sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Amazon não demitiu 14 mil funcionários por crise financeira, mas por 'cultura', diz CEO da empresa


Logo da Amazon, gigante da tecnologia. REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo O presidente da Amazon, Andy Jassy, afirmou que as demissões anunciadas pela big tech nesta semana não foram motivadas por uma crise financeira, mas por questões de "cultura". A declaração foi feita durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre. "A redução da força de trabalho não foi realmente impulsionada por motivos financeiros, nem mesmo é realmente por causa de IA", disse Jassy. "É cultura". Segundo ele, o crescimento da Amazon criou muitas camadas de trabalhadores, o que "pode levar à desaceleração e retardar a tomada de decisões". 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça De acordo com o Business Insider, Andy Jassy enfatizou que, com a transformação contínua da IA, nunca houve um momento mais crítico para a empresa operar de forma mais enxuta e ágil. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Os cortes de 14 mil trabalhadores atingem áreas de apoio e estratégicas, como recursos humanos e publicidade. A empresa afirmou que a redução é global, mas não detalhou quais países foram afetados. Segundo a agência Reuters, as demissões fazem parte de um plano que pode resultar em cerca de 30 mil cortes de empregos no total. A empresa acrescentou aproximadamente 32 mil trabalhadores entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano, chegando a uma força de trabalho de 1,58 milhão de pessoas. Nos últimos dois anos, a Amazon já havia feito cortes menores em áreas como dispositivos, comunicações e podcasting. Ainda segundo a Reuters, a big tech encerrou o terceiro trimestre com a unidade de nuvem AWS registrando aumento de 20% na receita. A empresa projeta vendas líquidas entre US$ 206 bilhões e US$ 213 bilhões no quarto trimestre. A AWS responde por 60% da receita operacional total da Amazon. iPhone Air: primeiras impressões do celular fininho e quais são seus rivais Apple anuncia o novo Iphone 17 Agente do ChatGPT reserva restaurante, faz compra, mas erra ao insistir demais

'Muskpédia' ignora gesto polêmico e outras controvérsias do bilionário para rivalizar com Wikipédia


Elon Musk, em foto de setembro de 2025, e tela inicial da Grokipedia AP Photo/Julia Demaree Nikhinson; Reprodução A Grokipedia, nova concorrente da Wikipédia, foi lançada na última segunda-feira (27) por Elon Musk. E, ao menos em sua versão atual, ignora várias controvérsias do bilionário, incluindo o gesto polêmico feito por ele no início do ano que foi vista por muitos como uma saudação nazista. A nova enciclopédia online ainda minimiza o conflito que Musk teve com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quando esteve à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês). E, apesar de incluir declarações controversas de Musk, não cita termos como "transfobia", "racismo" e "antissemitismo", que aparecem na Wikipédia por conta de críticas feitas por terceiros ao bilionário. Musk costuma acusar a Wikipédia de ter um viés de esquerda. O novo site dá mais espaço para a trajetória e as conquistas de Musk como empresário, apesar de citar pontos baixos de sua carreira, como uma multa por fraude na bolsa de valores, em 2018, e as demissões em massa no X, em 2023. 📱 Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 A página sobre Elon Musk na Grokipedia tem 11.571 palavras na versão acessada na quinta-feira (30). Como comparação, o artigo tem 8.700 palavras na Wikipédia, que alega o uso de seu conteúdo para basear a criação do novo site (saiba mais abaixo). Os textos da Grokipedia são gerados pelo Grok, inteligência artificial vinculada ao X, rede social de Musk, e criada pela xAI, outra empresa do bilionário. Gesto polêmico Em 20 de janeiro, na posse de Trump para o atual mandato como presidente, Musk discursou e fez um gesto com as mãos em direção ao público que foi vista por muitas pessoas como uma saudação nazista. A Wikipédia descreve os movimentos de Musk, cita a interpretação como saudação nazista ou fascista e destaca que o bilionário foi criticado na Alemanha, onde o fazer um gesto nazista é ilegal. O site conta ainda com um verbete exclusivo para esta controvérsia. A Grokipedia, por sua vez, não menciona o caso na página de Musk. Gesto de Musk gera polêmica durante fala do bilionário em evento da posse de Trump O novo site diz ainda que Musk é um oponente da "cultura woke", termo que costuma ser usado de forma pejorativa para se referir a grupos que estariam tentando impor suas ideias progressistas. E afirma que o bilionário também teve conflitos com a mídia e anunciantes. Já a Wikipédia descreve Musk como um "apoiador de figuras, causas e partidos de extrema-direita" e diz que ele foi criticado por espalhar desinformação sobre a COVID-19 e por fazer comentários antissemitas, racistas e transfóbicos. Conflito com Trump Ambas destacam que Musk foi o maior doador de campanha na candidatura de Trump, em 2024, e que ele mostrou apoiou após o republicano sofrer um atentado durante um comício. Elas citam a gestão de Musk à frente do DOGE e sua saída pouco antes dos 130 dias previstos para seu cargo. O presidente dos EUA, Donald Trump, e Elon Musk participam de uma coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, D.C., EUA, em 30 de maio de 2025. Reuters/Nathan Howard Mas a Grokipedia dá menos espaço para o conflito com Trump após esse período. O site diz que Musk criticou a proposta do presidente americano de um megacorte de impostos e anunciou planos de um novo partido político nos EUA. Já a Wikipédia relata na seção "Briga com Donald Trump" que, cinco dias após deixar o DOGE, Musk criticou o corte de taxas e classificou a medida como uma "abominação repugnante". O site também lembra que, três dias mais tarde, Musk afirmou que Trump aparecia nos arquivos da investigação sobre Jeffrey Epstein, acusado de ter abusado de mais de 250 meninas. A acusação feita por Musk a Trump sobre o caso Epstein não é abordada pela Grokipedia. Elon Musk anuncia que vai deixar governo Trump Relação com a filha Os dois sites tratam da relação de Musk com Vivian Jenna Wilson, sua filha trans de 21 anos. A Wikipédia diz que o bilionário foi criticado por seus comentários transfóbicos e destaca que Vivian oficializou sua mudança de nome em 2022 e optou por retirar o sobrenome do pai por não querer estar associada com ele. A Grokipedia, por sua vez, lembra as falas de Musk de que a transição de gênero de Vivian foi resultado de um "vírus woke" e que este fenômeno estaria ligado a mudanças culturais, incluindo as promovidas por grandes produtoras de filmes. Quem é a filha trans de Elon Musk que não quer saber do pai Filha trans de Elon Musk chama pai de 'patético'; saiba quem é Vivian Jenna Wilson Wikipedia diz que serviu de base para Grokipedia Gwadamirai Majange, porta-voz da Fundação Wikimedia, que administra a Wikipédia, disse à AFP que a organização "ainda está tentando entender como a Grokipedia funciona". "Ao contrário de projetos mais recentes, os pontos fortes da Wikipédia são claros: possui políticas transparentes, supervisão rigorosa de voluntários e uma sólida cultura de melhoria contínua", disse Gwadamirai Majange. Ela afirmou que a Wikipédia busca informar "bilhões de leitores sem promover um ponto de vista particular". E disse que o "conhecimento criado por humanos" da Wikipédia é "no que as empresas de IA se baseiam para gerar conteúdo". "Até a Grokipedia precisa da Wikipédia para existir", afirmou a porta-voz da Wikipédia. Em sua versão 0.1, a Grokipedia já tem cerca de 885 mil artigos, contra mais de 7 milhões da versão em inglês da Wikipédia. Musk defendeu que a geração atual de seu site já "é melhor que a Wikipédia". "O objetivo do Grok e da Grokipedia.com é a verdade, toda a verdade e nada além da verdade", disse Musk no X. "Nunca seremos perfeitos, mas ainda assim lutaremos por esse objetivo". Robô humanoide da empresa de Elon Musk 'luta' Kung Fu

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Aplicativo do Santander fica fora do ar e clientes reclamam nas redes


Fachada de agência do Santander Divulgação O aplicativo do Santander apresentava instabilidade nesta quinta-feira (30) e gerou uma onda de reclamações de clientes nas redes sociais. Com falha de login e sem conseguir completar operações no PIX, clientes do banco reclamavam nas redes sociais. O site Downdetector, que acusa problemas em canais digitais, apontava pelo menos 390 reclamações feitas até às 12h18. Procurado, o Santander não havia respondido até a última atualização desta reportagem. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 Nas redes sociais, vários clientes do banco reclamavam do aplicativo. *Esta reportagem está em atualização

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Plataforma de IA processada por casos de suicídio de adolescentes vai proibir usuários menores de idade


Saiba como ativar proteção para controlar tempo e atividade de crianças no celular A Character.AI anunciou, nesta quarta-feira (29), que vai proibir o acesso a sua plataforma para menores de 18 anos a partir de 25 de novembro. Até lá, o uso para menores de idade será limitado a duas horas por dia e será reduzido gradualmente. A decisão acontece após a empresa ser processada por familiares de um adolescente de 14 anos que se suicidou após se envolver emocionalmente com seu chatbot há cerca de um ano (saiba mais abaixo). A Character.AI permite que os usuários criem e interajam com personagens virtuais, que vão de figuras históricas a conceitos abstratos. O aplicativo se popularizou entre jovens em busca de apoio emocional. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A empresa disse que tomou essa decisão após ler "relatórios recentes que levantam questões" de reguladores e especialistas em segurança sobre o impacto da interação com IA nos adolescentes. No comunicado, a empresa disse que vai incentivar usuários mais jovens a utilizarem ferramentas alternativas, como criação de vídeos, histórias e transmissões com personagens de inteligência artificial (IA). "Estes são passos grandes para nossa empresa e, em muitos aspectos, são mais conservadores do que os de nossos concorrentes", disse a Character.AI em comunicado. "Mas acreditamos que é o que devemos fazer." Mãe diz que filho se apegou a personagem de IA Adolescente com celular BBC/Getty Images Em outubro de 2024, Megan Garcia entrou com um processo contra a Character.AI no tribunal de Orlando (EUA). Ela alega que o filho de 14 anos, Sewell Setzer III, se matou após desenvolver interações sentimentais e sexuais com uma personagem criada na plataforma, segundo a Reuters. O adolescente conversava com "Daenerys", uma personagem de chatbot inspirada na série "Game of Thrones" e compartilhava pensamentos suicidas. Megan afirma que o chatbot foi programado para “se passar por uma pessoa real, um psicoterapeuta licenciado e amante adulto”, o que teria aumentado o isolamento do garoto em relação ao mundo real. Além da Character.AI, Megan também processou o Google, alegando que a gigante de tecnologia contribuiu significativamente para o desenvolvimento da startup e deveria ser considerada sua cocriadora. A Character.AI foi fundada por ex-engenheiros do Google. Eles retornaram à empresa em agosto como parte de um acordo que deu à gigante de tecnologia uma licença não exclusiva da tecnologia da startup, segundo a Reuters. Mas o porta-voz do Google, José Castañeda, disse em um comunicado que a big tech e a Character.AI são empresas completamente separadas e não relacionadas, segundo a AFP. Segundo o The Washington Post, um dia após Megan entrar com o processo, a Character.AI anunciou pela primeira vez um recurso que exibe alertas automáticos a usuários que digitam frases relacionadas a automutilação ou suicídio, direcionando-os a canais de ajuda. Em novembro de 2024, outras duas famílias processaram a empresa no tribunal do Texas (EUA), em casos envolvendo saúde mental, mas que não terminaram em morte. Eles alegam que a plataforma expôs seus filhos a conteúdo sexual e incentivou a automutilação. Um dos casos envolve um adolescente autista de 17 anos que supostamente sofreu uma crise de saúde mental após usar a plataforma. O outro acusa a Character.AI de incentivar um menino de 11 anos a matar os pais por terem limitado seu tempo de tela. Além da Character.AI outras empresas de chatbots de IA, como ChatGPT, foram vinculados a casos de suicídio de usuários. Isso levou a OpenAI, dona do ChatGPT, a implementar medidas de proteção aos usuários. Onde buscar ajuda: CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde); UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro e hospitais; Centro de Valorização da Vida (CVV) – telefone 188 (ligação gratuita) ou site. O CVV oferece apoio emocional e prevenção do suicídio, com atendimento 24 horas por dia, sigiloso e gratuito.

Serviço de nuvem da Microsoft tem instabilidade nesta quarta; problema ocorre 9 dias após pane da Amazon


Sede da Microsoft em Issy-les-Moulineaux, perto de Paris, na França, em 18 de abril de 2016 REUTERS/Charles Platiau A unidade de serviços em nuvem da Microsoft, o Azure, enfrenta instabilidade na tarde desta quarta-feira (29). Há também relatos de falhas em serviços do Microsoft 365. O problema ocorre nove dias após a nuvem da Amazon, a AWS, ter causado uma pane global que afetou diversos sites e aplicativos. No Downdetector, site que monitora falhas em serviços online, o Azure registrou um pico de 713 notificações, por volta das 13h50. O Microsoft 365 soma mais de 400 queixas. Segundo o mesmo site, o Xbox, também da Microsoft, apresenta instabilidade. O g1 encontrou em contato com a Microsoft e aguarda retorno. Reclamações no Microsoft Azure segundo o Downdetector. Reprodução/Downdetector Esta reportagem está em atualização.

Nvidia é a primeira empresa da história a atingir US$ 5 trilhões em valor de mercado


Pessoa passa por painel com logomarca da Nvidia na Computex em Taiwan em junho de 2024 Ann Wang/Reuters A Nvidia fez história nesta quarta-feira (29) ao se tornar a primeira empresa a atingir US$ 5 trilhões em valor de mercado, após uma ascensão meteórica que consolidou sua posição na corrida global da inteligência artificial. O marco destaca a rápida transformação da Nvidia, que começou desenvolvendo chips gráficos para se tornar a espinha dorsal da indústria global de IA. Ex-lavador de pratos, o fundador e CEO Jensen Huang virou um ícone do Vale do Silício e fez de seus chips avançados parte central na rivalidade tecnológica entre os EUA e a China. Desde o lançamento do ChatGPT, em 2022, as ações da Nvidia multiplicaram por 12. A valorização foi impulsionada pelo avanço da inteligência artificial, que também levou o índice S&P 500 a bater recordes. O movimento reacendeu discussões sobre uma possível bolha no setor de tecnologia. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 A marca de US$ 5 trilhões foi atingida apenas três meses após a Nvidia ultrapassar os US$ 4 trilhões. O valor supera o mercado global de criptomoedas e representa cerca de metade do principal índice europeu, o Stoxx 600. As ações da Nvidia, que tem sede em Santa Clara, na Califórnia, subiram 4,6% após uma série de anúncios que reforçaram sua liderança no setor de inteligência artificial. Na terça-feira (28), Huang anunciou encomendas de chips de inteligência artificial que somam US$ 500 bilhões. Ele também revelou planos para construir sete supercomputadores para o governo dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o presidente Donald Trump deve conversar na quinta-feira (30) com o presidente da China, Xi Jinping, sobre o chip Blackwell, da Nvidia. O produto é alvo de tensão entre os países por causa das restrições de exportação impostas pelos EUA. Fundador é o 8º mais rico do mundo A valorização das ações da Nvidia aumenta a fortuna do CEO Jensen Huang. Com a subida das ações, a fatia de Jensen Huang na Nvidia está avaliada em cerca de US$ 179,2 bilhões, segundo cálculos da Reuters. Ele ocupa o 8º lugar na lista de bilionários da Forbes. Huang nasceu em Taiwan e vive nos Estados Unidos desde os nove anos. Ele fundou a Nvidia em 1993 e continua à frente da empresa. Sob sua gestão, os chips H100 e Blackwell passaram a ser usados em modelos avançados de linguagem, como o ChatGPT e o xAI, de Elon Musk. Apesar da liderança da Nvidia no setor de inteligência artificial, outras gigantes como Apple e Microsoft também superaram a marca de US$ 4 trilhões em valor de mercado nos últimos dias. Especialistas apontam que o crescimento das ações mostra a confiança dos investidores nos investimentos em IA. Mas há quem alerte para uma possível supervalorização do setor. "A expansão atual da IA ​​depende de alguns poucos players financiando a capacidade uns dos outros. Quando os investidores começarem a exigir retornos, alguns desses mecanismos de crescimento podem entrar em colapso", disse Matthew Tuttle, CEO da Tuttle Capital Management, à Reuters. Tecnologia é peça-chave na disputa entre EUA e China O avanço da Nvidia chamou atenção de reguladores em vários países. As restrições dos Estados Unidos à exportação de chips tornaram a empresa parte central da estratégia para limitar o acesso da China à tecnologia de inteligência artificial. Na conferência de desenvolvedores realizada na terça-feira (28), Huang também abordou temas geopolíticos delicados. Huang elogiou as políticas "América Primeiro", de Donald Trump, por estimularem o investimento em tecnologia nos EUA. Mas alertou que deixar a China fora do ecossistema da Nvidia pode dificultar o acesso a metade dos desenvolvedores de IA do planeta. Empresas como a Advanced Micro Devices (AMD) e várias startups tentam competir com a Nvidia no mercado de chips de IA. Mesmo assim, ela segue como a principal referência do setor.

LED, OLED ou QLED: guia para entender as siglas das TVs 4K


Entenda o que significam as tecnologias das TVs Escolher uma TV nova pode ser uma tarefa desafiadora diante de tantas tecnologias e nomes diferentes no mercado. Tudo o que o comprador procura é uma tela grande com ótima qualidade de imagem — mas, no caminho, é preciso decifrar termos como LED, QLED e OLED. Além disso, os fabricantes dão nomes aos produtos que combinam várias dessas tecnologias para alcançar a melhor imagem possível. É aí que surgem expressões como Neo QLED, QD-Mini LED e NanoCell. O Guia de Compras ajuda a entender melhor essa “sopa de letrinhas” na hora de escolher uma TV inteligente. As tecnologias das telas influenciam diretamente o brilho, o contraste e a qualidade geral das imagens. As principais opções disponíveis atualmente são: LED, OLED, QLED, Mini LED, Micro LED/Neo QLED, NanoCell, QD-Mini LED e MicroRGB/RGB Mini-LED. Confira a seguir o que cada uma dessas tecnologias oferece, seus pontos fortes e fracos — e veja ao final algumas opções de TVs 4K que utilizam os diferentes tipos de tela. LED 📺 O QUE É: A tecnologia LED usa diodos emissores de luz espalhados pelo painel para gerar a iluminação da tela. É o método mais comum em TVs e monitores, presente em modelos HD, Full HD e 4K. Por isso, os televisores LED 4K costumam ter a melhor relação custo-benefício quando comparados aos que usam OLED ou QLED. Alguns fabricantes também utilizam os termos DLED (Direct LED) ou Edge LED, que indicam o tipo de painel de iluminação traseira. Na DLED, a luz se distribui por toda a tela; na Edge LED, fica apenas nas bordas, o que é mais comum em modelos mais baratos. ⬆️ PRÓS: grande variedade de modelos e preços acessíveis. ⬇️ CONTRAS: Controle de contraste limitado e telas um pouco mais espessas. OLED 📺 O QUE É: A sigla significa “diodos orgânicos emissores de luz”. Essa tecnologia produz imagens mais nítidas e com contraste superior ao do LED. Cada ponto da tela pode ser controlado individualmente — o que permite, por exemplo, que partes escuras de uma cena permaneçam totalmente apagadas enquanto outras áreas exibem luz intensa. Como cada pixel gera sua própria luminosidade, as TVs OLED dispensam a luz traseira, resultando em aparelhos mais finos e elegantes. O preço, porém, é mais alto, e os modelos estão disponíveis apenas em resoluções 4K e 8K. ⬆️ PRÓS: contraste excelente, cores precisas e ótimo ângulo de visão. ⬇️ CONTRAS: Menor nível de brilho e preço mais elevado. QLED 📺 O QUE É: Conhecida como Quantum Dot (“pontos quânticos”), essa tecnologia usa nanopartículas que absorvem luz e emitem cores com maior intensidade. A iluminação vem de LEDs posicionados atrás da tela. Isso resulta em cores vibrantes e maior brilho — ideal para ambientes bem iluminados. O nível de contraste também é bom, embora ainda inferior ao dos painéis OLED. Os modelos QLED são encontrados nas resoluções 4K e 8K. ⬆️ PRÓS: cores vivas, brilho intenso e excelente performance em locais claros. ⬇️ CONTRAS: Contraste e ângulo de visão abaixo do OLED. Mini LED 📺 O QUE É: É uma evolução do LED tradicional. Os diodos, aqui, são muito menores, o que garante controle mais preciso sobre o brilho e as áreas escuras da imagem. Segundo os fabricantes, cada LED convencional pode ser substituído por dezenas de Mini LEDs, aumentando o nível de detalhe e a fidelidade das cores. Marcas como LG usam o termo QNED Mini LED para identificar suas versões dessa tecnologia. A TCL, por sua vez, combina Mini LED e QLED em alguns modelos. ⬆️ PRÓS: mais pontos de luz, contraste melhorado e alto nível de brilho. ⬇️ CONTRAS: Ainda não alcança o contraste do OLED. Micro LED / Neo QLED 📺 O QUE É: São tecnologias diferentes, embora frequentemente citadas juntas. O Micro LED usa pontos que emitem sua própria luz (vermelha, verde e azul), sem camada de iluminação traseira e sem materiais orgânicos. Já o Neo QLED é o nome comercial da Samsung para a combinação de QLED com Mini LED. ⬆️ PRÓS: altíssimo brilho e cores precisas. ⬇️ CONTRAS: O nível de preto ainda não rivaliza com o OLED, e as telas tendem a ser mais espessas. NanoCell 📺 O QUE É: tecnologia desenvolvida pela LG, o NanoCell utiliza nanopartículas que filtram as ondas extras de luz, aprimorando a pureza das cores. Ela pode aparecer combinada com outros recursos, como Mini LED ou pontos quânticos (em modelos chamados QNED). O resultado são cores mais vivas e naturais em resoluções 4K e 8K. ⬆️ PRÓS: Boa reprodução de cores e ótimo ângulo de visão. ⬇️ CONTRAS: Contraste inferior ao das telas OLED; alguns modelos se equiparam às LCD mais simples. QD-Mini LED 📺 O QUE É: O QD-Mini LED (Quantum Dot Mini Light Emitting Diode) combina duas tecnologias: Mini LED e QLED. É usado pela TCL em suas TVs. ⬆️ PRÓS: brilho extremamente alto, ideal para ambientes claros.​Cores vibrantes e precisas, contraste otimizado. ⬇️ CONTRAS: Por depender de uma camada de iluminação traseira, os tons escuros podem não ser tão perfeitos. Preço elevado. MicroRGB/RGB Mini-LED 📺 O QUE É: tecnologias utilizadas em TVs gigantes (acima de 100 polegadas). Ambas utilizam LEDs microscópicos tricolores (vermelho, verde e azul) de menos de 100 micrômetros, dispostos em um padrão ultrafino atrás do painel. Para comparação, um fio de cabelo mede entre 60 e 140 micrômetros. O ponto de uma TV LED é do tamanho de um grão de areia. Esses LEDs são controlados um a um, permitindo que cada uma das cores primárias gere luz própria. Desse modo, os tons escuros ficam mais escuros e as cores, com maior realismo. Na Samsung, é chamada de MicroRGB e na HiSense, de RGB Mini-LED. ⬆️ PRÓS: cores mais puras e precisas graças à emissão direta de luz RGB, sem filtros intermediários.​ Pretos profundos e contraste elevado. ⬇️ CONTRAS: custo muito elevado, voltada apenas para o segmento premium.​ Complexidade de fabricação, que limita a produção em larga escala e o acesso a tamanhos menores.​ Veja opções de TVs 4K O Guia de Compras selecionou 12 modelos de TVs 4K de vários tamanhos disponíveis nas principais lojas on-line. Os preços consultados em outubro iam de R$ 1.800 a R$ 160.000, dependendo do modelo. Os aparelhos estão ordenados por preço, do menor para o maior. Philco PTV50VA4REGB Aiwa AWS-TV-50-BL-02-A Samsung The Frame QN43LS03D Hisense 55U75LUA Philips 65PUG7019/78 TCL 55C6K TCL 65C755 Samsung OLED55S90DA LG 65QNED82ASG Samsung The Frame Pro 4K LS03FW LG OLED65C5PSA Hisense RGB Mini LED 116UX Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.

LED, OLED ou QLED: guia para entender as siglas das TVs 4K


Entenda o que significam as tecnologias das TVs Escolher uma TV nova pode ser uma tarefa desafiadora diante de tantas tecnologias e nomes diferentes no mercado. Tudo o que o comprador procura é uma tela grande com ótima qualidade de imagem — mas, no caminho, é preciso decifrar termos como LED, QLED e OLED. Além disso, os fabricantes dão nomes aos produtos que combinam várias dessas tecnologias para alcançar a melhor imagem possível. É aí que surgem expressões como Neo QLED, QD-Mini LED e NanoCell. O Guia de Compras ajuda a entender melhor essa “sopa de letrinhas” na hora de escolher uma TV inteligente. As tecnologias das telas influenciam diretamente o brilho, o contraste e a qualidade geral das imagens. As principais opções disponíveis atualmente são: LED, OLED, QLED, Mini LED, Micro LED/Neo QLED, NanoCell, QD-Mini LED e MicroRGB/RGB Mini-LED. Confira a seguir o que cada uma dessas tecnologias oferece, seus pontos fortes e fracos — e veja ao final algumas opções de TVs 4K que utilizam os diferentes tipos de tela. LED 📺 O QUE É: A tecnologia LED usa diodos emissores de luz espalhados pelo painel para gerar a iluminação da tela. É o método mais comum em TVs e monitores, presente em modelos HD, Full HD e 4K. Por isso, os televisores LED 4K costumam ter a melhor relação custo-benefício quando comparados aos que usam OLED ou QLED. Alguns fabricantes também utilizam os termos DLED (Direct LED) ou Edge LED, que indicam o tipo de painel de iluminação traseira. Na DLED, a luz se distribui por toda a tela; na Edge LED, fica apenas nas bordas, o que é mais comum em modelos mais baratos. ⬆️ PRÓS: grande variedade de modelos e preços acessíveis. ⬇️ CONTRAS: Controle de contraste limitado e telas um pouco mais espessas. OLED 📺 O QUE É: A sigla significa “diodos orgânicos emissores de luz”. Essa tecnologia produz imagens mais nítidas e com contraste superior ao do LED. Cada ponto da tela pode ser controlado individualmente — o que permite, por exemplo, que partes escuras de uma cena permaneçam totalmente apagadas enquanto outras áreas exibem luz intensa. Como cada pixel gera sua própria luminosidade, as TVs OLED dispensam a luz traseira, resultando em aparelhos mais finos e elegantes. O preço, porém, é mais alto, e os modelos estão disponíveis apenas em resoluções 4K e 8K. ⬆️ PRÓS: contraste excelente, cores precisas e ótimo ângulo de visão. ⬇️ CONTRAS: Menor nível de brilho e preço mais elevado. QLED 📺 O QUE É: Conhecida como Quantum Dot (“pontos quânticos”), essa tecnologia usa nanopartículas que absorvem luz e emitem cores com maior intensidade. A iluminação vem de LEDs posicionados atrás da tela. Isso resulta em cores vibrantes e maior brilho — ideal para ambientes bem iluminados. O nível de contraste também é bom, embora ainda inferior ao dos painéis OLED. Os modelos QLED são encontrados nas resoluções 4K e 8K. ⬆️ PRÓS: cores vivas, brilho intenso e excelente performance em locais claros. ⬇️ CONTRAS: Contraste e ângulo de visão abaixo do OLED. Mini LED 📺 O QUE É: É uma evolução do LED tradicional. Os diodos, aqui, são muito menores, o que garante controle mais preciso sobre o brilho e as áreas escuras da imagem. Segundo os fabricantes, cada LED convencional pode ser substituído por dezenas de Mini LEDs, aumentando o nível de detalhe e a fidelidade das cores. Marcas como LG usam o termo QNED Mini LED para identificar suas versões dessa tecnologia. A TCL, por sua vez, combina Mini LED e QLED em alguns modelos. ⬆️ PRÓS: mais pontos de luz, contraste melhorado e alto nível de brilho. ⬇️ CONTRAS: Ainda não alcança o contraste do OLED. Micro LED / Neo QLED 📺 O QUE É: São tecnologias diferentes, embora frequentemente citadas juntas. O Micro LED usa pontos que emitem sua própria luz (vermelha, verde e azul), sem camada de iluminação traseira e sem materiais orgânicos. Já o Neo QLED é o nome comercial da Samsung para a combinação de QLED com Mini LED. ⬆️ PRÓS: altíssimo brilho e cores precisas. ⬇️ CONTRAS: O nível de preto ainda não rivaliza com o OLED, e as telas tendem a ser mais espessas. NanoCell 📺 O QUE É: tecnologia desenvolvida pela LG, o NanoCell utiliza nanopartículas que filtram as ondas extras de luz, aprimorando a pureza das cores. Ela pode aparecer combinada com outros recursos, como Mini LED ou pontos quânticos (em modelos chamados QNED). O resultado são cores mais vivas e naturais em resoluções 4K e 8K. ⬆️ PRÓS: Boa reprodução de cores e ótimo ângulo de visão. ⬇️ CONTRAS: Contraste inferior ao das telas OLED; alguns modelos se equiparam às LCD mais simples. QD-Mini LED 📺 O QUE É: O QD-Mini LED (Quantum Dot Mini Light Emitting Diode) combina duas tecnologias: Mini LED e QLED. É usado pela TCL em suas TVs. ⬆️ PRÓS: brilho extremamente alto, ideal para ambientes claros.​Cores vibrantes e precisas, contraste otimizado. ⬇️ CONTRAS: Por depender de uma camada de iluminação traseira, os tons escuros podem não ser tão perfeitos. Preço elevado. MicroRGB/RGB Mini-LED 📺 O QUE É: tecnologias utilizadas em TVs gigantes (acima de 100 polegadas). Ambas utilizam LEDs microscópicos tricolores (vermelho, verde e azul) de menos de 100 micrômetros, dispostos em um padrão ultrafino atrás do painel. Para comparação, um fio de cabelo mede entre 60 e 140 micrômetros. O ponto de uma TV LED é do tamanho de um grão de areia. Esses LEDs são controlados um a um, permitindo que cada uma das cores primárias gere luz própria. Desse modo, os tons escuros ficam mais escuros e as cores, com maior realismo. Na Samsung, é chamada de MicroRGB e na HiSense, de RGB Mini-LED. ⬆️ PRÓS: cores mais puras e precisas graças à emissão direta de luz RGB, sem filtros intermediários.​ Pretos profundos e contraste elevado. ⬇️ CONTRAS: custo muito elevado, voltada apenas para o segmento premium.​ Complexidade de fabricação, que limita a produção em larga escala e o acesso a tamanhos menores.​ Veja opções de TVs 4K O Guia de Compras selecionou 12 modelos de TVs 4K de vários tamanhos disponíveis nas principais lojas on-line. Os preços consultados em outubro iam de R$ 1.800 a R$ 160.000, dependendo do modelo. Os aparelhos estão ordenados por preço, do menor para o maior. Philco PTV50VA4REGB Aiwa AWS-TV-50-BL-02-A Samsung The Frame QN43LS03D Hisense 55U75LUA Philips 65PUG7019/78 TCL 55C6K TCL 65C755 Samsung OLED55S90DA LG 65QNED82ASG Samsung The Frame Pro 4K LS03FW LG OLED65C5PSA Hisense RGB Mini LED 116UX Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Mais de um milhão de usuários falam sobre planos de suicídio com o ChatGPT, segundo OpenAI


Adolescente é preso por pergunta sobre assassinato ao ChatGPT Mais de um milhão de usuários ativos em uma semana conversam com o ChatGPT sobre suicídio. É o que mostram dados divulgados nesta segunda-feira (27), pela OpenAI (dona do chatbot). "Nossa análise inicial estima que cerca de 0,15% dos usuários ativos em uma semana têm conversas que incluem indicadores explícitos de possível planejamento ou intenção suicida", disse a empresa. Como mais de 800 milhões de pessoas usam o ChatGPT semanalmente, segundo a companhia, essa porcentagem corresponde a aproximadamente 1,2 milhão de usuários. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Suicídios de adolescentes impulsionam onda de processos contra plataformas de IA nos EUA No comunicado, a OpenAI também informou que estima que cerca de 0,07% dos usuários ativos semanais, um pouco menos de 600 mil pessoas, apresentam possíveis sinais de emergências de saúde mental relacionadas à psicose ou mania. Casos de suicídio chamaram atenção para o tema Imagem mostra celular com o logo do ChatGPT, robô conversador da OpenAI Getty Images/BBC O problema ganhou destaque depois que o adolescente californiano Adam Raine cometeu suicídio no início deste ano. Seus pais entraram com uma ação judicial contra o ChatGPT porque a ferramenta forneceu conselhos específicos sobre como fazê-lo. Desde então, a OpenAI aprimorou os controles parentais para seu chatbot e introduziu outras medidas de segurança. Entre elas: maior acesso a linhas diretas de ajuda, o redirecionamento automático de conversas delicadas para modelos mais seguros e lembretes sutis para que os usuários façam pausas durante sessões prolongadas. A companhia também atualizou o ChatGPT para reconhecer e responder melhor aos usuários que enfrentam emergências de saúde mental, e diz que está trabalhando com mais de 170 profissionais de saúde mental para reduzir significativamente as respostas problemáticas. Veja mais: Mãe diz que filho cometeu suicídio após se apegar a personagem criado por IA e processa startup e Google nos EUA Mãe processa Roblox e Discord após filho de 15 anos sofrer abuso online e tirar a própria vida Saiba como ativar proteção para controlar tempo e atividade de crianças no celular

Amazon anuncia corte de 14 mil postos de trabalho


Logo da Amazon, gigante da tecnologia. REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo O grupo americano de comércio digital Amazon anunciou nesta terça-feira (28) a eliminação de 14 mil postos de trabalho, mas não revelou em quais regiões do mundo estão sendo feitos os cortes. A empresa informou que a "redução global" vinculada à inteligência artificial. O anúncio concretiza a vontade do CEO, Andy Jassy, de reduzir custos na empresa, em pleno auge da IA. As reduções que anunciamos hoje são uma continuidade dos esforços para nos fortalecer ainda mais ao reduzir a burocracia, eliminar camadas e realocar recursos para garantir que estamos investindo em nossas maiores apostas Na segunda-feira (27), vários meios de comunicação americanos indicaram que a Amazon estava prestes a iniciar nesta terça-feira cortes de pessoal, mencionando o número de 30 mil postos de trabalho em todo o mundo. Os cortes envolvem as funções de apoio ou estratégicas, como recursos humanos e publicidade. A Amazon conta com 1,5 milhão de funcionários e cerca de 350.000 escritórios em todo o mundo. A mão de obra dos armazéns, majoritária dentro da força de trabalho, não será afetada a princípio, assegurou Galetti, que falou mais sobre cortes nos escritórios. "O que devemos ter em mente é que o mundo evolui muito rápido. Essa IA generativa é a tecnologia mais transformadora que vimos desde o surgimento da internet e permite que as empresas inovem com maior rapidez do que antes", comentou. Em junho, Jassy disse que o desenvolvimento da IA generativa permitiria a redução do número de funcionários de escritório nos próximos anos.

O que se sabe sobre o suposto vazamento de 183 milhões de logins do Gmail, Outlook e Yahoo


Como criar uma senha forte, difícil de ser violada, e proteger suas contas Um suposto vazamento de pelo menos 183 milhões de contas do Gmail, Outlook e Yahoo expôs endereços de e-mail e senhas de usuários, segundo informações divulgadas pelo site Have I Been Pwned, que monitora vazamentos de dados na internet. De acordo com a plataforma, o ataque não é recente: ele foi descoberto em abril de 2025. No entanto, a equipe identificou agora que havia mais 16,4 milhões de contas vulneráveis que não tinham sido detectadas na época. Ainda segundo o Have I Been Pwned, a captura desses logins e senhas ocorreu por meio de uma técnica chamada Infostealers, que são programas criados para infectar dispositivos e roubar informações pessoais. O g1 procurou as empresas envolvidas para comentar o caso. O Google disse que "os relatos de um suposto vazamento no Gmail são imprecisos e incorretos" e que "eles decorrem de uma interpretação equivocada das atualizações contínuas em bancos de dados de roubo de credenciais [do Have I Been Pwned]" (leia abaixo o comunicado na íntegra). O g1 também procurou a Microsoft, dona do Outlook, e o Yahoo, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, o criador do Have I Been Pwned, Troy Hunt, disse que há outras empresas afetadas pelo suporto vazamento, mas não citou quais. Gmail e outros serviços do Google apresentaram instabilidade Stephen Phillips via Unsplash E o que devo fazer em casos de ataque? No caso de vazamento em um serviço que você usa, o recomendado é mudar a senha adotada naquela plataforma. A medida é importante para que sua conta não seja invadida por quem teve acesso ao conteúdo vazado. Outras orientações importantes incluem não compartilhar suas senhas com conhecidos e não deixar as credenciais salvas em aplicativos de bloco de notas. Siga as dicas abaixo para ter senhas mais difíceis de serem descobertas: crie senhas longas, que são mais difíceis de serem descobertas por tentativa e erro – uma dica é usar truques para criar senhas mais criativas, como pequenos trechos de frases ou músicas importantes para você; use letras maiúsculas e minúsculas, além de números e caracteres especiais, como @ e $; evite senhas óbvias, crie senhas que são frases porque são facilmente memorizáveis e difíceis de serem descobertas. Use senhas diferentes para cada site Uma senha forte não significa muito se for usada em todos os sites em que você tem conta. Isso porque, em caso de vazamento em um deles, a credencial pode ser testada em outros serviços. É importante criar senhas diferentes para cada site. Para lembrar de todas elas, use gerenciadores de senhas (saiba mais). Eles têm criptografia, dificultando o acesso de terceiros a informações privadas. Veja algumas opções gratuitas: Gerenciador de Senhas do Google (integrado ao navegador Chrome e à conta Google); LastPass; Microsoft (integrado ao Authenticator para Android, também pode ser usado no Windows, no Edge e com extensão para o Chrome); KeePass (com Keepass2Android para sincronizar suas senhas no Android). Opções pagas incluem Dashlane, 1Password e Dropbox Passwords. Use autenticação em duas etapas As redes sociais e outros aplicativos famosos oferecem a autenticação de dois fatores, que entra em ação sempre que há uma tentativa de acessar sua conta a partir de um novo aparelho. Com a proteção dupla, o login só é autorizado depois que você fornece a senha e um segundo fator, que costuma ser gerado na hora por meio de um aplicativo de autenticação ou de uma notificação em um dispositivo confiável. Clique aqui para saber como ativar a proteção na conta do WhatsApp, do Instagram, do Facebook, do Google, do TikTok, do X e do Telegram. E clique aqui para ver como ativar na conta gov.br. Ative chaves de acesso (passkeys) Empresas de tecnologia como Google, Apple, Microsoft têm defendido o uso de chaves de acesso (passkeys), que prometem ser mais seguras do que o método padrão de login e senha. Com as chaves de acesso, o acesso a sites e aplicativos é feito usando apenas a impressão digital, o reconhecimento facial ou o código PIN do seu celular (veja como elas funcionam). A ideia é que você não precise mais se preocupar em lembrar tantas senhas e tenha um meio confiável (sua biometria, por exemplo) para acessar esses serviços. A opção é oferecida por empresas como Google, WhatsApp, TikTok, X, iCloud e Microsoft. Desconfie de abordagens suspeitas Não é preciso haver vazamento para roubar credenciais de vítimas. Criminosos podem tentar enganar a pessoa para que ela mesma informe suas informações privadas, o que pode ser feito por meio de sites e e-mails fraudulentos, por exemplo. A prática conhecida como phishing visa utilizar mensagens que parecem autênticas para roubar informações. Por isso, é importante verificar se o link do site é realmente o endereço que você deseja visitar – criminosos podem criar uma réplica em que a URL tem apenas algumas letras diferentes da original. Outra recomendação é analisar com atenção o que está escrito no site ou no e-mail e se perguntar por que você recebeu o conteúdo, que tipo de informação estão pedindo e se algo parece estranho. O que diz o Google "Os relatos de um suposto vazamento de dados ou violação de segurança do Gmail que afetaria milhões de usuários são completamente imprecisos e incorretos. Eles decorrem de uma interpretação equivocada das atualizações contínuas em bancos de dados de roubo de credenciais, conhecidos como Infostealers, em que os invasores utilizam diversas ferramentas para coletar credenciais, ao invés de um ataque único e específico direcionado a uma pessoa, ferramenta ou plataforma específica. Incentivamos os usuários a seguirem as melhores práticas para se protegerem contra o roubo de credenciais, como ativar a verificação em duas etapas e adotar chaves de acesso como uma alternativa mais forte e segura às senhas, além de redefinir as senhas quando elas forem expostas em grandes lotes como este"

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Cães-robôs e enxames de drones: como a China tem usado IA para avançar em tecnologia de guerra


Cães-robôs sobem escadas em demonstração na China, em 21 de março de 2025 REUTERS/Florence Lo A China vem investindo em cães-robôs armados e enxames de drones com inteligência artificial para modernizar suas forças armadas. As máquinas são parte do esforço de Pequim para usar IA em operações militares e reduzir a distância em relação aos Estados Unidos na corrida por tecnologias de guerra. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em novembro de 2024, o Exército de Libertação Popular da China abriu uma licitação para fabricar cães-robôs equipados com IA que atuariam em grupo para identificar ameaças e eliminar riscos de explosão. A Reuters não conseguiu confirmar se o contrato foi executado. A China já usou cães-robôs armados da fabricante Unitree em exercícios militares, segundo imagens da mídia estatal. A empresa não respondeu às perguntas sobre sua relação com o exército. Patentes e artigos científicos dos últimos dois anos mostram que o Exército vem aplicando IA em sistemas de planejamento militar, incluindo tecnologias para analisar rapidamente imagens de satélites e drones. A Landship Information Technology, empresa que integra IA em veículos militares chineses, afirmou que sua tecnologia é capaz de identificar alvos em imagens de satélite e coordenar ações com radares e aeronaves. A ferramenta foi construída com chips da gigante chinesa Huawei. Segundo a Universidade Tecnológica de Xi’an, a IA também reduziu o tempo entre a identificação de um alvo e a execução da operação. Pesquisadores do instituto disseram que o sistema com tecnologia DeepSeek foi capaz de avaliar 10 mil cenários de campo de batalha em 48 segundos. Uma equipe convencional levaria 48 horas para realizar o mesmo trabalho, segundo eles. A Reuters não conseguiu verificar essas informações de forma independente. Armas autônomas Drone exibido durante desfile militar na China REUTERS/Tingshu Wang Entidades militares chinesas estão investindo em sistemas de campo de batalha cada vez mais autônomos, de acordo com documentos. Mais de 20 licitações e patentes vistas pela Reuters mostram o esforço para integrar IA em drones, permitindo que eles reconheçam e rastreiem alvos e atuem em grupo com pouca intervenção humana. A Universidade Beihang, especializada em aviação militar, está usando o DeepSeek para aprimorar decisões em enxames de drones voltados a ameaças “baixas, lentas e pequenas” — como aeronaves leves e drones inimigos —, segundo um pedido de patente de 2025. Autoridades da defesa chinesa afirmam que o país manterá controle humano sobre sistemas de armas, em meio a temores de que um conflito com os EUA possa levar ao uso descontrolado de munições baseadas em IA. Os militares americanos também investem em sistemas autônomos. O objetivo é implantar milhares de drones até o fim de 2025 para tentar equilibrar a vantagem numérica da China em veículos aéreos não tripulados. Os detalhes sobre o funcionamento dos sistemas por trás das novas armas da China são mantidos em sigilo. Mesmo assim, patentes e registros públicos indicam avanços no uso de inteligência artificial para reconhecimento de alvos e apoio a decisões em tempo real no campo de batalha. LEIA TAMBÉM Trump ameaça Putin com submarino nuclear após Rússia testar novo míssil Trump 'sem dúvida' quer derrubar governo da Venezuela, diz aliado de Maduro à BBC O brasileiro que filma ladrões de celulares em Londres: 'Mais eficaz que a polícia' Chips dos EUA, modelos chineses ‘Guerra dos Chips’: como Taiwan se tornou centro de disputa política e econômica entre China e EUA O Exército de Libertação Popular e suas afiliadas continuam a usar e buscar chips da Nvidia, incluindo modelos sob controle de exportação dos EUA, segundo documentos, licitações e patentes. Em setembro de 2022, o Departamento de Comércio dos EUA proibiu a exportação para a China dos chips A100 e H100 da Nvidia. A Reuters não conseguiu determinar se esses chips foram adquiridos antes das restrições impostas por Washington, já que os registros não informam quando o hardware foi exportado. Patentes registradas em junho indicam o uso de chips da Nvidia por institutos de pesquisa ligados às forças armadas. O porta-voz da empresa, John Rizzo, afirmou em nota que a Nvidia não consegue rastrear revendas individuais de produtos antigos. Segundo ele, “reciclar pequenas quantidades de produtos de segunda mão não cria nada novo nem representa risco à segurança nacional”. "Usar produtos restritos para aplicações militares seria inviável, sem suporte, software ou manutenção", acrescentou. O Tesouro e o Departamento do Comércio dos EUA não responderam às perguntas da Reuters sobre o caso. Em 2025, os militares chineses aumentaram os contratos para adquirir tecnologia nacional, como chips de IA da Huawei, segundo o grupo Jamestown Foundation, em Washington. A fundação analisou centenas de licitações publicadas neste ano pelo portal oficial de compras do exército chinês. A Reuters não pôde confirmar de forma independente as informações de Jamestown, mas a mudança coincide com uma campanha de Pequim para incentivar empresas a usar tecnologia nacional. A análise da Reuters de patentes e registros de aquisição indica demanda crescente por chips da Huawei entre afiliadas do PLA. Ainda assim, não foi possível verificar todas as propostas examinadas pela Jamestown, que divulgará um relatório sobre o tema nesta semana. Dependência do DeepSeek O DeepSeek surpreendeu o mundo — o que sabemos sobre ele? Getty Images Modelos do DeepSeek foram mencionados em pelo menos uma dúzia de licitações de entidades do PLA neste ano, segundo documentos obtidos pela Reuters. Apenas uma delas fazia referência ao Qwen, da Alibaba, outro modelo de IA chinês. O Alibaba não respondeu sobre o uso militar do Qwen. As licitações envolvendo o DeepSeek se intensificaram em 2025, com novas aplicações militares aparecendo regularmente na rede do PLA, segundo a Jamestown Foundation. A preferência pelo DeepSeek também reflete a busca de Pequim pela chamada “soberania algorítmica” — a tentativa de reduzir a dependência de tecnologia ocidental e fortalecer o controle sobre sua infraestrutura digital. O Departamento de Defesa dos EUA se recusou a comentar o uso de IA pelo exército chinês. Um porta-voz do Departamento de Estado disse que “a DeepSeek forneceu voluntariamente, e provavelmente continuará a fornecer, apoio às operações militares e de inteligência da China”. Segundo ele, Washington vai “buscar uma estratégia ousada e inclusiva para a IA com países aliados, mantendo essa tecnologia fora do alcance de adversários”. VÍDEOS: em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1

Instagram x realidade: como Bali virou vítima de seu próprio sucesso nas redes sociais


Turistas se queixam nas redes sociais sobre a 'diferença entre as expectativas e a realidade' na ilha de Bali, na Indonésia Getty Images via BBC Bali, o famoso paraíso tropical da Indonésia, vem cativando os turistas há muitos anos. Mas também vem deixando cada vez mais pessoas desiludidas, como aconteceu recentemente com Zoe Rae. "Desde que aterrissamos em Bali, algo parecia estar errado", conta ela, em um vídeo gravado em julho no seu quarto de hotel e publicado no YouTube. "Viemos para Bali com muitas expectativas porque havíamos visto todos se divertindo nas redes sociais. Mas, se você tirar uma foto da cafeteria e afastar o zoom, verá qual é a realidade." 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Viajantes indicam os 10 lugares mais românticos do mundo Rae não descreveu a realidade que ela observou, nem respondeu às perguntas encaminhadas pela BBC antes da publicação desta reportagem. Mas o que ela encontrou foi suficientemente inquietante para que ela reservasse um voo de última hora para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para continuar ali a comemoração do seu aniversário de casamento. E não é preciso ir muito longe para encontrar pistas. No auge do turismo, os congestionamentos em Bali aumentaram Getty Images via BBC As redes sociais estão repletas de publicações sobre "expectativas vs. realidade" em Bali. São imagens de pessoas comendo em um restaurante junto à praia, observando o pôr do sol. Ao lado delas, pilhas de lixo se espalham ao longo das frágeis escadas que levam para o local. Em outra foto, uma pose de biquíni em frente a uma cascata, enquanto uma enorme fila de turistas espera sua vez, sobre rochas escorregadias. Ou smoothies ao ar livre, com canudos de bambu, ao lado de motocicletas soltando fumaça, sem conseguir andar nas ruas congestionadas. Milhões de pessoas viajam para Bali todos os anos, em busca do Shangri-lá espiritual prometido no livro e no filme Comer, Rezar, Amar (2010). Mas o que elas encontram são multidões, trânsito e o barulho das obras, que se intensificaram com o auge do turismo, após a pandemia de covid-19. A poluição com plástico é um problema sério em determinadas praias de Bali Getty Images via BBC A crescente tensão na ilha provocou muitas queixas e gestos de incredulidade. Mas, em setembro, os acontecimentos tomaram um rumo sombrio. Mais de uma dezena de pessoas morreram em inundações incomuns na ilha. As autoridades afirmam que a má gestão dos resíduos e o desenvolvimento urbano descontrolado agravaram a situação. Desde então, o governo local anunciou que irá restringir as novas construções. Mas muitos consideram que essas medidas são insuficientes e chegaram tarde demais. Como Bali chegou a esta situação, depois de ter sido considerada por décadas o "último paraíso"? LEIA MAIS: Comissária da Emirates viraliza ao revelar salário e mostrar apartamento Saiba por que os trens não têm cinto de segurança? Comissária da Emirates viraliza no TikTok ao revelar quanto ganha e benefícios que recebe #Bali no Instagram Aventureiros ocidentais visitam Bali desde o início do século 20. A ilha era considerada um local exótico e afastado, que abrigava templos hindus e campos de arroz. Em Bali, existe profunda espiritualidade e respeito pela natureza. Macacos, vacas e pássaros possuem significado sagrado. Os moradores locais acreditam que as grandes árvores antigas abrigam espíritos e que o monte Batur, um vulcão popular e ideal para caminhadas, é protegido por uma deusa. Bali foi "um dos primeiros lugares onde se falou de utopia, grande beleza e cultura", afirma a escritora de viagens Gisela Williams. Ela mora em Berlim, na Alemanha, e visita a ilha desde os anos 1990. "A cultura hindu balinesa foi quem criou este mito local", destaca ela. Na última década, o turismo em Bali disparou, passando de 3,8 milhões de visitantes em 2014 para 6,3 milhões, no ano passado. Em 2025, a ilha aparentemente baterá um novo recorde. Bali está a caminho de receber mais de sete milhões de turistas estrangeiros. Mais do que pelas suas tradições únicas e seus locais idílicos, a ilha atualmente é mais conhecida pelos seus clubes de praia e casas de surfe. É fácil conseguir álcool e o uso de menos roupa é mais aceitável em Bali do que no restante da Indonésia, o maior país muçulmano do mundo. E a maioria dos visitantes também quer mergulhar nos luxuosos hotéis, pousadas e spas da ilha. "Muitos ocidentais realmente aproveitam a acessibilidade de um estilo de vida de luxo", segundo Williams. "Desde que as redes sociais tomaram o controle, elas se tornaram uma forma muito superficial de compreender um lugar... Você vê apenas uma foto e viaja em seguida." Na década de 1990, os turistas visitavam Bali, atraídos pelas tradições únicas da ilha Getty Images via BBC A desilusão de Zoe Rae com a realidade que encontrou em Bali questiona a imagem idealizada de muitos visitantes ocasionais. Em resposta à sua publicação, a criadora de conteúdo britânica Hollie Marie, que mora em Bali, alertou em um vídeo no TikTok que "simplesmente pesquisar Bali no Instagram trará uma realidade distorcida da ilha em si". "O problema em Bali é que as pessoas vêm para cá e ficam apenas em certas regiões porque querem ver cafeterias bonitas e visitar lugares instagramáveis", explica Marie à BBC. "E esquecem que Bali é uma ilha culturalmente muito rica." As pessoas que vivem ali, ou exploraram além dos lugares mais óbvios, irão dizer que a beleza natural de Bali está viva e radiante, desde o avistamento de golfinhos e explorações submarinas até a exuberante paisagem do norte da ilha, mais tranquilo. Bali é "muito, muito mais" do que os "lugares de festa" que os turistas costumam visitar, segundo Canny Claudya. Ela se mudou da capital da Indonésia, Jacarta, para Bali. "Se você acha que Bali está superlotada, é porque não está nos lugares adequados." Os clubes de praia são um grande atrativo da ilha, com suas impressionantes vistas do entardecer Getty Images via BBC 'Deteriorando-se dia após dia' Ainda assim, os moradores locais afirmam que sua ilha mudou, sem dúvida, devido às exigências do turismo. E, quando ouvem queixas de que aquele não é o paraíso que os visitantes esperavam, alguns destacam a ironia desses comentários. "Quando os turistas dizem que estão decepcionados porque Bali está mais concorrida, eles também fazem parte dessa multidão", afirma o pesquisador balinês I Made Vikannanda. Ele defende a proteção da natureza e da população da ilha. "É como quando estamos em um engarrafamento e nos perguntamos: 'Por que há tanto tráfego?'", exemplifica ele. "Mas nós estamos em um carro. Somos nós que dirigimos o carro, somos nós que provocamos o tráfego." Ni Kadek Sintya, de 22 anos, recorda uma época em que costumava percorrer na sua scooter as tranquilas estradas de Canggu, no litoral sudoeste da ilha, passando pelos arrozais onde parava para comer. Cinco anos depois, Canggu sofre com alguns dos maiores congestionamentos de Bali. O trajeto de Sintya até seu trabalho, em um resort, é repleto de pousadas e cafeterias. As buzinas de motoristas impacientes a acompanham por todo o caminho. "Não me dou ao trabalho de parar, muito menos descansar ali", ela conta. "Agora, sempre que passo pelo lugar onde costumava me sentar, sinto uma grande tristeza. Sinto que Bali está se deteriorando dia após dia." As estreitas estradas de Canggu, no sudoeste de Bali, que atravessavam campos de arroz, agora estão repletas de construções Ade Mardiyati via BBC À medida que o turismo aumenta, os hotéis, cafeterias e bares vão se expandindo a partir do congestionado sul da ilha. O último destino da moda é Canggu, antes uma tranquila vila de pescadores que passou a atrair surfistas de todo o mundo. Canggu segue os passos de outros locais da ilha, como Uluwatu e Seminyak, que eram tranquilos, mas se transformaram à medida que os turistas buscam novas "joias ocultas". Esta migração fez com que cafeterias da moda, academias e espaços de co-working surgissem ao longo de estreitas rodovias rurais. Pererenan, no norte de Bali, vem sendo aclamada como um Canggu mais tranquilo. E, ainda mais ao norte, nas florestas de Ubud, complexos turísticos são anunciados como santuários para escapar do rebuliço do sul. "É uma verdadeira encruzilhada", segundo Marie. "De um lado, sempre é bom incentivar as pessoas a visitar diferentes regiões... mas acredito que isso também traz um risco, pois animará as pessoas a construir em todo e qualquer lugar." "As pessoas cuidam de Bali meio que como se fosse um parque de diversões", lamenta ela. Os complexos turísticos das florestas do norte de Bali são anunciados como refúgios para escapar do rebuliço do sul da ilha Getty Images via BBC Não passa um mês sem que turistas mal comportados apareçam nas manchetes da imprensa. Eles se envolvem em acidentes graves dirigindo motos embriagados ou sem capacete. Há casos de estrangeiros deportados por andar nus em locais sagrados e outros enfrentam problemas causados por brigas sob o efeito do álcool. Somam-se às recentes tensões os milhares de cidadãos russos e ucranianos que se instalaram em Bali para fugir da guerra. O diretor da Agência Nacional de Narcóticos da Indonésia alertou recentemente sobre o problema cada vez maior causado pelos russos e ucranianos dedicados a atividades criminosas em Bali. Como muitas outras pessoas em Bali, Ni Kadek Sintya depende do turismo para ganhar a vida Ade Mardiyati via BBC Limpeza O ressentimento local vem se agravando e os justiceiros das redes sociais denunciam publicamente os turistas que se comportam mal. Mas os balineses mantêm sua hospitalidade mundialmente famosa. "Muitos turistas pensam que, como são eles que gastam dinheiro na nossa ilha, nós, moradores locais, deveríamos aceitar tudo o que eles fazem", segundo Sintya. Como muitas outras pessoas da sua geração, ela hoje depende da estabilidade proporcionada pela sua carreira no setor turístico. "Eu me sinto em uma armadilha porque vivemos do turismo", descreve ela. "Se deixarmos de receber turistas, vamos viver do quê?" No mês passado, ocorreram as piores inundações verificadas em Bali em uma década, destacando o problema da gestão de resíduos na ilha Getty Images via BBC Apesar do "crescimento descontrolado" do turismo, Vikannanda acredita que "o desenvolvimento de Bali e a harmonia com a natureza ainda podem ser mantidos". "Continuo otimista, especialmente com a participação dos jovens", afirma ele. De fato, empresas e ativistas colocaram em marcha iniciativas para incentivar o desenvolvimento sustentável — desde a educação sobre a gestão de resíduos até a limpeza das praias. As autoridades, criticadas por não regulamentar suficientemente o turismo, também estão tentando limpar a ilha. No início deste ano, Bali proibiu os plásticos descartáveis e publicou diretrizes de comportamento para os visitantes. O objetivo é "garantir que o turismo em Bali continue sendo respeitoso, sustentável e em harmonia com nossos valores locais". A polícia foi destacada para as regiões mais populares, para garantir que os visitantes cumpram as normas. "O governo indonésio finalmente compreendeu que Bali também é um bem natural, não apenas um mercado turístico a ser explorado", explica à BBC Maria Shollenbarger, editora de viagens da revista How To Spend It, do jornal britânico Financial Times. "Bali, em muitos sentidos, é uma prova de fogo para o turismo excessivo", afirma ela. "Mas, independentemente do lugar do mundo aonde você for, acredito que é importante que as pessoas tenham em mente que é sua responsabilidade, como turista, comportar-se no destino de forma responsável." Bali Unsplash/arty

Saiba quanto custa o dispositivo que diz se seu cocô está saudável


Análise do cocô: novo dispositivo 'lê' suas fezes e pode ajudar na detecção de doenças 💩 Uma empresa dos Estados Unidos lançou um dispositivo inteligente que promete analisar a saúde do cocô do usuário. O Dekoda, criado pela Kohler Health, fica acoplado ao vaso sanitário e envia para um aplicativo informações sobre o estado de saúde da pessoa. Por enquanto, o equipamento está à venda apenas nos Estados Unidos por US$ 599 (cerca de R$ 3,2 mil na cotação atual). O Dekoda tem sensores e usa algoritmos para fornecer dados sobre nível de hidratação, saúde intestinal e detecção de sangue nas fezes. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Dekoda, dispositivo criado pela Kohler Health para analisar as fezes da pessoa. Divulgação/Dekoda "Ao estabelecer linhas de base pessoais e acompanhar tendências ao longo do tempo, o Dekoda ajuda as pessoas a tomar decisões baseadas em dados e a criar hábitos mais saudáveis", explica a Kohler Health. A companhia informa ainda que o dispositivo foi projetado para se adaptar à maioria dos vasos sanitários. No entanto, avisa que ele pode não funcionar bem em banheiros muito escuros, já que a falta de luz pode atrapalhar os sensores na hora de fazer a leitura. Na parte de segurança, o proprietário pode cadastrar outros moradores da casa, para que o Dekoda analise o cocô de mais de uma pessoa. Para ajudar na identificação de cada usuário, o aparelho vem com um leitor de impressão digital. Leitor de digital do equipamento Dekoda. Divulgação/Dekoda A Kohler Health afirma que os dados são criptografados de ponta a ponta, o que significa que nem a própria empresa tem acesso às informações dos usuários coletadas pelo equipamento. O dispositivo funciona com bateria, que precisa ser removida periodicamente para recarga. Segundo a empresa, não é necessário desacoplar o aparelho do vaso toda vez que ele precisar ser carregado — basta remover a bateria do equipamento. Os interessados, além de desembolsar US$ 599, também precisam fazer uma assinatura vinculada ao aplicativo para ter acesso a todos os dados. Usuários individuais pagam US$ 7 (cerca de R$ 38) por mês ou US$ 70 (R$ 377) por ano. Também há um plano familiar, que permite cadastrar até cinco pessoas, por US$ 13 (R$ 70) mensais ou US$ 130 (R$ 700) anuais. LEIA TAMBÉM: Como é viver nas cidades com tecnologia mais avançada do mundo Pane na Amazon 'enlouqueceu' camas inteligentes na madrugada Selo de ligação segura para combater robocalls só vai aparecer em alguns sistemas operacionais Equipamento é conectado a um app que pode exibir informações da sua saúde. Divulgação/Dekoda Torres com câmeras se espalham e levantam alerta sobre privacidade Data centers de IA podem consumir energia equivalente à de milhões de casas Como criar uma senha forte, difícil de ser violada, e proteger suas contas

Usina nuclear vai ser reativada nos EUA para alimentar IA do Google; projeto deve custar US$ 1,6 bi, diz jornal


Data centers de IA podem consumir energia equivalente à de milhões de casas A NextEra Energy, uma das maiores empresas de energia dos EUA, anunciou nesta segunda-feira (27) que vai reativar uma usina nuclear para ajudar a suprir, principalmente, a demanda de energia dos projetos de inteligência artificial (IA) do Google. A usina é a Duane Arnold Energy Center, localizada no estado de Iowa (EUA). Ela funcionou por 45 anos e está fechada desde 2020. A previsão é que ela volte a operar em 2029. O Google assinou com a NextEra um contrato de 25 anos para compra de energia da usina. Segundo a companhia de energia, o acordo comercial com o Google é o que viabiliza o investimento necessário para reabrir a planta. De acordo com o Financial Times, o custo do projeto pode superar US$ 1,6 bilhão. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "A parceria serve como modelo para os investimentos necessários em todo o país para ampliar a capacidade energética e fornecer energia limpa e confiável, sem comprometer a acessibilidade e com geração de empregos que impulsionarão a economia movida por IA”, disse Ruth Porat, presidente e diretora de investimentos da Alphabet e do Google. O Google também informou que pretende explorar novas oportunidades de geração nuclear com a NextEra, diante do aumento na demanda por eletricidade causado pela expansão da IA. Veja mais: Como pane em apenas um data center da Amazon causou apagão global Como funciona um data center? E por que ele pode consumir tanta energia e água? Inteligência artificial e o 'renascimento' da energia nuclear NextEra Energy é uma das maiores companhias de energia elétrica dos EUA REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo O avanço da inteligência artificial vem aumentando de forma significativa a demanda por eletricidade. Em abril, a Agência Internacional de Energia (AIE) estimou que o consumo de energia dos data centers deve dobrar até 2030, segundo a AFP. Nesse cenário, empresas de tecnologia buscam fontes estáveis e com baixa emissão de carbono, impulsionando o interesse pela energia nuclear, segundo a Reuters. Em 2023, a Microsoft assinou um contrato semelhante com a Constellation Energy, que deve permitir a reabertura da usina de Three Mile Island, na Pensilvânia (EUA), em 2028, segundo o Financial Times. Segundo o portal, a energia nuclear tem vivido um “renascimento” nos últimos anos. O jornal lembra que, após o desastre de Fukushima, em 2011, no Japão, e com o avanço do gás de xisto, uma alternativa mais barata, esse tipo de energia entrou em declínio. Agora, a busca das empresas de tecnologia por energia limpa e constante reacende o interesse no setor. Especialistas ouvidos pelo Financial Times alertam, no entanto, que reativar usinas nucleares exige cautela, e que qualquer tentativa de reabrir plantas desativadas deve seguir rigorosos padrões de segurança e regulação para evitar riscos ambientais e operacionais. Especialistas ouvidos pelo Financial Times alertam que reativar usinas nucleares exige cautela, e que qualquer reabertura deve seguir rigorosos padrões de segurança e regulação para evitar riscos ambientais e operacionais. Veja mais: Por que empresas de tecnologia estão recorrendo à energia nuclear em projetos de IA Nuvem da Amazon cai e derruba serviços no mundo todo

Amazon mira demissão de até 30 mil funcionários, diz agência


Logo da Amazon, gigante da tecnologia. REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo A Amazon está planejando cortar até 30 mil empregos corporativos a partir desta terça-feira (27). A informação foi repassada à Reuters por três fontes familiarizadas com o assunto. Os cortes ocorreriam em meio ao trabalho da empresa para reduzir despesas e compensar contratações ocorridas no pico de demanda gerada pela pandemia. Ainda não há detalhes sobre o número total de demitidos ou os países que serão afetados pelos cortes (Veja mais detalhes abaixo). O número representa uma pequena porcentagem do total de 1,55 milhão de trabalhadores da Amazon, mas quase 10% dos cerca de 350 mil funcionários corporativos da empresa. Se confirmadas, serão as maiores demissões da empresa desde o final de 2022, quando 27 mil pessoas foram dispensadas. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 Questionada pela Reuters, a Amazon não comentou. Nos últimos dois anos, a Amazon já havia feito cortes menores em áreas como dispositivos, comunicações e podcasting. As demissões desta semana devem atingir vários setores, incluindo recursos humanos, dispositivos, serviços e operações, segundo as fontes. Gerentes das áreas afetadas receberam treinamento na segunda-feira (26) sobre como conduzir as conversas com os funcionários. As notificações devem começar a ser enviadas por e-mail na manhã de terça. O presidente da Amazon, Andy Jassy, vem tentando reduzir o que chama de “excesso de burocracia” na empresa, inclusive cortando o número de gerentes. Ele também criou uma linha anônima para identificar falhas internas, que recebeu 1.500 mensagens e resultou em 450 mudanças de processos, segundo ele. Em junho, Jassy afirmou que o uso crescente de ferramentas de inteligência artificial deve levar a novas demissões, motivadas principalmente por meio da automação de tarefas repetitivas e rotineiras. "Esta última medida sinaliza que a Amazon está obtendo ganhos de produtividade nas equipes corporativas, impulsionados pela IA, que são suficientes para sustentar uma redução substancial na força de trabalho", disse Sky Canaves, analista da eMarketer. "A Amazon também está sob pressão, no curto prazo, para compensar os investimentos de longo prazo na construção de sua infraestrutura de IA." Ainda não há clareza sobre o número total ou mais detalhes das demissões. Segundo as fontes, o número pode mudar conforme as prioridades financeiras da empresa. A revista Fortune informou, no último dia 14, que a área de recursos humanos pode perder cerca de 15% do quadro. Segundo o site Layoffs.fyi, que monitora cortes no setor de tecnologia, 216 empresas já demitiram cerca de 98 mil pessoas em 2025. Em todo o ano de 2024, foram 153 mil. A Amazon Web Services (AWS), divisão de computação em nuvem e principal fonte de lucro da empresa, registrou vendas de US$ 30,9 bilhões no segundo trimestre. O resultado ficou abaixo dos concorrentes Microsoft Azure e Google Cloud, que cresceram 39% e 32%, respectivamente. As projeções indicam que a AWS deve registrar aumento de 18% nas vendas do terceiro trimestre, chegando a US$ 32 bilhões — ligeiramente abaixo do crescimento de 19% no ano passado. A empresa ainda se recupera de uma pane de internet de 15 horas na semana passada, que afetou serviços no mundo todo, inclusive no Brasil. A Amazon espera mais uma temporada forte de vendas de fim de ano. A empresa deve abrir 250 mil vagas temporárias para reforçar as equipes de armazém, mesmo volume dos dois últimos anos. As ações da Amazon subiram 1,3% nesta segunda-feira (26), fechando a US$ 227,11. A empresa deve divulgar os resultados do terceiro trimestre na quinta-feira (30).

EUA fecham acordo de US$ 1 bilhão para criar supercomputadores de pesquisa


Data center em Indiana, nos Estados Unidos Divulgação/Meta O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (27) uma parceria de US$ 1 bilhão com a fabricante de processadores AMD para desenvolver supercomputadores voltados à pesquisa científica. Os equipamentos serão usados em pesquisas como energia nuclear, tratamentos de câncer e segurança nacional, informaram à Reuters o secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, e a presidente-executiva da AMD, Lisa Su. O objetivo é garantir que o país tenha supercomputadores potentes o bastante para realizar experimentos científicos cada vez mais complexos, que demandam alto poder de processamento de dados. As máquinas podem acelerar descobertas científicas nas principais áreas de interesse dos EUA. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 Segundo o secretário de Energia, os supercomputadores devem impulsionar avanços em energia nuclear e de fusão, em tecnologias de defesa e no desenvolvimento de novos medicamentos. A fusão nuclear, reação que ocorre no Sol, é estudada por cientistas e empresas que tentam reproduzir o processo na Terra ao colidir átomos leves em um gás de plasma sob calor e pressão extremos. "Fizemos grandes progressos, mas os plasmas são instáveis e precisamos recriar o centro do Sol na Terra", disse Wright à Reuters. Segundo ele, a inteligência artificial desses sistemas deve acelerar o progresso da pesquisa e pode levar a avanços práticos na geração de energia por fusão nos próximos dois ou três anos. LEIA MAIS: Análise do cocô: dispositivo 'lê' suas fezes e pode ajudar na detecção de doenças Como é viver nas cidades com tecnologia mais avançada do mundo Novo supercomputador revoluciona previsão do tempo no Brasil O secretário de Energia afirmou ainda que os supercomputadores vão auxiliar na gestão do arsenal nuclear americano e acelerar a descoberta de medicamentos por meio de simulações de formas de tratar o câncer até o nível molecular. "Minha esperança é que nos próximos cinco ou oito anos, transformaremos a maioria dos cânceres, muitos dos quais hoje são sentenças de morte definitivas, em condições controláveis", disse Wright. 'Velocidade e agilidade' O primeiro supercomputador, chamado Lux, deve ser concluído e começar a operar em até seis meses. Ele será baseado nos chips de inteligência artificial MI355X da AMD e contará também com processadores e chips de rede da empresa. O projeto é desenvolvido em parceria com a Hewlett Packard Enterprise (HPE), a Oracle Cloud Infrastructure e o Laboratório Nacional de Oak Ridge (ORNL). A presidente da AMD disse que a implantação do Lux foi a mais rápida que ela já viu de um computador desse porte. "Essa é a velocidade e a agilidade que queríamos (fazer) para os esforços de IA dos EUA", disse Lisa Su. Segundo Stephen Streiffer, diretor do ORNL, o Lux terá capacidade de inteligência artificial até três vezes maior que a dos supercomputadores atuais. O segundo supercomputador, batizado de Discovery, tem previsão de entrega para 2028 início de operações em 2029. Ele usará chips de IA da série MI430, otimizados para alto desempenho. O projeto será desenvolvido pelo ORNL, pela HPE e pela AMD. Segundo o Departamento de Energia, os computadores ficarão hospedados em suas instalações. As empresas envolvidas fornecerão os equipamentos e os investimentos, e ambas as partes vão compartilhar o poder de computação. Os dois supercomputadores devem ser os primeiros de uma série de parcerias entre o governo e o setor privado para desenvolver novas tecnologias de alto desempenho, acrescentou o órgão.

domingo, 26 de outubro de 2025

Android e iPhone têm recursos contra ligações insistentes e golpes telefônicos; veja como ativar


Ligações de números parecidos: entenda como as chamadas adulteradas são feitas Ligações insistentes como as que são feitas por números parecidos com o seu ou que ficam mudas são comuns para boa parte dos brasileiros. É possível adotar medidas que permitem ao menos reduzir a quantidade de chamadas desse tipo. A solução para esse problema é o Origem Verificada, sistema de autenticação de chamadas que está sendo implementado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ele visa combater fraudes e golpes por meio de "spoofing numérico", isto é, a adulteração de ligações. A partir de 17 de novembro, empresas que fazem mais de 500 mil ligações por mês deverão exibir na tela do celular um selo de verificação (✅) indicando que o número é legítimo. Esse processo só será exigido para todas as ligações a partir de 2028. Enquanto o sistema não é adotado por completo, algumas medidas podem ajudar a reduzir o volume de chamadas indesejadas. Como diminuir ligações indesejadas Uma das saídas é aderir ao "Não Me Perturbe", que acaba com ligações de operadoras de telefonia e bancos legítimos. O serviço está disponível em www.naomeperturbe.com.br, mas não impede ligações de golpistas e de empresas de outros setores. 'Não Me Perturbe' não funciona? Por que pessoas recebem ligações de telemarketing Alguns celulares Android contam com recursos que identificam e bloqueiam boa parte das chamadas suspeitas. Esse tipo de ferramenta costuma ser encontrada ao acessar a página de Configurações e pesquisar por "Proteção ID" ou "Spam". O iPhone também conta com o recurso "Perguntar motivo da ligação", que faz todas as chamadas serem atendidas automaticamente por um robô (saiba mais aqui). Uma alternativa é baixar aplicativos de identificação de chamadas como o Whoscall e o Truecaller, que podem mostrar quem realmente está ligando e bloquear chamadas. Os serviços podem cobrar por recursos avançados. Em último caso, a saída é bloquear chamadas de números desconhecidos, o que acaba com o problema, mas pode fazer você perder ligações realmente importantes. A Anatel também orienta consumidores a registrar reclamações caso o problema não seja resolvido. A denúncia pode ser feita neste link. Como funcionam as chamadas adulteradas O "spoofing numérico" é uma técnica que altera o número de origem da ligação, fazendo parecer que ela vem de um celular comum, geralmente com os mesmos dígitos iniciais do número da vítima. A adulteração é feita por meio de servidores VoIP, programas que conectam chamadas à rede telefônica pela internet e permitem mudar o número exibido. Embora o VoIP tenha uso legítimo por empresas que precisam administrar muitos ramais, ele também é explorado para aplicar golpes e mascarar ligações automáticas. Alguns desses programas permitem alterar os metadados da ligação, incluindo o CallerID, responsável por mostrar o número de quem liga. Histórico de ligações de números parecidos Reprodução Em alguns casos, as ligações podem ficar mudas, indicando que ela foi uma chamada descartada de call centers ou que serviu para verificar se o seu número está ativo. "As ligações mudas são normalmente feitas através de sistemas de telemarketing. A ligação é completada, mas os atendentes não têm tempo de pegar. Então, acaba ficando mudo", explicou Wanderson Castilho. "Também pode ser para ver as linhas ativas e ter um banco de dados mais certeiro, seja para fazer golpe ou vender algo". Por que recebemos ligações mudas que desligam sozinhas – e como evitá-las Como é uma ligação de número autenticado no Android g1/Thalita Ferraz

sábado, 25 de outubro de 2025

Mais de 60 países, incluindo o Brasil, assinam tratado da ONU contra cibercrime criticado por ONGs


Mais de 60 países assinaram neste sábado (25), no Vietnã, um tratado da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o cibercrime, apesar da oposição de empresas de tecnologia e organizações de direitos humanos que alertam para o aumento da vigilância estatal. A adoção da convenção pelo Brasil foi assinada pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. O novo marco jurídico mundial tem como objetivo reforçar a cooperação internacional no combate aos crimes digitais, que vão desde a pornografia infantil até as fraudes cibernéticas transnacionais e a lavagem de dinheiro. O acordo entrará em vigor assim que for ratificado pelos Estados que o assinaram neste sábado. O secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou a assinatura como um "marco importante", mas destacou que era "apenas o começo". Veja os vídeos em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1 "Todos os dias, golpes sofisticados destroem famílias, roubam migrantes e drenam bilhões de dólares de nossa economia... Precisamos de uma resposta global forte e conectada", disse ele na cerimônia de abertura realizada em Hanói, capital vietnamita. “Ao permitir a troca de provas eletrônicas, a convenção constituirá importante instrumento de cooperação internacional para fortalecer o combate a crimes e a proteção às vítimas”, informou também a PF, em nota. A Convenção das Nações Unidas contra o Cibercrime foi proposta pela primeira vez por diplomatas russos em 2017 e aprovada por consenso no ano passado, após longas negociações. Críticos afirmam que a redação ampla do texto pode abrir espaço para abusos de poder e permitir a repressão transnacional de opositores de governos. "Ao longo da negociação do tratado, surgiram várias preocupações sobre como ele acabará obrigando as empresas a compartilhar dados", afirmou Sabhanaz Rashid Diya, fundadora do grupo de especialistas Tech Global Institute. "É quase como dar aval a uma prática muito problemática que tem sido usada contra jornalistas e em países autoritários", disse ela à AFP. Salvaguardas "fracas" O governo do Vietnã afirmou nesta semana que 60 países haviam se inscrito para a assinatura oficial, sem revelar quais. Mas é provável que a lista não se limite a Rússia, China e seus aliados. "O cibercrime é um problema real em todo o mundo", afirmou Diya. "Acho que todos estão lidando com isso". A indústria de golpes online, por exemplo, disparou nos últimos anos no Sudeste Asiático, com milhares de criminosos envolvidos e vítimas em todo o mundo que perderam bilhões. "Mesmo os Estados mais democráticos precisam de certo grau de acesso a dados que não obtêm com os mecanismos atuais", acrescentou a especialista. Os países democráticos poderiam descrever a convenção da ONU como um "documento de compromisso", já que ela inclui algumas disposições sobre direitos humanos, acrescentou. No entanto, essas salvaguardas foram classificadas como "fracas" em uma carta assinada por mais de uma dezena de grupos de direitos humanos e outras organizações. Setor tecnológico As grandes empresas de tecnologia também expressaram preocupação. A delegação do Acordo Tecnológico sobre Cibersegurança nas negociações do tratado - que representa mais de 160 empresas, entre elas Meta, Dell e a indiana Infosys, não compareceu a Hanói, afirmou o chefe do grupo, Nick Ashton-Hart. Entre outras objeções, essas empresas alertaram anteriormente que a convenção poderia criminalizar pesquisadores de cibersegurança e "permitir que os Estados cooperem em praticamente qualquer ato criminoso que escolherem". O possível excesso de poder das autoridades representa "graves riscos para os sistemas informáticos corporativos dos quais dependem bilhões de pessoas todos os dias", afirmaram durante o processo de negociação. Por outro lado, um acordo internacional já existente, a Convenção de Budapeste sobre o Cibercrime, inclui diretrizes para que seja usado de forma "respeitosa aos direitos", segundo Ashton-Hart. O local escolhido para a assinatura também gerou desconfiança, devido ao histórico de repressão à dissidência no Vietnã. "As autoridades vietnamitas costumam usar as leis para censurar e silenciar qualquer expressão online de opiniões críticas aos líderes políticos do país", afirmou Deborah Brown, da Human Rights Watch. A cibersegurança continua sendo uma preocupação crescente, e entender as ameaças emergentes é essencial para garantir a proteção dos sistemas. Freepik

Mouse 'espião' pode ser usado para gravar conversas, diz pesquisa; entenda como isso acontece


Pessoa usando mouse de computador Jeswin Thomas/Unsplash Mouses podem ser usados por hackers para gravar tudo o que você diz perto do computador sem nem mesmo precisar de um microfone, apontou uma pesquisa da Universidade da Califórnia, em Irvine. Segundo o estudo, mouses mais avançados podem captar vibrações emitidas pela fala por meio de seus sensores ópticos e transmiti-las para terceiros, que converteriam o material em áudio. Sensores ópticos de mouses são usados para movimentar o ponteiro na tela, mas, neste caso, seriam usados como um espião capaz de ouvir conversas particulares. Hacker poderiam usá-los para captar informações confidenciais de empresas ou chantagear pessoas, por exemplo. Batizada de Mic-E-Mouse (em trocadilho com o personagem Mickey Mouse), a técnica foi aplicada em laboratório. Não há referências de que ataques desse tipo tenham sido realizados na prática. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 Como o WhatsApp Web virou porta de entrada para ataque hacker com foco no Brasil Ligações de números parecidos: como são feitas as chamadas adulteradas que irritam usuários Torres de vigilância em prédios monitoram todos, mas levantam dúvidas sobre uso dos dados "Sinais de áudio podem induzir vibrações sutis na superfície que são detectáveis pelo sensor óptico do mouse", diz a pesquisa. "Nossos resultados demonstram uma precisão de reconhecimento de fala de aproximadamente 42% a 61%". Os pesquisadores apontaram que hackers poderiam ouvir o que foi dito se fizessem o mouse transmitir sinais coletados e, depois, realizassem a limpeza do sinal e a conversão para áudio. Mas eles destacam que os resultados são melhores nas condições ideais, o que nem sempre pode ser reproduzido na vida real. Para funcionar como um espião, o mouse precisa: ter taxa de atualização a partir de 8 kHz (ou 8.000 Hz), isto é, comunicar sua movimentação para o computador na frequência de 8 mil vezes por segundo; ter sensor de pelo menos 20.000 DPI (pontos por polegada), que mede quantos pixels o ponteiro se desloca a cada polegada física que o mouse é movimentado – quanto mais DPIs, mais sensível o mouse é a movimentos; estar em superfícies que permitam a propagação de sinais de áudio, como mesas de madeira até 3 cm de espessura; estar parado ou com movimento mínimo, para que a captura do sensor não tenha interferências; transmitir dados para programas que fazem registros da movimentação do mouse e que poderiam ser controlados por hackers. Os mouses que podem ser alvo desse ataque são voltados para games e custam a partir de R$ 200 no Brasil. Além disso, a conversa gravada pelo dispositivo deve ter um volume adequado, de 60 a 80 decibéis, o que cobre conversas típicas no escritório ou em casa. Ataque exige tratamento de áudio Ainda segundo pesquisadores, a vibração captada pelo mouse tem baixa qualidade. Para resolver isso, hackers precisariam filtrar os sinais e convertê-los de volta em ondas sonoras. "Os ruídos têm características específicas, estão em outras frequências. Há filtros que eliminam frequências mais baixas e mais altas, tiram o chiado e ficam com os picos [de ondas sonoras]", explicou Guilherme Neves, professor de cibersegurança da faculdade Ibmec. "Esse pico é colocado em um algoritmo e será interpretado como um fonema, isto é, alguma coisa que a pessoa está falando". Os pesquisadores da Universidade da Califórnia apontaram que a possibilidade de um ataque por meio do mouse é um exemplo de como a disseminação de dispositivos de alta qualidade e baixo custo é boa para usuários, mas pode trazer riscos. "Câmeras, relógios inteligentes, carros e um mundo de sensores e dispositivos mandam informações para a nuvem e podem ser subvertidos para vazar dados. Há muitos pontos de vulnerabilidade", disse Cleórbete Santos, professor de Computação da Universidade Presbiteriana Mackenzie. "Quanto mais dispositivos colocamos ao nosso redor, mais estamos aumentando a superfície de ataque e mais poderemos ser atacados", afirmou. Ligações de números parecidos: entenda como as chamadas adulteradas são feitas

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Análise do cocô: novo dispositivo 'lê' suas fezes e pode ajudar na detecção de doenças


Análise do cocô: novo dispositivo 'lê' suas fezes e pode ajudar na detecção de doenças 💩 Uma empresa dos Estados Unidos lançou um dispositivo inteligente que promete analisar a saúde do cocô do usuário. O Dekoda, criado pela Kohler Health, fica acoplado ao vaso sanitário e envia para um aplicativo informações sobre o estado de saúde da pessoa. Por enquanto, o equipamento está à venda apenas nos Estados Unidos por US$ 599 (cerca de R$ 3,2 mil na cotação atual). O Dekoda tem sensores e usa algoritmos para fornecer dados sobre nível de hidratação, saúde intestinal e detecção de sangue nas fezes. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Dekoda, dispositivo criado pela Kohler Health para analisar as fezes da pessoa. Divulgação/Dekoda "Ao estabelecer linhas de base pessoais e acompanhar tendências ao longo do tempo, o Dekoda ajuda as pessoas a tomar decisões baseadas em dados e a criar hábitos mais saudáveis", explica a Kohler Health. A companhia informa ainda que o dispositivo foi projetado para se adaptar à maioria dos vasos sanitários. No entanto, avisa que ele pode não funcionar bem em banheiros muito escuros, já que a falta de luz pode atrapalhar os sensores na hora de fazer a leitura. Na parte de segurança, o proprietário pode cadastrar outros moradores da casa, para que o Dekoda analise o cocô de mais de uma pessoa. Para ajudar na identificação de cada usuário, o aparelho vem com um leitor de impressão digital. Leitor de digital do equipamento Dekoda. Divulgação/Dekoda A Kohler Health afirma que os dados são criptografados de ponta a ponta, o que significa que nem a própria empresa tem acesso às informações dos usuários coletadas pelo equipamento. O dispositivo funciona com bateria, que precisa ser removida periodicamente para recarga. Segundo a empresa, não é necessário desacoplar o aparelho do vaso toda vez que ele precisar ser carregado — basta remover a bateria do equipamento. Os interessados, além de desembolsar US$ 599, também precisam fazer uma assinatura vinculada ao aplicativo para ter acesso a todos os dados. Usuários individuais pagam US$ 7 (cerca de R$ 38) por mês ou US$ 70 (R$ 377) por ano. Também há um plano familiar, que permite cadastrar até cinco pessoas, por US$ 13 (R$ 70) mensais ou US$ 130 (R$ 700) anuais. LEIA TAMBÉM: Como é viver nas cidades com tecnologia mais avançada do mundo Pane na Amazon 'enlouqueceu' camas inteligentes na madrugada Selo de ligação segura para combater robocalls só vai aparecer em alguns sistemas operacionais Equipamento é conectado a um app que pode exibir informações da sua saúde. Divulgação/Dekoda Torres com câmeras se espalham e levantam alerta sobre privacidade Data centers de IA podem consumir energia equivalente à de milhões de casas Como criar uma senha forte, difícil de ser violada, e proteger suas contas

Como é viver nas cidades com tecnologia mais avançada do mundo


O polo formado pelas cidades de Guangzhou (foto), Hong Kong e Shenzhen, na China, foi considerado o principal polo de inovação do mundo em 2025 Getty Images A inteligência artificial (IA) em rápida ascensão, os carros autônomos e a energia verde estão se tornando o padrão em todo o mundo. As inovações avançam mais rapidamente do que nunca. Novas invenções e suas patentes surgem em países e cidades de todo o mundo, mas alguns lugares se destacam por trazerem mais progresso do que outros. O Índice de Inovação Global 2025 (GII, na sigla em inglês), publicado anualmente pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), classifica os principais países e polos de inovação, com base em diversos critérios. Eles incluem padrões de investimento, progresso tecnológico, índices de adoção das inovações e seu impacto socioeconômico global. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 Coletivamente, os 100 principais polos inovadores — de São Francisco, nos Estados Unidos, até Shenzhen, na China — representam mais de 70% do capital de risco e das patentes globais. Conversamos com moradores dos cinco principais polos de inovação do mundo para descobrir como a tecnologia influencia sua vida diária e como os visitantes podem vivenciar suas ideias inovadoras — muitas vezes, antes que elas cheguem a outras partes do planeta. 1. Shenzhen-Hong Kong-Guangzhou, China A China aparece no top 10 do Índice de Inovação Global pela primeira vez em 2025. Sua ascensão se deve ao aumento do número de patentes, investimento científico e capital de risco no país. A nação asiática abriga 24 dos 100 maiores polos de inovação do relatório e o centro tecnológico de Shenzhen-Hong Kong-Guangzhou, no sul da China, ocupa o primeiro lugar. Nesta região, a tecnologia é interligada à vida diária e a inovação está incorporada à cultura. Jamie River mora em Hong Kong há três anos. Ele conta que você pode visitar um mercado de rua e encontrar vendedores usando QR-codes para pagamento, ao lado de placas com preços manuscritos. E os proprietários de pequenas lojas gerenciam seus pedidos para delivery usando três aplicativos diferentes. "A união do novo com o antigo cria esta estranha energia", explica River. "Ninguém tem medo de testar as coisas." O cartão Octopus foi lançado em Hong Kong em 1997, originalmente como método de pagamento para o transporte público. Agora, é uma solução tecnológica diária de muitas pessoas, que pode ser usada para pagar de tudo, desde máquinas de venda automática até parquímetros. Para vivenciar a inovadora tecnologia de Hong Kong, River recomenda aos visitantes pegar a barca Star Ferry à noite e assistir à Sinfonia das Luzes. A apresentação sincroniza a trilha sonora com luzes, lasers e telas de LED em 43 edifícios. Para observar a integração criativa do novo e do antigo, a antiga delegacia de polícia PMQ, agora, abriga escritórios, lojas e cafeterias. "Você verá oficinas de impressão em 3D ao lado de estúdios de caligrafia tradicional", descreve ele. A deslumbrante Sinfonia das Luzes transforma as noites do Porto de Victoria, em Hong Kong, em uma exibição coreográfica que reúne arte e tecnologia Getty Images Sede de corporações globais da área de tecnologia, como a Huawei e a Tencent, a cidade de Shenzhen se transformou de aldeia de pescadores em força motriz do setor. A mudança foi intencional. Em 1980, o governo chinês escolheu a cidade para ser sua primeira Zona Econômica Especial, oferecendo isenções e incentivos fiscais para estimular a inovação. Seu status como centro de criatividade continuou a crescer depois que Shenzhen foi nomeada Cidade Criativa da Unesco em 2008. Ela recebeu investimentos que financiariam espaços de criação, como o Laboratório Aberto de Inovação de Shenzhen. "Esta estrutura de apoio permite rápido dimensionamento e experimentação", explica Leon Huang, que mora na cidade desde 2008. "Espaços de criação como o OCT Loft e a Sociedade de Design de Shekou são disponíveis para todos, oferecendo ferramentas avançadas a preços acessíveis, incluindo ambientes de realidade virtual." "A variedade de pessoas que frequenta esses espaços, incluindo hobbyistas, estudantes e professionais de empresas de tecnologia como a Huawei e a DJI, contribui para uma atmosfera verdadeiramente inclusiva", segundo Huang. Huang sugere que os visitantes assistam a um dos elaborados shows de drones que ocorrem na Baía do Parque de Talentos de Shenzhen ou durante eventos importantes, como o Festival da Primavera e o Dia Nacional da China. A cidade estabeleceu recentemente o recorde de maior show de drones do mundo, com cerca de 12 mil aparelhos. 2. Tóquio-Yokohama, Japão Em segundo lugar no ranking, o polo de inovação Tóquio-Yokohama produz o maior percentual de depósitos de patentes internacionais do mundo. Ele representa mais de 10% dos depósitos globais. Mas o que atrai os moradores é que a tecnologia e a inovação parecem algo prático, não chamativo. "No Japão, tecnologia não é uma louca imaginação de carros voadores, como todos nós acreditávamos que seria o ano de 2050", afirma Dana Yao. Ela conheceu seu marido em Tóquio e, agora, divide seu tempo entre o Japão e os Estados Unidos. Ela conta que, ali, a tecnologia está no cartão do trem que pode ser usado nos ônibus e nas máquinas de vendas automáticas, além dos sensores de IA das lojas de conveniência, que oferecem autoatendimento e pagamento sem dinheiro. "Você encontra essas inovações pequenas, mas poderosas, em toda parte", ela conta. "É alta tecnologia, mas ainda muito humana e realmente útil." Os visitantes do museu de arte interativo teamLab Planets, em Tóquio, caminham em salas imersivas de luzes, cores e movimento Alamy Os visitantes podem vivenciar esse mundo tecnológico no Henn Na Hotel. Nele, o check-in é totalmente automatizado, alguns dos funcionários são robóticos e "camas inteligentes" ajustam a temperatura de sono ideal. Yao também recomenda viajar no trem autônomo da linha Yurikamome, na baía de Tóquio. "É totalmente automatizado e oferece vistas deslumbrantes da cidade e da Ponte do Arco-Íris", ela conta. E, para uma dose de encanto digital, o museu de arte interativo teamLab Planets oferece uma experiência de arte imersiva na tecnologia. "Salões inteiros reagem aos seus movimentos, luzes e sons", segundo Yao. "É simplesmente incrível." 3. San José-São Francisco, Estados Unidos g1 testa o Waymo, o carro autônomo do Google, nos Estados Unidos Conhecido mundialmente como Vale do Silício, o polo de inovação San José-São Francisco lidera o planeta em termos de capital de risco. Ele gera cerca de 7% de todos os negócios globais. O relatório GII também concluiu que o polo tem a maior concentração de atividade de inovação per capita do mundo. Esta densidade é que continua atraindo empreendedores e fundadores de start-ups, especialmente agora, com o aumento das oportunidades oferecidas pela IA. "Eu nunca quis morar em São Francisco até agora", conta o novo morador da cidade Ritesh Patel, fundador da empresa Ticket Fairy. "É como o boom ponto com original. Pessoas muito inteligentes estão se reunindo aqui e pessoas que saíram estão voltando." Por isso, as possibilidades de formação de redes estão em toda parte. "Você pode estar em um jantar conversando sobre os desafios que está enfrentando como fundador de uma start-up e, no minuto seguinte, alguém na mesa diz que pode ajudar", segundo Patel. "Eles enviam uma mensagem de texto e, de repente, você tem uma apresentação ou reunião com uma pessoa relevante com quem você nunca teria contato por e-mail ou pelas redes sociais. É alucinante!" Para os visitantes em São Francisco e no Vale do Silício, a questão é experimentar a tecnologia antes que ela se torne algo comum. "Você encontra tecnologia de ponta que o resto do mundo só irá conhecer daqui a seis ou 12 meses", explica Patel. Serviços de compartilhamento de viagens, como Uber e Lyft, eram largamente utilizados por aqui, antes de se tornarem empresas globais. Agora, os carros autônomos Waymo detêm parcela de mercado significativa na região e podem ser usados por qualquer pessoa que instale seu aplicativo. 4. Pequim, China No GII, a capital chinesa superou todas as demais cidades em termos de pesquisas científicas. Ela contribui com 4% dos estudos publicados em todo o mundo. Mas os moradores de Pequim afirmam que a verdadeira força da cidade é o seu equilíbrio entre a infraestrutura de alta tecnologia e suas profundas raízes culturais. "Outras 'cidades inteligentes', na verdade, se concentram no lado moderno, mas Pequim combina inovação, cultura e qualidade de vida, o que a torna, ao mesmo tempo, avançada, mas única", explica a futurista de IA Elle Farrell-Kingsley, que, atualmente, considera Pequim sua casa. Ela conta que o dia a dia da cidade é alimentado por superaplicativos como Alipay e WeChat. Ambos incluem opções de tradução, pagamentos por QR-code e delivery de alimentos. Farrell-Kingsley também afirma que a IA, particularmente o Deepseek e DouBao, estão embutidos nos serviços diários, o que facilita a tradução para os falantes de língua inglesa. Pequim combina harmoniosamente a conveniência da alta tecnologia e suas profundas tradições culturais Getty Images A única frustração é sair para viajar e verificar que os serviços não são tão harmoniosos em outros lugares. "Tudo aqui funciona tão bem que quase esquecemos como esses serviços são integrados e inovadores, até sairmos em viagem", ela conta. "Raramente observo grandes incidentes com a tecnologia e, muitas vezes, fico frustrada ou impaciente ao visitar outros países onde esses serviços não funcionam com a mesma estabilidade." Os visitantes podem vivenciar pessoalmente a avançada IA da cidade reservando o robotáxi Apollo, da Baidu. "É uma experiência incrível e empolgante, especialmente porque ele não tem volante de direção!", elogia Farrell-Kingsley. "Você simplesmente entra e o carro sai andando sozinho, o que parece futurista e surpreendentemente seguro." 5. Seul, Coreia do Sul Em quinto lugar entre os polos de inovação do GII, Seul representa 5,4% dos pedidos globais de patentes. A capital sul-coreana lidera em acordos de capital de risco na Ásia e ocupa o segundo lugar global, atrás apenas de São Francisco. Os moradores afirmam que o impulso da Coreia do Sul rumo à inovação vem da necessidade. Afinal, a quantidade de recursos naturais da pequena nação peninsular é limitada. "O país precisa competir com inovações e tecnologia", explica Chris Oberman. Ele mora em Seul desde 2024 e escreve sobre suas viagens no blog Moving Jack. "Os avós de muitas pessoas moravam na pobreza", ele conta. "Por isso, existe ainda essa enorme vontade e energia para crescer, melhorar, inovar e não ficar para trás." O rio Cheongyecheon, no centro de Seul, oferece uma ideia do design inteligente e sustentável da capital da Coreia do Sul Getty Images Grande parte da inovação e da tecnologia está incluída no dia a dia dos moradores. As casas normalmente têm portas que abrem com códigos digitais e os sistemas de pagamento sem dinheiro fazem com que você só precise levar seu celular quando sair de casa. "Chaves, cartões, minha carteira, dinheiro: posso deixar tudo em casa", segundo Oberman. Os visitantes podem conhecer a infraestrutura futurística da cidade caminhando pelo rio Cheongyecheon, uma área pública para pedestres, mas que também pode ser percorrida em ônibus elétricos autônomos. Em toda a cidade, lojas de conveniência sem caixas ficam abertas 24 horas por dia, sete dias por semana. Nelas, os clientes podem pegar seus produtos e pagar em máquinas inteligentes. Sistemas de IA acompanham o inventário e evitam roubos. Os 10 maiores polos de inovação do mundo São Paulo é a cidade latino-americana com melhor classificação no índice da OMPI, em 49° lugar Getty Images Shenzhen-Hong Kong-Guangzhou, China Tóquio-Yokohama, Japão San José-São Francisco, Estados Unidos Pequim, China Seul, Coreia do Sul Xangai-Suzhou, China Nova York, Estados Unidos Londres, Reino Unido Boston-Cambridge, Estados Unidos Los Angeles, Estados Unidos Duas cidades latino-americanas foram incluídas entre os 100 maiores polos de inovação do mundo, segundo o Índice de Inovação Global 2025 da OMPI: São Paulo aparece em 49° lugar e a Cidade do México, pela primeira vez na lista das 100 primeiras, em 79°. Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Travel.

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