seguir, as diferenças oferecidas pela telas dobráveis e, ao final, a conclusão. Motorola Razr 50 Ultra O Motorola Razr 50 Ultra tenta trazer de volta o conceito do celular flip. É como se fosse um modelo em barra, normal, que pode ser dobrado ao meio. Nas lojas on-line, o Razr 50 Ultra custava R$ 7.200 em sua configuração com 512 GB de armazenamento interno. Seu concorrente em formato é o Galaxy Z Flip6, da Samsung, que custava entre R$ 8.000 e R$ 9.000 nas lojas da internet no final de julho. Solicitado pelo Guia de Compras, o produto não chegou a tempo e será avaliado posteriormente. O Razr 50 Ultra tem a vantagem da tela externa de 4 polegadas. Ela permite usar o aparelho (e aplicativos em geral) sem precisar abrir o display interno de 6,9 polegadas. Moto Razr 50 Ultra fechado e aberto Giaccomo Voccio/g1 Dá para usar essa tela o tempo todo para checar agenda, responder mensagens e até jogar uns games feitos para esse formato menor. O formato é pequeno: fechado, tem 8,8 x 7,3 x 1,5 cm (altura x largura x espessura), e aberto, 17,1 x 7,3 x 0,7 cm e pesa 189 gramas. A opção por esse modelo mais “quadrado” quando fechado deixa o aparelho com a cara de um acessório da moda – tanto que a fabricante vende uma capa com alça para carregar o celular como se fosse uma bolsinha. A Motorola não tem um sistema de inteligência artificial (IA) similar ao desenvolvido pela Samsung, mas utiliza o Gemini, do Google, para ajudar em busca de informações e reduzir a necessidade de digitar. Basta ativar o ícone do recurso e falar ou digitar para pedir algo para a IA. O aparelho conta ainda com funcionalidades de IA na câmera e na personalização, criando fundos de tela que combinam com a roupa, apenas tirando uma foto. A Motorola promete uma atualização em breve que irá fazer com que a IA interaja com maior contexto com as informações pessoais do dono do telefone – oferecendo respostas personalizadas no WhatsApp, por exemplo. Samsung Galaxy Z Fold6 O Samsung Galaxy Z Fold6 é um celular grande que até lembra aqueles “tijolões” dos anos 2000 com teclado embutido quando está fechado. O modelo era um dos celulares mais caros à venda nas lojas on-line em julho, custando R$ 13.799, em sua configuração com 512 GB de armazenamento interno. O iPhone 15 Pro Max com a mesma capacidade custava R$ 12.500. Fechado, ele mede 15,3 x 6,8 x 1,2 cm (altura x largura x espessura), com uma tela de 6,2 polegadas, parecido com um celular comum. Ao ser aberto, vai para 15,3 x 13,2 x 0,56 cm, se transformando em um tablet de 7,6 polegadas. Para comparação, um iPhone 15 Pro Max tem uma tela de 6,7 polegadas. O Z Fold6 pesa 236 gramas. O Z Fold6 pode ser usado como um substituto do notebook, para quem precisa estar na rua o dia todo e não quer carregar o computador junto. A tela interna pode ser dividia em duas ou três partes, com um app aberto em cada uma delas – notas em um, calendário em outro e email no último, por exemplo. A tela externa funciona como a de qualquer celular com Android. O mais interessante é começar a fazer algo nela – como consultar um mapa – e abrir o aparelho, que já move sozinho o aplicativo para o display interno. Da tela externa para a interna no Galaxy Z Fold6 Giaccomo Voccio/g1 A tela interna do Galaxy Z Fold6 é compatível com uma caneta stylus (S Pen), que ajuda a escrever e desenhar na tela. O acessório é vendido separadamente por R$ 250, em média, e estava esgotado nas lojas da internet. Os recursos de inteligência artificial lançados com a família Galaxy S24 (veja o teste), em janeiro, ganharam atualizações para as telas dobráveis. As funcionalidades de IA ajudam a transcrever reuniões de forma automática no aplicativo Notas, assim como resumir o conteúdo de sites. O mais curioso é a tradução simultânea. Basta estar de frente a uma pessoa que não fala sua língua e ativar a funcionalidade. Tradução no Galaxy Z Fold6 Reprodução A tradução sai na outra tela. Mas não é algo que o dono de um dispositivo desses vai usar todos os dias. Tradução na tela externa Galaxy Z Fold6 Reprodução Os recursos de IA também servem para editar fotos e desenhos e transformá-los em “arte” criada de forma generativa. É só fazer um rabisco e a IA cria algumas opções. O que dá para fazer em comum com esses dobráveis Razr 50 Ultra e Galaxy Z Fold6: celulares dobráveis ficam "sentados" na mesa Henrique Martin/g1 Apesar do formato diferente, Galaxy Z Fold6 e Razr 50 Ultra também permitem fotografar de um jeito um tanto diferente, e essa é uma das suas principais vantagens em comparação a um celular convencional. A câmera principal dos dois aparelhos tem 50 megapixels de resolução. O fato de ter um formato que o produto pode ficar “sentado” em uma superfície, sem precisar de um tripé, ajuda muito na hora de tirar fotos em grupo e fazer vídeos. Até a câmera de selfie (10 mp na tela externa, 4 mp na interna do Samsung, e 32 mp no Motorola) fica um tanto inútil: os dois modelos permitem usar a câmera principal para tirar autorretratos com maior qualidade. No Z Fold6, é mais complicado porque a tela grande precisa ficar aberta. No Razr 50 Ultra, basta “chacoalhar” o telefone mesmo fechado e tirar uma selfie com ajuda da tela frontal, como demonstrado abaixo. Chacoalhe e a câmera começa a funcionar no Razr 50 Ultra Giaccomo Voccio/g1 Para gravar vídeos, o Razr tem um truque adicional. Ao deixar o telefone dobrado ao meio, dá para segurar por um dos lados como se fosse uma filmadora antiga e a gravação começa de forma automática. Desempenho A performance desses celulares dobráveis é compatível com seus similares que não dobram, de acordo com os testes feitos pelo Guia de Compras (veja ao final como é feito). No caso do Motorola, o correto é compará-lo ao Moto Edge 50 Ultra (veja o teste). Nessa condição, os resultados do Razr 50 Ultra ficaram muito próximos do desempenho geral e muito pouco abaixo nos testes de vídeo. A duração da bateria do Razr com a tela principal ligada ficou em torno de 13h, comparável ao Edge 50 Ultra (13h45). Já o Galaxy Z Fold6, que pode ser comparado em desempenho ao Galaxy 24 Ultra (veja o teste), também obteve resultados próximos nos testes de performance e de vídeo. Sua bateria durou na faixa das 13h40 apenas com a tela interna ligada. Porém, esse número é difícil de comparar com outros modelos da Samsung, por conta de as duas telas serem usadas alternadamente. Pontos fracos Um celular dobrável é diferente de um aparelho convencional e, por conta da tecnologia envolvida, acaba sendo mais frágil. As fabricantes dizem que as dobradiças internas são reforçadas e que vários materiais usados na construção ajudam na proteção adicional. O Z Fold6 tem proteção contra poeira e água (IP48 – entenda o que são os números). O Razr 50 Ultra, apenas contra água (classificação IPX8). A tela interna também é mais sensível e merece atenção extra. Bom lembrar que a primeira geração do Galaxy Fold precisou ser recolhida das lojas porque tinha uma película protetora que saía fácil e estragava o aparelho por completo. E, tanto no Motorola quanto no Samsung, o vinco ao meio da tela segue como um problema perceptível. Quando você vê o vinco, não dá para esquecer que ele está lá. Vale a pena ter um dobrável? Sim, se você pensa ter um smartphone diferente de todos. Tanto o Razr 50 Ultra quanto o Galaxy Z Fold6 chamam atenção pelo design e pela novidade, mesmo não sendo os primeiros dessa categoria de produtos. São aparelhos com desempenho comparável aos seus "irmãos" que não têm a tela dobrável e oferecem alguns dos recursos mais avançados em celulares na atualidade Apesar das fabricantes dizerem que são aparelhos mais protegidos, ainda passam uma sensação de fragilidade, principalmente na tela interna. E, claro, ainda é um investimento bastante caro (a partir de R$ 7.200). Como foram feitos os testes Para os testes de desempenho, foram utilizados três aplicativos: PC Mark e 3D Mark, da UL Laboratories, e o GeekBench 6, da Primate Labs. Eles simulam tarefas cotidianas dos smartphones, como processamento de imagens, edição de textos, duração de bateria e navegação na web, entre outros. Esses testes rodam em várias plataformas – como Android, iOS, Windows e MacOS – e permitem comparar o desempenho entre elas, criando um padrão para essa comparação. Para os testes de bateria, as telas dos smartphones foram calibradas para 70% de brilho, para poder rodar o PC Mark. Isso nem sempre é possível, já que nem todos os aparelhos permitem esse ajuste fino. A bateria foi carregada a 100% e o teste rodou por horas até chegar ao final da carga. Ao atingir 20% ou menos de carga, o teste é interrompido e mostra o quanto aquele smartphone pode ter de duração de bateria, em horas/minutos. Pelo fato de os aparelhos serem bastante diferentes, a qualidade das câmeras não foi comparada. Os produtos foram cedidos para o teste e serão devolvidos. Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.

Sem regras específicas, empresas oferecem empréstimo com celular como garantia e bloqueiam aparelhos de inadimplentes


Modalidade atende a brasileiros de baixa renda e com dificuldade de acesso a crédito junto a bancos tradicionais. Juros podem passar de 600% ao ano; clientes reclamam em redes sociais. Um tipo de empréstimo que está sendo oferecido no mercado pede o celular do cliente como garantia. Em caso de a dívida não ser paga, o celular é bloqueado, o que vem gerando reclamações dos usuários. Essa modalidade está funcionando sem uma regulação específica do Banco Central (BC). Modalidade de empréstimo utiliza aparelho telefônico como garantia. Pongsawat Pasom/Unsplash O mercado de crédito com garantia de celular é voltado para pessoas de classes mais baixas, com juros que podem chegar a mais de 600% ao ano. A única garantia do empréstimo é o celular do cliente. Em caso de não pagamento, o aparelho fica inutilizado, deixando o usuário sem acesso a aplicativos. Para voltar a ter controle total do telefone, o usuário tem que quitar a dívida. Essa modalidade de concessão de crédito atende a milhões de brasileiros, mas funciona no Brasil sem regulamentação específica pelo Banco Central. Ao g1, o BC disse que as instituições financeiras têm liberdade para oferecer crédito, mas que a regulamentação vigente estabelece que os clientes devem ter acesso a informações claras sobre penalidades e eventuais riscos ao obter empréstimos. (leia a resposta completa mais abaixo) A reportagem questionou se o Banco Central considera o bloqueio do celular como uma garantia válida em operações de concessão de crédito. O BC disse que as empresas têm liberdade para definir os seus perfis de risco, devendo gerenciá-lo. “Destacando-se, entre eles, o risco de crédito, inclusive no que diz respeito à avaliação periódica do grau de suficiência dos instrumentos mitigadores (dentre estes as garantias recebidas).” Banco Central, que regulamenta o setor, diz que clientes devem ter acesso a informações claras sobre penalidades e riscos. Raphael Ribeiro/BCB Reclamações Para receber o dinheiro na conta, o usuário precisa baixar um aplicativo no celular, que atua como “super administrador” do aparelho. Ou seja, tem permissões especiais para acessar qualquer aplicativo do telefone, por exemplo. O tema viralizou a partir de relatos sobre o tema em redes sociais. É o caso de Jonas S. Marques, que contou na rede X que recebeu um pedido de um amigo para deletar o aplicativo de uma dessas empresas, a Super Sim, do celular de sua tia. A mulher havia sido instruída pela empresa a baixar o aplicativo para fazer uma simulação de empréstimo. Após ter desistido, ela não conseguiu deletar o aplicativo de seu celular. Marques diz que o programa havia desabilitado o botão “desinstalar”, o que dificulta a remoção por alguém sem conhecimento técnico. “Dentre as coisas desabilitadas estavam o botão de desinstalar o app [aplicativo], o próprio menu de remover o acesso administrativo dele e o botão de forçar a parada do app”, conta. Nas redes sociais e em sites como o Reclame Aqui, empresas que oferecem essa modalidade de crédito acumulam reclamações de usuários. A principal delas é a dificuldade para deletar o aplicativo que bloqueia o celular, mesmo após pagamento da dívida ou desistência do empréstimo. Controle do celular Procurada, a Super Sim admitiu que o seu aplicativo atua como administrador do dispositivo. “Nosso aplicativo de restrição solicita apenas duas permissões: a permissão de administrador do dispositivo e a permissão para enviar notificações”, declarou. Página da empresa informa que 'em caso de inadimplência, o celular será travado para uso', com acesso somente a ligações de emergência. Reprodução A empresa continua: “A permissão de administrador do dispositivo concede ao aplicativo certos privilégios para implementar políticas de segurança no dispositivo, incluindo a restrição de acesso a funcionalidades não essenciais no caso de não pagamento das dívidas.” A Super Sim afirma que a permissão de administrador do dispositivo “não dá acesso a nenhuma informação sensível ou pessoal”. A empresa disse que não acessa, armazena ou compartilha informações pessoais. (leia a íntegra ao final desta reportagem) Emissão de cédula de crédito No site da Super Sim, antes mesmo de solicitar o empréstimo, o cliente deve autorizar a emissão de cédula de crédito bancário (CCB) junto ao Banco Central. Isso é feito na etapa de simulação de crédito. A cédula é um título emitido em nome do devedor em favor do banco ou instituição financeira, em que o cliente se compromete a quitar o empréstimo. Questionada pela reportagem, a Super Sim disse que “a princípio há apenas uma solicitação para o envio posterior da CCB, que será enviada após a aprovação final da concessão de crédito”. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) entende que há violação ao direito de informação do consumidor. “Por essa tela, não há informação clara se para simulação do crédito essa emissão de cédula de crédito bancária seria necessária nesse momento", diz a entidade. O Idec afirma que a emissão da cédula “deveria ficar adstrita ao momento de aceitação das condições do empréstimo pelo consumidor, porque até então o consumidor ainda está na fase de escolha se aceita ou não o empréstimo”. Marco legal das garantias: novas regras permitem que um único imóvel seja usado como garantia para mais de um empréstimo 'Prática abusiva' “A gente tem uma série de direitos sociais que são garantidos pela Constituição, como por exemplo o direito à saúde, ao transporte, que acabam sendo inviabilizados uma vez que a própria Super Sim, por exemplo, inviabiliza o acesso a esse telefone celular”, declarou o coordenador jurídico do Idec, Christian Printes. Para o Idec, a medida do bloqueio do telefone é ilegal. “Isso é de uma abusividade gigantesca (...). Esse tipo de oferta de crédito não deveria acontecer porque ela retira diversas possibilidades que os consumidores têm. Hoje em dia, todo mundo precisa do celular, ele é um bem essencial para que você consiga trabalhar, ter acesso a benefícios sociais de maneira geral”, afirmou. O g1 solicitou as condições de empréstimo à Super Sim. Em seu site, a empresa diz que não bloqueia: recebimento e a efetivação de chamadas; recebimento e o envio de SMS; utilização do aplicativo WhatsApp; aplicativos de “gig economy” (Uber, Rappi, 99, Loggi e outros); aplicativos de órgãos governamentais (como ConecteSUS, Carteira digital de trânsito); aplicativos das maiores instituições financeiras do país (Itaú, Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa econômica federal, Nubank, Inter, etc). Essa previsão foi atualizada no site da empresa entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, período em que a empresa passou a ser questionada judicialmente por seu modelo de negócios. Questionada sobre a mudança, a Super Sim disse que "a atualização dos nossos termos de uso, feita periodicamente, visa aprimorar a experiência do cliente, refletir os avanços tecnológicos e garantir a conformidade com as necessidades comerciais". Empresa diz que aplicativos de órgãos governamentais não ficam bloqueados. John Pacheco/G1 Bloqueio é questionado na Justiça Em novembro de 2022, o Ministério Público do Distrito Federal e o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) entraram com uma ação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) para impedir que a Super Sim exigisse instalação de aplicativo para bloqueio em novos celulares sob pena de R$ 10 mil por contrato assinado. A ação partiu de um contrato recebido pelo Idec, em que o consumidor havia adquirido um empréstimo no valor de R$ 500 com a garantia de celular e a instalação do aplicativo da Super Sim. Em julho do ano passado, os órgãos conseguiram uma sentença provisória favorável, que impediu a empresa de exigir a garantia do celular. Na decisão , a juíza responsável pelo caso afirmou que "o celular não é utilizado como garantia, mas sim como forma de coerção/constrição para forçar o consumidor a pagar a dívida". "Essa prática comercial se mostra abusiva, pois impede o acesso dos consumidores às funcionalidades do aparelho celular, e, consequentemente, a bens e serviços sem relação com o empréstimo financeiro, aproveitando-se da vulnerabilidade dos consumidores", diz a sentença. Em novembro, no entanto, a segunda instância do mesmo tribunal aceitou um recurso da Supersim e suspendeu a aplicação da proibição até a análise definitiva sobre o caso, que ainda não ocorreu. O que diz a Anatel Desabilitar a linha ou o aparelho de um cliente é uma prática conhecida como “kill switch”, considerada abusiva pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) se praticada pelas operadoras de telefonia em caso de inadimplência. A Anatel não regula aplicativos ou soluções financeiras, tendo sua atuação restrita às redes de telecomunicações e ao mercado de telefonia. Portanto, para a agência, não cabe a ela a fiscalização do bloqueio do aparelho. No mercado das linhas de telefonia móvel e fixa, contudo, essa prática é considerada abusiva. “Cabe esclarecer que o bloqueio de celulares nas redes das prestadoras, por motivo de inadimplência junto à prestadora, não é permitido pela regulamentação da Anatel”, disse a agência em manifestação assinada em 2022. Ao g1, a Anatel esclareceu que o bloqueio de celulares é possível por meio das linhas móveis, sendo feito em caso de roubo, extravio ou furto. “Destaca-se, no entanto, que o bloqueio derivado do CEMI [Cadastro de Estação Móveis Impedidas], realizado diretamente na rede das prestadoras, é distinto do relatado, que é feito diretamente no dispositivo por meio de aplicativo e impede o uso de determinadas funções do terminal, não havendo neste último qualquer envolvimento das prestadoras do SMP [Serviço Móvel Pessoal, telefonia móvel] ou da Anatel”, afirmou a agência. O que diz o Banco Central Questionado sobre a regulamentação dessa garantia de crédito, o Banco Central disse que não há norma específica e que as instituições financeiras têm liberdade para realizar as operações. Leia a íntegra: “Não há norma específica para crédito com garantia de celular, mas as instituições financeiras têm liberdade para realizar operações de crédito obedecidas as leis e normas aplicáveis bem como seu objeto social e as autorizações requeridas. “Cabe esclarecer, ainda, que a regulamentação vigente estabelece que as instituições financeiras, na contratação de operações e na prestação de serviços, devem assegurar, entre outros, a adequação dos produtos e serviços ofertados ou recomendados às necessidades, aos interesses e aos objetivos dos clientes e usuários, e a prestação, de forma clara e precisa, das informações necessárias à livre escolha e à tomada de decisões por parte de clientes e usuários, explicitando, inclusive, direitos e deveres, responsabilidades, custos ou ônus, penalidades e eventuais riscos existentes na execução de operações e na prestação de serviços.” O g1 também perguntou se o Banco Central considera o bloqueio do celular como uma garantia válida em operações de concessão de crédito. Leia a resposta da instituição: “Obedecidos os requisitos legais e regulamentares aplicáveis, as instituições financeiras têm liberdade para definir os seus perfis de riscos e, por força da normatização vigente, devem manter estrutura de gerenciamento de riscos contínuo e integrado, destacando-se, entre eles, o risco de crédito, inclusive no que diz respeito à avaliação periódica do grau de suficiência dos instrumentos mitigadores (dentre estes as garantias recebidas).” O que diz a Super Sim Leia a íntegra da resposta da Super Sim aos questionamentos da reportagem: "SuperSim é uma fintech inovadora que se dedica à inclusão financeira das pessoas sub-bancarizadas das classes C e D, oferecendo soluções acessíveis e rápidas. Nosso objetivo é democratizar o acesso ao crédito, proporcionando empréstimos personalizados com transparência e segurança. A SuperSim esclarece que opera, assim como seus parceiros bancários, sob autorização judicial concedida pelo TJDF e que continua confiante sobre seu modelo de negócio, que se mostra viável e aplicável no Brasil. Reitera ainda que sempre atuou dentro dos limites legais estabelecidos, respeitando integralmente o ordenamento jurídico vigente. Sobre o envio da Cédula de Crédito Bancário (CCB), a princípio há apenas uma solicitação para o envio posterior da CCB, que será enviada após a aprovação final da concessão de crédito. Os termos de uso podem ser consultados através do seguinte link: https://www.supersim.com.br/termos/condicoes/ Nosso aplicativo de restrição solicita apenas duas permissões: a permissão de administrador do dispositivo e a permissão para enviar notificações. A permissão de administrador do dispositivo concede ao aplicativo certos privilégios para implementar políticas de segurança no dispositivo, incluindo a restrição de acesso a funcionalidades não essenciais no caso de não pagamento das dívidas. É importante ressaltar que essa permissão não dá acesso a nenhuma informação sensível ou pessoal. A permissão para enviar notificações é necessária para que possamos enviar notificações relevantes aos clientes. Temos acesso e armazenamos apenas a marca e o modelo do celular utilizado. Não acessamos, armazenamos ou compartilhamos nenhuma informação pessoal do dispositivo ou do cliente por meio do aplicativo de restrição."

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Ministério da Gestão informa que sistema de prestação de contas do governo sofreu 'incidente de segurança cibernética'; PF é acionada

Sistema afetado é crucial para o andamento eletrônico de processos administrativos em nove ministérios e dois outros órgãos da administração federal. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos informou nesta quarta-feira (24) que, na segunda (22), o Sistema Eletrônico de Informações (SEI) e algumas funcionalidades do Processo Eletrônico Nacional sofreram um "incidente de segurança cibernética". A Polícia Federal foi acionada para investigar as causas e se pode ter havido ataque hacker. O sistema afetado é crucial para o andamento eletrônico de processos administrativos em nove ministérios e dois outros órgãos da administração federal. O SEI, criado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), é uma ferramenta de gestão de documentos e processos eletrônicos, destinada a melhorar a eficiência administrativa. O SEI faz parte do Processo Eletrônico Nacional (PEN), uma iniciativa colaborativa de vários órgãos e entidades da administração pública, com o objetivo de estabelecer uma infraestrutura pública para processos e documentos administrativos eletrônicos. Serviços ao cidadão não foram afetados Os serviços oferecidos aos cidadãos através do portal gov.br não foram impactados, segundo o ministério. As equipes de TecnoIogia da Informação do governo já estão trabalhando para resolver o incidente e restabelecer os serviços.

X volta a mostrar emoji de arma real em vez de pistola d'água


Para Elon Musk, dono do X, a arma de brinquedo é 'feia e burra'. Com a decisão, a rede social inverte a tendência seguida por grandes plataformas e fabricantes de celulares desde 2016. X trocou emoji de pistola d'água por símbolo de arma real Reprodução/Emojipedia O X fez uma atualização em seu pacote de emojis: o símbolo de pistola d'água foi trocado pelo de um revólver. A alteração foi feita há cerca de uma semana e, por enquanto, só afeta como o desenho é exibido na rede social pelo computador. Com a mudança, o Twitter volta a exibir o emoji de arma com seu significado original. Mas inverte a tendência que outras redes sociais e fabricantes de celulares seguiram desde 2016, ao passar a apresentar o ícone como uma pistola d'água. A mudança foi apoiada por Elon Musk, dono da rede social: "A pistola d'água é burra e feia", afirmou o bilionário na última sexta-feira (19). O engenheiro de software do X que se apresenta como Yacine B afirmou ser o responsável pela troca e já tinha usado a rede social para apontar "esquerdistas" como culpados pelo uso do emoji da pistola d'água. "Precisamos trazer de volta o emoji de arma verdadeiro", escreveu Yacine, em junho. Mudança no emoji de arma Em 2016, a Apple foi a primeira a deixar de mostrar emoji de arma real, de acordo com o levantamento do site Emojipedia, que acompanha novidades nos símbolos usados pelas plataformas. A decisão foi vista como um posicionamento da empresa, depois que uma associação de Nova York pediu que o símbolo deixasse de ser usado "como um gesto simbólico para limitar o acesso a armas". No mesmo ano, a Apple e a Microsoft votaram contra a criação de um emoji de rifle que havia sido proposto como um símbolo de tiro esportivo dentro de um pacote de ícones olímpicos. Evolução de como o emoji de arma foi mostrado pelas principais plataformas e fabricantes de celulares Reprodução/Emojipedia

Por que Paris 2024 se protege de possíveis ataques cibernéticos da Rússia durante Olimpíadas


Organização dos Jogos teme manobras agressivas no espaço que poderiam levar à interferência nas comunicações e na transmissão de televisão e à exibição de mensagens políticas russas. Policiais franceses patrulham lado externo do Estádio Parque dos Príncipes antes da partida de futebol masculino entre Uzbequistão e Espanha, durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, em Paris, no dia 24 de julho Franck Fife/AFP Faltando apenas alguns dias para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, as autoridades francesas estão preocupadas com a possibilidade de grandes ações cibernéticas direcionadas às infraestruturas digitais. Elas também temem manobras agressivas no espaço que poderiam levar à interferência nas comunicações e na transmissão de televisão. Na mira das autoridades está a Rússia, que já praticou esse tipo de ação no passado. É um ataque de hackers o que as autoridades francesas mais temem. Imagine só este cenário possível: 26 de julho de 2024, 19h30, cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. O desfile naval parte ao longo do Rio Sena, com os cais, Notre-Dame e a Pont-Neuf como pano de fundo, um panorama sublime listado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. O mundo inteiro estaria assistindo, e o momento seria mágico. De repente, linhas cinzas embaçariam os aparelhos de televisão do mundo todo, sendo imediatamente substituídas por imagens que não têm nada a ver com as Olimpíadas. Uma mensagem política ou imagens violentas seriam então transmitidas pelo mondovision, o sistema de transmissão simultânea de imagens de televisão para várias partes do mundo usando satélites. Um verdadeiro pesadelo para os organizadores e para a França, o país anfitrião. Paris anuncia esquemas de segurança para a cerimônia de abertura das Olimpíadas Um cenário tecnicamente possível "Os russos sabem como falsificar sinais. Sabemos que eles evocaram essa possibilidade e não há muita razão para que não ajam, portanto, há uma preocupação real”, diz um oficial sênior do exército francês cujo trabalho é rastrear as ações de Moscou. "Não é tão fácil fazer isso, mas é uma hipótese que acreditamos ser possível, porque nessa área a Rússia tem recursos bastante substanciais", sublinhou o militar. "Seja em termos de capacidades espaciais ou de ataques a segmentos terrestres ou espaciais, eles têm capacidades militares muito fortes no que chamamos de confronto híbrido. Funciona um pouco como um site: você digita um endereço, mas tecnicamente é possível manipular a solicitação para enviá-la a outro site, como é feito na guerra eletrônica. Mas é sempre difícil atribuir esses modos de ação”, concorda Marion Buchet, especialista em telecomunicações espaciais. Leia também Faxineiros receberão mais de R$ 11 mil para controlar ratos em Paris Grindr, aplicativo de relacionamento gay, tem busca bloqueada na área da Vila Olímpica de Paris; usuários reclamam Camas ‘antissexo’ testadas e aprovadas em Paris: atletas olímpicos criam trend após polêmica Falsificação de sinal: um risco muito real Vários casos de substituição de conteúdo em um canal de televisão foram documentados recentemente e, em vista do contexto de tensão diplomática com a França, possivelmente atribuídos à Rússia. De acordo com o jornal ucraniano "LB", entre 20 de fevereiro e 9 de maio, foram registrados pelo menos 12 casos de interferência (ou falsificação de sinal) com satélites de telecomunicações operados por companhias francesas, luxemburguesas e suecas. Em 21 de março, duas semanas após a adesão da Suécia à Otan, a interferência da Rússia e da Crimeia teve como alvo dois satélites suecos, o Astra 4A e o SES-4.  Em 28 de março, a mídia ucraniana relatou interferência no transponder 11766H no satélite Astra 4A da SES (Luxemburgo), que retransmite 39 canais de televisão, incluindo muitos canais ucranianos. A interferência também foi relatada durante a retransmissão do programa ucraniano Yedyni Novyny, no canal polonês Belsat. Em 20 de junho, a SES reconheceu que essa interferência havia afetado a distribuição de conteúdo televisivo na Europa, especialmente na Ucrânia.  Em março, a Viasat (EUA) anunciou que a interferência russa no satélite Hotbird 13E da Eutelsat (França) havia afetado o fluxo de transmissão de cinco canais ucranianos: Provence, Eco TV, Natalie, Milady Television e Karavan TV. De acordo com a operadora, esses canais foram submetidos à substituição de conteúdo por vídeos de propaganda russa e também enfrentaram problemas técnicos de som. Em 17 de abril, foi observada interferência no canal de televisão ucraniano Freedom, por meio do satélite Hot Bird 13G da Eutelsat. Durante 18 minutos, os hackers substituíram o conteúdo transmitido no canal Freedom pela retransmissão do canal de TV russo Za Zhyzn. Em pelo menos dois casos, foi registrada a substituição do conteúdo de um canal infantil por programas violentos, principalmente em 9 de maio, em programas ucranianos e letões. Guerra no espaço Há alguns anos, a Rússia vem aumentando a militarização do espaço e, desde 2017, vem praticando manobras de aproximação e inspeção por meio de “subsatélites”, comumente conhecidos como “bonecos russos”.  As tentativas russas de abordagens hostis no espaço para espionar, invadir ou desativar satélites comerciais são agora uma iniciativa recorrente. "A agressão russa no espaço remonta a 2018, quando o foguete russo Luch/Olymp K-2 chegou muito perto de um satélite de telecomunicações franco-italiano Athena-Fidus. Um evento semelhante ocorreu novamente em 2023. Além das tentativas de espionagem, havia também o temor de que o contato físico resultasse na destruição do nosso satélite. Na época, a Ministra da Defesa Florence Parly reagiu de forma extremamente proativa, levando ao nascimento da estratégia de defesa espacial francesa e à criação do Comando Espacial”, observa Marion Buchet.  Desde o início da guerra na Ucrânia, os sinais de GPS essenciais para a navegação aérea têm sido regularmente bloqueados no mar Báltico. Mísseis antissatélite Mas Moscou também implantou todo um arsenal de armas terrestres para intervir no espaço, em particular o programa de mísseis antissatélite Nudol. Em 15 de novembro de 2021, o exército russo disparou um míssil antissatélite de seu território contra o satélite COSMOS 1408, um de seus antigos satélites em órbita baixa (a uma altitude de cerca de 470 km). Como resultado, mais de 1.500 pedaços de detritos com mais de 10 centímetros foram criados, forçando a Estação Espacial Internacional (ISS) a realizar manobras de proteção e colocando em risco a vida dos astronautas da ISS. Até o momento, mais de 60 pedaços de detritos permanecem em órbita.  A destruição física de um satélite é tecnicamente possível há décadas, mas é altamente prejudicial em termos de geração de detritos no espaço. A Rússia também tem um programa para um míssil antissatélite disparado de um avião de caça MIG-31B. Chamado de Burevestnik, as autoridades afirmam que ele está em desenvolvimento.  Moscou também tem um projeto de armas de energia direcionada: o programa de laser Peresvet. Ele consiste em um sistema de laser rebocado por um caminhão. Uma declaração do Ministério da Defesa da Rússia em dezembro de 2018 disse que o sistema havia entrado em “serviço de combate experimental” e poderia “combater efetivamente qualquer ataque aéreo e até mesmo satélites de combate em órbita”. De acordo com especialistas, ele seria capaz de ofuscar temporariamente os satélites de observação, mas não destruí-los.  Em 24 de fevereiro de 2022, um ataque cibernético possivelmente atribuído à Rússia teve como alvo a rede KA-SAT, uma rede de telecomunicações baseada em satélite e de acesso à internet de banda larga operada pela Viasat. De acordo com o relatório de incidentes da Viasat, o invasor conseguiu desativar a conexão de 10 mil terminais. Embora o suposto objetivo fosse atacar as conexões de rede do exército ucraniano, milhares de usuários de rede na Europa foram afetados pela manobra.  (Com Louis Champier) Rússia condena jornalista americano por espionagem

Perdas de seguradoras com apagão cibernético podem chegar US$ 1 bilhão com clientes registrando sinistro, diz jornal


Setor se prepara para reivindicações de vários setores que tiveram impacto financeiro na última sexta (19). Ainda assim, alguns especialistas dizem que é cedo para estimar os prejuízos. Após apagão cibernético, seguradoras podem ter que lidar com sinistro de US$ 1 bilhão, diz jornal REUTERS/Bing Guan Muitas seguradoras devem ser acionadas com seus clientes reivindicando para recuperar as suas perdas causadas pelo apagão cibernético global da última sexta-feira (19). Especialistas ouvidos pelo jornal Financial Times estimam que o setor deve ter de lidar com até US$ 1 bilhão em sinistro. 💻Entenda a interrupção cibernética que deu 'tela azul' em vários países O problema paralisou o funcionamento de aeroportos, hospitais, emissoras de TV, entre outros setores. Segundo a Microsoft, quase 9 milhões de aparelhos que rodam o sistema operacional Windows foram afetados. O apagão foi motivado por uma atualização em uma ferramenta chamada Falcon, produzida pela empresa CrowdStrike. Ela é utilizada para detectar possíveis invasões hackers e uma de suas clientes é justamente a Microsoft. Máquinas que rodam MacOS (Apple) e Linux não foram afetadas. "As seguradoras estão se preparando para centenas, se não milhares, de notificações de sinistros de empresas impactadas pela CrowdStrike", disse Ryan Griffin, sócio especializado em segurança cibernética na corretora de seguros McGill and Partners, em entrevista à Reuters. Tanto a CrowdStrike como a Microsoft não comentaram sobre o assunto. "Os danos econômicos podem chegar a dezenas de bilhões de dólares", completou Nir Perry, CEO da CyberWrite, uma plataforma de risco de seguro cibernético. Segundo o Financial Times, alguns executivos de seguradoras, no entanto, dizem que ainda é cedo para estimar o impacto nos seguros. Assim pensa Kelly Butler, chefe da Marsh no Reino Unido, a maior corretora de seguros do mundo. Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético? Ainda assim, Kelly Butler confirmou ao jornal que aproximadamente 100 de seus clientes acionaram o seguro pedindo suporte para as perdas motivadas pela CrowdStrike. "A maioria delas foi por interrupção de negócios ou indisponibilidade do sistema", confirmou Butler ao Financial Times. "Algumas apólices de seguro cibernético excluem eventos não maliciosos, e há períodos de carência e franquias que as empresas terão que considerar antes de fazer uma reclamação com suas seguradoras", disse Perry à Reuters. Especialistas ouvidos pelo portal Business Insider dizem que a CrowdStrike não é obrigada a cobrir o prejuízo que seus clientes tiveram na sexta-feira. Mas deve reembolsar com as taxas de assinatura do programa Falcon. LEIA TAMBÉM: Instagram: como desativar notas temporárias de seus amigos que fazem posts 'inundarem' seu feed Especialistas criticam atualização no sistema da CrowdStrike, que travou computadores pelo mundo: 'Recuperação é manual e lenta' O grupo brasileiro de ódio a mulheres que fabrica com IA imagens pornô falsas sob encomenda

terça-feira, 23 de julho de 2024

Entrega atrasada em 'sites de blusinhas'? Empresas alegam alta demanda, e consumidores se queixam nas redes


A partir de 1º de agosto, começa a valer a lei que cria taxação de 20% sobre compras internacionais abaixo de US$ 50. Antes da aprovação da norma, produtos com preços menores não eram tributados. Apps da Shopee, Shein e AliExpress Getty Images via BBC Sites de compras internacionais — os populares sites das "blusinhas" — estão sendo alvo de queixas de consumidores nas redes sociais nos últimos dias por atraso nas entregas. Um desses sites, a Shein, enviou e-mails a consumidores informando que o envio dos produtos adquiridos no site vai demorar "mais do que o normal" devido ao "aumento das encomendas". Na semana que vem, as empresas vão começar a pagar impostos de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50. A taxação deve ser repassada aos preços ao consumidor. A nova taxação foi sancionada pela Presidência da República em 27 de junho. Nas redes sociais, consumidores estão se queixando no atraso das entregas. Além de contatos por e-mail, as notificações de demora no envio da plataforma também são incorporadas ao aplicativo, com a seguinte mensagem: No aviso por e-mail, a Shein empresa informa: "Estimado, obrigada por fazer compras com o SHEIN. Gostaríamos de te pedir desculpa; o nosso tempo de processamento está a demorar mais do que o normal devido ao aumento de encomendas. Exortamos o nosso armazém a processar e enviar a nossa encomenda com prioridade máxima. Um aviso de envio irá atualizá-lo assim que tudo estiver preparado. Obrigado pela sua compreensão". A empresa também menciona "capacidade de envio insuficiente na transportadora". Esse termo também está sendo bastante procurado nas redes. "Devido à capacidade de envio insuficiente da transportadora, há um atraso no seu pacote. Estamos agilizando o processo de envio no seu pacote. Pedimos desculpa pelo atraso e agradecemos a compreensão". Print aviso de atraso em entrega de compras internacionais Reprodução Outra empresa que vem sendo alvo de reclamação na demora dos itens é a Shopee, também popular entre os brasileiros. Nas redes sociais, consumidores se queixam dos atrasos nas remessas desde junho. Os comentários incluem relatos de atrasos de até 2 meses em função da suposta sobrecarga da demanda. Além disso, expressam preocupações com a possibilidade de serem taxados caso o produto não chegue antes da data prevista para o início da taxação. A norma para a tributação, no entanto, não funciona bem assim (entenda mais abaixo). Reclamações compras internacionais atrasadas Reprodução Reclamações atrasos em compras Reprodução Em nota, a Shein informou que atrasos nas entregas ocorrem em períodos de alta demanda, que são sazonais e não estão ligados à taxação. "A Shein informa que eventuais atrasos em entregas podem ocorrer devido às variações periódicas de demandas e não têm relação com o início da cobrança de imposto no dia 1º de agosto", informou a empresa em nota. A Shoppee disse que somente 10% de suas vendas são internacionais. A Amazon, outra empresa que faz esse tipo de entrega, informou que não divulga dados específicos sobre as encomendas. Em nota, disse que: "A Amazon Brasil informa que os produtos vendidos na Loja de Compras Internacionais de valor até US$50 receberão a nova taxação de 20% a partir do dia 31 de julho de 2024." A Ali Express não tinha informação sobre os atrasos até a última atualização desta reportagem, mas ficou de passar os dados. Início da cobrança A cobrança do tributo de importação começa oficialmente na próxima quinta-feira, 1º de agosto, segundo as regras determinadas pelo governo federal. Porém, para cumprir com o prazo necessário para os ajustes das declarações de importação, alguns e-commerces optaram por antecipar a cobrança dos impostos para este sábado, 27. Esse é o caso do AliExpress e da Shopee, que já informaram que as compras de até US$ 50 efetuadas em suas plataformas a partir do dia 27 contarão com a taxa de importação de 20%. Além da taxa, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de 17% continuará incidindo sobre os preços dos produtos. Varejistas passam a cobrar imposto de 20% neste sábado; veja como ficam os preços G1 em 1 Minuto: Compras internacionais de US$ 50: veja como ficam os preços Taxa das 'blusinhas' O projeto de lei que definiu a taxação das compras internacionais de até US$ 50 foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no fim de junho, após ser aprovado no Congresso Nacional. Calculadora do g1 mostra como ficam os preços das compras internacionais de US$ 50 Pela regra anterior, essas compras estavam sujeitas apenas à incidência do ICMS, um imposto estadual. O novo texto inclui no preço, antes do ICMS, um imposto de importação de 20% sobre o valor da compra. A introdução dessa cobrança foi negociada entre o Congresso (que não queria aumentar a carga tributária) e a área econômica do governo (que tenta elevar a arrecadação). 🔎 Seguindo as regras aduaneiras, os 20% do imposto de importação serão cobrados em cima do valor do produto (mais eventuais cobranças de frete ou seguro) e incluídos no preço exposto ao consumidor. Outros 17% do ICMS vão incidir sobre o valor da compra já somado ao imposto de importação. Por exemplo, uma compra que, no total, custe US$ 50 terá a cobrança, primeiro, dos 20% do imposto de importação, passando a custar US$ 60 para o consumidor final. Depois, haverá a incidência dos 17% do ICMS sobre esses US$ 60, com o valor final para o consumidor chegando a US$ 72,29 — ou R$ 382,93, com a cotação do dólar nesta quarta-feira.

Tim, Vivo e Oi são multadas em quase R$ 5 milhões por propaganda enganosa sobre 5G


Secretaria Nacional do Consumidor concluiu que empresas não informaram clientes da forma adequada quando ainda ofereciam versão limitada do 5G. Claro também foi multada pelo órgão em maio. Os desafios para a expansão da rede 5G no Brasil Reprodução/TV Globo As operadoras de telefonia Tim, Vivo e Oi foram multadas em R$ 4.797.156,33, ao todo, por veicularem propagandas enganosas sobre 5G. A decisão foi tomada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. As multas variam e consideram a condição econômica de cada operadora e a gravidade das infrações, informou a Senacon nesta terça-feira (23): a Tim foi penalizada em R$ 2 milhões; a Vivo, em R$ 1,4 milhão; e a Oi, em R$ 1,33 milhão. Em maio, a Claro já tinha sido multada em R$ 922 mil. Segundo a secretaria, consumidores foram induzidos ao erro por acreditarem que poderiam usar o 5G completo, quando, na verdade, as operadoras ofereciam tecnologias mais limitadas, conhecidas como DSS (sigla em inglês para "compartilhamento dinâmico de espectro") e refarming. Neste caso, o serviço aproveita a rede 4G para oferecer qualidade próxima à do 5G, mas sem todos os benefícios da versão conhecida como "standalone", que oferece mais velocidade e um baixo tempo de latência. Ao não explicarem corretamente sobre a versão do 5G que estava sendo usada, as empresas violaram normas do Código de Defesa do Consumidor que tratam sobre clareza e veracidade de informações veiculadas, avaliou a Senacon. A decisão prevê que as operadoras deverão depositar o valor de suas multas no Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD). As empresas podem recorrer em um prazo de até dez dias. LEIA TAMBÉM: Governo avalia liberar Fortune Tiger no Brasil e bloquear acesso a sites do exterior Hacker coloca à venda suposta lista de quase 10 bilhões de senhas: você deve se preocupar? Por que o Brasil não foi tão afetado por pane global cibernética quanto EUA e Europa? Guia do 5G: tire suas dúvidas

Instagram: Como desativar as notas temporárias de seus amigos que aparecem em Reels e nas publicações


Rede social liberou para todo mundo a opção de adicionar comentários que são exibidos em um balão em cima das postagens. Instagram Notas também está disponível em publicações no feed e no Reels Divulgação/Instagram a O Instagram começou a liberar para todos os usuários a opção de notas temporárias em publicações e no Reels. O recurso exibe comentários flutuantes feitos por seus amigos em cima das postagens. Assim como aquelas que ficam nas mensagens diretas (DM), essas notas expiram e desaparecem do post depois de três dias. Mas a pessoa pode excluir o comentário antes desse período. Alguns usuários, no entanto, têm reclamando dessa novidade, pois, além de aparecer sob as publicações, você pode ver notas de seus amigos em posts de gente que você não segue. Veja seguir uma forma de desativá-las: abra o Instagram e vá até o perfil da pessoa que você deseja desativar as notas temporárias; no perfil dela, toque no botão "Seguindo" e, depois, vá em "Silenciar"; na próxima tela, ative a função "Notas em publicações e reels", para deixar de visualizar. Segundo o Instagram, a outra pessoa não será notificada sobre essa ação. Quem optar por manter as notas ativadas, a própria pessoa pode definir, antes de publicar, quem deve visualizar aquele comentário: seguidores que você segue de volta ou se apenas os amigos que estão no seu "Close Friends" ("Amigos próximos", em português). LEIA TAMBÉM Notebook gamer: g1 testa 3 modelos de entrada Wi-Fi público tem risco baixo, mas pode permitir golpes; veja dicas para se prevenir Apagão global cibernético afetou 8,5 milhões de aparelhos com o Windows, diz a Microsoft Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador ou por app Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador ou por app Lives do jogo do tigrinho, surgem em canais de YouTube sobre culinária e jogos infantis Lives do jogo do tigrinho, surgem em canais de YouTube sobre culinária e jogos infantis Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético? Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético?

Notebook gamer: g1 testa 3 modelos de entrada


Máquinas da Asus, Dell e Lenovo conseguem ter um bom desempenho em vários jogos, mas não espere usar os portáteis por muito tempo longe da tomada. Guia de compras: notebooks para jogar Juan Silva/g1 Jogar no notebook não precisa ser uma experiência que custa dezenas de milhares de reais. Máquinas consideradas “de entrada” pelos fabricantes fornecem uma experiência razoável nos games. Esses notebooks são destinados a gamers que querem se divertir com os títulos mais recentes, mas sem ter que pagar pelo alto desempenho dos modelos topo de linha. O Guia de Compras testou três desses notebooks: Asus TUF Gaming F15 Dell G15 Lenovo LOQ As três máquinas contam com configurações técnicas similares e esperadas para um notebook dessa categoria (veja o mínimo esperado para cada tipo de portátil). As especificações incluem telas de 15,6 polegadas com resolução Full HD, processador Intel Core i5 de 12ª ou 13ª gerações, 8 GB ou 16 GB de memória RAM e placa de vídeo Nvidia GeForce RTX3050. ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp Todas rodam Windows 11 e contam com aplicativos gratuitos que ajudam a escolher o modo de desempenho do computador. Veja os resultados a seguir e, ao final da reportagem, a conclusão e como foram feitos os testes. Asus TUF Gaming F15 O Asus TUF Gaming F15 é, entre os notebooks da avaliação, o modelo mais leve e compacto. Pesa “apenas” 2,20 kg, contra 2,8 kg do Dell G15. Notebooks para jogar tendem a ser mais pesados que os comuns. Para comparação, um portátil “normal” para trabalhar e estudar fica na faixa do 1,5 kg ou menos. O modelo mede 35,4 x 25,1 x 2,24 cm (largura x profundidade x altura). Por conta das dimensões e menor peso, é o mais confortável para colocar em uma mochila e levar para outros locais para jogar. O equipamento era vendido por volta de R$ 5.800 nas lojas on-line consultadas em julho. Configurações e design Nas configurações, o TUF F15 conta ainda com tela com taxa de atualização de 144 Hz (quantas vezes a tela “pisca” para atualizar as informações), a mais alta entre os modelos da avaliação. A máquina conta ainda com 16 GB de RAM, placa RTX 3050 com 4 GB dedicados e armazenamento por SSD de 512 GB. Asus TUF Gaming F15 Divulgação O processador é um Intel Core i5 de 12ª geração, uma das mais recentes. As conexões incluem uma porta Ethernet (para internet cabeada), 1 porta Thunderbolt 4 com DisplayPort (para monitor externo), 1 porta USB 3.2 tipo C com suporte a DisplayPort e Nvidia G-Sync, dois conectores USB A 3.2 e um HDMI 2.1. A máquina também está pronta para conexões Wi-Fi 6, mais velozes que o Wi-Fi 5, e tem 2 alto-falantes embutidos compatíveis com tecnologia Dolby Atmos. No design, o Asus F15 tem acabamento que lembra metal. A fabricante cita certificação militar MIL-STD 810, que promete maior resistência contra quedas e acidentes cotidianos. O teclado do ASUS F15 é o único dos três modelos com iluminação RGB, que pode ser customizada. O da Lenovo tem apenas retroiluminação branca, e o Dell, laranja. Software para games O Aura é o app do Asus TUF F15 que serve para personalizar a iluminação do teclado. É possível criar perfis de luz e cores para cada game, mas foi algo que não funcionou direito durante os testes. Tem um botão no teclado dedicado para alternar entre os tipos de iluminação. Já o Armoury Crate serve para monitorar a performance e alternar entre modos silencioso, desempenho e turbo. Asus Armoury Crate em uso Reprodução Esse app também cria uma espécie de biblioteca de todos os jogos instalados no notebook e permite gerenciar periféricos e controlar áudio e microfone. Também conta com um botão dedicado para abrir o app pelo teclado. Desempenho, bateria e nível de ruído Das três máquinas, o Asus TUF Gaming F15 ficou em último lugar nos testes de desempenho. Quando estava ligado na tomada, rodou bem quase todos os jogos. A exceção ficou com Cyberpunk 2077, que não saiu da faixa entre 30 e 40 quadros por segundo. Ao ser usado fora da tomada, o desempenho caiu bastante. No Cyberpunk 2077, caiu de 50 para 4 quadros por segundo, travando por um instante. Cyberpunk 2077 no Asus TUF F15 com baixa taxa de quadros por segundo Reprodução O nível de ruído foi acima do normal, um tanto barulhento. O ruído aumentou conforme os ajustes de performance – especialmente quando o modo Turbo foi ligado. A duração da bateria do Asus foi equivalente à dos demais notebooks da avaliação, com uso estimado em 1 hora de jogo fora da tomada. Dell G15 O Dell G15 é o notebook com o processador mais recente entre os três modelos do teste – um Intel Core i5 de 13ª geração, contra 12ª no da Asus e no da Lenovo. Também é o modelo mais caro, sendo vendido por R$ 6.000 nas lojas on-line pesquisadas em julho, e o mais pesado, com 2,8 kg. O portátil mede 35,7 x 27,4 x 2,6 cm (largura x profundidade x altura). Configurações e design As especificações técnicas do Dell G15 incluem ainda uma tela com taxa de atualização de 120 Hz, 8 GB de RAM (a menor entre os três portáteis da avaliação) e 512 GB de armazenamento SSD. O modelo tem 6 GB de RAM na placa de vídeo RTX 3050– contra apenas 4 GB no Asus e no Lenovo. Nas conexões, são 1 porta HDMI, uma USB-C com suporte a DisplayPort (para ligar a um monitor externo), 3 portas USB-A 3.2 e conector Ethernet para internet cabeada. Também tem conexão Wi-Fi 6. O design lembra bastante o de modelos mais caros da Dell, da linha Alienware. A construção em plástico tem uma base um pouco mais fina na frente. Dell G15 Reprodução Quanto mais próximo à tela, o notebook fica mais grosso e tem uma espécie de “paralama” na área das conexões, atrás do display, por conta das saídas de ar. O teclado é retroiluminado em tons laranja, sem possibilidade de trocar as cores. Software para games O Dell G15 vem com o Alienware Command Center instalado. O aplicativo serve para criar uma biblioteca integrada de todos os jogos e monitora a performance da máquina durante os jogos. Alienware Command Center Reprodução É possível deixar uma janela sobreposta do app quando está jogando com as principais informações de monitoramento. Desempenho, bateria e nível de ruído Na hora de jogar, o Dell G15 ficou entre o desempenho mais estável do Lenovo LOQ e a performance um pouco menor do Asus TUF F15. Durante os testes, rodou bem os games fora da tomada – com exceções ao Cyberpunk 2077 e ao Tomb Raider. Os títulos mais antigos, como GTA V, rodaram sem travar. Cyberpunk 2077 em ação no Dell G15 Reprodução Vale ressaltar que o G15 alterna entre o modo desempenho (mais potente) e equilibrado (menos potente) toda vez que é conectado/desconectado da tomada. O modelo conta com uma tecla dedicada para iniciar ou desligar o modo de maior desempenho. O notebook da Dell foi o menos ruidoso dos três, sendo bastante silencioso no modo equilibrado e mais barulhento no modo desempenho. A duração da bateria do G15 também ficou em 1 hora de jogo. A única diferença em relação aos demais é que o sistema não alerta o jogador que a bateria vai acabar durante o game. No Asus e no Lenovo, aparece uma mensagem para ligar o produto à tomada. Lenovo LOQ O Lenovo LOQ é o notebook mais barato do teste, sendo vendido por R$ 5.500 nas lojas da internet consultadas em julho. Vale ressaltar que a avaliação foi feita em uma versão do portátil com a placa RTX 3050, mas ela estava indisponível nas lojas on-line na hora da publicação. A fabricante oferece uma versão menos potente com placa NVidia RTX 2050, que pode ter um desempenho menor, mas custa menos, na faixa dos R$ 4.000. O LOQ foi a máquina que teve o melhor desempenho na hora de jogar. Porém, conta com algumas limitações de hardware que não estão presentes nos concorrentes, como a tela com 60Hz de taxa de atualização, a mais “lenta” do teste. O computador pesa 2,4 kg e mede 35,9 x 26,4 x 2,2 cm (largura x profundidade x altura). Configurações e design De acordo com a ficha técnica, o Lenovo LOQ conta com 16 GB de RAM e 512 GB de armazenamento SSD. O processador é um Intel Core i5 de 12ª geração, similar ao do notebook da Asus. Nas portas, são uma USB-C 3.2 com DisplayPort, três portas USB 3.2, uma HDMI e Ethernet (RJ45). Como ocorre com o modelo da Asus, o Lenovo LOQ tem compatibilidade com redes Wi-Fi 6, mais velozes. Lenovo LOQ Divulgação O design do produto conta com acabamento em plástico e ventoinhas com luz azul na parte traseira – o detalhe mais "gamer" do produto. O teclado tem retroiluminação branca, sem opção de RGB como no modelo da Asus. Software para games O LOQ veio com o aplicativo Legion Arena, que também cria uma biblioteca de jogos instalados. Legion Arena, para organizar games no PC Reprodução O diferencial do Arena para os apps dos concorrentes avaliados é que ele organiza melhor os jogos de plataformas on-line, como Epic Games, GamePass (Xbox), Battle.net e Ubisoft. Desempenho, bateria e nível de ruído O Lenovo LOQ, na comparação com os outros modelos, foi o único que não mostrou diferença de desempenho quando desligado da tomada. Rodou muito bem os jogos pesados, desde o GTA V (lançado há mais tempo) até o Cyberpunk 2077 (com lançamento mais recente), que ficou estável na faixa dos 50-60 quadros por segundo. No modo economia de bateria foi um pouco pior: Tomb Raider travou bem de leve, chegando nos 40 fps. No modo desempenho, flutuou de 50 a 80 fps. GTA V no Lenovo LOQ Reprodução O notebook permite alternar entre modo de uso normal e de performance – porém alternar não é algo tão intuitivo como nos concorrentes. É necessário usar um atalho de teclado (function+Q). Fora da tomada, a bateria do Lenovo LOQ também durou 1 hora de jogo. Conclusão RELAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO: Dos três modelos, a melhor relação custo/benefício fica com o Lenovo LOQ, o mais barato e o único dos notebooks a manter o desempenho apenas usando a bateria interna. Do ponto de vista da configuração técnica, o Dell G15 é o modelo com as especificações mais avançadas, como o processador Intel de 13ª geração e mais memória RAM na placa de vídeo dedicada RTX 3050. O G15 também foi o mais silencioso durante o uso nos testes com games. No quesito facilidade de transporte, o Asus TUF F15 é o mais leve dos três, com 2,2 kg, sendo mais confortável para carregar na mochila, caso necessário. ATENÇÃO PARA A BATERIA: Os três notebooks do teste funcionaram bem com os jogos selecionados. Porém, vale ressaltar que o desempenho desses computadores tende a cair ao serem removidos da tomada. E, se quiser jogar contando apenas com a bateria do notebook, lembrar que ela deve durar uma hora, no máximo. Os modelos da Dell e da Asus tiveram uma queda de performance quando isso ocorreu. Como foram feitos os testes Os notebooks foram escolhidos pela categoria de produto (notebooks gamers mais básicos). Os produtos foram enviados por empréstimo pelas fabricantes e serão devolvidos. A Acer não respondeu aos pedidos do Guia de Compras para empréstimo de um modelo (Acer Nitro) para o comparativo. Os notebooks foram avaliados pelo seu desempenho em games na configuração máxima nos títulos Forza Horizon 5, Shadow of the Tomb Raider, GTA V, Little Kitty Big City e Cyberpunk 2077. Foi usado um controle sem fios de PlayStation 4 para comandar os jogos. Os testes incluíram checar se o jogo “trava” ou perde performance com a queda da taxa de quadros por segundo (FPS). Foram levados em consideração também o design, o peso e dimensões da máquina e o nível de calor e ruído durante as partidas. Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. 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IA no celular: o que vale a pena usar? g1 testou funções no iPhone 16e, Moto Razr 60 Ultra e Galaxy S25 Edge

Cada marca diz que as funções de inteligência artificial do seu smartphone é algo imprescindível de usar. Mas é mais comum esquecer ...