terça-feira, 29 de abril de 2025

Governo processa Meta por permitir golpes com símbolos oficiais e imagens de autoridades


Anúncios fraudulentos aproveitaram desinformação sobre Pix e usaram imagens de políticos; AGU afirma que fraude poderia ter sido evitada e pede a devolução dos lucros obtidos com a veiculação desses anúncios. Logo da Meta, controladora do Facebook, em foto tirada em 28 de outubro de 2021 Justin Sullivan / Getty Images North America / Getty Images via AFP O governo entrou com um processo contra a Meta para barrar o uso de símbolos oficiais e imagens de autoridades em golpes divulgados no Facebook e no Instagram (controlados pela empresa). A iniciativa partiu da Advocacia-Geral da União (AGU), que entrou com a ação nesta segunda-feira (28). Segundo a AGU, ao menos 1.770 anúncios enganosos foram publicados nessas redes sociais entre os dias 10 e 21 de janeiro, com o objetivo de enganar usuários. Os golpes simulam programas do governo, utilizam logotipos oficiais, nomes de órgãos públicos e imagens manipuladas por inteligência artificial de figuras políticas para dar credibilidade às fraudes. O conteúdo prometia, por exemplo, o recebimento de valores via Pix, condicionado ao pagamento de uma suposta taxa — estratégia que se aproveitou de uma onda de desinformação sobre o sistema de pagamentos para atrair vítimas no período. A ação tem como base um estudo do Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais da UFRJ (NetLab), divulgado em fevereiro. Falhas na moderação e pedido de indenização A AGU afirma que os anúncios tinham erros grosseiros, como nomes de programas inexistentes e padrões gráficos diferentes dos usados pelo governo, e que poderiam ter sido facilmente identificados se houvesse uma análise adequada por parte da plataforma. Mais especificamente, a ação foi movida contra a empresa Facebook Brasil, responsável pela publicidade das plataformas da Meta no país. O governo pede que a Meta indenize a sociedade por danos morais coletivos e devolva os valores ganhos com a veiculação dos anúncios fraudulentos, com os recursos destinados ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos. A AGU também cobra a adoção de medidas mais eficazes de verificação de anúncios. O g1 entrou em contato com a Meta e espera seu posicionamento sobre o tema. UFRJ aponta epidemia de golpes com PIX nas redes

Nenhum comentário:

Postar um comentário

'Atendimento de bilhões': o dia que Bill Gates trabalhou na startup de sua filha

Bill Gates trabalha no atendimento da empresa da filha por um dia Reprodução Já pensou ter sua reclamação atendida por Bill Gates, o...