
Trump conversa com Xi Jinping e fala em 'aprovação' de acordo sobre TikTok; China não confirma O presidente Donald Trump assinou na quinta-feira (25) uma ordem executiva com os termos de um acordo para transferir o controle das operações do TikTok nos Estados Unidos. O acordo com a empresa chinesa ByteDance abrirá caminho para que a plataforma permaneça ativa no país, e de forma "segura", segundo o presidente. O decreto de Trump permitirá que um grupo de investidores liderado pelos EUA compre 80% das operações do aplicativo, atendendo a uma lei federal que obriga a venda do controle de plataformas como o TikTok para uma empresa americana ou outro investidor considerado "confiável". 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo a ordem executiva publicada na quinta-feira pela Casa Branca, a ByteDance, a empresa matriz do TikTok, manterá uma participação “inferior a 20%”. O governo americano usou como argumento um suposto receio de que Pequim pudesse usar o aplicativo para acessar dados confidenciais ou para disseminar propaganda. 🔎 O governo americano vem trabalhando há meses para encontrar investidores não chineses para a versão americana do TikTok, avaliada em US$ 14 bilhões (R$ 75 bilhões), segundo o vice-presidente JD Vance. Segundo o acordo, a ByteDance terá uma presença mínima na nova empresa. O TikTok afirma ter mais de um bilhão de usuários em todo o mundo, incluindo mais de 170 milhões nos Estados Unidos, quase metade da população do país. Na cerimônia de assinatura do decreto, Trump disse que a versão americana do aplicativo seria administrada por investidores "altamente sofisticados", incluindo Larry Ellison, fundador da gigante de nuvem Oracle e o magnata da mídia Rupert Murdoch, dois aliados ideólogicos do presidente dos EUA. A empresa de investimentos Silver Lake Management e a poderosa Andreessen Horowitz, do Vale do Silício, também devem fazer parte do acordo. Apesar de todos investidores mencionados serem seus aliados, Trump insistiu que o aplicativo não seguiria uma linha política. "A alienação proposta permitiria que milhões de americanos que usam o TikTok todos os dias continuassem a usá-lo, ao mesmo tempo em que protegeria a segurança nacional", afirmou Trump. O que diz a lei e o acordo? Ainda há muitas incertezas sobre o acordo em andamento, mas Trump disse que o líder chinês Xi Jinping concordou em levá-lo adiante "Houve alguma resistência da China, mas nosso principal objetivo era garantir a operação do TikTok, ao mesmo tempo em que protegíamos a privacidade dos dados dos americanos, conforme exigido por lei", disse Vance, considerado por Trump um dos principais arquitetos do pacto Em 2024, ainda sob a gestão de Joe Biden, o Congresso determinou que o TikTok deveria ser vetado nos EUA se o seu controle não fosse transferido para uma empresa suficientemente separada da matriz chinesa, especialmente em termos de acesso de Pequim aos servidores que armazenam dados de usuários. Trump adiou repetidamente a aplicação da lei por meio de sucessivas ordens executivas, mais recentemente prorrogando o prazo até 16 de dezembro de 2025. A ordem de quinta-feira prorrogou ainda mais esse prazo, concedendo um adiamento de 120 dias para concluir a transação, ou seja, até 23 de janeiro. Na coletiva de imprensa, Trump disse que "os jovens" estavam implorando para que ele "salvasse o TikTok". Ele lembrou do ativista conservador Charlie Kirk, assassinado no início deste mês, dizendo que foi ele quem o incentivou a entrar na plataforma de mídia social. O que deve mudar no aplicativo? "Esse acordo significa que os americanos poderão continuar a usar o TikTok, e com mais tranquilidade do que antes, porque seus dados estarão protegidos e não serão usados como uma ferramenta de propaganda contra o público", argumentou Vance. O vice-presidente afirmou que o aplicativo contará com um modelo nacional do algoritmo usado atualmente, frequentemente descrito como o "ingrediente secreto" que ajudou o TikTok a se tornar uma das plataformas mais populares do mundo em poucos anos. Ele enfatizou que o pacto garante que a empresa americana e os investidores americanos terão "controle total" sobre o algoritmo. Segunfo ele, a Oracle, inclusive, armazenava dados da plataforma mesmo quando a ByteDance controlava o aplicativo nos EUA. Donald Trump e TikTok Jornal Nacional e AP.
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