segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Haddad diz que até 600 sites de bets irregulares serão banidos em outubro e orienta apostadores a resgatar dinheiro

Ministro também informou que governo vai proibir uso de cartão de crédito e do Bolsa Família em apostas. Publicidade do setor está 'completamente fora de controle' e será regulada, disse. Haddad diz que 600 BETs irregulares sairão do ar nos próximos dias O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (30) que até 600 sites de apostas online serão banidos do Brasil nos próximos dias por apresentarem irregularidades em relação à legislação aprovada pelo Congresso Nacional. Em entrevista à rádio CBN, Haddad recomendou que os jogadores resgatem os recursos nesses sites, para evitar que o dinheiro seja perdido. A lista de bets ilegais a serem banidas deve ser divulgada nesta terça-feira (1º). As operadoras deverão derrubar os sites a partir do dia 11 – a ordem será oficializada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Haddad também anunciou que o governo adotará novas medidas e fiscalizará, de forma mais dura, regras que já estão em vigor – como o acompanhamento das apostas por CPF, a limitação das formas de pagamento e a regulamentação da publicidade das empresas (veja mais abaixo). Google vai barrar anúncios de 'bets' sem registro no Brasil a partir desta segunda "A primeira providência vai ser banir do espaço brasileiro as 'bets' não regulamentadas. Tem cerca de 500, 600 sites de apostas que vão sair do ar nos próximos dias. Porque a Anatel vai bloquear no espaço brasileiro o acesso a esses sites. Se você tem algum dinheiro em casa de aposta, peça a restituição já. Porque você tem direito a ter o seu valor restituído. Às vezes o valor fica bloqueado lá pra você apostar de novo", disse o ministro à CBN. Haddad também afirmou que a equipe econômica vai banir determinadas formas de pagamento para as apostas online, como os cartões de crédito e, também, o cartão do Bolsa Família. Somente em agosto de 2024, 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões com as bets. "Nada disso vai poder ser utilizado para o pagamento de apostas. E vamos acompanhar CPF por CPF a evolução da aposta e dos prêmios, pois quem aposta muito e ganha pouco, em geral está com dependência psicológica do jogo. Quem aposta pouco e ganha muito, em geral é lavagem de dinheiro", afirmou o ministro da Fazenda. Governo quer colocar travas para apostadores compulsivos em bets e jogos A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão já instaurou um procedimento para verificar o impacto das apostas online nas pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica. E, em outra frente, a pedido do diretor-geral Andrei Passos, a Polícia Federal abriu uma investigação preliminar para apurar a atuação de grupos internacionais suspeitos de lavar dinheiro no mercado de apostas esportivas. O ministro Haddad também informou que o governo federal quer regulamentar a publicidade das apostas online, que, em sua visão, está "completamente fora de controle". "Amanhã, tenho encontro com entidades ligadas ao setor de publicidade, autorregulação, e vamos tratar esse assunto. Como tem regulação de publicidade de fumo e bebida alcoólica, temos de ter o mesmo zelo", explicou ele. Bets ilegais ainda nem começaram cadastro Segundo o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Régis Dudena, a legislação atual no país dá prazo até o fim deste ano para que as bets se adequem às novas regras. Essas regras, de acordo com ele, já têm uma série de dispositivos para proibir o uso de cartão de crédito, proteger os apostadores e evitar crimes como a lavagem de dinheiro. "Começamos a identificar a formação de dois grupos: um de empresas sérias, que quiseram atuar e vieram ao Ministério da Fazenda pedir autorização. E um segundo, que podemos chamar de oportunista. Que começa a explorar os apostadores de uma forma descontrolada; em muitos casos, praticar fraudes; e, no extremo, ser utilizado pelo crime organizado para, por exemplo, lavagem de dinheiro", disse Dudena em entrevista ao Fantástico. Mesmo antes do fim do prazo, no entanto, o governo decidiu bloquear bets que, até agora, nem sequer começaram seus processos de regularização. "Se o processo foi aberto em maio e, até hoje, a empresa sequer pediu autorização, não dá para eu reconhecer que ela está em período de adequação. Estamos restringindo e dizendo: apenas aquelas que pediram autorização poderão operar nesse período de transição", explicou. Especial: a regulamentação das apostas no Brasil

Google vai barrar anúncios de 'bets' sem registro no Brasil a partir desta segunda


Nova política exige que sites de apostas tenham registro no Ministério da Fazenda para veicular anúncios nas plataformas da big tech. Google empresa companhia tecnologia escritório Arnd Wiegmann/Reuters O Google anunciou uma atualização em sua política de publicidade, informando que passará a exigir que sites de apostas, também conhecidos como "bets", tenham registro no Ministério da Fazenda para anunciar em suas plataformas. A nova política foi anunciada na sexta-feira (20) e passa a valer nesta segunda-feira, 30 de setembro. Além do serviço de buscas, o Google também controla marcas como Android, Gmail, YouTube e Waze, entre outras. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu providência de todos os ministérios envolvidos na regulamentação de apostas on-line, argumentando que o governo atua para “colocar ordem” no tema. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, um grupo de trabalho apresentará medidas até a próxima semana para impedir a utilização de fundos do Bolsa Família com apostas online, as chamadas "bets", em meio a uma disparada dos recursos gastos por brasileiros com as apostas online.

Como limitar quem pode te colocar em grupos no WhatsApp?


Aplicativo permite configurar para que apenas seus contatos possam adicioná-lo a grupos. Também é possível restringir pessoas específicas. Blog mostra o que fazer caso o WhatsApp não consiga receber e enviar informações pelo Wi-Fi. REUTERS/Thomas White Spams e mensagens indesejadas também estão presentes no WhatsApp. Em algumas situações, números desconhecidos podem adicionar você a grupos, mesmo sem a sua permissão. Isso ocorreu com frequência em junho, quando muitas pessoas relataram ter sido adicionadas a grupos e comunidades do WhatsApp que promoviam o "Fortune Tiger", conhecido como o jogo do tigrinho. Em casos assim, a Meta, dona do WhatsApp, recomenda que os usuários configurem o aplicativo para restringir quem pode adicioná-los a grupos. Confira na arte abaixo como realizar essa configuração: Como limitar quem pode te adicionar em grupos Arte/g1 Assista também: Contas de 'jogo do tigrinho' inundam Instagram Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes

domingo, 29 de setembro de 2024

O serviço de internet da Amazon que quer competir com empresa de Elon Musk


O Projeto Kuiper usará milhares de pequenos satélites que operam em movimentos coordenados no espaço, assim como a Starlink. Serviço da Amazon chegará à América Latina em meados de 2025. Jeff Bezos e Elon Musk Reuters A Starlink, serviço de internet via satélite do bilionário Elon Musk, terá uma nova concorrente nos próximos meses. A Amazon, do também bilionário Jeff Bezos, vai começar a oferecer o seu provedor Projeto Kuiper na América Latina a partir de 2025 – ele chegará ao Brasil em 2026. O Projeto Kuiper e a Starlink têm várias coisas em comum, incluindo o uso de pequenos satélites que operam na chamada "órbita terrestre baixa" (LEO, na sigla em inglês) e o foco em usuários de regiões com pouca oferta de internet. E ambos buscam governos como clientes: a Starlink já é usada em batalhões do Exército e navios da Marinha, por exemplo, e o Projeto Kuiper vai oferecer dispositivos com mais capacidade voltados para o uso por órgãos públicos. Para entrar nesse mercado, a Amazon quer operar 3.236 satélites, criando uma "constelação" em que os equipamentos operam em movimentos coordenados no espaço. Confira abaixo como a empresa diz que o Projeto Kuiper vai funcionar: 🛰️ satélites ficarão em altitudes de 590 km a 630 km da Terra, enquanto modelos da Starlink ficam mais próximos, a 550 km, e satélites convencionais (ou geoestacionários), a 35.000 km – a proximidade da Terra diminui a latência, um índice importante para chamadas de vídeo e jogos online, por exemplo; 🛜 velocidade de download será de até 1 gigabit por segundo (Gbps), quatro vezes o limite da Starlink, que diz alcançar até 220 megabits por segundo (Mbps) – na prática, a Starlink tem média de 70 Mbps, segundo dados da SpeedTest (Ookla) de 1º trimestre de 2023; 📶 conexão será feita por um terminal que poderá ter o tamanho de um livro (essa versão, no entanto, só alcançará velocidades de até 100 Mbps); 📺 clientes na América Latina serão atendidos pela Vrio, dona da operadora de TV por satélite Sky, que firmou acordo com a Amazon na região. Terminais do Projeto Kuiper, serviço de internet via satélite da Amazon Divulgação/Amazon Projeto Kuiper x Starlink O acordo de Amazon e Vrio levará o Projeto Kuiper para sete países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai. A Starlink, por sua vez, diz que seu serviço já está disponível em mais de 80 países. No Brasil, os provedores deverão se concentrar primeiro em regiões com baixos índices de acesso à internet. "Nosso foco está nos clientes que, hoje, moram fora da área de cobertura de empresas de fibra", afirmou ao g1 o líder de desenvolvimento de negócios do Projeto Kuiper na América Latina, Bruno Henriques. "Mas a nossa rede também é bem flexível para atender governos, como conectar escolas e hospitais, e para atender empresas que estão em áreas mais remotas e de difícil acesso. E com foco muito grande em emergências e atendimento a desastres naturais". O segmento de internet via satélite representa 1% dos acessos de banda larga fixa no Brasil, segundo dados da Anatel, em julho de 2024. A Starlink lidera essa categoria, com 44,6% de participação. O provedor de internet de Musk quase triplicou de tamanho em um ano, saindo de 90 mil acessos em julho de 2023, para 224 mil, em julho de 2024, de acordo com a Anatel. Acesso a banda larga fixa no Brasil Os dois serviços pagaram R$ 102 mil cada um para usar os seus satélites comercialmente no Brasil. Eles receberam da Anatel o direito de oferecer serviços no país ao menos até 2027. "A Anatel concede a outorga para essas empresas desde que as bandas de frequências não interfiram os serviços que já estão implementados", explicou o diretor do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), Carlos Nazareth. "O papel da Anatel é regular a faixa de frequência, a ocupação do espectro, a taxa e a qualidade do serviço que ele vai oferecer". O que é e como funciona a Starlink, serviço de internet de Elon Musk Deixar o celular carregar até 100% estraga a bateria? Terminais da Starlink, serviço de internet via satélite do bilionário Elon Musk Marco Santos / Ag. Pará Como vai funcionar? O Projeto Kuiper será liberado primeiro na Argentina, em meados de 2025. O Brasil deverá receber o serviço em uma segunda etapa, provavelmente no início de 2026. Como em outros serviços via satélite, clientes do Projeto Kuiper usarão antenas para se conectarem à internet. A Amazon diz que o modelo intermediário, com capacidade de até 400 Mbps, terá custo de produção de US$ 400 (cerca de R$ 2.200), mas não informou o valor da mensalidade. A empresa venderá um modelo compacto, do tamanho de um livro, com capacidade de 100 Mbps, e uma versão mais avançada, de 1 Gbps, voltada para usos empresariais e governamentais, mas não revelou quando eles custarão. A Starlink cobra a partir de R$ 1.000 pelos equipamentos (kit com antena, roteador e cabos), além da mensalidade que começa em R$ 184, levando em conta os preços de setembro de 2024. E, para oferecerem uma cobertura ampla, as empresas precisam de milhares de satélites. A Starlink já tem mais de 6.400 equipamentos no espaço, segundo o astrônomo Jonathan McDowell, que monitora a constelação da empresa. No caso do Projeto Kuiper, os primeiros protótipos de satélites foram lançados em outubro de 2023. A Amazon tem mais 77 missões planejadas para enviar os 3.236 equipamentos que serão usados na operação comercial. Lançamento dos primeiros protótipos de satélites do Projeto Kuiper, da Amazon, em 6 de outubro de 2023 Divulgação/United Launch Alliance A expectativa da companhia é de que cada equipamento alcance até 10 anos de vida útil, a depender das condições espaciais. "Muita gente acha que lá no espaço, por não ter atmosfera, as condições são maravilhosas, mas não é verdade. Há tempestades eletromagnéticas, tempestades solares. Então, os satélites também são afetados por questões ambientais no espaço, assim como na Terra", explicou Henriques, da Amazon. Esse investimento custará ao menos US$ 10 bilhões, como revelou a empresa em 2019 – o valor não foi atualizado desde então. A quantia será usada para fabricar satélites e antenas, e implementar os gateways, que conectam a rede de fibra ótica terrestre com os equipamentos no espaço. Satélite Starlink Divulgação/Starlink Parceria com operadora de TV Na América Latina, o Projeto Kuiper será oferecido pela Vrio, dona da operadora de TV por satélite Sky. Pelo acordo, a venda e o atendimento será responsabilidade desta parceira, e não da Amazon. "Temos trabalhado em uma parceria em que a Amazon coloca a infraestrutura satelital e terrestre, e nós colocamos a distribuição", disse o vice-presidente da Vrio, Lucas Werthein. Segundo o executivo, os esforços serão focados inicialmente em pequenas e médias cidades, já que as capitais brasileiras já costumam contar com mais conectividade. "A probabilidade de conseguir uma penetração muito alta no centro da cidade de São Paulo não será fácil. O Brasil é um território muito grande, temos que focalizar nossas energias onde é possível chegar". LEIA TAMBÉM: A rede social que bateu recordes de interações após bloqueio do X no Brasil Publicar no feed é 'coisa de velho'? Post gera debate sobre comportamento nas redes Como foi o fechamento do escritório do X no Brasil Antena do Projeto Kuiper para fins empresariais e governamentais terá capacidade de até 1 gigabit por segundo (Gbps), segundo a Amazon Divulgação/Amazon iPhone 16 é lançado com novo botão para controlar a câmera; veja preços no Brasil

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

O que falta para o X ser liberado no Brasil


Ministro do STF Alexandre de Moraes concluiu que não houve comprovação de pagamento da multa por parte do X e apontou que a plataforma deve cumprir exigências para voltar ao ar. Moraes nega desbloqueio imediato da rede social X O pedido da rede social X, do bilionário Elon Musk, para desbloqueio imediato no Brasil foi negado na sexta-feira (27) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que indicou determinações judiciais que ainda precisam ser cumpridas pela empresa. Na quinta-feira (26), representantes do X entregaram documentos pedidos por Moraes e alegaram que a empresa tinha cumprido todas as exigências: indicar um representante legal no Brasil, bloquear perfis de nove investigados no STF e pagar multas por descumprimento de ordens judiciais. A plataforma diz que pagou multa de R$ 18 milhões de forma compulsória, após o bloqueio de contas do X e da Starlink, empresa de internet de Musk. Mas Moraes entende que não houve comprovação de pagamento da multa. Suspenso no país desde o fim de agosto, o X ainda precisa cumprir três exigências, segundo o ministro: Informar com anuência da Starlink se os valores bloqueados judicialmente serão usados para o pagamento da multa e, consequentemente, desistir dos recursos que haviam sido interpostos; Efetuar o pagamento imediato de multa no valor de R$ 10 milhões, devido ao descumprimento de ordem judicial de 18 de setembro, emitida por conta de uma mudança nos servidores do X que fez a rede social voltar a funcionar temporariamente no Brasil; Pagar multa adicional de R$ 300 mil em nome da representante legal da empresa, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição. Na decisão de sexta, Moraes disse que a empresa deve atender o que está previsto na legislação brasileira e em decisões judiciais. "O término da suspensão do funcionamento da rede X em território nacional e, consequentemente, o retorno imediato de suas atividades dependem unicamente do cumprimento integral da legislação brasileira e da absoluta observância às decisões do Poder Judiciário, em respeito à soberania nacional", afirmou. No último fim de semana, o ministro já havia pedido dados adicionais ao X e a órgãos públicos sobre a situação cadastral da empresa no Brasil, a validade da indicação da representante legal e o cumprimento efetivo das decisões judiciais. Na quarta-feira (25), a Polícia Federal e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) enviaram relatórios ao STF sobre o acesso ao X de usuários no Brasil após a ordem de bloqueio. Elon Musk e Aleandre de Moraes EVARISTO SA, ETIENNE LAURENT / AFP Em comunicação com o STF na quinta, os advogados do X afirmaram que a rede social "adotou todas as providências indicadas por Vossa Excelência como necessárias ao restabelecimento do funcionamento da plataforma no Brasil". O pedido foi assinado por advogados de três escritórios: Fabiano Robalinho Cavalcanti e Caetano Berenguer (Bermudes Advogados); André Zonaro Giacchetta e Daniela Seadi Kessler (Pinheiro Neto Advogados) e Sérgio Rosenthal (Rosenthal Advogados Associados). Uma captura de tela da página oficial do Twitter com um "X" na imagem do perfil é vista em 23 de julho de 2023. Reuters Quem executaria o desbloqueio? Caso o ministro decida pelo restabelecimento do serviço, o trâmite deve incluir outros órgãos públicos. Entenda abaixo como seria o processo para liberar o X no Brasil: ➡️ ANATEL NOTIFICADA: assim como fez ao determinar a suspensão da rede social, Moraes teria que acionar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que, por sua vez, repassaria essa determinação para as operadoras. ➡️ OPERADORAS ACIONADAS: depois de receberem a notificação da Anatel, os provedores de internet precisariam reverter a medidas que tomaram para voltar a permitir que o X possa ser acessado pelo site e pelo aplicativo. Assim como a suspensão, o desbloqueio do X não acontece instantaneamente. Há mais de 20 mil provedores no Brasil, segundo o Ministério das Comunicações, e cada um precisaria realizar os seus procedimentos técnicos para cumprir a medida. Elon Musk e a liberdade de expressão

Fones de ouvido sem fio: g1 testa 4 modelos que custam até R$ 500


Maior qualidade do som e recursos como cancelamento ativo de ruído e acesso a assistentes de voz estão presentes nos headphones da Aiwa, Edifier, JBL e QCY avaliados. Guia de Compras: fones de ouvido Bluetooth que custam até R$ 500 Bruna Rocha Azevedo/g1 Ouvir música em um fone de ouvido sem fios “grande” faz toda a diferença. A qualidade sonora é melhor e a bateria dura mais que a dos fones pequenos, como os AirPods, da Apple, ou os Galaxy Buds, da Samsung. O Guia de Compras testou quatro modelos de fones de ouvido bluetooth do tipo “over-ear”, que têm um formato que cobre todo o ouvido. Na hora de pedir emprestado aos fabricantes, foi feito apenas um único pedido: o preço nas lojas on-line deveria ser, no máximo, de R$ 500. Os headphones avaliados foram: Aiwa AWS-HP-02-B Edifier W820NB JBL Tune 720BT QCY H3 ANC Na comparação com os fones que custam até R$ 300 (veja o teste), os equipamentos são bem melhores. O acabamento é mais refinado, com mais detalhes para conforto, e recursos como cancelamento ativo de ruído estão presentes em quase todos os produtos, que também têm microfones para uso em ligações e videochamadas. Plástico é o material principal da estrutura dos quatro fones, com algumas partes dobráveis para transporte. As espumas do arco, quando presentes, e das conchas dos alto-falantes, são de material sintético que lembra (bem de longe) couro. Só tem um problema: usar esse tipo de fone em dias quentes pode causar algum incômodo e suor, por conta do contato com a pele. Veja o resultado dos testes a seguir e, ao final, leia a conclusão. Aiwa AWS-HP-02-B O Aiwa AWS-HP-02-B oferece uma qualidade sonora boa e alguns diferenciais na comparação com os demais modelos do teste. Tem a função para cancelamento de ruídos, mas não permite uso de um app para ajuste fino do equalizador. Em setembro, os fones custavam na faixa de R$ 400 nas lojas da internet. O design do Aiwa é o mais simples dos quatro fones. Ele é o único que não tem uma espuma na parte superior do arco plástico que encosta na cabeça. A haste é dobrável, para deixar o produto mais fácil de transportar em uma bolsa ou mochila. Aiwa AWS-HP-02-B dobrado para transporte: o que ficou em menor tamanho para levar na bolsa Henrique Martin/g1 Os fones cobrem todo o ouvido com conforto. O revestimento deles é feito em um tecido sintético levemente aveludado – bem similar aos dos demais aparelhos avaliados. O produto pesa 250 gramas, um dos mais pesados do teste, atrás apenas do QCY (263 gramas). É um detalhe simples, mas que faz diferença para passar algumas horas com o headset na cabeça. São quatro botões no produto: um que liga e desliga os fones e comanda a conectividade/reproduz músicas, dois para avançar/retroceder faixas e um para ativar/desativar o cancelamento ativo de ruído (ANC). Detalhe dos controles do Aiwa Henrique Martin/g1 Conectar o AWS-HP-02-B ocorreu de forma fácil e rápida em iPhones e celulares com sistema Android. O problema é que o fone da Aiwa não tem um app para ajustes de som. A companhia informou que os fones não são compatíveis com o aplicativo presente nas lojas do Google e da Apple. Apenas caixas de som da marca funcionam com o app. O modelo tem ainda uma entrada do tipo P2, para usar com um cabo conectado a um equipamento de som. A fabricante inclui um cabo de 1 metro na caixa do produto. A qualidade do som é boa, mas não tanto quanto a encontrada nos modelos da Edifier, da JBL e da QCY – os três competidores oferecem um som mais encorpado e nítido, além de ajustes por app. Para ouvir música eletrônica, como Jamie XX, e para podcasts, trouxe um bom resultado, sem exagerar nos graves. O cancelamento ativo de ruído (ANC, na sigla em inglês) ajuda a reduzir barulhos ao redor, como sons de ventiladores, ar-condicionado ou transporte público. Nos testes com ventilador de teto ligado, ele reduziu, mas não eliminou por completo o som, sem reproduzir músicas. Ao ligar um podcast, o ruído de fundo fica quase imperceptível. Vale notar que o botão que liga o ANC no modelo da Aiwa pode ficar ligado o tempo todo, sem que os fones estejam conectados a um celular ou computador. É um recurso único entre os headphones avaliados. Apenas o fone da Aiwa conta com acesso rápido a mordomos digitais, como Siri, da Apple, e Google Assistente. Esse recurso costuma aparecer em fones mais caros. Segundo a fabricante, a bateria do Aiwa tem autonomia de até 28 horas, a menor dos quatro fones. É algo em torno de usar uma semana inteira por 5,5 horas ao dia. Edifier W820NB O Edifier W820NB é o fone mais caro do teste, custando em torno de R$ 480 nas lojas on-line consultadas em setembro. Também tem cancelamento ativo de ruído (ANC) e permite ajustes via app, além de oferecer uma qualidade de som muito boa. Seu design é um pouco mais sofisticado que o do modelo da Aiwa. O arco superior, como ocorre também no JBL e no QCY, conta com uma espuma para proteger o contato com a cabeça. Edifier W820NB dobrado para transporte Henrique Martin/g1 As conchas se viram para dentro para transporte, mas o produto fica "grande" para caber em uma mochila. Os fones da Edifier pesam 230 gramas, um pouco a mais que os da JBL (220g). O aparelho conta com quatro botões: liga/desliga, dois que servem para ajustar volume e controlar faixas e um para alternar as funções de som e parear o bluetooth com o celular ou PC. Detalhe dos controles do Edifier Henrique Martin/g1 Esse botão de funções permite alternar os modos de uso – ligar/desligar o ANC, ativar o som ambiente (que permite conversar usando o produto enquanto ouve música, sem remover os fones) e um modo de jogo. Essas funções também podem ser ativadas pelo app Edifier Connect, disponível para iPhone e Android. Por ele é possível também ajustar o equalizador em modos predefinidos (padrão, rock, pop e música clássica). Uma funcionalidade única no modelo da Edifier são os “soothing sounds” presentes no aplicativo. Quer trabalhar e ouvir música, mas quer um som de chuva ou de floresta ao fundo? Só ativar – tem até opção com miado de gatos. O modelo conta ainda uma entrada do tipo P2, para usar com um cabo conectado a um equipamento de som. Mas não vem com o cabo – e um dos seus recursos “superpoderosos”, chamado de Hi-Res Audio (áudio de alta definição) só funciona com o P2 ligado. A qualidade do som é muito boa, melhor que a do Aiwa. Dá para dizer que, dos quatro fones, é o com os ajustes mais equilibrados na calibração do áudio. Não estoura muito nos graves (isso fica com o JBL e o QCY, o que não é um problema), mas é bastante nítido e claro nos demais tons. A experiência de ouvir Miles Davis, Anitta ou podcasts nele é bastante agradável. O cancelamento de ruído é muito bom também, mas quase no mesmo nível do Aiwa e um pouco abaixo do modelo da QCY – que oferece mais ajustes para esse modo de redução de ruídos. O ventilador de teto era perceptível com um volume muito baixo e sumiu quando a música voltou. A fabricante diz, no seu site, que o W820NB permite uso com assistentes de voz, mas não especifica quais. A duração de bateria, de acordo com a Edifier, é de até 29 horas com o cancelamento de ruído ativo e até 49h com a funcionalidade desligada. JBL Tune 720BT Dá para dizer que o JBL Tune 720BT é o “irmão maior” do Tune 520BT (veja o teste): tem funcionalidades parecidas, oferece mais conforto durante o uso e um som muito bom, com graves fortes. É o único sem a função de cancelamento ativo do ruído entre os modelos do teste. Mas consegue isolar sons externos de forma bastante eficiente por conta da espuma grossa nas conchas do fone. Os fones custavam R$ 400 nas lojas da internet pesquisadas em setembro. No design, ele lembra bastante o 520BT (modelo “on-ear”, que cobre parte dos ouvidos) com a diferença de ter as conchas dos fones maiores. JBL Tune 720BT dobrado para transporte Henrique Martin/g1 A haste tem proteção para a cabeça. Para transporte, as duas conchas giram e dobram para dentro. O modelo pesa 220 gramas, o mais leve dos quatro modelos avaliados. Os controles incluem um botão de liga/desliga, dois para ajustar volume e controlar faixas e um de funções. O produto vem com um cabo de áudio de 1,2 metro para conectar a dispositivos com fio. Detalhe dos controles do JBL Henrique Martin/g1 O app JBL Headphones permite o controle de equalização do som com dois níveis de graves (normal e extremo), que deixa o batidão de qualquer funk bastante forte. Para demais ritmos – eletrônicos ou clássicos, rock ou sertanejo – os demais ajustes pré-selecionados (club, estúdio, vocal e jazz) deixam os tons mais agradáveis e menos exagerados. Também é possível alternar entre um modo de áudio inteligente (para chamadas de voz e ouvir música) com maior qualidade de som em vídeo, para aprimorar a sincronia da voz em chamadas pela internet. A qualidade sonora é muito boa, mas com a ressalva de que é um fone com tons graves que podem ficar bastante fortes no ouvido. Dependendo do gosto do ouvinte, pode soar exagerado. Se ouvir Charlie XCX ou Billie Eilish, dá para “sentir” os graves, principalmente se a configuração mais alta do equalizador, chamada Extreme Bass, estiver ativada. Os fones funcionam com assistentes de voz, como a Siri. E, como ocorre com o modelo da QCY, ele permite conexão a mais de um aparelho – celular e computador, por exemplo, sem precisar parear novamente. A JBL diz que a bateria dos Tune 520 BT dura até 76 horas com uma recarga, e que cinco minutos na tomada (USB-C) permitem usar o produto por até 3 horas de reprodução de músicas. QCY H3 Fone mais barato do teste, vendido na faixa dos R$ 350 nas lojas on-line em setembro, o QCY H3 ANC é um fone sem fios com qualidade de som e de cancelamento de ruído muito bons. O modelo tem as conchas dobráveis para dentro, para usar no transporte. A haste é acolchoada com um material sintético similar ao usado nos outros fones, mas parece mais macio que os dos concorrentes. QCY H3 dobrado para transporte Henrique Martin/g1 Os fones são os mais pesados do teste, com 263 gramas. Quatro botões comandam o equipamento (liga/desliga, volume e funções de cancelamento de ruído). O QCY permite o uso de fones padrão P2, mas veio sem o cabo na caixa. Detalhe dos controles do QCY Henrique Martin/g1 O app da QCY, para Android e iOS, oferece alguns recursos que os outros apps não têm. O ajuste de equalização tem 6 modos (predefinido, popular, graves, rock, suave e clássico) e um para controle personalizado. E também deixa alternar entre os modos de cancelamento de ruído – ligado, transparente (para ouvir vozes ao redor) e normal. Os fones contam ainda com um modo para jogos, como o da Edifier. A qualidade sonora é muito boa, comparável aos fones da Edifier e da JBL, com graves menos pronunciados e um som bastante equilibrado. Apesar de ter um modo “popular” no equalizador, ouvir músicas de Jorge & Matheus, Liniker ou MC Brinquedo ficaram melhores no estilo predefinido. O recurso de cancelamento ativo de ruído é o melhor entre os fones que oferecem a funcionalidade (Aiwa e Edifier), com quatro modos distintos: adaptável, locais ruidosos, viagens diárias (uso no transporte público), interior (casa/escritório) e até ruído contra o vento. O som do ventilador ficou bastante isolado nos modos distintos, e mesmo o som da rua sumiu. Os fones da QCY podem ser usados conectados a dois dispositivos simultâneos (computador e celular, por exemplo), como o da JBL. E funcionam com assistentes digitais. Segundo a fabricante, a bateria dos fones tem duração estimada de 60h sem cancelamento de ruído e até 35h com ANC ligado. Conclusão Relação custo/benefício: Na comparação entre recursos oferecidos e menor preço nas lojas da internet no fim de setembro, o QCY H3 ANC é a melhor escolha entre os quatro produtos do teste – e ainda tem cancelamento ativo de ruído muito bom. Melhor qualidade de som: Essa resposta depende do perfil de cada consumidor. Se gosta de música mais popular ou clássicos, o Edifier W820NB é uma escolha mais adequada. Se a opção for eletrônica, rock ou pop, as melhores opções são o JBL Tune 720BT e o QCY H3 ANC com um “batidão” mais forte. Como foram feitos os testes O Guia de Compras solicitou aos fabricantes os modelos mais recentes de fones bluetooth na faixa de R$ 500 ou menos. O recurso de cancelamento ativo de ruído não era obrigatório. Os aparelhos foram enviados por empréstimo e serão devolvidos. A Philips não tinha um modelo disponível para emprestar para o teste. Foram considerados a facilidade de instalação, os recursos disponíveis e os aplicativos para smartphone (ou não). Depois disso, foram horas e horas de música de estilos variados ouvidos no fim de agosto e quase todo o mês de setembro para avaliar a qualidade de som. Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.

Como tirar foto 3x4 no celular e conseguir o melhor resultado


Aplicativos para Android e iOS podem ajudar a fazer fotografia para documentos. Importante: escolha um local com fundo branco e bem iluminado. Carteira Nacional de Identidade em modelo novo, a ser adotado em 2023 Ministério de Gestão e Inovação/Reprodução Sabia que é possível usar o celular para tirar fotos 3x4, aquela foto de documentos, crachás e carteirinhas? É uma alternativa que funciona bem caso a imagem precise ser enviada pela internet na criação de um perfil profissional ou no cadastro de uma empresa, por exemplo. E, se for necessário, também dá para imprimir a fotografia em uma loja especializada. Além da câmera do celular, alguns aplicativos para Android e iPhone (iOS) ajudam a tirar fotos 3x4. Um deles é o "Foto para documentos", que tem mais de 10 milhões de downloads na Play Store e, de acordo com a loja do Google, coleta apenas dados sobre interações e desempenho no app. Confira abaixo como tirar fotos 3x4 no celular nesse aplicativo. Ao abrir o app, toque na opção "Tire uma foto com a câmera" para capturar uma foto na hora ou em "Selecione entre as fotos tiradas" para escolher um arquivo da galeria; Após tirar uma nova foto ou selecionar alguma existente, clique em "Escolha o tamanho da imagem' – para fotos 3x4, selecione a opção "40xL 30mm" e toque em "Aplique este tamanho". Encaixe o seu rosto no espaço exibido para que a foto fique alinhada e confirme em "Conclua o ajuste"; Se você quiser, ajuste o brilho e o contraste com os controles na parte inferior da tela e, então, clique em "Sim"; Para baixar a foto, clique no botão de download ao lado da miniatura e, em seguida, selecione "Salvar". Dicas para tirar fotografias para documentos Não há uma regra oficial para fotos 3x4, porém, é desejável seguir uma padronização. Para isso, o g1 reuniu algumas dicas para você caprichar no registro. Confira abaixo: Fotografe em um fundo branco – é aconselhável não haver texturas ou detalhes, mesmo que sejam brancos também; Olhe para a câmera e alinhe rosto e ombros – tenha cuidado para que seu rosto não fique "apertado" no quadro da imagem; Procure ter uma expressão neutra, sem sorrir ou franzir a testa; Evite acessórios como boné ou óculos de sol; Se possível, tire a foto em um ambiente bem iluminado; Caso opte por editar a foto, cuidado com alterações muito bruscas. LEIA TAMBÉM: RG, CPF, CNH e mais: veja como usar 7 documentos digitais Nova carteira de identidade: veja perguntas e respostas sobre o documento Saiba o que fazer se o celular cair na água Novo RG não terá campo 'sexo' nem distinção entre 'nome' e 'nome social Como transformar uma foto em arquivo de texto no Android e no iPhone Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Turma do STF foram maioria para negar recursos do X e de Monark e manter perfis do influencer bloqueados

Colegiado julga, no plenário virtual, recursos contra a decisão individual do ministro Alexandre de Moraes, que determinou suspensão de redes sociais de Bruno Aiub. A maioria dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal votou para rejeitar recursos da rede social X e do influencer Bruno Aiub, conhecido como Monark, para desbloquear perfis dele na plataforma. Prevalece o voto do ministro Alexandre de Moraes, relator de casos em que determinou o bloqueio de contas atribuídas ao influencer. Moraes votou para manter a decisão individual de suspensão dos perfis. Seguiram o voto do relator os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin. Recursos A defesa de Monark diz que não há crime na conduta do influencer. Já a rede social X apontou que a suspensão dos perfis fere princípios constitucionais, como o da liberdade de expressão. Em um dos processos, Monark recorre do bloqueio a todas as contas que têm em redes sociais (não apenas a do X), à imposição de multas por descumprimento de decisão judicial e a suspensão de repasse de recursos de monetização. Neste caso, Moraes considerou que a defesa do influencer não apresentou argumentos aptos a alterar sua decisão individual. "Verifico que em suas razões recursais, o recorrente não apresentou qualquer argumento minimamente apto a desconstituir os óbices apontados", afirmou. Também ressaltou que a criação de novos perfis nas redes é um "artifício ilícito" para reproduzir material que foi retirado do ar em decisões anteriores. "Não bastasse, a criação de novos perfis se revela como um artifício ilícito utilizado para produzir (e reproduzir) conteúdo que já foi objeto de bloqueio nestes autos, veiculando novos ataques, violando decisão judicial, o que pode caracterizar, inclusive, o crime de desobediência", declarou. Em outro caso, a rede social X recorreu da decisão do ministro de bloquear o perfil @monarkbanido em sua plataforma. Nesse processo, Moraes também votou para negar o pedido de revisão da decisão. Considerou que não cabe à rede social, como um terceiro que não faz parte da disputa jurídica, fazer pedidos na ação. "Não cabe ao provedor da rede social pleitear direito alheio em nome próprio, ainda que seja o destinatário da requisição dos bloqueios determinados por meio de decisão judicial para fins de investigação criminal, eis que não é parte no procedimento investigativo", afirmou. "É incabível ao recorrente opor-se ao cumprimento do bloqueio dos canais/perfis/contas, nos termos da decisão proferida nestes autos, eis que se trata de direito de terceiro investigado, e por não comportar recorribilidade pela via eleita", completou. A Primeira Turma analisa os temas no plenário virtual, formato de julgamento em que os ministros apresentam seus votos em página eletrônica do tribunal. A deliberação deve terminar nesta sexta-feira (27), se não houver pedido de vista (suspende o julgamento) ou de destaque (leva o caso para o plenário presencial). Em janeiro, a Polícia Federal concluiu que Monark cometeu crime de desobediência de decisão judicial. A investigação contra o influencer tramita no Supremo Tribunal Federal.

X entrega papéis, diz que cumpriu ordens judiciais e pede que STF libere uso da rede social no Brasil


Rede social foi suspensa no fim de agosto após descumprir ordens do Judiciário. Agora, cabe ao ministro Alexandre de Moraes analisar as informações e decidir se volta a permitir uso. 'X' pede desbloqueio de rede social no Brasil ao STF A rede social X pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (26) que a plataforma volte a ser liberada para uso no Brasil. Representantes do X entregaram ao tribunal os documentos adicionais pedidos pelo ministro Alexandre de Moraes. E disseram que cumpriram todas as exigências determinadas pelo STF: indicação de um representante legal no Brasil; bloqueio de perfis de nove investigados no STF; pagamento de multas impostas por descumprimento de ordens judiciais – o Supremo bloqueou R$ 18 milhões do X e Starlink. Os advogados afirmam que "o X adotou todas as providências indicadas por Vossa Excelência como necessárias ao reestabelecimento do funcionamento da plataforma no Brasil". 💻 No fim de agosto, Moraes suspendeu o X em todo o território nacional após a rede social descumprir uma série de decisões judiciais (veja detalhes abaixo). A decisão foi confirmada em seguida pela Primeira Turma do STF, em votação unânime. Elon Musk e Aleandre de Moraes EVARISTO SA, ETIENNE LAURENT / AFP No último fim de semana, Moraes havia pedido ao X e a órgãos públicos dados adicionais sobre: a situação cadastral da empresa no Brasil; a validade da indicação da advogada Rachel Villa Nova Conceição como representante legal da firma no país; o cumprimento efetivo das decisões judiciais – incluindo a derrubada de contas que divulgaram mensagens antidemocráticas e criminosas. Os órgãos públicos também já responderam os pedidos de Moraes – que vai avaliar o material e decidir sobre uma eventual liberação da rede social no país. Não há prazo para que Moraes decida, e o ministro pode pedir mais documentos ou posicionamentos antes de decidir. X diz que indicou representante legal no Brasil PF investiga quem driblou bloqueio A Polícia Federal informou ao STF que já começou a investigar quais usuários continuaram publicando no X mesmo durante a ordem de bloqueio. O foco da investigação é apurar quem está fraudando à decisão e publicando discurso de ódio e divulgação de desinformação ou Fake News, especialmente com possível impacto nas eleições. E saber como isso está sendo feito – se há o uso de VPNs para camuflar a origem dos posts, por exemplo. Segundo a PGR, a PF deve monitorar esses casos e, após identificar o usuário, fazer uma notificação. Caso o usuário insista na conduta, pode ser multado e responsabilizado.

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

PF e Anatel enviam relatórios ao Supremo sobre acessos de usuários ao X, mesmo com suspensão da rede social


X está suspenso por descumprir lei que prevê que, para atuar no Brasil, empresas internacionais devem ter um representante no país e também por não cumprir decisões judiciais determinando o bloqueio de perfis de investigados. A Polícia Federal e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) entregaram nesta quarta-feira (25) ao Supremo Tribunal Federal relatórios sobre o acesso de brasileiros à plataforma X, que está suspensa desde o fim de agosto. A PF começou a investigar quem ainda está postando na rede social apesar do bloqueio (leia mais abaixo). Já a Anatel informou ao Supremo que apurou junto às operadoras que a suspensão do serviço foi consolidada. Isso porque, na semana passada, o X voltou a ficar disponível para usuários. Segundo a Anatel, a volta ocorreu de forma deliberada para descumprir a decisão do STF porque o X migrou os servidores para um novo IP, o que teria driblado o bloqueio já definido pelas operadoras no Brasil. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, estabeleceu multa diária de R$ 5 milhões pelo descumprimento. O X está suspenso por descumprir lei que prevê que, para atuar no Brasil, empresas internacionais devem ter um representante no país e também por não cumprir decisões judiciais determinando o bloqueio de perfis de investigados. Na sexta, o X informou que advogada voltará a representar empresa no Brasil. Moraes pediu dados à Receita, ao BC, à PF, à Anatel e ao próprio site; enquanto isso, acesso segue proibido e deve ser reavaliado após o ministro receber todo o material. Elon Musk e Aleandre de Moraes EVARISTO SA, ETIENNE LAURENT / AFP A PF começou a levantar quem ainda está fazendo postagens nas redes sociais para avaliar, por exemplo, se foram publicadas do Brasil e verificar o uso de subterfúgios tecnológicos, como o VPN. O foco da investigação é apurar quem está fraudando à decisão e publicando discurso de ódio e divulgação de desinformação ou Fake News, especialmente com possível impacto nas eleições. Segundo a PGR, a PF deve monitorar esses casos e, após identificar o usuário, fazer uma notificação. Caso o usuário insista na conduta, pode ser multado e responsabilizado.

Meta Quest 3S: dona do Facebook revela novos óculos de realidade virtual 'mais baratos'


Dispositivo é uma versão 'mais básica' do Quest 3 e tem preços que partem de US$ 299 nos EUA. Não há previsão de chegada ao Brasil. Meta Quest 3S: dona do Facebook revela novos óculos de realidade virtual 'mais baratos' Divulgação/Meta A Meta, controladora do Facebook, lançou nesta quarta-feira (25), durante o evento Meta Connect, uma nova geração de óculos de realidade virtual (RV). O Meta Quest 3S chega ao mercado como uma versão "acessível" do Quest 3, dispositivo mais completo revelado pela empresa em junho de 2023. O Quest 3S estará disponível nos EUA em duas versões: uma com 128 GB de armazenamento por US$ 299,99 (R$ 1.642 na cotação atual) e outra mais completa, com 256 GB, por US$ 399,99 (cerca de R$ 2.190). Não há previsão de lançamento no Brasil. A empresa afirma que o Quest 3S oferece a mesma qualidade de realidade mista que o Quest 3, além de quase 4,5 vezes mais resolução que o Quest 2. As principais diferenças do Quest 3S em relação ao modelo mais avançado são o design e as lentes, que têm um "campo de visão um pouco mais estreito", segundo a empresa. "Há também uma nova interface facial respirável exclusiva do Quest 3S para ajudar a refrescar o usuário durante exercícios ou jogos intensos", acrescentou a big tech. Novos óculos Meta Quest 3S Divulgação/Meta O dispositivo vem equipado com o processador Snapdragon XR2 Gen 2, da Qualcomm, o mesmo chip que equipa os óculos mais avançados da companhia. Além de rodar os mesmos jogos compatíveis com o Quest 3, o novo Quest 3S permite ao usuário acessar alguns aplicativos populares, como Facebook, Instagram, WhatsApp, YouTube, Xbox Cloud Gaming e Twitch. Com o lançamento de hoje, a Meta está descontinuando os modelos Quest 2 e Quest Pro, além de reduzir o preço do Quest 3 de US$ 649,99 para US$ 499,99, segundo a agência Reuters. LEIA TAMBÉM: A nova política do Telegram de repassar alguns dados de usuários a autoridades Empresa que permitiu ao X voltar a funcionar no Brasil diz que não interferiu em bloqueio da rede Deixar o celular carregar até 100% estraga a bateria? Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Conheça o Quest Pro, óculos de realidade virtual da Meta Brasil manda 4x mais áudios no WhatsApp do que outros países, diz Zuckerberg

terça-feira, 24 de setembro de 2024

A nova política do Telegram de repassar alguns dados de usuários a autoridades


Pavel Durov, cofundador do Telegram, disse que a mudança deve 'desencorajar criminosos' que prejudicam a imagem da plataforma. O cofundador do Telegram Pavel Durov aceitou mudar a política da plataforma Reuters O aplicativo de mensagens Telegram disse que entregará às autoridades relevantes os endereços IP e números de telefone de usuários quando houver mandados de busca ou outras solicitações legais válidas. A mudança em seus termos de serviço e política de privacidade "deve desencorajar criminosos", disse o CEO Pavel Durov em uma postagem do Telegram na segunda-feira (23/9). "Embora 99,999% dos usuários do Telegram não tenham nada a ver com crimes, os 0,001% envolvidos em atividades ilícitas criam uma imagem ruim para toda a plataforma, colocando os interesses de nossos quase um bilhão de usuários em risco", ele continuou. O anúncio marca uma mudança significativa de postura por parte de Durov, o cofundador russo da plataforma que foi detido pelas autoridades francesas no mês passado em um aeroporto ao norte de Paris. Dias depois, promotores o acusaram de permitir o uso de sua plataforma para atividades criminosas. As alegações contra ele incluem cumplicidade na divulgação de imagens de abuso infantil e tráfico de drogas. Ele também foi acusado de não cumprir a lei. Durov negou as acusações e atacou as autoridades logo após sua prisão, dizendo que responsabilizá-lo por crimes cometidos por terceiros na plataforma era "surpreendente" e "equivocado". Críticos do Telegram dizem que a plataforma se tornou um foco de desinformação, pornografia infantil e conteúdo relacionado a terrorismo, em parte por causa de um recurso que permite que grupos tenham até 200 mil membros. O WhatsApp, de propriedade da Meta, por exemplo, limita o tamanho dos grupos a mil usuários. Na Inglaterra, o Telegram foi examinado no mês passado por hospedar canais de direita radical que contribuíram para a violência em algumas cidades britânicas. No início desta semana, a Ucrânia proibiu o aplicativo em dispositivos de funcionários do Estado em uma tentativa de minimizar as ameaças representadas pela Rússia. A prisão de Durov desencadeou um debate sobre o futuro das proteções à liberdade de expressão na internet. Após a detenção dele, muitas pessoas começaram a questionar se o Telegram é realmente um lugar seguro para dissidentes políticos, segundo John Scott-Railton, pesquisador do Citizen Lab da Universidade de Toronto. Scott-Railton diz que a mais recente mudança de política já está sendo recebida com ainda mais alarme em muitas comunidades. "O marketing do Telegram como uma plataforma que resistiria às demandas do governo atraiu pessoas que queriam se sentir seguras compartilhando suas visões políticas em lugares como Rússia, Belarus e Oriente Médio", disse Scott-Railton. "Muitos agora estão examinando o anúncio do Telegram com uma pergunta básica em mente: isso significa que a plataforma começará a cooperar com autoridades em regimes repressivos?" O Telegram não detalhou como a empresa lidará com as demandas dos líderes de tais regimes no futuro, ele acrescentou. Especialistas em segurança cibernética dizem que, embora o Telegram tenha removido alguns grupos no passado, ele tem um sistema muito mais fraco de moderação de conteúdo extremista e ilegal do que empresas de mídia social concorrentes e aplicativos de mensagens. Antes da recente expansão da política, o Telegram só fornecia informações sobre suspeitos de terrorismo, de acordo com a 404 Media. Na segunda-feira (23/9), Durov disse que o aplicativo agora estava usando "uma equipe dedicada de moderadores" que usa inteligência artificial para ocultar conteúdo problemático nos resultados de pesquisa. Mas tornar esse tipo de material mais difícil de encontrar provavelmente não será suficiente para cumprir os requisitos da lei francesa ou europeia, afirma Daphne Keller, do Centro de Internet e Sociedade da Universidade de Stanford. "Qualquer coisa que os funcionários do Telegram olhem e possam reconhecer com razoável certeza que é ilegal, eles devem remover completamente", disse Keller. Em alguns países, eles também precisam notificar as autoridades sobre tipos específicos de conteúdo seriamente ilegal, como material de abuso sexual infantil, ela acrescentou. Keller questionou se as mudanças da empresa seriam suficientes para satisfazer as autoridades que buscam informações sobre alvos de investigações, incluindo com quem estão se comunicando e o conteúdo dessas mensagens. "Parece um compromisso provavelmente menor do que o que a polícia deseja", disse Keller. iPhone 16 é lançado com novo botão para controlar a câmera iPhone 16 é lançado com novo botão para controlar a câmera; veja preços no Brasil O que são os supertênis, armas para atletas profissionais e amadores 'voarem' O que são os supertênis, armas para atletas profissionais e amadores 'voarem' Brasil manda 4x mais áudios no WhatsApp do que outros países, diz Zuckerberg Brasil manda 4x mais áudios no WhatsApp do que outros países, diz Zuckerberg

Por que Mr Beast, o 'rei' do YouTube, está sendo processado por grupo de mulheres


Processo foi aberto por cinco participantes do 'Beast Games', anunciado como o maior reality show de competição de todos os tempos. Por que Mr Beast, o 'rei' do YouTube, está sendo processado por grupo de mulheres Steven Kahn Meio bilhão de fãs, uma fortuna pessoal multimilionária e um império empresarial global. Seria necessário algo de grandes proporções para destronar o maior influenciador do YouTube, Jimmy Donaldson, também conhecido como MrBeast. Mas um processo judicial de 54 páginas pode ser seu maior desafio até agora. Cinco participantes do programa Beast Games, previsto para ser exibido no Prime Video, plataforma de streaming da Amazon, entraram com um processo contra a produtora de MrBeast, a MrB2024, e a Amazon em Los Angeles. Anunciado como o maior reality show de competição de todos os tempos, o Beast Games vai contar com 1.000 participantes, que vão disputar um prêmio de US$ 5 milhões quando o programa for ao ar — ou se for ao ar. Com o processo judicial, o programa entrou em uma crise. Entre muitas páginas editadas para ocultar ou remover informações confidenciais, o documento judicial inclui alegações de que as participantes "sofreram particular e coletivamente" num ambiente que "fomentou sistematicamente uma cultura de misoginia e sexismo". Isso atinge em cheio a imagem de MrBeast como um dos caras mais bacanas da internet. Dei uma olhada no documento, que inclui sugestões de que os participantes estavam "mal alimentados e exaustos". As refeições eram fornecidas "esporadicamente e de forma esparsa", o que "colocava em risco a saúde e o bem-estar" dos participantes, segundo a alegação. Um trecho do documento, em que quase todas as alegações são ocultadas da vista do público, afirma que os réus "criaram, permitiram a existência e promoveram uma cultura, um padrão e uma prática de assédio sexual, inclusive na forma de um ambiente de trabalho hostil". Em agosto, o jornal americano The New York Times conversou com mais de uma dúzia de participantes do programa (que ainda não foi lançado), e noticiou que houve "várias hospitalizações" no set de filmagem, com uma pessoa dizendo ao jornal que havia passado mais de 20 horas sem se alimentar. Competidores também alegaram que não haviam recebido sua medicação na hora certa. A BBC entrou em contato com MrBeast e a Amazon — ele ainda não comentou publicamente o caso. Mas será que estas acusações vão prejudicar a popularidade do rei do YouTube? LEIA TAMBÉM: MrBeast, maior youtuber do mundo, abre rede de hamburguerias no Brasil Influencers ganham milhões de visualizações com vídeos que mostram ajuda a pessoas em supermercados e nas ruas MrBeast: como o maior youtuber do mundo fez sua fortuna Fama em ascensão e filantropia MrBeast tem uma enorme base de fãs, mas está diante de uma grave controvérsia Don Arnold/WireImage MrBeast não esteve alheio a polêmicas neste ano — e conseguiu escapar ileso todas as vezes. Em julho, o americano de 26 anos disse que havia contratado investigadores depois que sua ex-coapresentadora Ava Kris Tyson foi acusada de aliciamento de um adolescente. Ava negou as acusações, mas pediu desculpas pelo "comportamento passado" admitindo que "não era aceitável". MrBeast disse que estava "enojado" com as "graves alegações". Mais tarde, vieram à tona novas denúncias sobre práticas comerciais em um canal anônimo do YouTube, alegando ser de um ex-funcionário. A BBC não conseguiu verificar de forma independente as alegações, nem a identidade desta pessoa. Algumas de suas iniciativas filantrópicas — como a construção de poços na África e o pagamento de cirurgias para pessoas com visão e audição reduzidas — foram alvo de críticas em relação à exploração. "Pessoas surdas como eu merecem coisa melhor do que a última peça de inspiração pornográfica de MrBeast", disse uma pessoa ao jornal britânico Independent no ano passado. Mas seu império continua a crescer. Um dia antes de o processo vir à tona na quarta-feira (18/9), ele revelou uma parceria com os influenciadores KSI e Logan Paul — uma nova linha de alimentos desenvolvida para concorrer com a marca americana Lunchables. E, como escrevi em um artigo sobre sua ascensão meteórica no ano passado, ele ganhou seus milhões com trabalho duro. Seus vídeos são experiências de orçamento elevado. A mais popular — visualizada 652 milhões de vezes — recria o sucesso Round 6, da Netflix, na vida real, com um prêmio de US$ 456 mil. A maior parte de sua atividade filantrópica é menos controversa — incluindo a doação de casas, dinheiro e carros —, o que contribuiu para criar a imagem de "mocinho" da internet. Segundo seu site, ele entregou mais de 25 milhões de refeições a pessoas em necessidade em todo o mundo. As pessoas continuam acessando seus canais nas redes sociais. Em junho, ele ganhou assinantes suficientes para tornar seu canal no YouTube o maior do mundo. De acordo com a plataforma de monitoramento de estatísticas Socialblade, MrBeast conquistou mais cinco milhões de assinantes apenas nos últimos 30 dias. Esta é apenas uma métrica — não podemos dizer quantas pessoas cancelaram a inscrição no canal dele, por exemplo. O fato é que o número de pessoas que decidiram ativamente parar de assistir a seus vídeos foi ofuscado por aqueles que decidiram se inscrever no canal. Pedidos de desculpas no YouTube Ele não é o único YouTuber cuja popularidade se mantém apesar de polêmicas — outros se viram diante de tempestades muito mais turbulentas do que MrBeast, e poucos enfrentaram muitas consequências além de um pedido público de desculpas. Logan Paul enfrentou uma reação negativa de grandes proporções, em 2018, depois de publicar um vídeo para seus 15 milhões de assinantes que mostrava o corpo de uma pessoa que aparentemente havia tirado a própria vida. Depois de remover o vídeo original, ele compartilhou um pedido de desculpas de menos de dois minutos intitulado simplesmente: "Sinto muito". Hoje, ele tem 23 milhões de assinantes, é dono de uma marca de bebida esportiva incrivelmente popular e, até agosto, era campeão de WWE (evento de luta) nos Estados Unidos. Ele também participou de algumas lutas de boxe em pay-per-view. Outros youtubers de destaque, incluindo Pewdiepie, James Charles e Jeffree Star, também geraram polêmica — e seguiram com suas carreiras depois de publicar vídeos com pedidos de desculpas. Um exemplo mais recente é Herschel "Guy" Beahm, conhecido como Dr Disrespect, que admitiu ter enviado mensagens para "um menor" em 2017. Ele ressaltou que "nada de ilegal aconteceu, nenhuma foto foi compartilhada, nenhum crime foi cometido", e ficou offline por dois meses após publicar o comunicado. Sua transmissão ao vivo de retorno, no início deste mês, atraiu mais de três milhões de visualizações, apesar das críticas de outros influenciadores de destaque. Dr Disrespect continua sendo o segundo streamer mais assistido nos EUA neste ano, de acordo com a plataforma Streams Charts. A questão é: os youtubers tendem a ser perdoados rapidamente. O que pode acontecer com MrBeast? Embora a base de fãs de MrBeast continue crescendo, a polêmica está ganhando força — e seu próximo passo pode determinar seu sucesso a longo prazo. James Lunn, diretor de estratégia da agência Savvy Marketing, diz que o astro está "numa posição incrivelmente única", com uma marca "multifacetada" que abrange vários setores. "Estamos, de fato, em águas desconhecidas", ele observa. "Uma abordagem proativa, abordando as questões de forma transparente e assumindo responsabilidade, poderia proteger sua marca." A especialista em marcas Catherine Shuttleworth diz que a "magnitude" da fama de MrBeast pode funcionar como um amortecedor contra repercussões negativas, mas o recente processo judicial pode ser desafiador. "Quando se trata de seus empreendimentos comerciais, especialmente aqueles voltados para famílias e crianças — como as barras de chocolate Feastables ou Lunchly — a história é diferente", diz ela. "Os pais, que muitas vezes detêm o poder de compra, tendem a ser menos tolerantes com controvérsias que envolvem segurança, justiça e ética." Em agosto de 2023, ao escrever sobre MrBeast, previ que ele logo seria o "rei" do YouTube, apesar de ter metade do número de assinantes na época. Agora, ele está enfrentando desafios adicionais à medida que sua fama aumenta, e grande parte da internet está aguardando ansiosamente sua resposta ao que é, até agora, um dos lados de uma história complexa. LEIA TAMBÉM: Faz sentido comprar o último modelo de smartphones? Empresa que permitiu ao X voltar a funcionar no Brasil diz que não interferiu em bloqueio da rede Suspender ou desligar: o que é melhor para o seu PC? iPhone 16 é lançado com novo botão para controlar a câmera iPhone 16 é lançado com novo botão para controlar a câmera; veja preços no Brasil Samsung lança anel que monitora sono e atividades físicas Samsung lança anel que monitora sono e atividades físicas Brasil manda 4x mais áudios no WhatsApp do que outros países, diz Zuckerberg Brasil manda 4x mais áudios no WhatsApp do que outros países, diz Zuckerberg

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Faz sentido comprar o último modelo de smartphones?


Chegou a época do ano em que novos aparelhos são lançados, com novidades. Mas a gente está pedindo por essas melhorias? Google lançou o seu novo smartphone Pixel 9 Getty Images Feliz nova temporada de smartphones para todos que a celebram. É de novo aquela época do ano quando as gigantes da tecnologia fazem de tudo para convencer você a atualizar seus celulares. Recentemente, vimos o Google lançar os mais novos aparelhos Pixel 9, seguido pela Apple, que revelou o iPhone 16. Em julho, a Samsung lançou as versões mais recentes de seus telefones dobráveis, o Z Flip6 e o Z Fold6, e a Huawei acabou de aumentar a aposta nesse segmento ao revelar um aparelho chamado Mate XT, na China, que possui duas dobras, dividindo a tela em três partes. Com as vendas de smartphones desacelerando em todo o mundo, as campanhas de marketing estão se tornando cada vez mais impressionantes. O chefe da Apple, Tim Cook, prometeu que o iPhone 16 "redefiniria o que um smartphone pode fazer", seja lá o que isso signifique. O vice-presidente de gerenciamento de produtos do Google, Brian Rakowski, falou entusiasticamente sobre o "design deslumbrante" do "lindo" Pixel 9. Cá entre nós: ainda parece muito com um retângulo preto para mim. A Huawei agora tem sua própria música de marca para os consumidores, que, segundo o material de imprensa, "expressa poderosamente a busca por sonhos, destacando que cada avanço e sucesso que a empresa alcançou decorre de uma crença nos sonhos”. Sim, ainda estamos falando de telefones. Tanto a Apple quanto o Google investiram pesado em recursos de inteligência artificial (IA) embutidos. O novo Magic Editor do Google pode adicionar conteúdo gerado por IA em fotos existentes, além de remover as partes que você não deseja (com graus variados de sucesso, na minha experiência). A Apple Intelligence no iPhone 16 inclui a tecnologia da OpenAI, criadora do ChatGPT, incorporada na assistente digital Siri – que muitos argumentam que há tempos precisava de uma atualização. Mas alguém realmente disse que sentia falta e quer todas essas coisas? A qualidade da câmera é uma das principais preocupações das pessoas ao comprar um novo smartphone Getty Images O especialista em telefonia móvel Ben Wood, da empresa de pesquisa CCS Insight, disse que, embora os recursos de IA visem facilitar a vida digital, eles não estão necessariamente no topo da lista de desejos de todos. "Acho que a maioria das pessoas agora sabe o que quer de um telefone, sendo a câmera uma das coisas mais importantes", ele diz. Os designers de telefones também sabem disso. As especificações técnicas de cada nova câmera de telefone geralmente são uma melhoria em relação à geração anterior. Mas mesmo isso não é mais uma garantia de vendas. "O que está definitivamente acontecendo é que as pessoas estão mantendo seus telefones por mais tempo. Em 2013, eram vendidos 30 milhões de telefones anualmente", acrescenta Wood. "Este ano, serão cerca de 13,5 milhões." É claro que há uma crise contínua no custo de vida, afetando as decisões de compra das pessoas. E também há um custo ambiental associado a cada aparelho, todos contendo peças raras e metais preciosos. Além disso, há uma tendência crescente, especialmente entre pais e jovens, de tentar se afastar completamente dos smartphones. Várias escolas no Reino Unido estão revisando suas políticas sobre smartphones, e algumas já optaram por uma proibição total. Alunos que começaram neste semestre no colégio Eton, em Berkshire, na Inglaterra, receberam telefones básicos (impopulares e, às vezes, apelidados de "telefones burros"), e ouvi falar de várias outras instituições, tanto do setor privado quanto do setor público, que estão considerando seguir o mesmo caminho. A rede britânica de telefonia móvel EE recomenda que crianças abaixo de 11 anos não tenham smartphones de forma alguma. Em Londres, a campanha Infância Sem Smartphones, incentiva pais e escolas a colaborarem para atrasar a idade em que as crianças recebem esses dispositivos. "Não somos contra a tecnologia, somos a favor da infância", diz a representante da campanha. "Gostaríamos de ver as empresas de tecnologia desenvolverem um telefone amigável para crianças, oferecendo apenas recursos essenciais, como chamadas, mensagens, música e mapas, sem funcionalidades adicionais", acrescenta. Alguns grupos estão preocupados com o fato de que as crianças passam muito tempo em seus telefones Getty Images Sasha Luccioni, cientista de pesquisa na empresa de IA Hugging Face, diz que, até agora, essa mensagem não parece estar sendo compreendida. "Há um aumento nas discussões sobre 'sobriedade digital' na forma como construímos e usamos a tecnologia – mas parece que os designers de smartphones estão indo exatamente na direção oposta", diz ela. Eu levei essa questão para a Apple, Google e Samsung. A Samsung disse: “Os usuários podem escolher como usar seus celulares Galaxy de maneira que melhor se adapte às suas necessidades. Por exemplo, os recursos de bem-estar digital permitem que os usuários selecionem quais funcionalidades usar, quando usá-las e por quanto tempo, como definir um limite de tempo de tela para aplicativos específicos que desejam restringir." Uma empresa que está ouvindo os crescentes apelos por uma funcionalidade reduzida dos telefones é a finlandesa HMD – que ainda fabrica aparelhos básicos da Nokia. No mês passado, lançou um telefone temático da Barbie em colaboração com a fabricante de brinquedos Mattel, e eu experimentei. As duas palavras que eu usaria para descrevê-lo são: funcional e rosa. Como a maioria dos telefones básicos, ele não possui aplicativos, acesso à loja de aplicativos, câmera frontal e tem apenas um jogo. Se você quiser ouvir música, há um rádio FM. A CCS Insight prevê que cerca de 400 mil telefones básicos provavelmente serão vendidos no Reino Unido este ano – não é o suficiente para tirar o iPhone do topo da lista dos telefones mais vendidos do mundo tão cedo, mas não é uma fatia ruim do mercado. Acabei de verificar meu próprio tempo de tela nos últimos sete dias, e minha média foi de cerca de cinco horas por dia. Admito que é uma estatística preocupante – mas nem tudo foi tempo perdido rolando a tela (juro). Meu telefone é uma ferramenta de trabalho, é também o que eu uso para banco, compras, direções, monitoramento de saúde e acompanhamento de planos familiares, além de, sim, jogos e redes sociais. "Acho que a coisa que sempre esquecemos é que há uma enorme quantidade de benefícios no uso de smartphones", diz Pete Etchells, professor de psicologia e comunicação científica na Universidade Bath Spa, na Inglaterra, e que escreveu extensivamente sobre a questão do tempo de tela. "Tendemos a focar muito mais nos aspectos negativos. Vale sempre lembrar que essas são tecnologias de conveniência. Elas nos ajudam. Existem alguns aspectos positivos nelas também." LEIA TAMBÉM: Suspender ou desligar: o que é melhor para o seu PC? As explosões no Líbano levantam uma questão: quem ainda usa pagers? Deixar o celular carregar até 100% estraga a bateria? iPhone 16 é lançado com novo botão para controlar a câmera iPhone 16 é lançado com novo botão para controlar a câmera; veja preços no Brasil O que são os supertênis, armas para atletas profissionais e amadores 'voarem' O que são os supertênis, armas para atletas profissionais e amadores 'voarem' Samsung lança anel que monitora sono e atividades físicas Samsung lança anel que monitora sono e atividades físicas

Empresa que permitiu ao X voltar a funcionar no Brasil diz que não interferiu em bloqueio da rede


CEO da Cloudflare disse que a companhia não trabalhou com autoridades brasilerias para bloquear o X ou torná-lo disponível no Brasil. Na quinta-feira (19), a Anatel disse que recebeu apoio da empresa para garantir bloqueio da plataforma. Rede social X, do bilionário Elon Musk AP Photo/Rick Rycroft O CEO da empresa de servidores Cloudflare, Matthew Prince, afirmou nesta segunda-feira (23) que a companhia não ajudou o X a driblar o bloqueio no Brasil nem a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a derrubar a plataforma novamente. A Anatel disse na quinta-feira (19) que recebeu "apoio ativo das prestadoras de telecomunicações e da empresa Cloudflare" para identificar mecanismo que assegurasse o restabelecimento do bloqueio do X no Brasil. "Não sei do que as autoridades brasileiras estão falando, porque não trabalhamos especificamente com elas para bloquear o X ou tornar o X disponível no Brasil", disse Prince, em entrevista à Bloomberg. "Não houve nada que o X nos pediu para fazer em termos de eliminar a capacidade do Brasil de bloquear o conteúdo dentro do Brasil. E não houve nada que fizemos para facilitar ainda mais a capacidade do Brasil de bloquear o que eles estavam fazendo". Na última quarta-feira (18), a rede social voltou a funcionar para alguns brasileiros porque mudou de servidores. A plataforma passou a usar a infraestrutura da Cloudflare para atender a usuários que tentassem acessar seu site e aplicativo no Brasil. O servidor, que funcionou como "escudo" para o X, deixou de ser usado pela rede social na quinta-feira (19), depois de uma ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. LEIA TAMBÉM: O 'truque' de Elon Musk que fez com que o X voltasse a funcionar no Brasil Moraes só deve decidir futuro do X no Brasil no fim desta semana Suspender ou desligar: o que é melhor para o seu PC? iPhone 16 é lançado com novo botão para controlar a câmera; veja preços no Brasil

Com novos prazos, Moraes só deve decidir futuro do X no Brasil no fim desta semana; entenda


No sábado, ministro pediu informações a órgãos federais e ao próprio X sobre a regularidade da empresa e o cumprimento de decisões. Rede social está suspensa no Brasil desde agosto. Rede social X em tela de celular Reprodução/TV Globo O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes só deve reavaliar no fim desta semana a possibilidade de a rede social X voltar a operar no Brasil. Isso porque, no sábado (21), Moraes pediu novas informações ao próprio X e a órgãos federais sobre a regularidade da empresa no país. E deu novos prazos, que só devem começar a contar nesta segunda-feira (23). 📆 O ministro deu cinco dias para o X entregar papéis sobre a indicação da advogada Rachel Villa Nova Conceição como representante legal no país. 📆 E pediu que, em 48 horas, órgãos do governo atualizem a situação cadastral da empresa no Brasil. Moraes deve aguardar esses papéis para decidir sobre o status do X. E, por isso, uma eventual liberação do site deve ficar para o fim da semana. 💻 Até que haja nova decisão, o acesso ao X segue proibido em todo o país. 💻Quem usar alternativas tecnológicas como o VPN (que camufla a localização geográfica do usuário) pode ser multado em até R$ 50 mil, segundo já definiu o Supremo. Entenda o que ainda precisa acontecer para a rede social X voltar a funcionar no Brasil Suspensão desde agosto e nova advogada O X está suspenso no Brasil desde o fim de agosto, por uma decisão de Moraes que foi confirmada por unanimidade pela Primeira Turma do STF. Na decisão, Moraes indicou três motivações principais: a decisão do X de fechar o escritório no Brasil – e, com isso, deixar de ter um representante legal no país para lidar com os inquéritos no STF. o não pagamento das multas aplicadas ao X por manter essas contas no ar; a decisão do X de não bloquear contas que divulgavam mensagens criminosas ou antidemocráticas. O ponto 1, relativo ao bloqueio das contas, começou a ser atendido no fim da semana passada. Algumas contas apontadas como disseminadoras de fake news e de mensagens antidemocráticas voltaram a aparecer como banidas na plataforma. O X e o STF, no entanto, ainda não divulgaram se consideram que essa "lista de blocks" já foi cumprida na íntegra. O ponto 2, das multas, foi cumprido de forma compulsória. Moraes determinou o bloqueio de bens do X e da Starlink (empresa também ligada a Elon Musk) e, em seguida, a transferência de R$ 18,3 milhões em ativos das empresas para a conta da União. O ponto 3, sobre a representação legal da empresa no país, pode ter sido cumprido na quinta (19), quando o X voltou a contratar a advogada Rachel Villa Nova Conceição. Moraes, no entanto, pediu uma série de documentos adicionais sobre essa indicação antes de considerar o ponto cumprido. "A decisão judicial proferida em 19/9/2024 – para que os advogados comprovassem, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a regularidade e validade da representação legal da empresa X Brasil Internet Ltda [...] não foi devidamente cumprida, como apontam as justificativas apresentadas aos autos", diz trecho da nova decisão de Moraes. X diz que indicou representante legal no Brasil O que Moraes ainda quer saber? No despacho deste sábado, Moraes dá 48 horas para órgãos federais atualizarem a "situação cadastral" do X no Brasil. a Receita Federal e o Banco Central deverão informar a situação legal da empresa no país; A Polícia Federal e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) terão de enviar "relatórios" sobre o acesso atual de brasileiros à plataforma X – que, em tese, deveria estar suspensa – para calcular a multa a ser aplicada ao site; a Secretaria Judiciária do próprio STF deverá informar a multa acumulada até aqui pelo X e as ordens judiciais pendentes de cumprimento. Para o próprio X, Moraes dá cinco dias para que sejam enviados ao tribunal: as procurações societárias originais outorgadas pelo Twitter nos Estados Unidos e pela T.I. Brazil Holdings à nova representante legal no Brasil – a advogada Rachel Villa Nova Conceição; a documentação emitida pela Junta Comercial de São Paulo comprovando que a advogada é a nova representante legal do Twitter no Brasil.

Suspender ou desligar: o que é melhor para o seu PC?


Manter o sistema suspenso permite que arquivos e programas sejam retomados rapidamente. Mas é preciso se atentar para que o dispositivo não fique sem atualizações importantes. Suspender ou desligar: o que é melhor para o PC? Reprodução Um costume para muitas pessoas após usar o computador é suspender o sistema, em vez de desligá-lo. A prática, que não corta totalmente o consumo de energia, é adotada na tentativa de agilizar a inicialização no uso seguinte, mas pode impedir que atualizações importantes sejam instaladas. A suspensão não é prejudicial se o sistema for mantido com as versões mais recentes. Mas ela pode não ser tão necessária se algumas ações forem adotadas para fazer com que o aparelho ligue mais rapidamente. É o que explicam ao g1 Fabiano Honain, gerente de produtos da empresa de computadores Dell Technologies, e Wanderley Alves Gomes, diretor de serviços da empresa de aluguel de dispositivos de informática Simpress. Confira as dicas dos especialistas. O que é melhor: desligar ou suspender o PC? Não há certo ou errado nesta pergunta. Os especialistas explicam que, hoje, os sistemas costumam ser projetados para se adaptar ao perfil dos usuários e conseguem operar por longas sessões sem necessidade de serem desligados. A melhor opção é usar os recursos disponíveis de acordo com a situação. Suspender: indicado para pausas curtas, consome pouca energia e retoma operação rapidamente com arquivos e programas que estavam sendo usados anteriormente; Hibernar: presente em alguns aparelhos e indicado para pausas mais longas, consome ainda menos energia do que a suspensão, mas leva um pouco mais de tempo para retomar arquivos e programas que estavam abertos; Desligar: corta totalmente o consumo de energia e é ideal para o encerramento do dia de trabalho, por exemplo. "Embora o desligamento diário não seja uma necessidade, é importante considerar as necessidades individuais e o consumo de energia do equipamento. Por isso, recomendamos testar os recursos disponíveis para determinar a melhor opção", diz Fabiano. "É importante realizar o restart do zero com alguma regularidade, por exemplo, uma vez na semana. Isso, com certeza, ajudará prolongar a vida útil do seu equipamento e do seu sistema operacional", diz Wanderley. Suspender o sistema deixa PC mais lento? Não. Se o dispositivo estiver em boas condições, ele poderá retomar a operação com os arquivos e programas que estavam abertos sem aumentar o consumo de RAM (sigla em inglês para "Memória de Acesso Aleatório"), que armazena dados temporários do que está em execução. "Mesmo após suspensões constantes, um equipamento com RAM bem escalonada para o usuário não sofrerá impactos relevantes em desempenho", explica Fabiano. "Outra dica muito importante é não manter um excesso de aplicações ativas consumindo memória e processamento, o que tende a degradar performance do equipamento", diz Wanderley. Como fazer o PC ligar mais rapidamente? Segundo os especialistas ouvidos pelo g1, é possível realizar três ações para agilizar a inicialização do computador. Gerenciar programas que abrem ao ligar o PC No Windows, siga estes passos: Pressione as teclas "Ctrl + Shift + Del" ao mesmo tempo; Clique na aba "Inicializar" ou "Aplicativos de inicialização"; Selecione os programas que estão com o Status "Habilitado" e desabilite os que não precisam abrir junto com a inicialização do computador. Manter sistema atualizado No Windows, verifique se os botões de desligar e reiniciar têm avisos sobre atualizações disponíveis. Outra opção, é escrever "Verificar se há atualizações" na barra de pesquisa, clicar na opção com este nome e conferir se há novas versões do sistema. Limpar disco periodicamente A limpeza de disco ajuda a liberar espaço de armazenamento no dispositivo e realizar tarefas mais rapidamente. Veja como fazer isso no Windows: Na barra de pesquisa do sistema, pesquise por "Limpeza de Disco" e selecione a opção com este nome; Se houver mais de uma unidade de armazenamento, escolha a que você deseja limpar e clique em "OK"; Selecione os tipos de arquivos que serão excluídos – é possível clicar em cada item para ter uma descrição sobre ele; Clique em "OK" para iniciar a limpeza. LEIA TAMBÉM: Programação dá dinheiro? Profissionais contam como está o setor (e dão dicas) ChatGPT ganha aplicativo para Android

domingo, 22 de setembro de 2024

PF apura atuação de sites que cobram taxa para intermediar obtenção de passaporte

Sites dizem que prestam 'consultoria', mas só preenchem os dados das pessoas na página da PF, que é o lugar certo. PF alerta a população para não contratar intermediários para obter o passaporte. A Polícia Federal abriu procedimento para monitorar a atividade de sites que cobram taxas de até R$ 149 para intermediar a obtenção de passaporte. Só que o documento pode ser solicitado diretamente no site da PF sem a necessidade de intermediários e pagamentos extras. Os sites dizem que prestam "consultoria". Mas, na verdade, só o que fazem é pegar os dados da pessoa e preencher no site da PF, que é o lugar certo. A PF recebeu queixas de pessoas que fizeram Pix para essas empresas pensando que estavam pagando o valor do passaporte para a PF. Depois, foram surpreendidas com a cobrança oficial, de R$ 257,25 — que seria o único valor que alguém precisa pagar. Procurada, a PF afirmou em nota que, "caso sejam identificadas práticas ilícitas, tomará as medidas cabíveis para investigar e responsabilizar os envolvidos". A instituição também pede à população que evite intermediários. "A Polícia Federal informa que monitora a atuação dessas empresas e orienta os cidadãos a utilizarem exclusivamente os canais oficiais da instituição para agendamentos e pagamento de taxas relacionadas à emissão de passaportes, evitando intermediários", diz a nota. Além da taxa, os sites recebem dados pessoais e documentos das pessoas que os utilizam. Polícia Federal realiza operação de combate à emigração ilegal As pessoas chegam a esses intermediários por meio do Google, quando buscam por "tirar passaporte" ou "agendar passaporte". O Google tem listado esses sites patrocinados no topo dos resultados. Os sites governamentais (gov.br), que permitem solicitar o passaporte sem "atravessadores", têm aparecido abaixo nas buscas. "Digitando no Google a frase 'agendar passaporte', a pesquisa retorna tendo como primeira opção um site PATROCINADO, de uma empresa que presta serviço de 'despachante'", diz trecho do procedimento aberto pela Divisão de Passaportes da Polícia Federal (DPAS), em Brasília. Questionado pelo g1, o Google não respondeu especificamente as perguntas feitas pela reportagem. A empresa afirmou que tem "políticas que determinam os conteúdos que podem ser anunciados com restrições" em suas plataformas e que trabalha continuamente para aperfeiçoar suas políticas. Uma das empresas que cobram taxa para intermediar a obtenção de passaporte, a AWF Serviços ("agendamentoserviços.online"), recebeu 258 reclamações no site ReclameAqui nos últimos três meses. "Pedi reembolso do valor [R$ 149] no dia seguinte, quando percebi que havia sido conduzida a um erro. Disseram que o serviço já havia sido concluído e que não poderiam devolver a taxa", diz uma queixa registrada no ReclameAqui na quinta-feira (19). A AWF Serviços, que vem sendo monitorada pela PF, está registrada na Receita Federal em nome de Edson Mateus Tiago, de Umuarama (PR). Procurado pelo g1, ele disse que é armador de ferragens, atua na construção civil e desconhece a existência da AWF Serviços. Ele negou ser dono da empresa. Horas depois, a reportagem foi procurada por um advogado que se identificou como Thiago Oliveira Tomaz e afirmou falar em nome de Edson Mateus Tiago. "O site não tem o objetivo de ludibriar os clientes, visto que o seu layout não se assemelha nem ao site da Polícia Federal e nem mesmo ao do GOV", disse o advogado. Segundo Tomaz, o site da AWF oferece serviços como "preenchimento do formulário, emissão do boleto da GRU, reemissão do boleto da GRU, agendamento, reagendamento, fornecimento de lista clara de documentos, o que gera muitas dúvidas, resolução de dúvidas extraordinárias, etc".

sábado, 21 de setembro de 2024

Após X indicar representante legal, Moraes dá novo prazo para rede enviar mais informações ao STF


Na sexta, X informou que advogada voltará a representar empresa no Brasil. Moraes pediu dados à Receita, ao BC, à PF, à Anatel e ao próprio site; enquanto isso, acesso segue proibido. Rede social X em tela de celular Reprodução/TV Globo O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes definiu neste sábado (21) novos prazos para o X – rede social do bilionário Elon Musk – apresentar mais documentos que comprovem a regularidade da empresa no Brasil. O ministro definiu 48 horas para órgãos do governo atualizarem a situação cadastral do Twitter no Brasil, e cinco dias para o próprio X entregar papéis sobre a indicação da advogada Rachel Villa Nova Conceição como representante legal no país. Na noite desta sexta-feira (20), o X informou ao STF que a advogada voltará a representar a empresa em processos judiciais. Moraes tinha dado 24 horas para que o site esclarecesse essa contratação. Para Moraes, no entanto, as informações apresentadas não são suficientes para que o X seja autorizado novamente a operar no país. 💻 Ou seja, o X segue suspenso em todo o Brasil – e quem acessar o site, inclusive com o uso de VPN, pode ser multado pelo STF. Entenda o que ainda precisa acontecer para a rede social X voltar a funcionar no Brasil "A decisão judicial proferida em 19/9/2024 – para que os advogados comprovassem, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a regularidade e validade da representação legal da empresa X Brasil Internet Ltda [...] não foi devidamente cumprida, como apontam as justificativas apresentadas aos autos", diz trecho da nova decisão de Moraes. X diz que indicou representante legal no Brasil Novos prazos No despacho deste sábado, Moraes dá 48 horas para órgãos federais atualizarem a situação do X no Brasil: a Receita Federal e o Banco Central deverão informar a situação legal da empresa no país; A Polícia Federal e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) terão de enviar "relatórios" sobre o acesso atual de brasileiros à plataforma X – que, em tese, deveria estar suspensa – para calcular a multa a ser aplicada ao site; a Secretaria Judiciária do próprio STF deverá informar a multa acumulada até aqui pelo X e as ordens judiciais pendentes de cumprimento. Para o próprio X, Moraes dá cinco dias para que sejam enviados ao tribunal: as procurações societárias originais outorgadas pelo Twitter nos Estados Unidos e pela T.I. Brazil Holdings à nova representante legal no Brasil – a advogada Rachel Villa Nova Conceição; a documentação emitida pela Junta Comercial de São Paulo comprovando que a advogada é a nova representante legal do Twitter no Brasil.

As explosões no Líbano levantam uma questão: quem ainda usa pagers?


Também conhecidos como 'bipes', esses aparelhos vieram antes dos celulares e foram muito populares nas décadas de 1980 e 1990. Três mulheres seguram pagers na Alemanha, em 1997. Associated Press (AP) A pequena caixa de plástico que emitia bipes e piscava números era uma tábua de salvação para Laurie Dove em 1993. Grávida de seu primeiro bebê, em uma casa no interior dos EUA, Dove usou o pequeno dispositivo preto para manter contato com seu marido enquanto ele entregava suprimentos médicos. Ele também carregava um. Eles tinham um código. "Se eu realmente precisasse de algo, eu mandava uma mensagem de texto para '9-1-1'. Isso significava qualquer coisa, desde 'Estou entrando em trabalho de parto agora' até 'Preciso mesmo falar com você'", ela relembra. “Era a nossa versão de mensagem de texto. Eu estava nervosa como um gato de rabo longo em uma sala cheia de roqueiros. Era importante.” Os bipes e tudo o que eles simbolizavam — conexão entre si ou, na década de 1980, com as drogas — seguiram o caminho das secretárias eletrônicas décadas atrás, quando os smartphones os varreram da cultura popular. Eles ressurgiram de forma trágica na terça-feira (17), quando milhares de pagers explodiram simultaneamente no Líbano, matando pelo menos 12 pessoas e ferindo milhares em um ataque misterioso de vários dias, enquanto Israel declarava uma nova fase de sua guerra contra o Hezbollah. Momento de explosão de pager em caixa de supermercado Telegram/Reprodução Em muitas fotos, o sangue marca o local onde os pagers costumam ser presos — no cinto, no bolso, perto da mão — em lembretes gráficos de quão intimamente as pessoas ainda seguram esses dispositivos e as conexões — ou vulnerabilidades — que eles possibilitam. Naquela época, como agora — embora em números muito menores — os pagers são usados ​​precisamente porque são da velha-guarda. Eles funcionam com baterias e ondas de rádio, o que os torna imunes a zonas sem Wi-Fi, porões sem serviço de celular, invasões e colapsos catastróficos de rede, como os ocorridos durante os ataques de 11 de setembro de 2001. Alguns profissionais médicos e trabalhadores de emergência preferem pagers do que celulares ou usam os dois. Eles são úteis para trabalhadores em locais remotos, como plataformas de petróleo e minas. Restaurantes também os usam, entregando aos clientes engenhocas piscantes, semelhantes a discos de hóquei, que vibram quando sua comida está pronta. Para aqueles que desconfiam da coleta de dados, os pagers são atraentes porque não têm como rastrear os usuários. "Um celular no final das contas é como um computador que você carrega por aí, e um pager tem uma fração dessa complexidade", disse Bharat Mistry, diretor técnico do Reino Unido da Trend Micro, uma empresa de software de segurança cibernética. "Hoje em dia, ele é usado por pessoas que querem manter sua privacidade. Você não quer ser rastreado, mas quer ser contatável", completa Bharat Mistry. Pagers foram a primeira interação 'sempre disponível' Pager (bipe) usado no Brasil na década de 1990 Wikimedia Commons Desde o início, as pessoas têm sido ambivalentes em relação aos pagers e à sensação incômoda de serem chamadas quando é conveniente para outra pessoa. O inventor Al Gross, considerado por alguns como o "pai fundador" da comunicação sem fio, patenteou o pager em 1949 com a intenção de torná-lo disponível para médicos. Mas eles se recusaram, ele disse, à perspectiva de estar de plantão 24 horas por dia, 7 dias por semana. "Os médicos não queriam ter nada a ver com isso porque isso atrapalharia seu jogo de golfe ou atrapalharia o paciente", disse Gross em um vídeo feito quando recebeu o Lemelson-MIT Lifetime Achievement Award em 2000. "Então não foi um sucesso, como eu pensei que seria quando foi introduzido pela primeira vez. Mas isso mudou depois". Na década de 80, milhões de americanos usavam pagers, de acordo com relatos da época. Os dispositivos eram símbolos de status — ao ver que alguém estava com um pager preso ao cinto significava que o usuário era importante o suficiente para estar, na verdade, de plantão a qualquer momento. Médicos, advogados, estrelas de cinema e jornalistas os usaram durante a década de 1990. Naquela época, os pagers também foram associados a traficantes de drogas e as escolas começaram a proibi-los. Mais de 50 distritos escolares, de San Diego a Syracuse, Nova York, proibiram seu uso em escolas, dizendo que eles dificultavam a luta para controlar o abuso de drogas entre adolescentes, informou o jornal The New York Times em 1988. Michigan proibiu o uso dos dispositivos em escolas de todo o estado. "Como podemos esperar que os alunos 'simplesmente digam não às drogas' quando permitimos que eles usem o símbolo mais dominante do tráfico de drogas em seus cintos", disse James Fleming, superintendente associado das Escolas Públicas do Condado de Dade, na Flórida. Em meados dos anos 90, havia mais de 60 milhões de bipes em uso, de acordo com a Spok, uma empresa de comunicações. Laurie Dove, citada no início desta reportage e que depois se tornou prefeita de Valley Center, Kansas (EUA), diz que ela e sua família agora usam celulares. Mas isso significa aceitar o risco de roubo de identidade. De certa forma, ela lembra com carinho da simplicidade dos pagers. O mercado de pagers hoje é pequeno, mas persistente Pager AR-924, da fabricante taiwanesa Gold Apollo Divulgação/Gold Apollo O número de pagers globalmente é difícil de encontrar. Só que mais de 80% dos negócios de pagers da Spok lidam com assistência médica, com cerca de 750 mil assinantes em grandes sistemas hospitalares, de acordo com Vincent Kelly, CEO da empresa. "Quando há uma emergência, seus telefones nem sempre funcionam", disse Kelly, acrescentando que os sinais de pager são frequentemente mais fortes do que os sinais de celular em hospitais com paredes grossas ou porões de concreto. As redes de celular "não são projetadas para lidar com cada assinante tentando ligar ao mesmo tempo ou enviar uma mensagem ao mesmo tempo". Membros do Hezbollah apoiado pelo Irã na fronteira norte de Israel têm usado pagers para se comunicar há anos. Em fevereiro, o líder do grupo, Hassan Nasrallah, pediu para que os integrantes abandonassem seus celulares em um esforço para evitar o que se acredita ser a vigilância sofisticada de Israel nas redes de telefonia móvel do Líbano. O ataque de terça pareceu ser uma operação israelense complexa visando o Hezbollah. Mas o uso generalizado de pagers no Líbano significou que as detonações custaram um número enorme de vítimas civis. Elas explodiram em um momento em toda a paisagem da vida cotidiana — incluindo casas, carros, supermercados e cafés. Pagers usados pelo Hezbollah explodiram, em 17 de setembro de 2024 Reuters Kelly diz que socorristas e grandes fabricantes também usam pagers. Os fabricantes têm funcionários usando os dispositivos em chãos de fábrica para evitar que tirem fotos. A maioria dos profissionais da área médica usa combinações de pagers, salas de bate-papo, mensagens e outros serviços para se comunicar com os pacientes sem revelar os números de telefone de suas casas — um esforço para estar realmente de folga quando não está trabalhando. O Dr. Christopher Peabody, um médico de emergência do Hospital Geral de São Francisco, nos EUA, usa pagers todos os dias — embora a contragosto. "Estamos em uma cruzada para nos livrar dos pagers, mas estamos falhando miseravelmente", disse Peabody, que também é diretor do Centro de Inovação em Cuidados Agudos da UCSF. Peabody disse que ele e outros no hospital testaram um novo sistema e "o pager venceu": os médicos pararam de responder às mensagens de texto bidirecionais e só responderam aos pagers. De certa forma, Peabody entende a resistência. Os pagers fornecem uma certa autonomia. Em contraste, a comunicação bidirecional carrega a expectativa de resposta imediata e pode fornecer uma avenida para perguntas de acompanhamento. "Esta tem sido uma cultura da medicina por muitos e muitos anos”, ele disse, “e o pager veio para ficar, muito provavelmente", conclui Peabody. LEIA TAMBÉM: O que são walkie-talkies, que explodiram em Beirute e no sul do Líbano Pagers recém-comprados, mensagem falsa para despistar e apito antes de explodir: os detalhes da ação secreta contra o Hezbollah Hezbollah usa aparelho da década de 1990 para fugir de rastreamento de Israel Sobe para 12 número de mortos em explosões de pagers no Líbano Chefe do Hezbollah diz que explosões de pagers são 'declaração de guerra' de Israel iPhone 16 é lançado com novo botão para controlar a câmera; veja preços no Brasil

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Entenda o que ainda precisa acontecer para a rede social X voltar a funcionar no Brasil


Advogados da rede anunciaram na noite de sexta que a empresa designou uma representante legal no país, como ordenou o ministro Alexandre de Moraes. Retomada do X no país ainda depende de o STF analisar se todas exigências foram cumpridas. X diz que indicou representante legal no Brasil A rede social X, segundo seus advogados, indicou nesta sexta-feira (20) uma representante legal da empresa no Brasil -- uma das exigências que o ministro Alexandre de Moraes estipulou quando mandou suspender o acesso à plataforma, há duas semanas. O cumprimento dessa medida, no entanto, não significa que o X vai voltar automaticamente a funcionar no país. Ter um representante legal no Brasil é pré-requisito determinado em lei. O X, alegando perseguição por parte do ministro, fechou seu escritório no país em 17 de agosto, passando a ficar sem alguém que respondesse aqui pela empresa. Na noite desta sexta, foi indicado o nome da advogada Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição, que já havia atuado em nome do X no Brasil. Era ela a representante legal quando o escritório foi fechado. O STF, até a última atualização desta reportagem, não confirmava que a representante legal havia sido designada pelo X. Leia também: Rede social X é suspensa no Brasil após ordem de Moraes Rede social X diz que vai fechar escritório no Brasil e alega que Moraes ameaçou prender diretora por desobedecer decisões Representante legal escolhida pelo X já atuou no país pela empresa Elon Musk e Alexandre de Moraes Reuters Além da escolha do representante legal, outros dois motivos foram apontados pelo ministro para suspender a rede social: a insistência do X em, apesar de ordens judiciais, bloquear perfis que divulgavam mensagens criminosas ou antidemocráticas; o não pagamento das multas aplicadas ao X por manter essas contas no ar O ponto 1, relativo ao bloqueio das contas, começou a ser atendido nesta quinta. Usuários com acesso ao site indicaram que essas contas, de fato, começaram a ser suspensas. O ponto 2, das multas, foi cumprido de forma compulsória. Moraes determinou o bloqueio de bens do X e da Starlink (empresa também ligada a Elon Musk) e, em seguida, a transferência de R$ 18,3 bilhões em ativos das empresas para a conta da União. Se o STF entender que foi preenchido o requisito do representante legal e que não há pendências sobre os itens acima, em tese, o X pode voltar. Para isso, será necessário uma nova decisão do STF dizendo que a rede pode retomar as atividades no Brasil. Uma decisão do tribunal não deve sair no fim de semana. Novos desdobramentos terão que aguardar pelo menos o início da semana que vem.

Representante legal escolhida pelo X já atuava no país pela empresa

O X tinha até as 21h29 para indicar um representante legal no Brasil. A escolha de um representante legal pode abrir caminho para volta do X ao Brasil. X diz que indicou representante legal no Brasil A advogada escolhida pelo X para ser a representante legal da empresa no país, Rachel de Oliveira Villa Nova, já havia atuou no Brasil em nome da empresa. Rachel era a advogada do X quando o comando da companhia decidiu fechar o escritório no Brasil, em agosto. A defesa do X informou que Rachel foi escolhida para ser representante legal. Designar alguém para a função foi uma ordem do STF para o X. Procurado, o STF ainda não confirmou se o X indicou uma representante legal. O X tinha até as 21h29 para indicar um representante legal no Brasil. A escolha de um representante legal pode abrir caminho para volta do X ao Brasil. O X está suspenso no Brasil desde 31 de agosto por descumprir lei que prevê que, para atuar no Brasil, empresas internacionais devem ter um representante no país. A escolha de Rachel não significa o fim da suspensão não será automático. Para o X voltar ao ar, será necessária uma nova decisão do STF nesse sentido. Isso só deve acontecer no início da próxima semana. Nesta quinta-feira (19), Alexandre de Moraes deu o prazo de 24 horas para que a rede social comprove a representação legal. Uma das exigências para que o serviço seja retomado no Brasil é que tenha um representante formal, como exige a lei. Ele tomou a decisão depois de o X indicar ao STF que tinha contratado os advogados André Zonaro Giacchetta e Sérgio Rosenthal, de São Paulo, para representar a rede social em processos na Corte. Não há sanção prevista caso o X não comprove que constituiu representantes legais no Brasil até o fim do prazo. Mas, se a determinação não for cumprida, o STF não vai considerar os advogados como representantes nos processos na Corte. Em despacho nesta quinta, Moraes afirmou que o X não forneceu "nenhuma comprovação do retorno das atividades" da empresa – "nem tampouco da regularidade da constituição de seus novos representantes legais ou mesmo de seus novos advogados". "Não há, portanto, qualquer prova da regularidade da representação da X BRASIL INTERNET LTDA. em território brasileiro, bem como licitude da constituição de novos advogados", diz Moraes. A falta de definição de representantes legais no Brasil foi um dos agravantes apontados por Alexandre de Moraes na decisão que levou à suspensão do X em todo o território nacional, no fim de agosto. Tentativa de burla e sinalizações Ao longo desta semana, o X fez dois movimentos distintos em relação ao Brasil – uma tentativa de "burlar" o bloqueio do site e, ao mesmo tempo, sinalizações de que passaria a cumprir as ordens do STF. 🚨 Tentativa de 'burlar o bloqueio' Na quarta-feira (18), usuários do X indicaram que estavam conseguindo acessar o site, mesmo sem usar VPN. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), isso aconteceu porque o X migrou os servidores para um novo IP, o que teria driblado o bloqueio já definido pelas operadoras no Brasil. A Anatel avaliou que a atitude "demonstra intenção deliberada de descumprir" a determinação do Supremo. E disse que as operadoras conseguiram restabelecer o bloqueio. Moraes definiu multa de R$ 5 milhões caso o X continue contornando o bloqueio. 🏳️ Sinalizações de adequação às decisões Ao determinar a suspensão do X em todo o território nacional, Moraes havia indicado três motivações: a decisão do X de não bloquear contas que divulgavam mensagens criminosas ou antidemocráticas; o não pagamento das multas aplicadas ao X por manter essas contas no ar; a decisão do X de fechar o escritório no Brasil – e, com isso, deixar de ter um representante legal no país para lidar com os inquéritos no STF. O ponto 1, relativo ao bloqueio das contas, começou a ser atendido nesta quinta. Usuários com acesso ao site indicaram que essas contas, de fato, começaram a ser suspensas. O ponto 2, das multas, foi cumprido de forma compulsória. Moraes determinou o bloqueio de bens do X e da Starlink (empresa também ligada a Elon Musk) e, em seguida, a transferência de R$ 18,3 bilhões em ativos das empresas para a conta da União. Faltaria, portanto, o ponto 3 – que, em tese, poderia ser resolvido com a indicação desses advogados como "representantes legais" do X no Brasil.

IA no celular: o que vale a pena usar? g1 testou funções no iPhone 16e, Moto Razr 60 Ultra e Galaxy S25 Edge

Cada marca diz que as funções de inteligência artificial do seu smartphone é algo imprescindível de usar. Mas é mais comum esquecer ...