quarta-feira, 10 de setembro de 2025

O que é o Signal, aplicativo citado por Fux em julgamento da trama golpista


Aplicativo de mensagens Signal tem foco em privacidade AP Photo/Jeff Chiu O aplicativo de mensagens Signal foi citado algumas vezes pelo ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (10) em seu voto durante o julgamento da trama golpista. De acordo com o relatório da Polícia Federal (PF), o aplicativo foi usado para monitorar autoridades, como o também ministro do STF Alexandre de Moraes. Mas, afinal, o que é Signal? O Signal é um aplicativo com foco em privacidade e segurança. Para isso, ele usa um protocolo de criptografia de ponta a ponta, em que ninguém fora da conversa pode interceptar a troca de mensagens. O padrão criado pela plataforma foi adotado pelo WhatsApp em 2016. Assim como outros aplicativos, o Signal permite enviar mensagens, áudios e figurinhas, além de fazer chamadas de vídeo. Mas alguns recursos, como o que impede que alguém te encontre pelo número do celular, atraem o interesse de quem precisa de mais privacidade, como informantes, jornalistas e ativistas de direitos humanos, por exemplo. Figuras como o bilionário Elon Musk, dono do X, da SpaceX e da Tesla, e Edward Snowden, ex-agente da Agência Nacional de Segurança que revelou a existência de um programa de espionagem massiva nos Estados Unidos já recomendaram o Signal. Lançado em 2012, o serviço é mantido pela Signal Foundation, organização sem fins lucrativos criada em fevereiro de 2018. A entidade diz que sua missão de "proteger a liberdade de expressão e permitir uma comunicação global segura por meio de tecnologia de privacidade de código aberto". Signal é visto como canal não oficial de comunicação dos EUA Governo dos EUA adiciona sem querer repórter a grupo que discutia ataques militares Em março, o Signal chamou atenção após um jornalista americano ser incluído sem querer em grupo de integrantes do governo dos EUA no aplicativo. No grupo, membros do alto escalão do governo Trump discutiam planos de guerra contra rebeldes houthis, no Iêmen. As informações foram divulgadas pelo editor-chefe da revista americana "The Atlantic", Jeffrey Goldberg, que foi incluído no grupo. "Eu não conseguia acreditar que a liderança da segurança nacional dos Estados Unidos iria comunicar no Signal sobre planos de guerra iminentes", escreveu Goldberg, que foi incluído em um grupo com o secretário de Estado, o secretário de Defesa e até o vice-presidente dos EUA. O episódio foi descrito como "uma falha extraordinária" de segurança pelo jornal americano The New York Times. Durante o governo Biden, apesar de não ser um canal oficial do governo, o Signal era usado para comunicações sobre o agendamento de reuniões sensíveis ou ligações telefônicas confidenciais, segundo fontes informaram à Associated Press. O uso do aplicativo dentro da Casa Branca tornou-se mais recorrente em 2024, principalmente depois que o Serviço Secreto alertou que a China e o Irã estavam hackeando a Casa Branca. Ainda de acordo com a Associated Press, há relatos de que autoridades importantes do governo Biden — como a vice-presidente Kamala Harris, o secretário de Defesa Lloyd Austin e o conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan — usavam o Signal para discutir planos sensíveis, como as autoridades do governo Trump fizeram.

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